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A Sérvia usou um canhão de som semelhante à Romênia em 1989? – DW – 21/03/2025

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Catalin Ranco Pitu, o ex -chefe do escritório do promotor militar da Romênia disse à DW que A arma sônica supostamente usada durante o protesto maciço em Belgrado Em 15 de março, foi semelhante ao usado pelo regime do ditador comunista Nicolae Ceausescu durante a Revolução Romena em dezembro de 1989.
Pitu passou seis anos investigando a revolução de 1989, que levou à queda de Ceausescu e ao colapso do comunismo em Romênia.
Ele disse à DW que o mesmo tipo de manipulação de som foi implantado durante um comício em massa pró-Ceausecu organizado pelo regime comunista em Bucareste em 21 de dezembro de 1989.
O objetivo da manifestação era convencer os romenos da “justiça” das políticas de Ceausescu e desacreditar como anti-romanos os protestos em Timisoara que começaram alguns dias antes.
Som de baixa frequência
“Durante esse comício, os soldados romenos de uma unidade de operações psicológicas especializadas intervieram usando um gravador que emitiu sons de baixa frequência através do sistema de som”, disse Pitu à DW.
Esse momento marcou o início da revolução romena em Bucareste. No dia seguinte, Ceausescu fugiu da capital. Ele foi posteriormente capturado e executado três dias depois, no dia de Natal, em Targoviste.
Cerca de 1.200 pessoas morreram e cerca de 4.000 ficaram gravemente feridas durante a revolução.
Tecnologia mais avançada; princípio semelhante
Durante sua investigação sobre a revolução, Pitu conversou com centenas de testemunhas e especialistas em tecnologia militar.
Ele disse que a descrição do caos causada por ondas sonoras em 1989 foi bastante semelhante às cenas em Belgrado No fim de semana passado.
“Centenas de pessoas sentiram dor física na área do plexo solar e entraram em um estado de pânico total por vários minutos”, disse ele, falando de pessoas que participaram do comício em Bucareste em 1989.
Os cidadãos sérvios que conversaram com a DW relataram que ouviram um barulho breve e incomum e sentidos vibrações que lhes deram uma sensação de perigo imediato, causando pânico e fazendo -os fugir.
Pitu disse que, embora a tecnologia tenha avançado mais de 35 anos, o princípio por trás dela permanece o mesmo, a saber, que é usado como parte da “guerra psicológica”.
“Na minha opinião, O que aconteceu recentemente em Belgrado Pode ser explicado pelo uso da tecnologia para manipular multidões através da exposição a ondas sonoras especiais “, disse ele.
A verdade saiu depois de 30 anos
A verdade por trás do uso da tecnologia de som contra manifestantes romenos emergiu apenas três décadas após a revolução.
Pitu conversou com soldados da unidade especial de guerra psicológica durante sua investigação, que admitiu ter usado técnicas de manipulação de multidões com base no som.
No entanto, ele não conseguiu provar quem deu a ordem para usar essa tecnologia.
“Logicamente, essa ordem deve ter vindo das fileiras mais altas do exército romeno, dada a complexidade dessa manipulação – isso não é algo que alguém poderia conseguir”, explicou.
Pitu está convencido de que tal ordem em Sérvia também teria que ter vindo das autoridades.
“Deve vir das autoridades – seja o exército ou a polícia. Os civis não teriam acesso a essa tecnologia. Não é tão simples”, disse ele.
Negações do governo sérvio
O governo sérvio negou inicialmente possuir esse equipamento. Dois dias depois, no entanto, o legislador da oposição Marinika Tepic divulgou um documento indicando que o ministério do interior havia realmente adquirido dois tipos de canhões de som. Ela também publicou uma foto supostamente mostrando uma montada em um veículo off-road pertencente à polícia.
O ministro do Interior Ivica Dacic admitiu mais tarde que o Ministério do Interior possui os chamados dispositivos acústicos de longo alcance (LRAD), mas negou que eles tivessem sido usados.
“Esses sistemas são armazenados em nossos armazéns, ainda em suas caixas”, disse Dacic.
Presidente Sérvio Aleksandar Vucic acrescentou que “várias coisas” haviam sido compradas, mas nunca usadas e disse que, se comprovado o contrário, ele deixaria o cargo de presidente.
“Não, ninguém o usou. Ninguém o usou em nenhum lugar. Você não me mostrou uma única evidência. E você não tem evidências porque não consegue encontrar provas de algo que não existe”, disse Vucic.
O uso dessa tecnologia é uma ofensa criminal?
Mas um caso pode ser construído sobre testemunhos e admissão de propriedade, mas sem evidências fotográficas de uso ativo? Pitu acredita que poderia.
