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Agência ambiental dos EUA revoga dezenas de regras – 13/03/2025 – Ambiente

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Agência ambiental dos EUA revoga dezenas de regras - 13/03/2025 - Ambiente

Lisa Friedman, Hiroko Tabuchi

Em uma enxurrada de anúncios nesta quarta-feira (12), o governo Trump afirmou que revogará dezenas das regulamentações ambientais mais importantes dos Estados Unidos, incluindo os limites de poluição de escapamentos e chaminés, proteções para áreas úmidas e a base legal que permite regular os gases de efeito estufa.

Além disso, Lee Zeldin, administrador da Agência de Proteção Ambiental (conhecida como EPA, na sigla em inglês), reformulou o propósito do órgão.

Em um vídeo de 2 minutos e 18 segundos postado no X, Zeldin vangloriou-se das mudanças e disse que a missão da agência é “reduzir o custo de comprar um carro, aquecer uma casa e administrar um negócio”.

“Desde a campanha até o primeiro dia e além, o presidente Trump cumpriu sua promessa de permitir a dominância energética e reduzir o custo de vida”, disse Zeldin. “Nós, na EPA, faremos nossa parte para impulsionar o grande retorno americano.”

Em nenhum momento do vídeo ele se referiu à proteção do meio ambiente ou da saúde pública, princípios que têm guiado a agência desde sua fundação, em 1970.

A EPA não tem “nenhuma obrigação de promover a agricultura ou o comércio; apenas a obrigação crítica de proteger e melhorar o meio ambiente,” disse o primeiro administrador, William D. Ruckelshaus, ao explicar sua missão ao país semanas após a EPA ser criada pelo presidente Richard Nixon.

Ele afirmou que a agência se concentraria em pesquisa, padrões e fiscalização em cinco áreas: poluição do ar, poluição da água, descarte de resíduos, radiação e pesticidas.

Zeldin disse que a EPA desmantelará mais de duas dúzias de proteções contra a poluição do ar e da água. Revogará limites de fuligem de chaminés que têm sido associados a problemas respiratórios em humanos e mortes prematuras, bem como restrições às emissões de mercúrio, metal tóxico.

Eliminará a “política da boa vizinhança” que exige que os estados administrem sua própria poluição quando ela é levada pelos ventos para estados vizinhos. E cortará os esforços de fiscalização que priorizam a proteção de comunidades pobres e minoritárias.

Além disso, quando a agência criar políticas ambientais, não considerará mais os custos para a sociedade de incêndios florestais, secas, tempestades e outros desastres que possam ser agravados pela poluição relacionada a essa política, disse Zeldin.

Talvez em seu ato mais significativo, a agência afirmou que trabalhará para acabar com a autoridade legal da EPA para regular o dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa, desconsiderando décadas de ciência que mostram que o aquecimento global está colocando a humanidade em perigo.

Em seu vídeo, Zeldin referiu-se de forma desdenhosa a essa base legal, que chamou de “o santo graal da religião da mudança climática“.

Zeldin definiu as ações desta quarta-feira como “o maior anúncio de desregulamentação da história dos EUA”.

Ele acrescentou: “hoje o novo golpe verde termina, enquanto a EPA faz sua parte para inaugurar uma era dourada de sucesso americano”.

Os anúncios não têm força de lei. Em quase todos os casos, a EPA terá que passar por um longo processo de consultas públicas e apresentar justificativas ambientais e econômicas para a mudança.

O presidente Donald Trump, que chama as mudanças climáticas de farsa, fez a sua campanha com a promessa de “perfurar, baby, perfurar”, em referência à exploração de petróleo, e de aliviar as regulamentações em relação às empresas de combustíveis fósseis.

Desde que voltou à Casa Branca, atacou a capacidade do governo de combater o aquecimento global, congelando fundos para programas climáticos autorizados pelo Congresso, demitindo cientistas que trabalham em previsões meteorológicas e climáticas e cortando o apoio federal para a transição dos combustíveis fósseis.

Os Estados Unidos são o maior emissor histórico de dióxido de carbono, gás de efeito estufa que aquece o planeta e que os cientistas concordam estar impulsionando a mudança climática e intensificando furacões, inundações, incêndios florestais e secas, bem como a extinção de espécies.

O ano passado foi o mais quente já registrado na história, e os Estados Unidos enfrentaram 27 desastres que custaram cada um deles, pelo menos, US$ 1 bilhão—em 1980, foram 3 desastres.

Democratas e ativistas ambientais condenaram as ações de Zeldin e o acusaram de abandonar a responsabilidade da EPA de proteger a saúde humana e o meio ambiente.

“Hoje é o dia pelo qual os megadoadores da indústria do petróleo de Trump pagaram”, disse o senador democrata Sheldon Whitehouse. Ele chamou as ações da EPA de uma série de ataques ao ar limpo, à água limpa e à energia acessível.

“O administrador Zeldin claramente mentiu quando nos disse que respeitaria a ciência e ouviria os especialistas”, disse Whitehouse, referindo-se à audiência de confirmação de Zeldin no cargo.

Gina McCarthy, que serviu como administradora da EPA na administração Obama, disse que foi “o dia mais desastroso na história da EPA”. “Revogar essas regras não é apenas uma desgraça, é uma ameaça para todos nós. A agência abdicou completamente de sua missão de proteger a saúde e o bem-estar dos americanos”, afirmou.

A administração Trump vinha sinalizando há meses que reverteria muitas das regulamentações climáticas promulgadas durante a administração Biden.

Mas a enxurrada de anúncios, sincronizada com um artigo de opinião de Zeldin publicado no The Wall Street Journal e o vídeo online, foi projetada para atrair atenção no dia anterior ao esperado discurso dele para a indústria de petróleo e gás que fará em um encontro anual em Houston.

Até o meio da tarde, a agência havia anunciado 31 anúncios que foram projetados, disse Zeldin, para “liberar a energia americana”.

Os principais grupos de lobby para as indústrias automotiva, de petróleo, gás e química, entre outros, aplaudiram os planos de Zeldin.

Anne Bradbury, CEO do American Exploration & Production Council, grupo de lobby que representa empresas de petróleo e gás, chamou os anúncios de “bom senso”. John Bozzella, presidente da Alliance for Automotive Innovation, o lobby automotivo, disse que as mudanças manterão a indústria “competitiva globalmente”.

Marty Durbin, vice-presidente sênior da Câmara de Comércio dos Estados Unidos, disse: “As empresas americanas foram paralisadas com um ataque regulatório sem precedentes durante a administração anterior que contribuiu para custos mais altos sentidos por famílias em todo o país”.

Ele afirmou que “a Câmara apoia uma abordagem regulatória mais equilibrada que protegerá o meio ambiente e apoiará um maior crescimento econômico”.



Leia Mais: Folha

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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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