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A opinião do The Guardian sobre o desastre da lei marcial na Coreia do Sul: um farol democrático precisa de uma nova liderança | Editorial
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11 meses atrásem
Editorial
TA tentativa bizarra, terrível e de curta duração do presidente sul-coreano de impor lei marcial semana passada ainda está causando estragos. Polícia tentou invadir o escritório de Yoon Suk Yeol na quarta-feira, enquanto o investigam por um possível crime de insurreição. O seu partido diz que ele entregará o poder ao primeiro-ministro e ao chefe do partido; outros chamam isso de “segundo golpe” inconstitucional. É uma medida do progresso do país desde a democratização na década de 1980 o facto de o principal líder da oposição, Lee Jae-myung, inicialmente ter pensado que o anúncio do presidente tinha sido profundamente falsificado, e agora descreve isso como “absurdo”.
Yoon afirmou, sem provas, que a lei marcial era necessária para erradicar a ameaça das “desprezíveis forças antiestatais pró-Coreia do Norte” – ou seja, a oposição. Embora outros conservadores partilhem a sua amarga convicção de que a esquerda é simpatizante de Pyongyang, a maioria das pessoas acredita que a decisão reflectiu principalmente o seu governo errático e personalizado. UM estranho políticoele se tornou um dos principais promotores anticorrupção, mas ficou irritado com o escrutínio da conduta de sua esposa, bem como com a obstrução parlamentar às suas políticas. Apesar dos seus péssimos índices de aprovação, ele parece ter pensado que o povo o apoiaria. Em seis horas, ele foi forçado a dar meia-volta.
O desenvolvimento democrático da Coreia do Sul não tem sido suave nem linear, e alguns alertaram para “decadência democrática”, com uma política profundamente polarizada e uma dependência de investigações criminais em vez de contestação política. (O Sr. Lee, do Partido Democrata, também enfrenta vários casos.) O Sr. Yoon já foi acusado de tendências autoritárias e a liberdade de imprensa deteriorou-se acentuadamente sob seu comando.
As salvaguardas institucionais da Coreia do Sul foram parcialmente bem-sucedidas. Embora permaneçam dúvidas sobre o papel dos militares, é não deu munição real às tropas que tentam impedir que os legisladores se reúnam para votar contra a lei marcial. Mas foi o compromisso público que se revelou fundamental para salvaguardar a democracia ao longo das décadas.
Esta crise está a manchar um país que saiu da pobreza e da devastação para se tornar não só central no comércio global, no investimento e nos fluxos tecnológicos, mas também uma rara história de sucesso democrático na Ásia. Também desempenha um papel importante em segurança na região e mais longe. Coréia do Norte cantou que o Sr. Yoon tinha “soltado as armas” da ditadura.
Após a declaração do Sr. Yoon, 70% do público queria que ele sofresse impeachment pelos legisladores. Mas o seu partido Poder Popular boicotou a votação da semana passada. Colocar os interesses do partido acima dos interesses do Estado e do povo foi errado e não será perdoado rapidamente. Se os legisladores do PPP quiserem realmente sustentar a sua vida política, deverão apoiar o impeachment na segunda votação deste fim de semana. Yoon, dois anos após o início do seu mandato de cinco anos, não é um pato manco, mas sim um pato morto. O que é necessário não é um “roteiro de demissão”, mas sim eleições imediatas.
O avanço do programa nuclear da Coreia do Norte e o envio de tropas para a Ucrânia, e o regresso de Donald Trump à Casa Branca, destacam os atuais problemas de segurança do Sul. Trump quer que Seul pague mais milhares de milhões para acolher tropas norte-americanas. A maior dor de cabeça pode ser o impacto económico que enfrentará com as suas tarifas. Tudo isto vem juntar-se aos desafios internos, incluindo a desigualdade, o crescimento fraco, o aumento do custo de vida e o envelhecimento da população. Uma liderança política credível é mais essencial do que nunca. Os sul-coreanos demonstraram que valorizam a democracia. Eles devem ter permissão para exercê-lo agora.
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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre
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12 de novembro de 2025A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.
Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.
Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.”
A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”
Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.”
Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”
A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde.
Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.
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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre
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11 de novembro de 2025O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.
Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria.
“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”
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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre
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11 de novembro de 2025O curso e o Centro Acadêmico de Letras/Português da Ufac iniciaram, nessa segunda-feira, 10, no anfiteatro Garibaldi Brasil, sua 24ª Semana Acadêmica, com o tema “Minha Pátria é a Língua Pretuguesa”. O evento é dedicado à reflexão sobre memória, decolonialidade e as relações históricas entre o Brasil e as demais nações de língua portuguesa. A programação segue até sexta-feira, 14, com mesas-redondas, intervenções artísticas, conferências, minicursos, oficinas e comunicações orais.
Na abertura, o coordenador da semana acadêmica, Henrique Silvestre Soares, destacou a necessidade de ligar a celebração da língua às lutas históricas por soberania e justiça social. Segundo ele, é importante que, ao celebrar a Semana de Letras e a independência dos países africanos, se lembre também que esses países continuam, assim como o Brasil, subjugados à força de imperialismos que conduzem à pobreza, à violência e aos preconceitos que ainda persistem.
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, salientou o compromisso ético da educação e reforçou que a universidade deve assumir uma postura crítica diante da realidade. “A educação não é imparcial. É preciso, sim, refletir sobre essas questões, é preciso, sim, assumir o lado da história.”
A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou a força do tema proposto. Para ela, o assunto é precioso por levar uma mensagem forte sobre o papel da universidade na sociedade. “Na própria abertura dos eventos na faculdade, percebemos o que ocorre ao nosso redor e que não podemos mais tratar como aula generalizada ou naturalizada”, observou.
O diretor do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela), Selmo Azevedo Pontes, reafirmou a urgência do debate proposto pela semana. Ele lembrou que, no Brasil, as universidades estiveram, durante muitos anos, atreladas a um projeto hegemônico. “Diziam que não era mais urgente nem necessário, mas é urgente e necessário.”
Também estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-reitor, Josimar Batista Ferreira; o coordenador de Letras/Português, Sérgio da Silva Santos; a presidente do Cela, Thaís de Souza; e a professora do Laboratório de Letras, Jeissyane Furtado da Silva.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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