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viagem à Pensilvânia, campo de batalha eleitoral

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O portão está fechado, a feira agrícola Butler está deserta e a emoção diminuiu. Foi aqui, nesta cidade da Pensilvânia, ao norte de Pittsburgh, que a história quase mudou no dia 13 de julho, quando um jovem tentou assassinar Donald Trump no meio de uma reunião; a bala atingiu sua orelha. A cena, eternizada pelas câmeras, fez história, com um presidente furioso, gritando com seus apoiadores «lute, lute, lute! » (“lutar!”). Naquele dia, todos acreditavam que a campanha para as eleições presidenciais de terça-feira, 5 de novembro, estava encerrada, com esta reviravolta do destino, atribuída a Deus por alguns apoiantes de Donald Trump face a um envelhecido Joe Biden. Depois, o presidente democrata teve de jogar a toalha em 21 de julho, dando lugar à sua vice-presidente, Kamala Harris, e relançando a corrida à Casa Branca.

Muito antes do 13 de Julho, a Pensilvânia era o centro do campo de batalha eleitoral. De acordo com o ditado, “quem quer que ganhe na Pensilvânia vence as eleições americanas”. Foi o que aconteceu em 2016, quando o republicano Trump venceu este estado – que faz parte do Cinturão da Ferrugem, devido à desindustrialização significativa – e os seus 20 principais eleitores, com uma vantagem de 44.000 votos entre cerca de 7 milhões de eleitores. Foi novamente em 2020, quando o democrata Biden, natural do estado, foi declarado vencedor, após vários dias de recontagem dos votos e 81 mil votos a mais que seu rival. E sem dúvida ainda será na noite de 5 de novembro. Às vésperas da eleição, as pesquisas mostram os dois candidatos lado a lado, impossível decidir antecipadamente.

Apoiadores de Donald Trump ouvem o candidato republicano durante um comício de campanha no PPL Center em Allentown, Pensilvânia, em 29 de outubro de 2024.
Donald Trump, ferido após um tiroteio, é cercado por agentes do Serviço Secreto dos EUA durante um comício de campanha em Butler, Pensilvânia, em 13 de julho de 2024. Donald Trump, ferido após um tiroteio, é cercado por agentes do Serviço Secreto dos EUA durante um comício de campanha em Butler, Pensilvânia, em 13 de julho de 2024.

Curioso estado, fundado em 1681 pelo reformador religioso inglês William Penn, hoje povoado por 13 milhões de habitantes e com uma área igual a um quinto da França, a Pensilvânia não tem unidade, abrigando duas grandes metrópoles, a efêmera capital da União , Filadélfia, onde a Constituição Americana foi escrita em 1787, e a cidade siderúrgica de Pittsburgh, encarnação da revolução industrial. Ambos são democratas, separados por zonas rurais montanhosas, povoadas por mórmons, agricultores protestantes ou antigos mineiros de carvão, conquistados pelos republicanos.

Em Butler, onde a votação antecipada foi realizada na segunda-feira, 28 de outubro, não resta nada, ou quase nada, do drama de julho. Em frente ao local do ataque, o horticultor que vende abóboras nesta época de Halloween não quer conversar. “Eu administro meu estresse pós-traumático”, ela confidencia. Este não é o caso de Chelsea Rowe, 33 anos, assistente de recepção da vendedora de equipamentos agrícolas M&R ​​Power Equipment, que demonstra um cinismo incomum nos Estados Unidos: “O FBI veio por uma semana e eles foram embora. Por um momento pensamos que o tiro tinha sido disparado do nosso telhado. Tínhamos fechado, nos deu um dia de folga”, ela responde com um sorriso. Seu colega, Justin Olayer, entregador da empresa, acha que o ataque fortaleceu Donald Trump. “Você não encontrará muitos democratas aqui. Estou na estrada todos os dias. Você só vê sinais de Trump, muito pequena Kamala. Apenas Pittsburgh e Filadélfia votam nos democratas, todos os demais são republicanos. »

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Ufac recebe equipamentos para Laboratórios de Toxicologia e Farmácia Viva — Universidade Federal do Acre

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Ufac recebe equipamentos para Laboratórios de Toxicologia e Farmácia Viva — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou nesta segunda-feira, 1º, na sala ambiente do bloco de Nutrição, a entrega oficial do material destinado ao Laboratório de Toxicologia Analítica e ao Projeto Farmácia Viva, reforçando a infraestrutura científica da instituição e ampliando o suporte às ações de ensino, pesquisa e extensão.

A ação integra o Projeto de Implantação do Laboratório de Toxicologia Analítica, que recebeu a doação de 21 equipamentos permanentes, adquiridos com recursos do Ministério Público do Trabalho da 14ª Região (MPT-14), mediante autorização da Primeira Vara Federal do Acre. A iniciativa reconhece o interesse público e a relevância social das atividades desenvolvidas pela Universidade Federal do Acre, especialmente nas áreas da saúde, inovação científica e desenvolvimento regional.

Os equipamentos recebidos fortalecem duas frentes estratégicas da instituição. No âmbito do Projeto Farmácia Viva, eles ampliam a capacidade de cultivo, processamento e controle de qualidade de plantas medicinais, reforçando também as ações de extensão voltadas à promoção da saúde e ao uso racional de fitoterápicos. Já na área de toxicologia analítica, os novos aparelhos permitem o desenvolvimento e validação de métodos de análise, o processamento de matrizes biológicas e ambientais e o suporte a investigações científicas e forenses.

