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Yahya Sinwar pode estar morto, mas não há fim à vista para este genocídio | Opiniões

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Na quinta-feira, 17 de outubro, Israel morto O líder do Hamas, Yahya Sinwar, na Faixa de Gaza – o mais recente “alvo de alto valor” numa guerra genocida que ceifou a vida de mais de 42.000 palestinos em pouco mais de um ano e que agora se espalhou para Líbano.

É claro que a eliminação de Sinwar dificilmente significa o fim do genocídio, como deixou claro o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, no seu anúncio pós-assassinato: “Hoje acertámos as contas. Hoje o mal sofreu um golpe, mas a nossa tarefa ainda não foi concluída.”

Felizmente para as potências que estão numa nação cuja própria existência se baseia no massacre perpétuo, a “tarefa” israelita nunca será totalmente concluída – pelo menos enquanto ainda existirem palestinianos e colegas árabes empenhados em resistir aos esforços sanguinários de Israel.

E, no entanto, a morte de Sinwar tornará ainda mais difícil para Israel continuar a justificar a sua actual guerra contra Gaza, e essa justificação nunca foi realmente assuntos ao principal patrocinador internacional de Israel, os Estados Unidos da América.

Na verdade, EUA cumplicidade o genocídio implica há muito tempo assistência na localização de Sinwar; em agosto, o New York Times relatado que a administração Joe Biden tinha “investido vastos recursos na tentativa de encontrar” o líder do Hamas, fornecendo “radar de penetração no solo” a Israel, ao mesmo tempo que encarregava as agências de espionagem dos EUA “de interceptar as comunicações do Sr. Sinwar”.

Como o setembro israelense assassinato em Beirute do icônico secretário-geral do Hezbollah, Hassan Nasrallah, o assassinato de Sinwar é sem dúvida simbólico, dado o historial do homem em escapar aos desígnios mortais de Israel.

Nos últimos 12 meses, Sinwar permaneceu na Faixa de Gaza e continuou a liderar operações militares contra Israel, demonstrando um pouco mais de coragem do que, digamos, um certo líder israelita que prefere voar ao redor do mundo. reclamando sobre o apoio internacional insuficiente aos assassinatos em massa.

Naturalmente, Sinwar tem sido amplamente apresentado nos meios de comunicação social corporativos ocidentais como um demónio assassino empenhado na destruição de Israel – uma vez que é essa a narrativa que permite a Israel completar a sua, hum, “tarefa”.

Enquanto isso, uma olhada em um trecho de uma entrevista de 2018 com Sinwar revela que o líder do Hamas estava mais empenhado em construir um futuro palestino do que em destruir coisas: “Não estou dizendo que não vou lutar mais… estou dizendo que não quero mais a guerra. Quero o fim do cerco (israelense) (de Gaza). Você caminha até a praia ao pôr do sol e vê todos esses adolescentes na praia conversando e se perguntando como será o mundo do outro lado do mar. Como é a vida. Está quebrando. E deveria quebrar todo mundo. Eu os quero livres.

Nascido num campo de refugiados em Gaza e preso por Israel durante mais de duas décadas pelo crime de lutar pelas terras palestinianas que foram violentamente apropriadas por Israel, Sinwar estava perfeitamente consciente dos limites impostos por Israel à “liberdade” palestina.

Obviamente, estes limites são agora particularmente pronunciados. Esqueça caminhar até a praia em Gaza ao pôr do sol para observar adolescentes palestinos se perguntando como é a vida em lugares que não estão sob permanente cerco israelense e maníacos intermitentes. bombardeamento.

Hoje em dia, talvez você esteja mais sujeito a observar Adolescentes palestinos sendo queimados vivos durante os ataques israelenses aos hospitais de Gaza.

E embora Israel possa ter dispensado fisicamente uma figura-chave da resistência anti-sionista, está conscientemente a gerar uma resistência cada vez maior – sem a qual, claro, o lucrativo empreendimento israelita, encharcado de sangue, não pode finalmente florescer.

De acordo com o mencionado relatório de agosto do New York Times, as autoridades dos EUA estavam convencidas na época de que o assassinato ou captura de Yahya Sinwar proporcionaria a Netanyahu “uma maneira de reivindicar uma vitória militar significativa e potencialmente torná-lo mais disposto a encerrar as operações militares”. em Gaza.”

Mas, como o próprio Netanyahu especificou agora, Israel pode ter “acertado as contas” com Sinwar, “mas a nossa tarefa ainda não foi concluída”.

Quando Israel assassinado O antecessor de Sinwar, Ismail Haniyeh, em julho, Reuters observado que Haniyeh tinha sido “visto por muitos diplomatas como um moderado em comparação com os membros mais radicais” do Hamas. Como se precisássemos de mais provas da total falta de interesse de Israel na paz.

Quanto ao interesse dos Estados Unidos na paz, após o assassinato de Sinwar ontem, Biden lançou um entusiástico declaração dando tapinhas nas costas por ter “dirigido o pessoal de Operações Especiais (dos EUA) e nossos profissionais de inteligência para trabalhar lado a lado com seus homólogos israelenses para ajudar a localizar e rastrear Sinwar e outros líderes do Hamas escondidos em Gaza”.

Segundo Biden, isto foi o equivalente ao assassinato de Osama bin Laden em 2011 – e “um bom dia para Israel, para os Estados Unidos e para o mundo”.

Mas um dia que é bom para o genocídio não é realmente um bom dia.

As opiniões expressas neste artigo são do próprio autor e não refletem necessariamente a posição editorial da Al Jazeera.



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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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