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Uso ‘duvidoso’ da lei de liberdade de informação que impede o acesso aos arquivos do príncipe Andrew, dizem os pesquisadores | Príncipe André

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4 meses atrásem
Richard Palmer
Os pesquisadores pediram maior transparência por parte do Ministério das Relações Exteriores sobre os arquivos que mantém sobre o duque de York. As autoridades que responderam aos pedidos de liberdade de informação apresentaram diversas razões pelas quais os ficheiros não podem ser divulgados.
Andrew Lownie, um autor que está pesquisando uma biografia de Príncipe Andréfoi informado de que os arquivos não poderiam ser tornados públicos até 2065, e deu a entender que havia uma regra geral de que os documentos relativos aos membros da família real deveriam permanecer fechados até 105 anos após o seu nascimento.
Na semana passada, um porta-voz do Gabinete do Comissário de Informação do Reino Unido disse: “Não há nada na Lei de Liberdade de Informação sobre isso”, acrescentando que não tinham conhecimento de nada que impedisse a divulgação dos ficheiros ao abrigo de qualquer outra legislação.
“O governo está encobrindo Andrew”, disse Lownie, que descreveu a tentativa de obter informações sobre o príncipe dos departamentos governamentais como algo como “bater em uma toupeira” e tem pediu um registro de interesses reais.
O autor, cujo livro sobre Andrew será lançado no próximo ano, tem tentado obter acesso a documentos que detalham quem acompanhou o príncipe nas suas viagens comerciais, após acusações de que ele usou a sua posição e as suas viagens ao estrangeiro com financiamento público para negócios privados.
No início deste mês foi revelado que um suposto espião chinês era associado do príncipe e tinha “um grau incomum de confiança” com ele. O Palácio de Buckingham também confirmou que Andrew iria não se juntar à família real para as celebrações de Natal em Sandringham na semana passada.
Outros arquivos reais, incluindo aqueles de Andrew anteriormente abertos há décadas, foram fechados novamente pelo Arquivos Nacionais após uma revisão interna.
A doutora Alison McClean, pesquisadora do Centro de Linguagem e Desenvolvimento Acadêmico da Universidade de Bristol, é uma entre vários acadêmicos que vêm alertando que arquivos antes abertos ao público há anos estão sendo fechados novamente. Sua experiência está em registros judiciais e criminais, mas ela também descobriu que documentos relacionados à família real, incluindo o treinamento do príncipe na Marinha Real, foram re-fechados.
“Este é um processo bastante duvidoso, na medida em que o Arquivo Nacional depende da aplicação retrospetiva das isenções da Lei FoI para justificar estas religações”, disse ela. Ela acredita que os Arquivos Nacionais ignoraram a intenção do parlamento de que a lei permitisse que jornalistas e investigadores académicos anulassem isenções. “É tudo interno do Arquivo Nacional. Não há escrutínio externo. Não creio que resistiria a uma revisão judicial.”
Os documentos do governo são normalmente divulgados após 20 anos sob a Lei de Registros Públicos, mas há isenções para alguns membros da realeza, como aqueles que cobrem discussões com o monarca, o herdeiro e o segundo na linha de sucessão ao trono, bem como isenções para prejuízos à segurança nacional. a condução de assuntos públicos ou informações pessoais.
O Arquivo Nacional divulga todos os anos documentos contendo cartas ou outras informações sobre a falecida Rainha, sua irmã, a Princesa Margaret, ou outros membros da família real, dentro de 105 anos após seu nascimento.
Lownie disse que os departamentos governamentais dão respostas contraditórias aos seus pedidos de documentos sobre Andrew, inclusive dizendo que eles não existem e que são tantos que será muito caro pesquisá-los. Um departamento governamental pode recusar um pedido de FoI se a obtenção das informações custar muito dinheiro ou levar muito tempo.
após a promoção do boletim informativo
Em resposta a um dos seus pedidos de FoI, um funcionário do Departamento de Negócios e Comércio escreveu: “Se forem seleccionados como registos de importância histórica, os ficheiros serão transferidos para o Arquivo Nacional. Se não forem selecionados, serão destruídos de acordo com a política do departamento.”
O departamento se recusou a entrar em detalhes, mas disse que cumpriu suas obrigações legais.
Um porta-voz do Arquivo Nacional disse: “Quando tomamos conhecimento de que os registros abertos podem conter informações que se enquadram em uma ou mais das isenções da Lei FoI, por exemplo, informações pessoais, esses registros têm seu status de acesso alterado para ‘Acesso sob revisão’ para permitir sua revisão sob a Lei FoI.”
Acrescentou que o quadro jurídico para o acesso à informação mudou ao longo do tempo. “Isto pode significar que, numa coleção de mais de 15 milhões de registos, pode haver casos em que a informação foi aberta ao abrigo de um regime de acesso anterior – por exemplo, a Iniciativa de Governo Aberto na década de 1990 – mas se fosse considerada agora, desde a introdução de legislação como a Lei de Liberdade de Informação de 2000 e a Lei de Proteção de Dados de 2018, ela não seria divulgada.”
O Ministério das Relações Exteriores não quis comentar.
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Avó de 95 anos leva alianças no casamento do neto e comove convidados; vídeo

