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Use ativos russos congelados para ajudar a Ucrânia, diz o principal diplomata da UE | União Europeia

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Jennifer Rankin in Brussels

Bilhões de fundos estatais russos congelados no União Europeia deveria ser usado para ajudar a Ucrânia, disse o principal diplomata da UE.

Kaja Kalla, Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Segurançadisse ao Guardian e a quatro outros jornais europeus que a Ucrânia tinha um pedido legítimo de compensação e que os activos russos detidos na UE eram “uma ferramenta para pressionar a Rússia”.

A UE já começou desviando os lucros dos ativos russos detida no bloco pela Ucrânia, mas recusou-se a confiscar a totalidade da quantia (210 mil milhões de euros na União) devido a dúvidas sobre a legalidade de tal medida. A UE detém mais de dois terços dos 300 mil milhões de dólares dos activos soberanos da Rússia, congelados pelos aliados ocidentais após a invasão em grande escala da Ucrânia.

Kallas, um advogado que foi primeiro-ministro da Estónia até Julho, previu que apesar das “sensibilidades… chegaremos lá um dia”, numa intervenção que aumenta a pressão sobre os governos europeus para reconsiderarem a questão.

Ela sugeriu que os fundos russos ajudariam a pagar a conta de “todos os danos que a Rússia causou à Ucrânia”.

“É melhor ter um pássaro pequeno na mão do que um pássaro grande no telhado”, disse ela. “Então a gente tem o passarinho na mão (os ativos congelados) e essa é a ferramenta para também pressionar Rússia.”

A sua proposta surge no meio de questões crescentes sobre como financiar a Ucrânia a médio prazo e pagar a sua colossal conta de reconstrução. Donald Trump, que ridicularizou a ajuda dos EUA a Kiev, também regressará à Casa Branca no próximo ano.

Em sua primeira entrevista à mídia impressa desde que iniciou seu novo cargo, Kallas disse Europa necessário aumentar a ajuda à Ucrânia se os EUA retirassem o financiamento.

Ela acrescentou que o apoio financeiro à Ucrânia “não é caridade”, mas sim no interesse da Europa e dos EUA.

“Se eles (os EUA) reduzirem a ajuda, então precisamos de continuar a apoiar a Ucrânia, porque estou preocupado com o que acontecerá se a Rússia vencer. Acho que teremos mais guerras, guerras maiores”, disse ela.

Ajudar a Ucrânia foi um “investimento” na “nossa própria segurança” e na segurança global, disse ela, citando o envolvimento de Soldados norte-coreanos na Ucrânia e exercícios militares chineses no Mar da China Meridional. “A China também está aprendendo com o que a Rússia faz.”

Ela falava no seu escritório no 12º andar da sede da Comissão Europeia, onde as paredes nuas e as prateleiras vazias testemunhavam uma agenda lotada nos seus primeiros 11 dias.

Em seu primeiro dia no posto, ela foi para Kyiv para se encontrar com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, que disse que o seu país precisava de “soluções diplomáticas” apenas quando a Rússia não conseguiu lançar novos ataques.

Esta semana, o primeiro-ministro da Polónia, Donald Tusk, disse negociações de paz sobre a Ucrânia poderia começar “no inverno”, mas Kallas não se deixou levar pelas datas, observando: “A Rússia não quer essas negociações”.

Questionado sobre os recentes telefonemas entre Vladimir Putin e o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, na quarta-feirae o chanceler alemão, Olaf Scholz, mês passadoela disse: “Eles (Orbán e Scholz) estão fazendo isso para fins domésticos; então eu não faria isso, mas não cabe a mim criticar.”

A reunião dos ministros das Relações Exteriores na segunda-feira, disse ela, discutiria se havia “algum valor agregado” dessa diplomacia.

Os ministros avaliariam “por que é que alguns membros estão a fazer isto, o que pretendem alcançar com isto e existe algum valor acrescentado”, disse Kallas, acrescentando: “Putin quer realmente humilhar a Europa. É isso que devemos ter em mente o tempo todo.”

A Rússia apostava em “sobreviver” aos aliados ocidentais, disse ela, mas a guerra pela Ucrânia continuava a ser vencida.

“O que vimos na Síria é que eles não são capazes de continuar essa luta”, disse ela, referindo-se a O fracasso de Moscovo em continuar a apoiar o seu aliado de longa data, o ditador sírio Bashar al-Assad. A Rússia tinha sido “um tanto humilhada” na Síria, enquanto “os seus pensamentos estavam noutro lado”.

