MUNDO
Vigilância de armas químicas pede investigação na Síria após derrubada de al-Assad | Notícias

PUBLICADO
6 meses atrásem
O chefe do órgão internacional de vigilância de armas químicas diz que pedirá aos novos líderes da Síria que concedam aos investigadores acesso ao país para trabalhar na identificação dos autores dos ataques que mataram e feriram milhares de pessoas durante a guerra civil.
Discursando numa sessão especial da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) na quinta-feira, Fernando Arias disse que seu gabinete recebeu sinais positivos da Síria sobre a necessidade de livrar o país das armas químicas, mas nenhum pedido formal foi recebido.
O conselho executivo de 41 membros da OPAQ reuniu-se em Haia para discutir os próximos passos após a súbita derrubada do presidente sírio, Bashar al-Assad.
Falando antes da reunião, a embaixadora dos Estados Unidos na OPAQ, Nicole Shampaine, disse que Washington via a queda de al-Assad como uma oportunidade extraordinária para livrar a Síria das armas químicas.
“Queremos terminar o trabalho e é realmente uma oportunidade para a nova liderança da Síria trabalhar com a comunidade internacional, trabalhar com a OPAQ para concluir o trabalho de uma vez por todas”, disse Shampaine.
Arias disse que a evolução do cenário político na Síria oferece uma oportunidade para a organização finalmente obter esclarecimentos sobre toda a extensão e alcance do programa de armas químicas sírio, após 11 anos de inspeções.
Alertando sobre os riscos de proliferação, ele disse: “As vítimas merecem que os perpetradores que identificamos sejam levados à justiça” após o uso múltiplo de armas químicas durante a guerra de 13 anos na Síria.
Arias buscará acesso para a Equipe de Investigação e Identificação da OPAQ. Essa unidade e um mecanismo conjunto das Nações Unidas-OPAQ já identificaram as forças armadas da Síria como tendo utilizado armas químicas nove vezes entre 2015 e 2017.
Os culpados de muitos ataques permanecem não identificados.
‘Agir com impunidade’
A Síria aderiu à OPAQ em 2013 ao abrigo de um acordo EUA-Rússia e 1.300 toneladas métricas de armas químicas e precursores foram destruídas pela comunidade internacional. Mas depois de mais de uma década de inspeções, a Síria ainda possui munições proibidas.
A Síria governada por Al-Assad e o seu aliado militar, a Rússia, sempre negaram o uso de armas químicas durante a guerra.
Com a Síria ainda em desordem com uma miríade de grupos armados em todo o país devastado, a OPAQ procura agir rapidamente para impedir a utilização de quaisquer armas químicas.
Ecoando tais preocupações, o embaixador da Alemanha na OPAQ, Thomas Schieb, disse: “Os armazéns e instalações relevantes precisam ser identificados, protegidos e abertos para inspeção pela OPAQ”.
“Iremos julgar as novas autoridades sírias pelas suas ações. Agora é a oportunidade de destruir de forma definitiva e verificável os restos do programa de armas químicas de al-Assad.”
Ataques israelenses
Entretanto, Israel continuou a atacar a Síria, atacando portos e armazéns de mísseis em Latakia e Tartous, à medida que as suas tropas terrestres se aprofundavam numa área desmilitarizada nas Colinas de Golã sírias, expandindo, na verdade, a sua ocupação da área.
As forças israelenses lançaram mais de 480 ataques aéreos contra locais sírios desde a queda de al-Assad no domingo, dando continuidade a uma campanha iniciada enquanto o líder deposto estava no poder.
O porta-voz do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, disse estar profundamente preocupado com “as recentes e extensas violações da soberania e integridade territorial da Síria”.
“O secretário-geral está particularmente preocupado com as centenas de ataques aéreos israelitas em vários locais da Síria, sublinhando a necessidade, a necessidade urgente, de diminuir a violência em todas as frentes em todo o país”, disse Stephane Dujarric aos jornalistas.
Defendendo as ações de Israel, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que os ataques visam garantir que o equipamento militar do exército sírio não caia nas “mãos erradas”.
Daniel Levy, antigo negociador israelita e presidente do Projecto EUA/Médio Oriente, disse que Israel está a aproveitar o momento para “debilitar” qualquer futura autoridade síria “da sua capacidade de se defender”.
“Acho que o sinal que Israel pensa estar enviando é: ‘Estamos aqui. Somos os policiais regionais. … Podemos agir impunemente’”, disse Levy à Al Jazeera.
Os ataques ocorreram enquanto centenas de pessoas assistiam ao funeral do activista sírio assassinado Mazen al-Hamada, cujo corpo foi recentemente encontrado na prisão de Sednaya, uma instalação nos arredores de Damasco que a Amnistia Internacional chamou de “matadouro humano”.
Embora se pense que todos os detidos foram libertados, milhares continuam desaparecidos.
A nova administração da Síria apelou aos cidadãos para se candidatarem para ingressar na força policial, comprometendo-se a instituir o “estado de direito” após anos de abusos sob al-Assad.
Mohammed Vall, da Al Jazeera, reportando de Damasco, disse que os novos governantes da Síria têm tarefas “enormes” pela frente.
Além das preocupações políticas e de segurança, o país enfrenta uma “confusão económica”, disse ele.
“As pessoas não podem esperar. Este país está no fundo do poço por causa do que está acontecendo na economia”, disse Vall.
Relacionado
VOCÊ PODE GOSTAR
MUNDO
Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

PUBLICADO
4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
Leia mais notícia boa
- Menino autista imita cantos de pássaros na escola e vídeo viraliza no mundo
- Cidades apagam as luzes para milhões de pássaros migrarem em segurança
- Três Zoos unem papagaios raros para tentar salvar a espécie
Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
Leia Mais: Só Notícias Boas
Relacionado
MUNDO
Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

PUBLICADO
4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
Leia mais notícia boa
A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
Relacionado
MUNDO
Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

PUBLICADO
4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
Leia mais notícia boa
Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
Warning: Undefined variable $user_ID in /home/u824415267/domains/acre.com.br/public_html/wp-content/themes/zox-news/comments.php on line 48
You must be logged in to post a comment Login