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8 horas atrásem
2 de maio de 2025
Tão lindinha… Essa avó de 95 anos entrou no casamento do neto levando as alianças e fez os convidados se emocionarem. Sim, foi a dama de honra da cerimônia. O momento, postado nas redes na semana passada, já foi assistido por mais de 1 milhão de pessoas.
Juliana Alves e Thiago Darcadia, neto da vó Carminha, selaram o amor em Mogi Guaçu, São Paulo. A idosa não é apenas a avó de Thiago, mas também o coração da família. Ao entrar com as alianças, a vovó não escondeu a emoção.
A cerimônia foi no sítio da idosa, que o ‘amor’ dela, já falecido, comprou de presente para ela. “Thiago e Juliana, com muito amor eu vos desejo nesse dia que está sendo maravilhoso para todos nós, eu lhes dedico meu amor e meu carinho. Que dia feliz!”, disse dona Carminha com lágrimas nos olhos.
Momento mágico
E quando o mestre de cerimônias pediu que a idosa entrasse, ela veio com tudo.
Muito animada e no salto, Carminha exibiu as alianças, que estavam costuradas em um porta-alianças, para todos verem. Naquele momento, ela era a pessoa mais orgulhosa do mundo!
Thiago, o noivo, desceu a escadaria para recepcionar a vózinha e a ajudou a subir no topo do altar.
Enquanto os noivos trocavam os votos, Carminha assistia a tudo de pertinho em uma cadeira posicionada na lateral do altar. Ali, ela se acabou em lágrimas! No final, ela deu um beijinho em cada um e abençoou o casal.
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Recado para os noivos
Sobrou tempo também para um recado especial ao novo casal.
“Eu lhes desejo bem, todo meu amor e meu carinho. O que eu fui, o que eu passei, continuo até hoje, porque hoje eu tenho meus filhos. Meu amor se foi, mas eu fiquei e vocês estão juntos”, disse a idosa.
“Aproveite hoje e sempre para toda a vida. Com muito amor, sempre com amor em primeiro lugar”, finalizou.
Vovó famosa
Nas redes, Carminha é famosa. Junto com o neto Leonardo Darcadia, ela conquistou mais de 1 milhão de seguidores.
Em um dos vídeos postados pelo publicitário, Carminha fala da relação que tem com o sítio onde o casamento foi realizado.
“Olha, vocês tem que conservar, esse lugar é maravilhoso. A casa estava tombada, a gente passava lá na estrada, descia do carro e o ‘Amor’ falava assim: ‘eu vou comprar esse sítio. A casa tá linda, Leonardo”, contou a avó para o neto.
Carminha ainda ficou surpresa em como os netos conseguiram restaurar a casa, revivendo várias memórias nela.
“A história deste sítio é linda. Está maravilhoso, a sala de jantar da minha mãe, a pia da minha casa, tem quase 100 anos. É da minha casa, da nossa casa. Essa peça tem quase 100 anos, a pintura nova ficou linda, as portas azuis, aqui é o meu quarto, o meu banheiro, isso tudo ficou demais”, comemorou.
A entrada de Carminha no casamento do neto foi emocionante. Veja:
Agora o recado da vovó Carminha para os noivos:
Ao contar a história do sítio, Carminha ficou emocionada:
Na cerimônia, Carminha recebeu todo o carinho dos noivos. Ela deixou um recado especial para eles! – Foto: @leonardodarcadia/Instagram
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Professora faz “desafio da gentileza” e doa dinheiro para alunos fazerem o bem; inspirada na irmã