Kallas tomou posse uma semana antes do dramático colapso do regime de Assad, de 54 anos, na Síriaum desenvolvimento que ninguém na região, muito menos Bruxelas, tinha previsto.

“O futuro da Síria é neste momento bastante esperançoso, mas ainda incerto”, disse ela, acrescentando que a abordagem da Europa para se envolver com o grupo rebelde dominante, Hayat Tahrir al-Sham (HTS), seria baseada em condições, incluindo “não radicalização, sem vingança, sem retaliação”.

Kallas disse que era demasiado cedo para falar sobre o reconhecimento do governo de transição da Síria ou sobre o levantamento das sanções ao HTS – um grupo terrorista proibido na UE e nos EUA – mas isso não impediu as conversações. “A questão nesta fase realmente inicial não é a questão de reconhecer o governo. Trata-se antes de avaliar os feitos e a direção da Síria”, disse ela.

A UE, disse Kallas, precisava de uma abordagem comum para os requerentes de asilo sírios. Mostrando uma velocidade rápida, vários países europeus suspensão do processamento de pedidos de asilo síriosenquanto a Áustria anunciou um programa de “repatriação e deportação”.

Kallas disse que os seus homólogos no Médio Oriente lhe disseram que alguns refugiados sírios em países vizinhos já estavam a regressar numa base voluntária. Ela acrescentou que as regras de asilo da UE devem ser seguidas.

O público europeu queria saber quando os sírios regressariam, continuou ela. Na Europa, “vimos eleições onde a migração é o tema principal. Então fica claro que, em vários países, é isto que as pessoas querem ouvir: o que acontece agora com os refugiados? Os refugiados estão voltando?”



Leia Mais: The Guardian

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Ufac recepciona estudantes de licenciaturas que farão o Enade — Universidade Federal do Acre

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Ufac recepciona estudantes de licenciaturas que farão o Enade — Universidade Federal do Acre

A Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) da Ufac realizou, nesta sexta-feira, 24, no Teatro Universitário, a recepção aos alunos concluintes dos cursos de licenciatura que participarão do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), neste domingo, 26.
O evento teve como objetivo acolher e motivar os estudantes para a realização da prova, que tem grande importância para a formação docente e para a avaliação dos cursos de graduação. Ao todo, 530 alunos participarão do Enade Licenciaturas este ano, sendo 397 em Rio Branco e 133 em Cruzeiro do Sul.
Participam do Enade Licenciaturas os concluintes dos cursos de Física, Física EaD, Letras/Português, Letras/Inglês, História, Geografia, Ciências Biológicas, Química, Matemática, Matemática EaD, Pedagogia, Ciências Sociais, Filosofia e Educação Física.

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, que representou a reitora Guida Aquino, destacou o papel da universidade pública na formação docente e o compromisso social que acompanha o exercício do magistério. “A missão de quem se forma nesta instituição vai além do diploma. É defender a educação pública, a democracia e os direitos humanos. Vocês representam o que há de melhor na educação acreana e brasileira. Cada um de vocês é parte da história e da luta da Ufac.”

A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou o caráter formativo do exame e o compromisso da universidade com a qualidade da educação. “O Enade é mais do que uma prova. Ele representa uma etapa importante da trajetória de cada estudante que trilhou sua formação nesta universidade. É um momento de reflexão sobre o aprendizado, o esforço e o legado que cada um deixa para os próximos alunos.”
Ela reforçou que o desempenho dos estudantes é determinante para o conceito de cada curso e destacou a importância da participação responsável. “É fundamental que todos façam a prova com dedicação, levando o nome da Ufac com orgulho. Nós preparamos esse encontro para motivar, orientar, e entregar um kit com lanche, água, fruta e caneta, ajudando os alunos a se organizarem para o domingo.”
A pró-reitora lembrou ainda que a mesma ação está sendo realizada no campus Floresta, em Cruzeiro do Sul, com o apoio da equipe da Prograd e dos coordenadores locais. “Lá, os alunos estão distribuídos em três escolas, e nossa equipe vai acompanhá-los no dia da prova, garantindo o mesmo acolhimento e suporte.”

O evento contou com apresentação cultural da cantora Luzienne Lucena e do Grupo Vibe, do projeto Pró-Cultura Estudantil, formado pelos acadêmicos Gabriel Daniel (Sistemas de Informação), Geovanna Maria (Teatro) e Lucas Santos (Música).
Também participaram da solenidade a diretora de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Grace Gotelip; e os coordenadores de cursos de licenciatura: Francisca do Nascimento Pereira Filha (Pedagogia), Lucilene Almeida (Geografia) e Alcides Loureiro Santos (Química).

