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Um ‘milagre’: sobrevivente paquistanês de uma travessia mortal no Mediterrâneo | Migração

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Islamabad, Paquistão – Quando Hassan Ali caiu nas águas geladas do Mar Mediterrâneo, ele pensou nos seus dois filhos – nos seus sorrisos, nos seus abraços e nas suas esperanças para o seu futuro.

Depois lembrou-se dos outros da sua pequena aldeia na província paquistanesa de Punjab que sonhavam em chegar à Europa e perguntou-se se também eles teriam passado os seus últimos momentos no mar escuro como breu, pensando no seu lar e nas pessoas que tinham deixado para trás. .

“Já tinha ouvido falar de muitos outros”, diz Hassan, falando num telefone emprestado de Malakasa, um campo de refugiados perto de Atenas. Incapaz de nadar, ele diz que tinha certeza de que iria se afogar.

Então, ele sentiu a corda – lançada de um navio da marinha mercante. “Eu segurei isso com a minha vida”, diz ele.

Hassan foi a primeira pessoa embarcada na madrugada de sábado, 14 de dezembro, perto da ilha grega de Creta. Muitos outros se seguiriam durante a operação de resgate de dois dias que envolveu nove navios, incluindo a guarda costeira grega, bem como navios e helicópteros da marinha mercante.

Mas nem todos conseguiram.

As autoridades gregas confirmaram pelo menos cinco mortes e mais de 200 sobreviventes, após quatro operações de resgate distintas levadas a cabo pela guarda costeira durante o fim de semana, embora o número total de pessoas desaparecidas permaneça incerto.

Três barcos que transportavam migrantes viraram entre 14 e 15 de dezembro, perto da ilha de Gavdos, mais a sul de Creta, e outro barco virou perto da península do Peloponeso.

O Ministério das Relações Exteriores do Paquistão confirmou que os corpos de cinco cidadãos paquistaneses foram recuperados, enquanto pelo menos 47 paquistaneses foram resgatados. A embaixada do Paquistão em Atenas disse que pelo menos 35 cidadãos paquistaneses continuam desaparecidos.

Uma imagem mostra um barco de migrantes virado na ilha de Gavdos, Grécia, em 14 de dezembro de 2024 (Folheto/Marinha Helênica via Reuters)

‘Viver com dignidade’

A jornada de Hassan começou cerca de três meses e meio antes, quando o jovem de 23 anos deixou a esposa e dois filhos pequenos em sua aldeia perto da grande cidade industrial de Gujrat.

Terceiro de cinco irmãos, ele trabalhava em canteiros de obras como fixador de aço, ganhando 42 mil rúpias (US$ 150) por mês, se trabalhasse de 10 a 12 horas por dia, sete dias por semana.

Mas não importava o quanto ou por quanto tempo trabalhasse, ele lutava para se manter à tona enquanto os preços continuavam a subir.

“Minha conta de luz ficaria entre 15.000 (US$ 54) e 18.000 rúpias (US$ 64) (por mês)”, explica ele. “E os mantimentos custariam quase o mesmo para minha família, incluindo meus pais e dois irmãos mais novos.”

Hassan muitas vezes tinha que fazer pequenos empréstimos no final do mês apenas para sobreviver e sempre se preocupava com o que aconteceria se houvesse algum tipo de emergência, como uma doença na família.

“No Paquistão, é impossível viver com dignidade com esses rendimentos”, diz ele.

Isso o levou a tomar medidas desesperadas. “Ninguém arrisca a vida voluntariamente assim”, explica ele.

Hassan falou primeiro com a sua esposa, mãe e irmão mais velho para sugerir que ele seguisse outros na sua aldeia e tentasse chegar à Europa. Sua família concordou e decidiu vender um pequeno terreno, junto com as joias da mãe de Hassan, para ajudar a financiar a viagem.

Eles arrecadaram quase dois milhões de rúpias (7.100 dólares) para pagar um “agente” que prometeu passagem segura para a Europa. A família tinha ouvido falar de pessoas que partiram mas nunca conseguiram chegar, mas também de pessoas que chegaram em segurança a Itália poucos dias depois de deixarem o Paquistão. Hassan sentiu uma mistura de ansiedade e excitação.

Poucas semanas depois, ele despediu-se da família e embarcou num voo de Sialkot para a Arábia Saudita. Ele passou dois dias lá antes de voar para Dubai. De Dubai voou para o Egito e de lá fez seu último vôo para Benghazi, na Líbia.

‘Espancado sem piedade’

Na Líbia, Hassan foi informado de que seria colocado num barco que o levaria para Itália, mas em vez disso, foi levado para um armazém onde mais de 100 homens foram confinados num barco de 6 metros x 6 metros (20 pés). x sala de 20 pés). A maioria dos homens era do Paquistão. Muitos estavam lá há meses.