“Parabenizo os três professores que estão à frente desse projeto: a professora Marta Adelino, Dayan Marques e Anne Grace. Isso moderniza nossa universidade e representa um salto qualitativo na formação de profissionais”,  afirma a reitora Guida Aquino.

O professor Dayan de Araújo Marques, docente do Centro de Ciências da Saúde e do Desporto (CCSD) e farmacêutico industrial, realizou a apresentação das fases do projeto. Ele destacou que a parceria com o MPT-14 representa a consolidação de um espaço científico. “Essa consolidação é capaz de oferecer respostas mais rápidas e precisas às demandas de saúde e meio ambiente no Acre, reduzindo a dependência de laboratórios externos e ampliando o impacto social das pesquisas desenvolvidas na universidade”.

Com a entrega desse conjunto tecnológico, a instituição eleva seu potencial de atuação laboratorial e reafirma o compromisso com a produção de conhecimento e o atendimento às demandas da sociedade acreana.

Também compuseram o dispositivo de honra o Pró Reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes; a coordenadora do projeto do laboratório de toxicologia analítica, Marta Adelino da Silva Faria; a procuradora do Trabalho, representando o ministério público, Ana Paula Pinheiro de Carvalho.

 



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Curso de Medicina Veterinária da Ufac promove 4ª edição do Universo VET — Universidade Federal do Acre

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Curso de Medicina Veterinária da Ufac promove 4ª edição do Universo VET — Universidade Federal do Acre

As escolas da rede municipal realizam visitas guiadas aos espaços temáticos montados especialmente para o evento. A programação inclui dois planetários, salas ambientadas, mostras de esqueletos de animais, estudos de células, exposição de animais de fazenda, jogos educativos e outras atividades voltadas à popularização da ciência.

A pró-reitora de Inovação e Tecnologia, Almecina Balbino, acompanhou o evento. “O Universo VET evidencia três pilares fundamentais: pesquisa, que é a base do que fazemos; extensão, que leva o conhecimento para além dos muros da Ufac; e inovação, essencial para o avanço das áreas científicas”, afirmou. “Tecnologias como robótica e inteligência artificial mostram como a inovação transforma nossa capacidade de pesquisa e ensino.”

A coordenadora do Universo VET, professora Tamyres Izarelly, destacou o caráter formativo e extensionista da iniciativa. “Estamos na quarta edição e conseguimos atender à comunidade interna e externa, que está bastante engajada no projeto”, afirmou. “Todo o curso de Medicina Veterinária participa, além de colaboradores da Química, Engenharia Elétrica e outras áreas que abraçaram o projeto para complementá-lo.”

Ela também reforçou o compromisso da universidade com a democratização do conhecimento. “Nosso objetivo é proporcionar um dia diferente, com aprendizado, diversão, jogos e experiências que muitos estudantes não têm a oportunidade de vivenciar em sala de aula”, disse. “A extensão é um dos pilares da universidade, e é ela que move nossas ações aqui.”

A programação do Universo VET segue ao longo do dia, com atividades interativas para estudantes e visitantes.

(Fhagner Soares, estagiário Ascom/Ufac)



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Doutorandos da Ufac elaboram plano de prevenção a incêndios no PZ — Universidade Federal do Acre

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Doutorandos da Ufac elaboram plano de prevenção a incêndios no PZ — Universidade Federal do Acre

Doutorandos do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal (Rede Bionorte) apresentaram, na última quarta-feira, 19, propostas para o primeiro Plano de Prevenção e Ações de Combate a Incêndios voltado ao campus sede e ao Parque Zoobotânico da Universidade Federal do Acre (Ufac). A atividade foi realizada na sala ambiente do PZ, como resultado da disciplina “Fundamentos de Geoinformação e Representação Gráfica para a Análise Ambiental”, ministrada pelo professor Rodrigo Serrano.

A ação marca a primeira iniciativa formalizada voltada à proteção do maior fragmento urbano de floresta em Rio Branco. As propostas foram desenvolvidas com o apoio de servidores do PZ e utilizaram ferramentas como o QGIS, mapas mentais e dados de campo.

Entre os produtos apresentados estão o Mapa de Risco de Fogo, com análise de vegetação, áreas urbanas e tráfego humano, e o Mapa de Rotas e Pontos de Água, com trilhas de evacuação e açudes úteis no combate ao fogo.

Os estudos sugerem a criação de um Plano Permanente com ações como: Parcerias com o Corpo de Bombeiros; Definição de rotas de fuga e acessos de emergência; Manutenção de aceiros e sinalização; Instalação de hidrantes ou reservatórios móveis; Monitoramento por drones; Formação de brigada voluntária e contratação de brigadistas em período de estiagem.

O Parque Zoobotânico abriga 345 espécies florestais e 402 de fauna silvestre. As medidas visam garantir a segurança da área, que integra o patrimônio ambiental da universidade.

“É importante registrar essa iniciativa acadêmica voltada à proteção do Campus Sede e do PZ”, disse Harley Araújo da Silva, coordenador do Parque Zoobotânico. Ele destacou “a sensibilidade do professor Rodrigo Serrano ao propor o desenvolvimento do trabalho em uma área da própria universidade, permitindo que os doutorandos apliquem conhecimentos técnicos de forma concreta e contribuam diretamente para a gestão e segurança” do espaço.

Participaram da atividade os doutorandos Alessandro, Francisco Bezerra, Moisés, Norma, Daniela Silva Tamwing Aguilar, David Pedroza Guimarães, Luana Alencar de Lima, Richarlly da Costa Silva e Rodrigo da Gama de Santana. A equipe contou com apoio dos servidores Nilson Alves Brilhante, Plínio Carlos Mitoso e Francisco Félix Amaral.

 



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