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Um projeto de Haydn festejado na premiação Opus Klassik – DW – 14/10/2024

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É aquela época do ano em Berlim novamente, quando os quem são quem da cena da música clássica dão o seu melhor e aproveitam um fim de semana de música durante os eventos do Opus Klassik. A cerimônia de premiação mais importante da Alemanha música clássica A cena aconteceu durante dois dias, com shows no dia 12 de outubro e um evento de gala no Konzerthaus de Berlim no domingo, 13 de outubro.

Todos os anos, um júri formado por especialistas da indústria musical e de mídia distribui prêmios aos vencedores em 27 categorias, enquanto apresentações de pianistas como Lang Lang e sua esposa Gina Alice, além da soprano Ana Prohaska, enchem os salões de música. .

Entre os vencedores está a Deutsche Kammerphilharmonie Bremen, recebendo o Opus Klassik na categoria de melhor orquestra por uma gravação recente das Sinfonias de Londres 101 e 103 de Joseph Haydn sob a batuta do maestro estoniano-americano Lago Bob Esponja. A produção também será destaque em um novo documentário da DW.

Um retrato de Joseph Haydn.
Haydn influenciou fortemente nomes como Mozart e BeethovenImagem: dpa/picture-alliance

Nos bastidores com Haydn

A produção deste álbum foi capturada no documentário da DW “The Haydn Expedition”, que será lançado em dezembro. O documentário centra-se no compositor austríaco que ao longo da história foi ofuscado em termos de popularidade por Beethoven e Mozart.

O maestro e a orquestra embarcaram na missão de trazer as sinfonias de Joseph Haydn para o século 21 através de uma série de concertos e gravações; o objetivo era mostrar que ele era mais do que um cara certinho com uma peruca branca ondulada. “Sem Haydn não havia Mozartnão Beethoven. Toda a influência veio de Haydn – 104 sinfonias! Quem consegue escrever 104 sinfonias?”, aponta Järvi no documentário da DW.

Um compositor ofuscado

As Sinfonias de Londres do compositor, 12 no total, foram compostas entre 1791 e 1795 e são consideradas algumas de suas obras-primas, embora raramente sejam ouvidas em salas de concerto.

Järvi, que conduziu o Filarmônica de Câmara Alemã Bremen, há 20 anos, queria garantir que as gravações dessas peças estivessem perfeitas – e que todos os membros da orquestra ficassem satisfeitos com o resultado.

Ao contrário da maioria das orquestras, os 41 membros da orquestra dirigem este conjunto coletivamente. Todos são acionistas que têm responsabilidade artística e económica pelo grupo. Isto dá à equipa um sentido extra partilhado de responsabilidade e propriedade, o que certamente ajudou a levar o conjunto ao topo da sua área. “O melhor da nossa orquestra é que, embora toquemos e até gravemos estas peças repetidamente, descobrimos-as sempre de novo e, de alguma forma, trazemos-lhes a nossa própria vitalidade”, diz Nuala McKenna, a principal violoncelista da orquestra, no filme.

Os 41 membros da Deutsche Kammerphilharmonie Bremen estão em formação com seus instrumentos.
A Deutsche Kammerphilharmonie Bremen foi premiada como melhor orquestra no Opus Klassik 2024Imagem: Julia Baier

Poderíamos imaginar Haydn como uma figura bastante severa, mas para o maestro esta imagem não é nada precisa. “Quando você ouve a música dele e, o mais importante, ouve o humor de sua música, isso não pode sair de uma pessoa tensa, rígida e chata. Simplesmente não é possível”, diz Järvi.

Uma coisa em que os estudiosos podem concordar é que o compositor é o grande responsável pelo desenvolvimento da forma padrão da sinfonia, que ainda é usada hoje. Este é composto por uma introdução lenta e um primeiro movimento rápido, seguido por um segundo movimento lento, um minueto e um trio como terceiro e, finalmente, outro allegro. Gerações de compositores que veio depois de Haydn manteve aproximadamente o mesmo formato.

Parte da história da família

Além da emoção de embarcar em um novo projeto com a orquestra, gravar essas peças em particular foi a realização de um sonho de infância do maestro. Järvi vem de uma família de músicos estonianos conhecidos. Seu pai Neeme e seu irmão Kristjan também são maestros, enquanto sua irmã Maarika é flautista. A família Järvi emigrou da antiga República Soviética da Estónia para os Estados Unidos em 1980 e só conseguiu regressar à sua terra natal dez anos depois, quando Estônia tornou-se uma república independente em 1991.

O seu pai, Neeme Järvi, é uma das figuras mais importantes da música clássica estoniana e tinha acabado de gravar as sinfonias londrinas de Haydn quando a família teve de fugir da Estónia. “Tudo acabou, e então saímos e eles foram destruídos. Eles nunca foram libertados porque ele era um traidor aos olhos dos soviéticos”, diz Järvi sobre as gravações.

Retrato do maestro Paavo Järvi olhando para a câmera com os braços cruzados.
Paavo Järvi vem de uma família de músicos estonianos proeminentesImagem: Julia Baier

Agora que Järvi e a Deutsche Kammerphilharmonie Bremen estão gravando as peças novamente, isso se tornou um novo tópico de conversa familiar, fechando o círculo da história da gravação de Haydn. “Conversamos sobre Haydn o tempo todo. Na verdade, toco minhas gravações e mando para meu pai, e ele ouve com muita atenção”, explica o maestro.

Haydn morreu em Viena em 1809, aos 77 anos, um homem rico de renome mundial, mas a sua música vive – agora na nova gravação da Deutsche Kammerphilharmonie Bremen.

Editado por: Elizabeth Grenier



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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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