 



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Ufac promove ação de autocuidado para servidoras e terceirizadas — Universidade Federal do Acre

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Ufac promove ação de autocuidado para servidoras e terceirizadas — Universidade Federal do Acre

A Coordenadoria de Vigilância à Saúde do Servidor (CVSS) da Ufac realizou, nesta quinta-feira, 23, o evento “Cuidar de Si É um Ato de Amor”, em alusão à Campanha Outubro Rosa. A atividade ocorreu no Setor Médico Pericial e teve como público-alvo servidoras técnico-administrativas, docentes e trabalhadoras terceirizadas.

A ação buscou reforçar a importância do autocuidado e da atenção integral à saúde da mulher, indo além da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e do colo do útero. O objetivo foi promover um momento de acolhimento e bem-estar, integrando ações de valorização e promoção da saúde no ambiente de trabalho.

“O mês de outubro não deve ser apenas um momento de lembrar dos exames preventivos, mas também de refletir sobre o cuidado com a saúde como um todo”, disse a coordenadora da CVSS, Priscila Oliveira de Miranda. Ela ressaltou que muitas mulheres acabam se sobrecarregando com as demandas da casa, da família e do trabalho e acabam deixando o autocuidado em segundo plano.

Priscila também explicou que a iniciativa buscou proporcionar um espaço de pausa e acolhimento no ambiente de trabalho. “Nem sempre é fácil parar para se cuidar ou ter acesso a ações de relaxamento e promoção da saúde. Por isso, organizamos esse momento para que as servidoras possam respirar e se dedicar a si mesmas.” 

O setor mantém atividades contínuas, como consultas com clínico-geral, nutricionista e fonoaudióloga, além de grupos de caminhada e ações voltadas à saúde mental. “Essas iniciativas estão sempre disponíveis. É importante que as mulheres participem e mantenham o compromisso com o próprio bem-estar”, completou.

A programação contou com acolhimento, roda de conversa mediada pela assistente social Kayla Monique, lanche compartilhado e o momento “Cuidando de Si”, com acupuntura, auriculoterapia, reflexologia podal, ventosaterapia e orientações de cuidados com a pele. A ação teve parceria da Liga Acadêmica de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde e da especialista em bem-estar Marciane Villeme.

 



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Ufac realiza abertura do Fórum Permanente da Graduação — Universidade Federal do Acre

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Ufac realiza abertura do Fórum Permanente da Graduação — Universidade Federal do Acre

A Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) da Ufac realizou, nesta terça-feira, 21, no anfiteatro Garibaldi Brasil, campus-sede, a abertura do Fórum Permanente da Graduação. O evento visa promover a reflexão e o diálogo sobre políticas e diretrizes que fortalecem o ensino de graduação na instituição.

Com o tema “O Compromisso Social da Universidade Pública: Desafios, Práticas e Perspectivas Transformadoras”, a programação reúne conferências, mesas temáticas e fóruns de discussão. A abertura contou com apresentação cultural do Trio Caribe, formado pelos músicos James, Nilton e Eullis, em parceria com a Fundação de Cultura Elias Mansour.
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, representou a reitora Guida Aquino. Ele destacou o papel da universidade pública diante dos desafios orçamentários e institucionais. “Em 2025, conseguimos destinar R$ 10 milhões de emendas parlamentares para custeio, algo inédito em 61 anos de história.”

Para ele, a curricularização da extensão representa uma oportunidade de aproximar a formação acadêmica das demandas sociais. “A universidade pública tem potencial para ser uma plataforma de políticas públicas”, disse. “Precisamos formar jovens críticos, conscientes do território e dos problemas que enfrentamos.”
A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou que o fórum reúne coordenadores e docentes dos cursos de bacharelado e licenciatura, incluindo representantes do campus de Cruzeiro do Sul. “O encontro trata de temáticas comuns aos cursos, como estágio supervisionado e curricularização da extensão. Queremos sair daqui com propostas de reformulação dos projetos de curso, alinhando a formação às expectativas e realidades dos nossos alunos.”
A conferência de abertura foi ministrada pelo professor Diêgo Madureira de Oliveira, da Universidade de Brasília, que abordou os desafios e as transformações da formação universitária diante das novas demandas sociais. Ao final do fórum, será elaborada uma carta de encaminhamentos à Prograd, que servirá de base para o planejamento acadêmico de 2026.
Também participaram da solenidade de abertura a diretora de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Grace Gotelip; o diretor do CCSD, Carlos Frank Viga Ramos; e o vice-diretor do CMulti, do campus Floresta, Tiago Jorge.



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