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‘A primeira coisa que fiz foi cutucar’: mistério das bolhas nas praias do Canadá resolvido por químicos | Canadá

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8 meses atrásem
Leyland Cecco in Toronto
Quando o químico Chris Kozak finalmente conseguiu uma amostra do bolhas misteriosas que recentemente apareceu nas praias de Newfoundland, o Projeto Unknown Glob começou oficialmente.
À sua disposição, Kozak e uma equipe de estudantes de pós-graduação tinham o “lindo” novo prédio científico e as “instalações de classe mundial” da Universidade Memorial de Newfoundland para realizar uma bateria de testes na massa branca e pastosa.
“A primeira coisa que fiz foi cutucá-lo e cheirá-lo”, disse ele.
Por mais simples que fossem, as observações iniciais deram a Kozak uma riqueza de informações com as quais trabalhar.
“Ao cutucá-lo, percebemos que estava definitivamente emborrachado, como uma massa de pão sobrecarregada. Suspeitamos que fosse um polímero elastômero. E o cheiro que exalava era como andar pelo corredor de solventes de uma loja de ferragens.”
Durante mais de um mês, os residentes da província mais oriental do Canadá tentaram compreender a origem de centenas de massas pálidas e pegajosas que lembram a massa usada para fazer vamos todosuma iguaria frita da Terra Nova. Algumas das bolhas eram tão grandes quanto pratos de jantar.
A amostra foi fornecida por Hilary Corlett, professora assistente do departamento de ciências da terra da Memorial University, que viajou para Placentia Bay para coletar amostras. Sua suspeita era que as bolhas fossem feitas pelo homem.
A equipe de Kozak inicialmente levantou a hipótese de que as bolhas eram uma espuma de poliuretano usada para isolar barcos na indústria pesqueira. Mas quando Kozak realizou testes à procura de carbono, hidrogénio, azoto e oxigénio – todos eles presentes no poliuretano – não havia azoto presente. Também não encontrou enxofre, eliminando tanto o poliuretano como quaisquer possíveis materiais naturais.
Essa descoberta inicial divergiu do que o Ministério do Meio Ambiente do Canadá disse no mês passado, quando sugeriu num comunicado à imprensa que o material poderia ser de origem vegetal.
Em seguida, Kozak conduziu espectroscopia infravermelha e encontrou ligações químicas consistentes com acetato de polivinila, frequentemente usado como adesivo na indústria naval.
Mas um teste de espectrometria de massa, realizado em 6 de novembro, também descobriu que a substância também tinha características de borracha sintética.
“Fiz oito testes diferentes e todos apontam para algo sintético”, disse Kozak.
Essa nova descoberta apoiou a teoria da equipe de que o material era provavelmente um composto de borracha butílica PVA, usado na indústria de petróleo e gás para limpar os tubos que alimentam os navios-tanque.
A explicação acabou com um mistério que confundiu moradores e especialistas.
“É engraçado que ninguém tenha pensado em procurar um químico até muito tarde. Todos tinham as suas próprias opiniões e especulações, mas ninguém assumia realmente um ponto de vista científico e experimental”, disse Kozak.
Mas outras características das bolhas preocuparam Kozak. Embora não seja tóxico e seja seguro para manusear na sua forma curada, a substância é mais densa que a água, o que significa que a maior parte dela afundou nas profundezas do Atlântico.
A guarda costeira canadense disse anteriormente aos residentes que as bolhas foram encontradas em pelo menos 45 quilômetros de costa.
“Tudo o que vemos são as coisas que estão sendo levadas para a costa. Suspeito que muitas dessas coisas estão no fundo do mar e são agitadas pelas idas e vindas da maré”, disse Kozak. “Isso definitivamente não pertence ao meio ambiente. É poluição plástica e o que me preocupa é que, devido ao seu formato, pode ser confundido com comida pela vida marinha.”
Kozak entrou em contato com o governo federal para apresentar suas descobertas, mas ainda não recebeu resposta.
Um porta-voz do Ministério do Meio Ambiente disse anteriormente ao Guardian que levava “muito a sério” os incidentes de poluição e as ameaças ao meio ambiente e que se os policiais encontrarem evidências de uma possível violação da legislação ambiental federal, “eles tomarão as medidas apropriadas”. As multas ao abrigo da lei das pescas podem atingir os 6 milhões de dólares canadianos para as empresas que tenham libertado substâncias nocivas na água.
Kozak disse que a natureza e a escala da descarga sugerem que o material tem origem industrial.
“Fico feliz em poder dar tranquilidade aos moradores sobre o que é. E agora eles sabem, podem descobrir de onde vem e quem é o responsável”, disse ele.
“A indústria é importante para o desenvolvimento desta província, mas ao mesmo tempo, a indústria também pode deixar uma pegada ambiental muito terrível”
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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