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Vento ajuda entregador na alta temperatura, diz iFood – 06/01/2025 – Mercado

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Joana Cunha, Stéfanie Rigamonti

Diferentemente do que aconteceu na pandemia, quando as empresas de delivery foram cobradas por melhores condições de trabalho para os entregadores nas ruas, a onda de calor não aparece como um foco potencial de crise, segundo as previsões do diretor-presidente do iFood, Diego Barreto.

“Talvez porque seja uma dinâmica um pouco diferente. O fato de o entregador, na prática, estar exposto, é ruim na chuva. Mas no sol, obviamente, bem paramentado, o vento joga a favor”, diz.

De acordo com o executivo, a conservação do alimento transportado também está preservada porque as embalagens utilizadas suportam o tempo médio das corridas.

Dentre as mudanças observadas pela empresa no comportamento do consumidor no pós-pandemia, uma das mais significativas foi o crescimento da cultura de delivery em novas categorias, como farmácia, pet shop e atacado.

Com a ajuda da inteligência artificial, segundo Barreto, o iFood tem desenvolvido soluções para compreender melhor os comportamentos do consumidor, o que pode ajudar na redução de fraudes e na atração de novos clientes presenciais para os restaurantes.

Na pandemia, vocês foram muito cobrados por medidas para a segurança do entregador. Agora, com o aquecimento, os termômetros marcando 38 graus em São Paulo, vocês já têm recebido algum tipo de demanda sobre isso ou estão pensando em algo para dar uma solução para isso? Não, nós não recebemos demanda e não pensamos em uma solução nova. Em nada do que a gente ouve dos entregadores isso aparece. Talvez porque seja uma dinâmica um pouco diferente. O fato de o entregador, na prática, estar exposto, é ruim na chuva. Mas no sol, obviamente, bem paramentado, o vento joga a favor.

Então, talvez isso não tenha surgido ainda porque, de alguma forma, isso não esteja incomodando. Nada até agora apareceu gerando esse tipo de demanda dos entregadores.

E em relação à conservação dos alimentos? O tempo médio do momento em que você pede ao que você recebe é de 28 minutos. O tempo de deslocamento nessa média é de 10 minutos. O isopor é suficiente para manter a temperatura máxima e mínima em que o alimento deve chegar.

Não chegou nenhum tipo de impacto no alimento. Se estivesse se deslocando 40 minutos, seria outra discussão. Mas a grande maioria dos meus raios é de até 3 km, muito curto.

A empresa investe muito em tecnologia, mas então, no caso da conservação dos alimentos, não é preciso criar nada a mais para avançar neste aspecto? O que existe já é suficiente? Existe um componente que é o do restaurante, a embalagem. O restaurante entra nesta cota de responsabilidade, porque ele quer que o alimento chegue bom, na temperatura exata. Quando você pensa em um sorvete, por exemplo, você vai recebê-lo em um isopor dentro de outro isopor. São duas camadas. Muitos [restaurantes] japoneses colocam alguma coisa gelada dentro, seja um plástico com um líquido gelado, ou a própria embalagem tem uma espécie de plastificação para temperatura. Então, este problema não existe hoje. Exceto, se estivéssemos falando de 40 minutos de distância.

Já fizemos parcerias com algumas universidades para evoluir tecnologicamente nisso. E a conclusão é que, neste momento, não é necessário. Esse é um investimento desnecessário. Você não vai adicionar nada na qualidade do alimento, na temperatura ideal, se você investir mais nisso.

A inteligência artificial tem transformado os negócios muito rapidamente. Como o iFood tem acompanhado isso? Vou mostrar um exemplo prático: a cada cem pessoas que entram no aplicativo, quantas são aprovadas sob a ótica do pagamento? A conversão média de uma empresa brasileira está na casa de 70% a 80%. Mas quando chega até o final, se é um fraudador e isso passa pelo meu mecanismo antifraude, é prejuízo meu. Na prática, o restaurante entregou e eu vou ter que pagar para o restaurante.

A média brasileira disso é 1%. Você pode pensar: 1% não é nada. Mas se eu vendo R$ 70 bilhões por ano, são R$ 700 milhões de fraude. Depois que eu implementei o nosso modelo de IA, a aprovação do cartão, de 70% a 80% veio para 97%. E eu perco 0,08% com fraude. Então, o que isso significa? Havia inúmeras vendas que eu não estava fazendo para o restaurante, e agora estão vendendo a mais. Eu comecei a eliminar inúmeros prejuízos que me estrangulavam de uma ponta para a outra. Isso é IA.

Como vocês conseguiram isso por meio da IA? Porque 90% do nosso modelo é machine learning. Ele começa a aprender comportamento. Com isso, eu saio de uma lógica de regra dura, do tipo: em casos de pessoas que estão comprando pela primeira vez, se a compra for alta e em um restaurante que não opere muito bem, o sistema acha que é fraude e bloqueia. Essa é a regra dura. É assim que trabalham todas as empresas que não têm IA. Então, o que o nosso modelo passa a fazer? Analisa o comportamento não só da pessoa, mas também do restaurante.

Vocês têm notado alguma nova tendência no consumidor? Temos visto movimento do consumidor, cada vez mais, para outras categorias. Supermercado, farmácia e pet shop crescem há 24 meses seguidos. Todos os meses, mês contra mês. Em farmácia, é 10% de crescimento num mês contra o outro. Se eu crescer de 5% a 10% todo mês, duplica o negócio todo ano.

Então, está crescendo em restaurante, mas estas outras categorias estão voando. As pessoas insistem em achar que a gente cresceu muito em restaurante na pandemia.

Imagino que foi, não? Não é aí que está o efeito da pandemia, na verdade. É nestas outras categorias. E dentro do supermercado tem uma cerejinha do bolo: atacado. Preço baixo.

Voltando ao tema da mudança climática e da transição energética, como vocês pensam em adaptar a frota dos entregadores? Tem projeto de eletrificação de frota?

Temos um time no iFood que só faz isso. A gente não vai construir moto. Mas eu vou colocar dinheiro, garantir demanda, financiar o entregador para ele adquirir. E eu estou fazendo isso há três anos.

E como está a questão da regulamentação do trabalho dos entregadores? Como estão as conversas com o governo? O diálogo existe, mas não teve nada novo.


RAIO-X | DIEGO BARRETO, 41

Formado em direito pela PUC-SP, ingressou no Grupo Movile em 2016, que tem participação no iFood, e está na empresa de entregas desde 2018, quando assumiu como diretor financeiro e vice-presidente de finanças e estratégia. Chegou ao cargo de CEO no iFood em maio de 2024. Fez MBA no IMD Business School e é autor dos livros: “Nova Economia” e “O Cientista e o Executivo”



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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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