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Aliados de Lula minimizam tensão entre Gleisi e Haddad – 30/01/2025 – Poder

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Catia Seabra, Victoria Azevedo

Aliados do presidente Lula avaliam que a provável entrada de Gleisi Hoffmann no governo é uma aposta para estimular a base social do partido e pode até amenizar as tensões entre a presidente do PT e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A expectativa é que, no papel de ministra da Secretaria-Geral da Presidência, ela reduza suas críticas à agenda econômica.

Sob a presidência de Gleisi, o PT aprovou documentos críticos à política econômica conduzida por Haddad, sendo até classificada de “austericídio”.

No ministério, os próprios petistas dizem acreditar que ela tende a reduzir essas manifestações, dedicando-se mais à agenda da pasta, vinculada ao relacionamento do governo com movimentos sociais. Esse seria o compromisso da própria Gleisi, selado em conversa com Lula na semana passada.

A presidente do PT já reconheceu a interlocutores que terá de emitir menos opiniões sobre a condução da política econômica e pautas que alimentem controvérsias dentro do governo.

Esse papel é diferente do desempenhado pela presidente de um partido. Hoje, Gleisi é porta-voz do PT. Em conversas, ela costuma afirmar que sua tarefa é disputar espaço dentro do governo e incentivar a militância. Como ministra, o perfil será outro, já que terá como missão melhorar a interlocução com a base social do governo, num momento de queda de popularidade de Lula.

Interlocutores de Haddad no Congresso compartilham da visão de que não haverá embate entre os dois neste novo momento. Além disso, há uma avaliação entre integrantes do centrão de que haverá uma mudança de postura da parlamentar e que críticas que ela já fez a partidos desse bloco devem ser diminuídas.

Aliados de Lula duvidam também que Gleisi venha a contrariar a estratégia desenhada pelo novo chefe da Secom, Sidônio Palmeira, de unificação do discurso na Esplanada.

Lula já avisou a aliados que Gleisi será nomeada ministra da Secretaria-Geral, provavelmente durante uma reforma ministerial, que ainda está sendo desenhada.

A ida de Gleisi para o ministério também reduz um movimento de oposição à eleição de Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara (SP) e amigo de Lula, para a presidência do PT. A deputada vinha estimulando, nos bastidores, a possibilidade de um quadro do partido do Nordeste ocupar esse posto.

Para assumir o ministério, Gleisi deve deixar a presidência da legenda. Um mandato-tampão seria instalado, e o partido ficaria sob o comando de um interino até julho, quando um novo comando da sigla será eleito. O nome mais cotado é o do líder do governo na Câmara, José Guimarães (CE), mas o senador Humberto Costa (PE) também é citado.

Petistas chegam a comparar a mudança de comportamento esperada no caso de Gleisi ao que ocorreu com o ex-ministro da Justiça Flávio Dino, que exercia papel combativo nas redes sociais em defesa do governo, mas sob a toga do STF (Supremo Tribunal Federal), passou a ter atuação mais tímida.

Hoje, a Secretaria-Geral da Presidência é chefiada por Márcio Macêdo (PT), que teve sua atuação criticada por representantes dos movimentos sociais e pelo próprio presidente.

Aliados de Lula dizem que Macêdo será recompensado com outro cargo. Ele pode ocupar a diretoria de alguma estatal ou até mesmo chefiar o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), caso haja uma reorganização mais ampla do governo durante a reforma ministerial.

Em conversas na semana passada, Lula avisou Gleisi que a reforma ministerial começaria pelo PT.

Na atual bolsa de apostas, a ministra Cida Gonçalves (Mulheres) seria substituída pela atual ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, do PC do B, abrindo caminho para que a pasta fosse ocupada por um partido do centro, como o PSD.

Hoje à frente da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT) é cotado para ocupar o Ministério da Saúde, caso Lula decida trocar a atual chefe da pasta, Nísia Trindade.

Nesse caso, volta a ganhar força a hipótese de entregar a articulação política do governo para um político de outro partido. São citados Silvio Costa Filho (Republicanos), atual ministro dos Portos e Aeroportos, o líder do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões Jr. (AL) e Alexandre Silveira (PSD), ministro de Minas e Energia.

Silveira é frequentemente citado como um nome que pode ser remanejado na reforma ministerial. O ex-senador perdeu respaldo do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e de seu provável sucessor, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Nesse desenho, Silveira poderia ser substituído por Pacheco, cujo nome também já foi ventilado para a Defesa.