Os contrabandistas levaram o telefone, o passaporte e a mochila de Hassan, com algumas peças de roupa dentro, e as 50 mil rúpias (US$ 180) que ele carregava consigo.

Hassan diz que guardas da Líbia e do Sudão os vigiavam o tempo todo e os alertavam para não fazerem barulho.

“Recebíamos um pedaço de pão diariamente”, explica ele, acrescentando: “Os guardas nos permitiam uma pausa de cinco minutos para ir ao banheiro por dia”.

Ele descreve como quem reclamava da falta de comida ou pedia para usar o banheiro ou o chuveiro era espancado com varas de aço e canos de PVC.

“Tudo o que podíamos fazer era olhar um para o outro ou sussurrar um pouco. Qualquer um que fizesse algum barulho, os guardas atacavam e batiam neles sem piedade”, diz ele.

Às vezes, os homens imploravam para serem mandados de volta para casa. Mas isso também seria recebido com violência.

Depois, no início de Dezembro, os guardas disseram aos homens que o mau tempo significava que, em vez de serem enviados para Itália, iriam para a Grécia. Eles tiveram 30 minutos para se prepararem para deixar a sala onde estiveram detidos durante meses. Seus telefones e passaportes foram devolvidos a eles.

A Marinha grega conduz uma operação de resgate depois que um barco de migrantes virou na ilha de Gavdos, Grécia, em 14 de dezembro de 2024, nesta imagem obtida de um vídeo. Marinha Helênica/Folheto via REUTERS ATENÇÃO EDITORES - ESTA IMAGEM FOI FORNECIDA POR TERCEIROS. MELHOR QUALIDADE DISPONÍVEL
As autoridades paquistanesas dizem que pelo menos 47 cidadãos foram resgatados, enquanto pelo menos quatro foram identificados entre os mortos (Folheto/Marinha Helênica via Reuters)

‘Todos começaram a orar’

Hassan, que nunca tinha visto o mar antes, ficou apavorado. “Implorei para ser enviado de volta ao Paquistão, mas eles nos disseram: ‘Não há como voltar atrás. Ou siga em frente ou morra’”, diz ele.

Mais de 80 homens estavam amontoados a bordo de um frágil barco de madeira projetado para transportar no máximo 40 passageiros, explica Hassan.

O mar era traiçoeiro. Hassan descreve como “ventos tempestuosos e ondas enormes” deixaram os homens “encharcados e aterrorizados”.

“Os motores quebraram e todos começaram a orar”, diz ele, acrescentando que tinham certeza de que iriam morrer.

Então, depois de 40 horas no mar, o barco virou e Hassan e os outros mergulharam no Mediterrâneo.

“Ao cair na água, prendi a respiração”, lembra ele, descrevendo como tentou manter a calma.

“Quando subi, milagrosamente consegui agarrar a corda que foi jogada pelo navio para nos salvar.”

Quando foi puxado para o convés, Hassan disse que desmaiou. Ele acredita que é um milagre ter sobrevivido.

‘Não vale o risco’

A experiência de Hassan, infelizmente, não é incomum.

Gujrat, juntamente com cidades vizinhas no Paquistão, como Sialkot, Jhelum e Mandi Bahauddin, é um centro para pessoas que tentam chegar à Europa. Com as rotas terrestres cada vez mais fechadas, muitos recorrem agora à perigosa rota marítima através da Líbia.

De acordo com dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), mais de 190 mil migrantes e refugiados chegaram à Europa este ano, dos quais 94 por cento – mais de 180 mil – seguiram a precária rota marítima.

Os números do ACNUR também mostram que este ano, quase 3.000 paquistaneses chegaram às costas europeias, chegando principalmente à Itália e à Grécia. O número correspondente no ano passado foi de pouco mais de 8.000, mostrando uma diminuição de pelo menos 62 por cento.

Num dos naufrágios mais mortíferos do Mediterrâneo, mais de 700 pessoas, incluindo perto de 300 paquistaneses, morreram quando o Adriana, um velho barco de pesca, virou perto da ilha grega de Pilos, em Junho de 2023.

Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), 2023 foi o ano mais mortal no Mediterrâneo desde 2016, com mais de 3.100 mortes por afogamento.

Agora Hassan está no campo de Malakasa com sobreviventes do naufrágio e outros, incluindo alguns dos que sobreviveram ao desastre de Adriana.

Ele está cautelosamente esperançoso de poder começar a fazer algum tipo de trabalho no campo para poder enviar dinheiro para sua família, com quem fala uma vez por dia quando consegue um telefone emprestado.

Ele tem uma mensagem para qualquer pessoa que esteja pensando em embarcar na mesma jornada.

“Depois do que vivenciamos, só imploro às pessoas que nunca, jamais sigam esse caminho”, diz ele. “Não vale a pena o risco.”



Leia Mais: Aljazeera

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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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