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Vacinação contra a Covid-19 em Rio Branco vai ser feita em Uraps e por ‘drive thru’

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Com o envio das doses da vacina CoronaVac para o Acre, a Prefeitura de Rio Branco explicou, nesta segunda-feira (18), sobre o plano de imunização da população contra a Covid-19. O secretário de Saúde municipal, Frank Lima, disse que a imunização de alguns grupos prioritários vai ser feita em 12 Unidades de Referência de Atenção Primária (Urap) e também por meio de ‘drive thru’.

Já os profissionais de saúde vão ser imunizados nos locais de trabalho.

“Vamos ter 12 Uraps, que vão fazer essa vacinação e dois ‘drive thru’, sendo que um vai funcionar em frente ao 7º BEC e outro no [Estádio] Arena da Floresta. Agora na reunião com o PNI [Núcleo do Programa Nacional de Imunização] e a Secretaria de Estado recebemos uma colaboração muito viável e vai nos ajudar muito, que é a na primeira fase que tem que ser com os funcionários na linha de frente, então, vamos fazer a imunização no próprio local, que aí não tiramos esse trabalhador. Recebe a imunização e já permanece no trabalho”, complementou Frank Lima em entrevista ao Jornal do Acre 1ª Edição.

O governador do Acre, Gladson Cameli, anunciou, também nesta segunda, que o Acre recebeu 41 mil doses da CoronaVac, vacina contra a Covid-19. A informação inicial era de que a vacinação iria começar ainda nesta segunda, com a imunização de um profissional da saúde. Este número corresponde as duas doses da vacina.

Contudo, após um atraso, as primeiras doses da CoronaVac devem chegar no Acre às 23 horas (1h de Brasília) desta segunda, de acordo com a assessoria do governo do estado.

O G1 entrou em contato com o Ministério da saúde, por meio da assessoria de comunicação, e informou que está apurando as informações sobre todos os vôos com as doses da vacina e assim que tiver o levantamento vai repassar a informação.

Logo após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizar o uso emergencial das vacinas Coronavac e da Universidade de Oxford, na tarde desse domingo (17), o governador embarcou para São Paulo para buscar o primeiro lote para o estado.

Até esta segunda, o Acre registrava 44.775 infectados e já registrou 837 mortes pela doença. Mais de 38 mil pessoas já receberam alta médica e são consideradas curadas da doença.

Orientações

 

O prefeito Tião Bocalom destacou que a vacinação vai seguir um protocolo do Ministério da Saúde e que apenas as pessoas dos grupos prioritários vão receber a vacina. Ele pediu compreensão da população nesse momento.

“Quem não estiver dentro do protocolo não será vacina. Por favor, serão anunciados direitinho quem vai ser vacina nesse primeiro momento, não vamos nos apavorar e achar que se vacina de qualquer jeito. A vacina vai ser de acordo com o que o Ministério nos determinou. É uma situação crítica, o mundo inteiro está sofrendo com isso, mas a gente vai vencer. Vamos ter um pouco e de paciência. Nosso governador está totalmente empenhado e tenho certeza que ao longo do ano vamos vacinar todo mundo”, orientou.

Planejamento de imunização

  • CoronaVac – previsão para vacinar pessoas de 20 a 59 anos. Acre deve adquirir 700 mil doses e imunizar 350 mil pessoas;
  • Fiocruz/Oxford – vacinar grupos prioritários com a aquisição de 500 mil doses. Cerca de 230 mil pessoas devem ser imunizadas.

 

O Acre disponibiliza de mais de R$ 254 milhões do orçamento anual para a compra da vacina contra a Covid-19.

Seringas

 

A Secretaria da Saúde do Acre disse que conta com 300 mil seringas e agulhas em estoque e que, em levantamento com os municípios acreanos, estes têm 400 mil unidades. Com isso, o estado garante ter 700 mil seringas preparadas para iniciar a imunização contra Covid-19 prevista para começar em 21 de janeiro.

A informação foi confirmada na quinta-feira (14) pelo secretário de Saúde, Alysson Bestene, depois que o Ministério da Saúde informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o Acre seria uma das sete unidades da Federação que correm risco de não ter estoque suficiente para atender à demanda inicial de aplicação das vacinas.

