POLÍTICA
A ala do Congresso que vê vantagem na blitz de Flá…

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10 meses atrásem
Nicholas Shores
Apesar da imagem, para fora, de insatisfação generalizada do Congresso com a blitz do ministro Flávio Dino, do STF, sobre as emendas parlamentares ao Orçamento, há uma ala da Câmara que vê alguma vantagem na reconfiguração que as recentes decisões judiciais têm provocado sobre a dinâmica de gestão interna da Casa.
Isso porque, para esse grupo, a ofensiva do Supremo contra a fatia multibilionária dos repasses que carecia de transparência foi revelando a existência de duas categorias de parlamentares: os verdadeiros “donos das emendas” e aqueles a quem cabia indicar a destinação de uma parcela muito menor de recursos.
Entre os insatisfeitos com a forma como a distribuição de emendas foi gerida de 2021 em diante, cresce o sentimento – e a manifestação em conversas com pares – de que seria mais justo, diante do choque de ordem do STF, haver mais equilíbrio entre os valores reservados para a cúpula de “donos das emendas” e para os demais parlamentares.
Paralelamente, na série de reuniões precipitada pela decisão de Dino na semana do Natal, sentiu-se, entre os 17 líderes de bancada que assinaram o ofício sobre o “apadrinhamento” de 4,2 bilhões de reais em emendas de comissão, apreensão com possíveis repercussões judiciais a partir do envolvimento da Polícia Federal (PF) na apuração do caso.
Muitos dos signatários manifestaram, em momentos carregados de tensão naqueles encontros em Brasília, interesse em retirar, formalmente, suas assinaturas do ofício – que, além disso, jamais recebeu a firma do próprio Arthur Lira.
Alguns argumentaram que, por se tratar de um pedido do presidente da Câmara, assinaram o documento sem dar a devida atenção ao seu conteúdo. No fim das contas, o ofício fazia referência a atas de reuniões de comissões da Casa que não existem.
O movimento de retirada de assinaturas parou pelo caminho diante da constatação de que provocaria uma “absoluta desautorização” de Lira diante do Supremo.
Para uma ala do Congresso, a reclamação sobre a novela das emendas não deve se dirigir apenas à interferência do Judiciário em um assunto considerado privativo do Legislativo, mas, também, reforçar o argumento de que a divisão das emendas de comissão – corolário do “orçamento secreto” – deixe de privilegiar líderes e chegue mais igualmente a outros parlamentares.
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Matheus Leitão
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“Estou muito envergonhado! Isto é uma indignidade inexplicável!” (Ciro Gomes, ex-ministro da Fazenda, usando as redes sociais para reclamar da troca de Carlos Lupi por Wolney Queiroz, seu desafeto no PDT, no comando do Ministério da Previdência Social)
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Felipe Barbosa
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POLÍTICA
A articulação para mudar quem define o teto de jur…

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6 meses atrásem
5 de maio de 2025
Nicholas Shores
O Ministério da Fazenda e os principais bancos do país trabalham em uma articulação para transferir a definição do teto de juros das linhas de consignado para o Conselho Monetário Nacional (CMN).
A ideia é que o poder de decisão sobre o custo desse tipo de crédito fique com um órgão vocacionado para a análise da conjuntura econômica.
Compõem o CMN os titulares dos ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento e da presidência do Banco Central – que, atualmente, são Fernando Haddad, Simone Tebet e Gabriel Galípolo.
A oportunidade enxergada pelos defensores da mudança é a MP 1.292 de 2025, do chamado consignado CLT. O Congresso deve instalar a comissão mista que vai analisar a proposta na próxima quarta-feira.
Uma possibilidade seria aprovar uma emenda ao texto para transferir a função ao CMN.
Hoje, o poder de definir o teto de juros das diferentes linhas de empréstimo consignado está espalhado por alguns ministérios.
Cabe ao Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), presidido pelo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, fixar o juro máximo cobrado no consignado para pensionistas e aposentados do INSS.
A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, é quem decide o teto para os empréstimos consignados contraídos por servidores públicos federais.
Na modalidade do consignado para beneficiários do BPC-Loas, a decisão cabe ao ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias.
Já no consignado de adiantamento do saque-aniversário do FGTS, é o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que tem a palavra final sobre o juro máximo.
Atualmente, o teto de juros no consignado para aposentados do INSS é de 1,85% ao mês. No consignado de servidores públicos federais, o limite está fixado em 1,80% ao mês.
Segundo os defensores da transferência da decisão para o CMN, o teto “achatado” de juros faz com que, a partir de uma modelagem de risco de crédito, os bancos priorizem conceder empréstimos nessas linhas para quem ganha mais e tem menos idade – restringindo o acesso a crédito para uma parcela considerável do público-alvo desses consignados.
Ainda de acordo com essa lógica, com os contratos de juros futuros de dois anos beirando os 15% e a regra do Banco Central que proíbe que qualquer empréstimo consignado tenha rentabilidade negativa, a tendência é que o universo de tomadores elegíveis para os quais os bancos estejam dispostos a emprestar fique cada vez menor.
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