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Acusação pede 12 anos de prisão em julgamento por homicídio da Stasi – DW – 07/10/2024

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Um ex-funcionário da Alemanha Orientala polícia secreta, o Stasideverá receber uma pena de 12 anos de prisão por um assassinato que ele supostamente cometeu há pouco mais de 50 anosargumentaram os promotores em Berlim na segunda-feira.

Qual é o caso?

Em causa está o assassinato, em 29 de Março de 1974, do polaco Czesław Kukuczka durante a Guerra fria quando a capital alemã foi dividida em duas.

Kukuczka ameaçou na embaixada polonesa em Berlim Oriental carregar uma bomba, o que mais tarde se descobriu ser um blefe, e exigiu passagem segura através da Cortina de Ferro para Berlim Ocidental.

Ele estava tentando fugir para se juntar a parentes nos EUA.

Um memorial na Bernauerstrasse, em Berlim, mostrando os rostos de três pessoas. O homem no centro é o cidadão polaco Czesław Kukuczka, que foi baleado em 1974 enquanto tentava forçar a entrada na Alemanha Ocidental. Imagem tirada em 13 de março de 2024.
O assassinato de Kukuczka (no centro desta foto) é um daqueles comemorados no local do antigo Muro de Berlim, na capital alemã.Imagem: Monika Stefanek/DW

As autoridades concordaram e fingiram concordar, fornecendo a documentação e as autorizações necessárias, mas também alertaram a Stasi.

A promotoria alega que o réu, então com 31 anos, se disfarçou e ficou à espreita de Kukuczka, atirando-lhe nas costas, à queima-roupa, pouco antes de ele cruzar a fronteira na estação ferroviária de Friedrichstrasse.

O julgamento só se tornou possível com o surgimento de novas provas. Os promotores dizem que as informações encontradas pelos historiadores nos arquivos da Stasi em 2016 ligaram pela primeira vez o réu ao assassinato.

Mais tarde, novos potenciais depoimentos de testemunhas – de estudantes que estavam numa viagem de um dia a Berlim Oriental – sobre os detalhes da morte de Kukuczka tornaram viável um caso criminal, mesmo décadas mais tarde. As acusações foram feitas pela primeira vez no ano passado.

Acusação diz que acusações foram comprovadas, mas defesa discorda

À medida que o caso chega à fase final, a promotora Henrike Hillmann argumentou que as acusações contra o suspeito foram fundamentadas em tribunal.

A advogada de defesa Andrea Liebscher, no entanto, argumentou que não foi provado que o homem fosse o assassino, embora a defesa não conteste que ele trabalhava para a Stasi na época.

Ela também disse que o caso deveria ser tratado como homicídio, mas não como o equivalente alemão ao assassinato em primeiro grau nos EUA, e que, como resultado, o prazo de prescrição para o assassinato teria expirado.

A defesa, portanto, pediu a absolvição. O próprio réu não falou sobre as acusações durante o julgamento.

Por que Berlim continua sendo um ponto quente de espionagem

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A natureza percebida do assassinato pode ser decisiva para o veredicto

Apenas uma condenação por homicídio descrito em alemão como “heimtückisch”, que pode ser traduzido livremente como “insidioso” ou “malicioso” ou como “a sangue frio”, ainda teria uma sentença em 2024 neste caso.

Vários assassinatos comprovados pela Stasi no passado foram tratados apenas como o equivalente alemão ao homicídio culposo, geralmente com base no fato de os assassinos argumentarem que estavam cumprindo ordens em vez de agir com intenções pessoais maliciosas.

Neste caso, a promotoria afirma que fatores como o engano envolvido e a forma como Kukuczka foi baleado nas costas qualificam para a condenação por homicídio mais grave.

Hillmann argumentou que o réu poderia ter atirado em Kukuczka no braço ou na perna e ainda assim ter cumprido sua ordem para neutralizar a ameaça representada pelo polonês.

Ela também argumentou que o réu estava tentando conscientemente promover sua carreira, apontando para a documentação da Stasi que supostamente mostrava que ele recebeu uma citação logo após o assassinato por ações atribuídas à mesma data.

A defesa respondeu que a vítima não poderia ter ignorado totalmente os riscos que enfrentou quando foi baleado, dada a ameaça de bomba que utilizou para tentar garantir a passagem para oeste.

Pelo cronograma atual do tribunal, o veredicto é esperado para 14 de outubro.

