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Uruguai chega às urnas com candidatos empatados – 23/11/2024 – Mundo

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Sentados nas sedes de seus respectivos partidos, assessores de Yamandú Orsi (Frente Ampla) e Álvaro Delgado (Partido Nacional) estão tensos. É um sentimento comum às vésperas de uma votação, mas no Uruguai está mais aguçado: não há resultado previsível.

O país chega ao segundo turno neste domingo (24) em um cenário de empate técnico na maior parte das pesquisas. Orsi está numericamente à frente, mas com margem tão estreita que não permite à campanha respirar aliviada nesta reta final.

O futuro presidente substituirá Luis Lacalle Pou, que se consolidou como o principal rosto da nova geração da centro-direita uruguaia. O presidente se encaminha para o fim do mandato com 50% de aprovação, mas a Constituição não permite reeleições consecutivas.

Esse carisma do surfista que anda pela turística Punta del Este de moto e que se orgulha de representar uma direita republicana e democrática em um mundo de extremismos não aparece nos postulantes à Presidência. Orsi e Delgado não despertam grandes paixões.

Na última rodada das principais pesquisas, aquela que evidencia uma maior diferença entre os concorrentes é a da consultoria Opción. Orsi aparece com 49,7%, e Delgado, com 45,5%. Também nela há empate técnico, mas quase no limite da margem de erro de 2,2 pontos. Em outras, como o da Equipos, Orsi tem 48%, e Delgado, 46,2%.

É um cenário tão incerto que o país não descarta ir dormir sem saber o resultado oficial, como ocorreu nas eleições de 2019. Naquele segundo turno, o resultado só foi anunciado pela Corte Eleitoral quatro dias após o pleito. A diferença do vitorioso Lacalle Pou para o adversário Daniel Martínez (Frente Ampla) foi de somente 37 mil votos.

Foi preciso esperar o sistema eleitoral checar os chamados votos observados, que então eram 35 mil. Trata-se de eleitores que votaram em uma zona eleitoral diferente da que estão registrados e cujos dados precisam ser checados posteriormente antes de computados.

O eleitor decidirá entre um projeto de continuidade —com Álvaro Delgado, braço direito de Lacalle Pou que foi secretário-geral de sua Presidência— e o retorno da esquerda, caso opte por Yamandú Orsi, ex-governador do departamento de Canelones que pertence à Frente Ampla e à mesma corrente interna de José “Pepe” Mujica.

A aliança governou o Uruguai por 15 anos seguidos, até a vitória do atual presidente.

No primeiro turno, em 27 de outubro, Orsi conseguiu 43,94% dos votos, e Delgado, 26,77%, mas a aparente vantagem precisa ser vista com cautela. A Frente Ampla já angaria todo o apoio dos setores de centro-esquerda e esquerda com um candidato único, enquanto a Coalizão Republicana, da centro-direita, vai às urnas inicialmente fragmentada em candidatos de quatro partidos até que, neste segundo turno, espera-se que todos os seus apoiadores votem em Delgado.

As pesquisas mostram, porém, que pode haver uma pequena fuga de votos decisiva da Coalizão para a Frente Ampla. Quando questionado sobre o tema, Delgado diz colocar sua esperança em uma “maioria silenciosa” que o apoiaria nas urnas.

Para nenhum dos possíveis eleitos o governo será fácil: o primeiro turno não consolidou maiorias claras no Congresso. A Frente Ampla obteve estreita maioria no Senado, mas, na Câmara, ninguém o fez. As negociações serão mais necessárias e possivelmente mais difíceis.

Delgado propõe uma abordagem mais linha-dura contra o avanço do crime organizado em torno do narcotráfico. Com a baixa fiscalização do porto de Montevidéu e por meio das fronteiras fluviais e terrestres com Brasil e Argentina, essa atividade cresceu e elevou os homicídios.

Orsi também elenca o tema como prioridade, mas junto a isso fala em mais programas sociais e em rever uma recente reforma da Previdência que elevou a idade de aposentadoria de 60 para 65 anos de idade.

Para o Brasil, ainda que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenha tido boa relação com Lacalle Pou, como o próprio uruguaio descreveu em entrevista à Folha, o retorno da Frente Ampla faria algumas negociações mais confortáveis. Em especial no que tange ao Mercosul.

Lacalle Pou insistiu em um acordo de livre comércio com a China feito por fora, algo que para o Itamaraty destruiria o Mercosul. A campanha de Orsi, por sua vez, fala em frear a iniciativa, ainda que queira um bloco mais aberto —até para eventuais acordos com Pequim.

Interlocutores também acreditam que um governo da Frente Ampla atuaria com maior veemência contra os avanços ideológicos do governo de Javier Milei (Argentina) sobre o bloco, algo que a gestão do Partido Nacional também faz, mas de forma mais comedida.

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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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