Catalin Ranco Pitu no uso de dispositivos de som, Romênia 1989
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“A partir desse momento, a investigação teria que se tornar muito mais complexa”, disse Pitu. “Inicialmente, basta conversar com testemunhas e estabelecer se a manipulação realmente ocorreu. Pelo que vi na televisão, parecia real: as pessoas não correm de repente em direções opostas pela mesma rua sem algum tipo de manipulação”, disse ele.
Pitu disse que não é possível dizer se o uso de tal tecnologia poderia por si só ser considerado uma ofensa criminal, já que ninguém ficou gravemente ferido. Isso, ele disse, depende se o uso de tais sistemas é regulado por lei.
Na Romênia, no entanto, o uso de sistemas de som para a manipulação da multidão faz parte do que é conhecido como “Dossiê da Revolução”, o caso que procura trazer Figuras -chave nos eventos de dezembro de 1989 para a justiça – Mas apenas, explicou Pitu, porque esse foi um ponto de virada na revolução em que 1.200 pessoas foram mortas.
Trinta e cinco anos após a revolução romena, as famílias de muitas vítimas ainda estão esperando por justiça, pois o caso permanece no tribunal.
Editado por: Aingeal Flanagan
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Após racismo em shopping, estudantes fazem manifestação com dança em SP; vídeo

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25 de abril de 2025
Estudantes do Colégio Equipe, em São Paulo, fizeram uma manifestação contra um caso de racismo no Shopping Pátio Higienópolis. Com danças, músicas e jograis, eles pediram justiça contra o preconceito sofrido por dois adolescentes pretos. Racistas não passarão!
Isaque e Giovana, alunos da escola, foram abordados por um segurança enquanto esperavam na fila da praça de alimentação. Eles estavam acompanhados de uma colega branca, que foi abordada pela segurança e questionada se os amigos a “incomodavam”.
Nesta terça-feira (23), estudantes, professores, familiares e movimentos sociais tomaram as ruas da região próxima ao shopping. Ao som de Ilê Aiyê, música de Paulo Camafeu, as crianças deram um show e mostraram que o preconceito não tem vez!
Ato de resistência
A resposta ao caso de racismo veio uma semana depois. Com o apoio de diversos movimentos, os estudantes organizaram a manifestação potente e simbólica.
Eles caminharam pelas ruas e avenidas da região até o Shopping. Lá, leram um manifesto emocionado, que foi repetido em jogral.
Dentro e fora do estabelecimento, o recado foi bem claro: basta de racismo! “Abaixo o racismo! Justiça para Isaque e Giovana”, disse o Colégio Equipe em uma postagem nas redes.
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Histórico de discriminação
Não foi a primeira vez que estudantes pretos do Colégio Equipe enfrentaram preconceito no Pátio Higienópolis.
Em 2022, outro aluno foi seguido por um segurança dentro de uma loja.
A escola afirmou que tentou dialogar com o shopping na época, mas sem sucesso.
Desta vez, a resposta foi outra: “Ao final, convidamos a direção do shopping para uma reunião no Colégio Equipe. A advogada que recebeu os representantes se comprometeu a encaminhar e responder ao convite.”
Internet apoia
Postado na internet, o vídeo do protesto teve milhares de visualizações e recebeu apoio dos internautas.
“Parabéns escola! Parabéns alunos! Me emocionei aqui! Fiquei até com vontade de mudar meu filho de escola”, disse a ativista Luisa Mell.
Outro exaltou o exemplo de cidadania dos pequenos.
“Cidadania na prática! Que orgulho de toda a equipe e pais. Que orgulho desses alunos que foram solidários. Incrível!”.
O racismo tem que acabar!
Veja como foi a manifestação dos estudantes:
O recado foi certeiro: não passarão!
Uma verdadeira festa da democracia:
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Cai preço dos seguros dos carros mais vendidos no Brasil; Top 10

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25 de abril de 2025
Notícia boa para o consumidor. Enquanto tudo sobe, cai o preço dos seguros dos carros mais vendidos no Brasil. É o que revela um novo estudo divulgado esta semana.
Conduzida pela Agger, plataforma especializada no setor de seguros, a pesquisa mostrou que o custo médio para proteger os dez veículos com maior volume de vendas no país teve redução de 5,4%. Os dados foram analisados entre fevereiro de 2024 e fevereiro de 2025.
Dentre os modelos avaliados, o Renault Kwid se destacou ao apresentar a maior diminuição no valor, com queda de 12,5%. A queda nos preços reflete uma série de fatores, desde o perfil dos condutores até as estratégias adotadas pelas seguradoras para se manterem competitivas.