  • Há 300 mil seringas em estoque na Sesacre e mais 400 mil nos municípios
  • Mais 1,2 milhão de seringas estão em processo de compra e a previsão de chegada é até fevereiro
  • Ministério da Saúde se comprometeu a enviar 300 mil seringas junto com as primeiras doses
  • 230,7 mil pessoas fazem parte do grupo prioritário da primeira fase da vacinação. No dia 21 de janeiro, estado deve receber 40 mil doses e começar a vacinar os trabalhadores de saúde
  • População estimada do Acre: 894.470 pessoas

 

De acordo com o plano de vacinação apresentado pelo governo, no Acre, 230.722 pessoas fazem parte do grupo prioritário para recebimento das doses. Entre os grupos estão:

  • trabalhadores de saúde – 16.864
  • pessoas de 80 anos ou mais – 9.216
  • pessoas com 60 anos ou mais institucionalizadas – 244
  • pessoas de 75 a 79 anos – 8.499
  • pessoas de 70 a 74 anos – 12.405
  • pessoas de 65 a 69 anos – 17.635
  • pessoas de 60 a 64 anos – 23.392
  • população indígena em terras indígenas – 12.222
  • comorbidades – 48.793
  • forças de segurança e salvamento – 5.666
  • trabalhadores da educação – 4.912
  • pessoas com deficiência permanente severa – 31.468
  • povos e comunidades tradicionais ribeirinhas – 20.583
  • caminhoneiros – 8.174
  • trabalhadores do transporte coletivo – 1.991
  • trabalhadores do transporte aéreo – 222
  • trabalhadores portuários – 376
  • população privada de liberdade – 7.914
  • funcionários do sistema penitenciário – 146

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Equipe do TJAC apresenta projeto “Justiça Restaurativa nas Escolas” para colégios de Cruzeiro do Sul

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Planos de trabalho estão sendo desenvolvidos com as seis unidades escolares públicas selecionadas para participar da iniciativa  

A equipe do Núcleo Permanente de Justiça Restaurativa (NUPJR) do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) realizou na última quinta-feira, 11, no auditório do Núcleo da Secretaria de Educação do Acre, uma palestra de apresentação do projeto “Justiça Restaurativa nas Escolas” para as diretoras e diretores dos colégios de Cruzeiro do Sul que farão parte desta iniciativa.



Segundo a servidora do NUPJR, Mirlene Taumaturgo, a ação além de atender ao Termo de Cooperação estabelecido entre o Ministério da Educação e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), oportuniza o cultivo de habilidades resolutiva dentro da comunidade escolar, relevante para solução de pequenos conflitos.

Nesta primeira edição do projeto na cidade de Cruzeiro do Sul, foram selecionadas para participar as escolas públicas: Dom Henrique Ruth, Professor Flodoardo Cabral, João Kubitschek, Absolon Moreira, Craveiro Costa e Professora Quita. 

Diálogo entre servidores 

Durante a estadia em Cruzeiro do Sul, a equipe do NUPJR dialogou sobre o impacto positivo da implementação de competências da justiça restaurativa no ambiente de trabalho, com as servidoras da comarca de Cruzeiro do Sul, Rozélia Moura e Rasmilda Melo, ambas integrantes do curso de formação em justiça restaurativa voltado para o Judiciário.   

 

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MPAC e Polícia Militar cumprem mandados judiciais contra investigados por ameaça a desembargador

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O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e Promotoria Criminal de Feijó, em conjunto com a Polícia Militar do Acre (PMAC), deflagrou nesta quarta-feira, 17, a “Operação Algar”, com o cumprimento de mandados de busca e apreensão contra dois investigados no município de Feijó.

A operação faz parte do procedimento de investigação criminal instaurado pelo MPAC para apurar a prática do crime de ameaça perpetrado contra um desembargador do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC). Durante as buscas, foram apreendidas duas armas de fogo além de celulares e mídias.



Conforme informações contidas nos autos, a ameaça ocorreu em decorrência da atividade jurisdicional do desembargador no julgamento que gerou a inelegibilidade de um ex-prefeito do município.