Alemanha: Examinando arquivos da DDR Stasi

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msh/wmr (AFP, dpa)

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Ufac recebe deputado Tadeu Hassem e vereadores de Capixaba para tratar de cursos e transporte estudantil — Universidade Federal do Acre

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A reitora da Universidade Federal do Acre (Ufac), Guida Aquino, recebeu, na manhã desta segunda-feira, 18, no gabinete da reitoria, a visita do deputado estadual Tadeu Hassem (Republicanos) e de vereadores do município de Capixaba. A pauta do encontro envolveu a possibilidade de oferta de cursos de graduação no município e apoio ao transporte de estudantes daquele município que frequentam a instituição em Rio Branco.

A reitora Guida Aquino destacou que a interiorização do ensino superior é um compromisso da universidade, mas depende de emendas parlamentares para custeio e viabilização dos cursos. “O meu partido é a educação, e a universidade tem sido o caminho de transformação para jovens do interior. É por meio de parcerias e recursos destinados por parlamentares que conseguimos levar cursos fora da sede. Precisamos estar juntos para garantir essas oportunidades”, afirmou.

Atualmente, 32 alunos de Capixaba estudam na Ufac. A demanda apresentada pelos parlamentares inclui parcerias com o governo estadual para garantir transporte adequado, além da implantação de cursos a distância por meio do polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB), em parceria com a prefeitura.

O deputado Tadeu Hassem reforçou o pedido de apoio e colocou seu mandato à disposição para buscar soluções junto ao governo estadual. “Estamos tratando de um tema fundamental para Capixaba. Queremos viabilizar transporte aos estudantes e também novas possibilidades de cursos, seja de forma presencial ou a distância. Esse é um compromisso que assumimos com a população”, declarou.

A vereadora Dra. Ângela Paula (PL) ressaltou a transformação pessoal que viveu ao ingressar na universidade e defendeu a importância de ampliar esse acesso para jovens de Capixaba. “A universidade mudou minha vida e pode mudar a vida de muitas outras pessoas. Hoje, nossos alunos têm dificuldades para se deslocar e muitos desistem do sonho. Precisamos de sensibilidade para garantir oportunidades de estudo também no nosso município”, disse.

Também participaram da reunião a pró-reitora de Graduação, Ednaceli Abreu Damasceno; o presidente da Câmara Municipal de Capixaba, Diego Paulista (PP); e o advogado Amós D’Ávila de Paulo, representante legal do Legislativo municipal.



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Professora da Ufac é nomeada membro afiliada da ABC — Universidade Federal do Acre

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A professora da Ufac, Simone Reis, foi nomeada membro afiliada da Academia Brasileira de Ciências (ABC) na terça-feira (5), em cerimônia realizada na Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), em Santarém (PA). A escolha reconhece sua trajetória acadêmica e a pesquisa de pós-doutorado desenvolvida na Universidade de Oxford, na Inglaterra, com foco em biodiversidade, ecologia e conservação.

A ABC busca estimular a continuidade do trabalho científico de seus membros, promover a pesquisa nacional e difundir a ciência. Todos os anos, cinco jovens cientistas são indicados e eleitos por membros titulares para integrar a categoria de membros afiliados, criada em 2007 para reconhecer e incentivar novos talentos na ciência brasileira.
“Nunca imaginei estar nesse time e fiquei muito surpresa por isso. Espero contribuir com pesquisas científicas, parcerias internacionais e discussões ecológicas junto à ABC”, disse a professora Simone Reis.



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Reitora assina contrato de digitalização de acervo acadêmico — Universidade Federal do Acre

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A reitora da Ufac, Guida Aquino, assinou o contrato de digitalização do acervo de documentos acadêmicos. A ação ocorreu na tarde de quarta-feira, 13, no hall do Núcleo de Registro e Controle Acadêmico (Nurca). A empresa responsável pelo serviço é a SOS Tecnologia e Gestão da Informação.

O processo atende à Portaria do MEC nº 360, de 18 de maio de 2022, que obriga instituições federais de ensino a converterem o acervo acadêmico para o meio digital. A medida busca garantir segurança, organização e acesso facilitado às informações, além de preservar documentos físicos de valor histórico e acadêmico.

Para a reitora Guida Aquino, a ação reforça o compromisso institucional com a memória da comunidade acadêmica. “É de extrema importância arquivar a história da nossa querida universidade”, afirmou.

A decisão foi discutida e aprovada pelo Comitê Gestor do Acervo Acadêmico da Ufac, em reunião realizada no dia 7 de julho de 2022. Agora, a meta é mensurar o tamanho dos arquivos do Nurca para dar continuidade ao processo, assegurando que toda a documentação esteja em conformidade legal e disponível em formato digital.



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