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Uma semana após a abertura da COP29, um funcionário da ONU para o Clima pede o fim do “teatro” e a “tomada direta ao assunto”

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9 meses atrásem
“Vamos parar o teatro e começar a trabalhar. » A cobrança foi feita por Simon Stiell, secretário executivo da ONU para o Clima, na retomada das negociações do 29ºe Conferência das Partes sobre o Clima (COP29), após o intervalo de domingo da metade da COP, em Baku, Azerbaijão, segunda-feira, 18 de novembro.
A dramaturgia das conferências da ONU inclui frequentemente estas acusações de obstrução, bluff ou brincadeira. Mas, na opinião geral, o resultado da primeira semana de negociações na COP29, que começou na segunda-feira, 11 de Novembro, foi de facto quase zero.
A ONU procura delegados para encontrar um terreno comum sobre o financiamento climático, mas é do Rio e dos líderes das vinte maiores potências que se espera o desbloqueio. Daí a pressão sobre os ministros, que devem selar um acordo até sexta-feira.
“Começam as verdadeiras dificuldades”
“Esta reunião surge num momento crítico: estamos a meio da COP29 e as verdadeiras dificuldades estão a começar”alertou o presidente da conferência, Mukhtar Babayev. Este antigo executivo da companhia petrolífera nacional Socar, ministro da Ecologia do Azerbaijão, não tem poder de decisão, mas o seu papel é orientar as negociações entre os países.
A sete fusos horários de Baku, os líderes do G20 (um grupo que também inclui a China e o Brasil) reúnem-se segunda e terça-feira no Rio, e as comunicações entre as duas cidades raramente têm sido tão intensas. Ao chegar ao Brasil no domingo, o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, pediu aos líderes que dessem o exemplo e encontrassem “compromissos” para salvar a COP29. Durante meses, ele e Simon Stiell visaram particularmente o G20, que rejeita três quartos dos gases com efeito de estufa.
O objectivo da COP29 é estabelecer a forma como a ONU financia 1 bilião de dólares por ano em ajuda climática aos países em desenvolvimento. Este dinheiro permitiria construir centrais de energia solar, investir na irrigação ou proteger as cidades contra inundações.
“É fácil ficar um pouco entorpecido com todos esses números, especialmente nesta COP financeirareconheceu Simon Stiell. Mas nunca esqueçamos: estes números fazem a diferença entre a segurança ou os desastres que arruínam a vida de milhares de milhões de pessoas. » Uma declaração ilustrada pelo tufão Man-yi nas Filipinas, muito tarde para a temporada, o que causou mortes em um deslizamento de terra.
Europa quer que a China participe
A União Europeia é o maior contribuinte do mundo, mas em tempos de austeridade, está relutante em aumentar os seus orçamentos internacionais. O valor de 1 bilião de dólares em ajuda anual aos países em desenvolvimento até 2030 corresponde à estimativa da necessidade feita pelos renomados economistas comissionados pela ONU, Nicholas Stern e Amar Bhattacharya.
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Mas nem tudo deve vir dos países ricos, e esse é o problema. Apenas os países desenvolvidos são, de acordo com os textos da ONU, obrigados a ajudar. Contudo, a Europa quer compromissos por parte de países emergentes como a China, o principal emissor mundial de gases com efeito de estufa. Em Baku, a China não é vista como hostil, pelo contrário, e uma reunião entre autoridades chinesas e europeias foi um raio de esperança na semana passada.
Em Baku, o legado da COP28 no Dubai e o seu apelo a uma «transição» longe dos combustíveis fósseis, que países como a Arábia Saudita não conseguem digerir.
A reeleição de Donald Trump e a saída da escassa delegação argentina levantam temores de uma saída dos Estados Unidos e da Argentina do acordo de Paris, o motor diplomático para a redução dos gases com efeito de estufa. Mas a chegada de Trump « galvanizar » certos países realmente avancem em Baku, observa uma fonte diplomática.
A inexperiência dos azerbaijanos para presidir negociações tão substanciais, bem como os ataques no meio da COP do Presidente Ilham Aliev contra um país membro, a França, pesaram na atmosfera.
A fortiori num país que reprime qualquer sinal de dissidência, incluindo entre activistas ambientais, vários dos quais estão presos. Isto foi recordado na segunda-feira pelo Comissário do Conselho da Europa para os Direitos Humanos, apelando à libertação dos defensores dos direitos, jornalistas e activistas no Azerbaijão, numa carta dirigida ao Sr.
O mundo com AFP
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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3 meses atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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3 meses atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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3 meses atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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