Considerando a necessidade de aprofundar as investigações, especialmente na identificação de possíveis coautores da ameaça, o MPAC solicitou o afastamento da garantia à inviolabilidade da intimidade e do domicílio, conseguindo a expedição do mandado de busca e apreensão, com autorização para acessar dispositivos eletrônicos móveis, bem como a suspensão da posse e porte de arma dos investigados, apontados como o autor direto e mandante da ameaça, e seu irmão, apontado como possível executor.

O nome da Operação Algar faz referência ao sinônimo da palavra “cova”, pois no contexto da ameaça, foi mencionado que o desembargador seria levado “para o buraco”.

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Embrapa do Acre alerta para o surto da mandarová, lagarta que é a maior ameaça à cultura da macaxeira no estado

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O maior inimigo da cultura da macaxeira no Acre, uma atividade estratégica para a economia do Estado, tem nome, é bem pequena, mas tem um poder devastador.

A mandarová, uma lagarta que é capaz de destruir plantações inteiras em poucos dias. O combate aquela que é considerada hoje o maior inseto-praga das plantações de macaxeira é um desafio para diminuir o surto que, conforme registros da Embrapa, chegou ao Acre pela primeira vez em 1980.



Em um artigo, o biólogo Rodrigo Souza Santos, doutor em Entomologia Agrícola e pesquisador da Embrapa Acre, alerta sobre os cuidados necessários para evitar a destruição dos plantios pela lagarta. As orientações vão desde o uso de luz incandescente comum, fixada a um poste, e de um tambor cortado ao meio contendo água com sabão, como coletor, que podem ser utilizadas para o monitoramento do início das revoadas das mariposas, bem como para reduzir o número de adultos na área, até a catação manual e até a produção de um inseticida biológico, produzido a partir das próprias lagartas mortas, que pode ser “fabricado” pelos próprios produtores rurais.

Leia o artigo abaixo na íntegra:

Surto populacional de insetos: o caso do mandarová-da-mandioca no Vale do Juruá

A mesorregião do Vale do Juruá corresponde a oito municípios do estado do Acre (Cruzeiro do Sul, Tarauacá, Feijó, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e Jordão), com área de 85.448 km² e população aproximada de 250 mil habitantes. A farinha de mandioca desempenha importante papel socioeconômico para as populações rurais acreanas, especialmente do Vale do Juruá. Além de gerar trabalho e renda no campo, é componente básico da dieta alimentar de grande parte das famílias. Em 2018, a tradicional farinha produzida em Cruzeiro do Sul entrou para a lista de produtos com selo de indicação geográfica, que atesta sua procedência e qualidade.

A produção de mandioca é uma atividade estratégica para a economia acreana, mas, como toda cultura agrícola, enfrenta entraves que podem representar ameaça ao fortalecimento desse arranjo produtivo local, destacando-se a incidência de pragas. Atualmente os insetos-praga associados ao cultivo da mandioca no estado do Acre são: a mosca-das-galhas [Jatrophobia brasiliensis (Rüebsaamen)], mosca-branca [Bemisia tabaci (Genn.)], percevejos-de-renda [Vatiga manihotae (Drake), Vatiga illudens (Drake) e Gargaphia opima (Drake)], formigas-cortadeiras [Atta spp. e Acromyrmex sp.], broca-da-haste [Sternocoelus sp.] e o mandarová-da-mandioca [Erinnyis ello (L.)]. Esse último é considerado o inseto-praga mais importante da cultura, devido aos danos que provoca em altas infestações.

O mandarová-da-mandioca, conhecido como “gervão”, “mandarová”, “mandruvá” ou “lagarta-da-mandioca”, é uma mariposa (ordem Lepidoptera) com 90 mm de envergadura, coloração acinzentada e faixas pretas no abdome. As asas anteriores são de coloração cinza e as posteriores são vermelhas com bordos pretos. Na fase jovem, os insetos causam danos às suas plantas hospedeiras, visto que as lagartas são herbívoras vorazes, podendo consumir até 12 folhas bem desenvolvidas em 15 dias. Por outro lado, quando adultos, se alimentam de néctar e não causam danos à cultura.

Todo inseto herbívoro é classificado como praga a partir de seu nível populacional e nível de dano que provoca na planta hospedeira. No estado do Acre, frequentemente são registrados surtos do mandarová em plantios de mandioca, especialmente na região do Vale do Juruá, mas também já houve registro de surto populacional desse inseto-praga em cultivos de seringueira. Entretanto, o mandarová é um inseto polífago, podendo se alimentar de mais de 35 espécies de plantas.