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9 horas atrásem
2 de maio de 2025
O desafio da gentileza, pensado por uma professora dos EUA, faz os alunos se conectarem com pessoas e fazerem o bem. – Foto: Kristina Ulmer
A sala de aula da professora Kristina ficou repleta de amor depois que ela criou o “desafio da gentileza” com os alunos. Todo ano, ela entrega US$ 20 (pouco mais de R$ 100) para cada um deles e propõe que façam uma boa ação com a quantia. Olha que ideia legal.
A ideia surgiu após a morte trágica da irmã, Katie, em um acidente de carro. Ao encontrar US$ 100 na bolsa da jovem, ela decidiu que precisava dar um novo sentido àquele valor e honrar a memória de Katie. E assim se foi quase uma década.
Todos os anos, os alunos da Hatboro-Horstmann High School recebem dinheiro e surpreendem com atos generosos e criativos. “Descobri que, quando comecei a fazer este projeto… um pedaço de mim que estava faltando da minha irmã começou a ser preenchido”, disse em entrevista à CBC.
Não precisa muito dinheiro para fazer gentileza
A estudante Sydney Cassal já participou do desafio cinco vezes.
“Na primeira vez que participei do desafio, não achei que seria possível fazer a diferença com US$ 20, mas descobri que isso não é verdade. Você não precisa ter milhões — qualquer um pode fazer a diferença.”
Essa essa história do desafio começou com dor. Katie, irmã mais nova de Kristina, era uma pessoa que se preocupava com todos.
Trabalhando como garçonete, a menina tinha o sonho de ajudar e havia acabado de concluir o curso para ser técnica de emergência médica. Antes que pudesse exercer a nova profissão, um trágico acidente a levou embora.
Naquele momento, Kristina sentiu que precisava fazer algo com o dinheiro deixado pela irmã. E a resposta veio da melhor forma: ela transformou o valor em uma lição sobre empatia e conexão.
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“Desafio da Gentileza”
Desde então, cada aluno recebe uma nota de US$ 20 e a missão de fazer um ato de gentileza. Depois, eles gravam um vídeo mostrando o que fizeram.
Alguns doam alimentos, outros fazem presentes para moradores de casas de repouso, produzem biscoitos para policiais ou costuram roupas para hospitais.
Uma das alunas, por exemplo, fez toucas de crochê para bebês prematuros.
“Quero que eles criem conexões com as pessoas ao redor deles. Queria que eles percebessem que, sabe, as pessoas ao redor deles podem estar passando por dificuldades”, contou.
Gentileza inspira
Para a professora, o projeto muda a forma como os jovens enxergam o mundo.
“Gosto que eles consigam ver o verdadeiro significado de atos de gentileza e entender o impacto que algo como um pequeno ato de gentileza pode causar.”
Boa ideia para ser copiada, não?
Veja como foi o desafio em 2024:

Kristina (à direita), pensou na ideia para honrar a memória da irmã Katie (à esquerda). – Foto; Kristina Ulmer
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“Envelhecer é conquista”: Parada do Orgulho LGBT+ vai homenagear idosos em SP; desbravadores

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9 horas atrásem
2 de maio de 2025
Renata Dias
02 / 05 / 2025 às 10 : 12
A tradicional Parada do Orgulho LGBT+, na Avenida Paulista, em São Paulo, será no dia 22 junho e vai homenagear idoso desbravadores. – Foto: ONG Dois Terços
A Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo vai ser diferente este ano: vai homenagear idosos com o tema: “Envelhecer LGBT+: Memória, Resistência e Futuro”. Um mapeamento, feito por pesquisadores da USP em 2024, mostrou 12% da população, quase 19 milhões de adultos no país, se identificam como assexuais, lésbicas, gays, bissexuais ou transgêneros (ALGBT).
A festa quer “refletir, honrar e cuidar das gerações que vieram antes”. Segundo a organização do evento, a população LGBT+ idosa enfrenta a exclusão, o abandono, a invisibilidade e a ausência de políticas públicas que assegurem uma velhice digna, segura e respeitosa, segundo o grupo Dois Terços.
A Parada LGBT+, que existe há 29 anos, vai tomar a Avenida Paulista, em São Paulo, no dia 22 de junho. O evento, comandado pela ONG POLGBT-SP (Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo) lembrou dos idosos que abriram caminho para a liberdade do amor: “Se hoje milhares ocupam ruas com orgulho e visibilidade, é porque tantas outras, antes delas, enfrentaram a repressão, o preconceito e a violência para que esse espaço de luta e celebração fosse possível.”
Primeiros LGBT+ famosos no Brasil
Nos anos 1960/1970, os primeiros homossexuais e travestis brasileiros começaram a se assumir publicamente e, sofrendo todo preconceito da época, começaram a abrir caminho para as novas gerações serem mais aceitas na sociedade. Um processo longo que continua.
Entre eles, nomes como a artista Cláudia Celeste, os estilistas Clodovil e Dener, as transformista Rogéria e Madame Satã. Depois vieram, Ney Matogrosso, Cazuza, Cássia Eller, Renato Russo, Angela Ro Ro, Roberta Close e Vera Verão entre outros, que emprestaram seus talentos e visibilidade para inspirar e mostrar à sociedade que a discriminação não é tolerável. É crime e mata.
E, em comunicado da organização da Parada fala desses brasileiros desbravadores:
“Muitas dessas pessoas ainda caminham entre nós. Outros já se despediram, mas permaneceram vivos na memória coletiva e nos marcos de cada conquista da comunidade. É essa herança de luta que a Parada SP homenageia em 2025: corpos que resistiram e que continuam a inspirar gerações.”
Pelas estimativas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2025 o Brasil terá mais de 31 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, independentemente da sexualidade.
A Assembleia Geral das Nações Unidas declarou nossos tempos como a “década do envelhecimento saudável nas Américas”.
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Aplausos nas redes sociais
Nas redes sociais, a escolha do tema foi elogiada por internautas.
“Tema incrível….Parabéns”, reagiu uma seguidora.
“Vamos celebrar quem abriu caminhos para nossa liberdade”, completou outro.
“Parabéns pelo tema! Respeita quem tem história”, ressaltou um internauta.
“Que bom! Afinal tanta gente deu a cara a tapa”, concluiu outro.

A Parada do Orgulho LGBT de São Paulo este ano será um convite à reflexão sobre a vida dos idosos e a não exclusão. – Foto: Freepik
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