Carros com maiores descontos
Entre os modelos analisados, vários apresentaram queda no valor das apólices. Veja os destaques:
- Renault Kwid: queda de 12,5%
- Volkswagen T-Cross: queda de 11,22%
- Honda HR-V: queda de 8,29%
- Fiat Argo: queda de 7,73%
- Fiat Mobi: queda de 6,06%
- Hyundai Creta: queda de 5,88%
- Volkswagen Polo: queda de 1,27%
- Chevrolet Onix: queda de 0,43%
Leia mais notícia boa
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Impacto para motoristas
Para quem está pensando em contratar ou renovar o seguro, a notícia é animadora.
Com os valores mais baixos, fica mais fácil encontrar um plano acessível e que tenha boa cobertura.
Segundo Gabriel Ronacher, CEO da Agger, “é essencial que os motoristas busquem a orientação de corretores especializados para garantir a melhor cobertura e custo-benefício”, disse em entrevista à Tupi FM.
Impacto nos preços
De acordo com o estudo publicado pela Agger, quatro fatores explicam o motivo dos preços de um seguro.
O histórico do motorista é o principal. Quem não se envolve em acidentes tende a pagar menos.
A idade e o valor do carro também interferem. Veículos mais caros ou com peças difíceis de achar têm seguros mais altos.
Proprietários que moram em regiões com mais roubos ou colisões também tendem a pagar mais.
Por último, o perfil do consumidor, como idade, gênero e até mesmo hábitos de direção.
O Renault Kwid teve uma redução de mais de 12% no preço do seguro. – Foto: Divulgação
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Estudantes de Medicina terão de fazer nova prova tipo “Exame da OAB”; entenda

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25 de abril de 2025
A partir de agora, é como com os bacharéis de Direito: se formou, será submetido a uma avaliação específica para verificar os conhecimentos. Os estudantes de medicina terão de obrigatoriamente fazer uma prova, no último ano do curso, tipo exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
O exame já será aplicado, em outubro de 2025, e mais de 42 mil alunos devem ser avaliados. Será um exame nacional e anual. Porém, diferentemente do que ocorre no Direito, o resultado não será uma exigência para o exercício da profissão. O Ministério da Educação (MEC) lançou o Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed) para avaliar a formação dos profissionais no país.
Para os ministros Camilo Santana (Educação) e Alexandre Padilha (Saúde), o exame vai elevar a qualidade da formação dos médicos no Brasil, assim como reforçar a humanização no tratamento dos pacientes.
Como vai funcionar
A nota poderá servir como meio de ingresso em programas de residência médica de acesso direto. A prova será anual. O exame vai verificar se os estudantes adquiriram as competências e habilidades exigidas para o exercício prático e efetivo da profissão.
Também há a expectativa de que, a partir dos resultados, seja possível aperfeiçoar os cursos já existentes, elevando a qualidade oferecida no país. Outra meta é unificar a avaliação para o ingresso na residência médica.
Há, ainda, a previsão de preparar os futuros médicos para o atendimento no SUS (Sistema Único de Saúde). Os médicos já formados, que tiverem interesse, poderão participar do processo seletivo de programas de residência médica de acesso direto.
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- Motociclista de aplicativo é aprovado em Medicina; segundo colocado
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O que os resultados vão mudar
Os resultados poderão ser utilizados para acesso a programas de residência médica. Caberá ao estudante decidir se quer que a nota seja aplicada para a escolha do local onde fará residência.
A estimativa é de que 42 mil estudantes, no último ano do curso de Medicina, façam o exame. No total são 300 cursos no país, com aplicação das provas em 200 municípios.
O exame será conduzido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em colaboração com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
Segundo as autoridades, a ideia é unificar as matrizes de referência e os instrumentos de avaliação no âmbito do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) para os cursos e a prova objetiva de acesso direto do Exame Nacional de Residência (Enare).
Como fazer as inscrições
Os interessados deverão se inscrever a partir de julho. O exame é obrigatório para todos os estudantes concluintes de cursos de graduação em Medicina.
A aplicação da prova está prevista para outubro e a divulgação dos resultados individuais para dezembro.
Para utilizar os resultados do Enamed para o Exame Nacional de Residência, é necessário se inscrever no Enare e pagar uma taxa de inscrição (exceto casos de isenção previstos em edital).
Os estudantes que farão o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes e que não pretendem utilizar os resultados da prova para ingressar na residência, pelo Enare, estarão isentos de taxa, segundo o MEC.
O exame será aplicado, em outubro de 2025, e cerca de 42 mil estudantes devem fazer a prova. Foto: Agência Brasil
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