Um surto populacional de insetos é um evento de alta complexidade, determinado por diversos fatores (bióticos e/ou abióticos) interligados, extremamente difícil de se prever. No entanto, algumas situações certamente contribuem para ocorrência desse evento, tais como: 1) monocultivo – sistema de produção que simplifica o ecossistema e permite aos insetos acessarem grande quantidade de recurso alimentar, geralmente em plantas com baixa diversidade genética; 2) temperatura, luminosidade, umidade e precipitação – os insetos necessitam de condições abióticas ótimas para se desenvolverem e reproduzirem; 3) controle biológico natural – os inimigos naturais (predadores, parasitoides e entomopatógenos) são responsáveis pela regulação de populações de insetos herbívoros em condições naturais. Assim, a ausência de inimigos naturais permite que os herbívoros se proliferem mais rapidamente; e 4) potencial biótico do inseto-praga – cada espécie de inseto possui uma capacidade máxima de reprodução, que é determinada, dentre outros fatores, pela duração de seu ciclo de vida e tamanho da sua prole, em condições ideais.

A literatura aponta que o primeiro surto do mandarová em cultivo de mandioca no Acre ocorreu em 1980, seguido de outros dois em 1993 e 1998, com perdas de até 60% na produção. Posteriormente, datam surtos de menor magnitude em 2002 e 2007, e surtos mais recentes na região do Vale do Juruá, registrados em 2019, na Terra Indígena Carapanã, localizada à margem do Rio Tarauacá, e em 2023, em propriedades rurais de Cruzeiro do Sul. Em 2014 foram registrados surtos do mandarová em seringais comerciais de sete municípios acreanos.

A catação manual, com eliminação das lagartas por esmagamento ou corte com tesoura, é recomendada para cultivos de mandioca de até 2 ha. A eliminação de plantas invasoras hospedeiras à praga, presentes na plantação ou em suas imediações é outra alternativa para minimizar os riscos de surtos. No que tange ao controle químico, atualmente 22 produtos estão registrados no Ministério da Agricultura e Pecuária para o controle do mandarová na cultura da mandioca. É importante ressaltar que a aquisição e utilização de qualquer inseticida devem ser recomendadas por um engenheiro-agrônomo, seguindo-se o receituário agronômico apropriado, além da observância quanto ao uso de equipamento de proteção individual (EPI).

Existem insetos predadores e parasitoides associados ao mandarová atuando no controle biológico do inseto em campo. No entanto, o principal agente de controle biológico natural é o Baculovirus erinnyis, um vírus específico do inseto, que não causa danos em humanos. Aproximadamente 4 dias após a ingestão do vírus pelas lagartas surgem os primeiros sintomas de infecção no organismo do inseto (descoloração da lagarta, perda dos movimentos e da capacidade de se alimentar). No estágio final da infecção, as lagartas morrem e ficam dependuradas nos pecíolos das folhas.

Para produção desse inseticida biológico, lagartas recém-mortas são coletadas e maceradas com uso de aproximadamente 5 mL de água pura. Essa mistura deve ser coada em um pano fino e limpo, resultando em um líquido viscoso que pode ser acondicionado em embalagem plástica tipo “sacolé” e congelado por prazo indefinido. Para ser utilizado, o produto deve ser descongelado e diluído em água limpa, na proporção de 100 mL do extrato por hectare, para pulverização no campo. O uso do baculovírus pode controlar até 98% das lagartas nos primeiros 3 dias após a aplicação, quando realizada em lagartas jovens, entre o primeiro e terceiro instar (até aproximadamente 3 cm de comprimento).

Rodrigo Souza Santos é Biólogo, doutor em Entomologia Agrícola, pesquisador da Embrapa Acre, Rio Branco, AC

Fotos: Embrapa/AC.

O monitoramento do cultivo é essencial para a tomada de decisão sobre a época e formas de controle do mandarová. Armadilhas atrativas, com uso de luz incandescente comum, fixada a um poste, e de um tambor cortado ao meio contendo água com sabão, como coletor, podem ser utilizadas para o monitoramento do início das revoadas das mariposas, bem como para reduzir o número de adultos na área.

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