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1.000 dias de guerra na Ucrânia em gráficos – DW – 18/11/2024

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7 meses atrásem
A Rússia lançou o seu invasão em grande escala da Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022. Após os rápidos avanços iniciais do exército, as tropas ucranianas conseguiram afastar os atacantes, especialmente nas regiões fronteiriças do norte. No sul, a Ucrânia também conseguiu empurrar o exército russo para trás do Dnipro, o maior rio do país. No verão de 2024, as tropas conseguiram até lançar uma incursão em território russo na região de Kursk. O exército ucraniano recebeu apoio de grupos paramilitares.
Grandes partes do leste Ucrânia — especialmente nas regiões de Luhansk, Donetsk, Zaporizhzhia e Kherson — permanecem, no entanto, sob o controlo da Rússia, tal como o Península da Crimeiaque a Rússia anexou e ocupou em Março de 2024. Com efeito, as linhas da frente mal se moveram em dois anos e iniciou-se uma guerra de desgaste.
Milhões de deslocados
Segundo a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), a guerra na Ucrânia desencadeou uma das maiores crises de deslocamento do mundo. Mais de 10 milhões de ucranianos foram deslocados, com 6,7 milhões encontrados refúgio em outros países europeus. Outros 400 mil chegaram apenas nos primeiros seis meses de 2024. Existem 4 milhões de pessoas deslocadas na Ucrânia. Desde Agosto deste ano, 170 mil pessoas abandonaram as suas casas no leste do país. Numa conferência de imprensa em Genebra, no dia 12 de Novembro, a Vice-Alta Comissária da ONU para Refugiados, Kelly T. Clements, disse que “inúmeras crianças continuam os seus estudos online, perdendo a interacção social e as experiências na sala de aula”.
O Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA) afirma que a situação humanitária geral na Ucrânia deteriorou-se dramaticamente desde Fevereiro de 2022. Segundo a ONU, cerca de 40% da população da Ucrânia depende da ajuda humanitária. No início deste ano, o OCHA e o ACNUR lançaram um apelo de 4,2 mil milhões de dólares (4 mil milhões de euros) para apoiar as comunidades afetadas pela guerra na Ucrânia e os refugiados ucranianos.
A economia resiliente da Rússia
O União Europeia e outros aliados da Ucrânia impuseram sanções económicas de longo alcance à Rússia após a sua invasão total. As sanções têm sido administráveis, no entanto. Após um declínio temporário em 2022, o PIB da Rússia recuperou rapidamente à medida que o país mudava para uma economia de guerra; também graças ao apoio da China. A moeda nacional da Rússia, o rublo, recuperou-se depois de cair para um mínimo histórico.
Uma das razões para a recuperação é que o extenso bloqueio às importações de combustíveis fósseis – como gás natural, petróleo e carvão – de Rússia fracassou em grande parte na consecução do objectivo de reduzir drasticamente as receitas de exportação de Moscovo. As empresas estatais da Rússia encontraram clientes gratos pelas suas matérias-primas na China e na Índia, bem como noutros países. Existem também algumas indicações de que, através de países terceiros, estes também estão a chegar à UE, apesar do embargo. O aumento temporário do preço do gás natural significa que as perdas da Rússia foram mais contidas do que os Estados que impuseram as sanções gostariam.
Ucraniano recebe milhões
A União Europeia e a NATO não apoiaram apenas a Ucrânia através de sanções contra a Rússia. O governo ucraniano recebeu ajuda financeira e humanitária. Os EUA são, de longe, o maior contribuinte individual: entre 24 de fevereiro de 2022 e agosto de 2024, forneceram quase 85 mil milhões de euros, de acordo com o Instituto Kiel para a Economia Mundial, no norte da Alemanha. A UE e os seus Estados-Membros disponibilizaram pouco mais de 100 mil milhões de euros. A Grã-Bretanha e o Canadá também são grandes doadores.
Mas Donald Trumpagora presidente eleito dos EUA, disse durante a sua campanha que reduziria drasticamente a ajuda à Ucrânia se vencesse.
A Ucrânia só será capaz de continuar a defender-se contra a Rússia se os seus outros apoiantes aumentarem massivamente o seu apoio.
Este artigo foi escrito originalmente em alemão.
Blinken promete mais apoio à Ucrânia
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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MUNDO
Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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