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Vídeo de Amsterdã não mostra ataque a israelenses – DW – 12/11/2024

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Nos dias seguintes ao motins após a partida de futebol entre Ajax Amsterdam e Maccabi Tel Aviv, a cobertura do evento pela mídia internacional foi fortemente criticada. Um vídeo publicado por um fotógrafo holandês na plataforma X foi retransmitido por muitos meios de comunicação — e deturpado no processo.

Na noite de quinta para sexta-feira em Amsterdã, torcedores israelenses entraram em confronto com moradores locais e torcedores pró-palestinos durante a partida da Liga Europa entre o time holandês da primeira divisão Ajax Amsterdam e o Maccabi Tel Aviv. Segundo a polícia, ocorreram tumultos em vários locais do centro da cidade, 62 pessoas foram presas e cinco pessoas foram levadas ao hospital.

Os ataques aos adeptos israelitas em Amesterdão causaram indignação internacional. No entanto, segundo a políciaos apoiantes do Maccabi também já se tinham revoltado e provocado, queimando bandeiras palestinianas, entre outros actos.

Para ilustrar isso, um vídeo da fotógrafa holandesa Annet De Graaf foi utilizado diversas vezes para mostrar os atos de violência cometidos por torcedores israelenses. No entanto, foi deturpado por muitos dos principais meios de comunicação nas suas reportagens. Muitos usuários compartilharam e divulgaram as postagens virais com as mesmas alegações falsas, como visto aqui.

Os meios de comunicação alemães, como a emissora alemã Tagesschau, os jornais FAZ e Fotoe meios de comunicação internacionais como o O Wall Street Journal, Canal 4e BBC mostrou partes deste vídeo ou capturas de tela.

Alegar: “Torcedores de futebol israelenses foram perseguidos e espancados em Amsterdã, no que os políticos israelenses e holandeses chamaram de ataques antissemitas”, escreveu O Wall Street Journal em um título encontrado aqui.

O jornal alemão Foto também usou uma captura de tela do vídeo com a legenda: “A caça aos judeus estourou novamente: a multidão árabe persegue torcedores de futebol em Amsterdã”.

DW Verificação de fatos: Falso

O vídeo de De Graaf mostra torcedores do clube de futebol israelense Maccabi Tel Aviv atacando moradores ao redor da Estação Central de Amsterdã.

Portanto, não mostra pró-palestinos perseguindo israelenses, como tem sido falsamente afirmado por vários meios de comunicação, mas sim torcedores de futebol israelenses atacando moradores locais e torcedores de futebol pró-palestinos.

Nesta imagem tirada de um vídeo, policiais patrulham com equipamento de choque nas ruas de Amsterdã
Policiais patrulharam as ruas de Amsterdã com equipamento anti-motim na segunda-feira, enquanto a cidade enfrentava tensões após a violência da semana passada.Imagem: Aliança AP/imagem

Outro vídeo de um jovem repórter holandês, Ome Benderapoia a versão de De Graaf porque mostra as mesmas cenas violentas de um ângulo diferente.

Muitos Usuários têm repetidamente apontado o uso indevido das imagens nas redes sociais, assim como tem A própria De Graaf. Eles explicaram que os perpetradores eram israelenses e não torcedores de futebol pró-palestinos.

Em uma postagem viral, De Graaf pediu à mídia que classificasse seu material corretamente e pedisse desculpas. UM jornalista de Tagesschau já atendeu a esse pedido. A própria Tagesschau emitiu uma correção e editou o vídeo inicial e postou um nova versão on-line.

A DW também não categorizou inicialmente as imagens corretamente, mas desde então publicou uma correção em a postagem:

“Mostramos os clipes marcados com a marca d’água X/iAnnet no contexto errado. A autora do clipe diz que filmou torcedores do Maccabi que atacaram cidadãos de Amsterdã em frente à Estação Central após o jogo.”

Outros meios de comunicação também substituíram ou excluíram as sequências de vídeo ou as correções publicadas.

A identidade exata dos homens no vídeo permanece obscura. Uma porta-voz da polícia de Amsterdã disse em entrevista à DW que o vídeo feito pelo fotógrafo holandês é objeto de uma investigação em andamento. Atualmente, a polícia não pode fornecer qualquer informação sobre a identidade dos perpetradores vistos no vídeo.

Editado por: Martin Kuebler





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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.

Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.

Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.” 

A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”

Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.” 

Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”

A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde. 

Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.

 



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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.

Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria. 

“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”

 



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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

O curso e o Centro Acadêmico de Letras/Português da Ufac iniciaram, nessa segunda-feira, 10, no anfiteatro Garibaldi Brasil, sua 24ª Semana Acadêmica, com o tema “Minha Pátria é a Língua Pretuguesa”. O evento é dedicado à reflexão sobre memória, decolonialidade e as relações históricas entre o Brasil e as demais nações de língua portuguesa. A programação segue até sexta-feira, 14, com mesas-redondas, intervenções artísticas, conferências, minicursos, oficinas e comunicações orais.

Na abertura, o coordenador da semana acadêmica, Henrique Silvestre Soares, destacou a necessidade de ligar a celebração da língua às lutas históricas por soberania e justiça social. Segundo ele, é importante que, ao celebrar a Semana de Letras e a independência dos países africanos, se lembre também que esses países continuam, assim como o Brasil, subjugados à força de imperialismos que conduzem à pobreza, à violência e aos preconceitos que ainda persistem.

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, salientou o compromisso ético da educação e reforçou que a universidade deve assumir uma postura crítica diante da realidade. “A educação não é imparcial. É preciso, sim, refletir sobre essas questões, é preciso, sim, assumir o lado da história.”

A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou a força do tema proposto. Para ela, o assunto é precioso por levar uma mensagem forte sobre o papel da universidade na sociedade. “Na própria abertura dos eventos na faculdade, percebemos o que ocorre ao nosso redor e que não podemos mais tratar como aula generalizada ou naturalizada”, observou.

O diretor do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela), Selmo Azevedo Pontes, reafirmou a urgência do debate proposto pela semana. Ele lembrou que, no Brasil, as universidades estiveram, durante muitos anos, atreladas a um projeto hegemônico. “Diziam que não era mais urgente nem necessário, mas é urgente e necessário.”

Também estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-reitor, Josimar Batista Ferreira; o coordenador de Letras/Português, Sérgio da Silva Santos; a presidente do Cela, Thaís de Souza; e a professora do Laboratório de Letras, Jeissyane Furtado da Silva.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 

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