Membros do partido de Gilberto Kassab defendem maior espaço para a bancada do PSD da Câmara, em substituição ao Ministério da Pesca, chefiado pelo ex-deputado da sigla André de Paula. Ele poderia ser deslocado para a Ciência e Tecnologia.

Integrantes do governo e da cúpula da Câmara também defendem que Arthur Lira (PP-AL) seja incorporado ao governo. Hoje, a possibilidade é para que ele assuma o Ministério da Agricultura, hoje chefiado pelo senador licenciado Carlos Fávaro (PSD). Esse movimento, no entanto, enfrenta resistências do próprio PSD, que não quer abrir mão do posto.

Há também nomes do partido de Kassab que cobiçam a pasta do Turismo, comandada pelo deputado licenciado Celso Sabino (União Brasil). Apesar disso, no entanto, integrantes do União Brasil afirmam ter recebido recados do Palácio do Planalto de que essa troca não ocorrerá.

Colaborou Raphael Di Cunto, de Brasília



Leia Mais: Folha

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Ufac promove ação de autocuidado para servidoras e terceirizadas — Universidade Federal do Acre

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Ufac promove ação de autocuidado para servidoras e terceirizadas — Universidade Federal do Acre

A Coordenadoria de Vigilância à Saúde do Servidor (CVSS) da Ufac realizou, nesta quinta-feira, 23, o evento “Cuidar de Si É um Ato de Amor”, em alusão à Campanha Outubro Rosa. A atividade ocorreu no Setor Médico Pericial e teve como público-alvo servidoras técnico-administrativas, docentes e trabalhadoras terceirizadas.

A ação buscou reforçar a importância do autocuidado e da atenção integral à saúde da mulher, indo além da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e do colo do útero. O objetivo foi promover um momento de acolhimento e bem-estar, integrando ações de valorização e promoção da saúde no ambiente de trabalho.

“O mês de outubro não deve ser apenas um momento de lembrar dos exames preventivos, mas também de refletir sobre o cuidado com a saúde como um todo”, disse a coordenadora da CVSS, Priscila Oliveira de Miranda. Ela ressaltou que muitas mulheres acabam se sobrecarregando com as demandas da casa, da família e do trabalho e acabam deixando o autocuidado em segundo plano.

Priscila também explicou que a iniciativa buscou proporcionar um espaço de pausa e acolhimento no ambiente de trabalho. “Nem sempre é fácil parar para se cuidar ou ter acesso a ações de relaxamento e promoção da saúde. Por isso, organizamos esse momento para que as servidoras possam respirar e se dedicar a si mesmas.” 

O setor mantém atividades contínuas, como consultas com clínico-geral, nutricionista e fonoaudióloga, além de grupos de caminhada e ações voltadas à saúde mental. “Essas iniciativas estão sempre disponíveis. É importante que as mulheres participem e mantenham o compromisso com o próprio bem-estar”, completou.

A programação contou com acolhimento, roda de conversa mediada pela assistente social Kayla Monique, lanche compartilhado e o momento “Cuidando de Si”, com acupuntura, auriculoterapia, reflexologia podal, ventosaterapia e orientações de cuidados com a pele. A ação teve parceria da Liga Acadêmica de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde e da especialista em bem-estar Marciane Villeme.

 



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Ufac realiza abertura do Fórum Permanente da Graduação — Universidade Federal do Acre

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Ufac realiza abertura do Fórum Permanente da Graduação — Universidade Federal do Acre

A Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) da Ufac realizou, nesta terça-feira, 21, no anfiteatro Garibaldi Brasil, campus-sede, a abertura do Fórum Permanente da Graduação. O evento visa promover a reflexão e o diálogo sobre políticas e diretrizes que fortalecem o ensino de graduação na instituição.

Com o tema “O Compromisso Social da Universidade Pública: Desafios, Práticas e Perspectivas Transformadoras”, a programação reúne conferências, mesas temáticas e fóruns de discussão. A abertura contou com apresentação cultural do Trio Caribe, formado pelos músicos James, Nilton e Eullis, em parceria com a Fundação de Cultura Elias Mansour.
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, representou a reitora Guida Aquino. Ele destacou o papel da universidade pública diante dos desafios orçamentários e institucionais. “Em 2025, conseguimos destinar R$ 10 milhões de emendas parlamentares para custeio, algo inédito em 61 anos de história.”

Para ele, a curricularização da extensão representa uma oportunidade de aproximar a formação acadêmica das demandas sociais. “A universidade pública tem potencial para ser uma plataforma de políticas públicas”, disse. “Precisamos formar jovens críticos, conscientes do território e dos problemas que enfrentamos.”
A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou que o fórum reúne coordenadores e docentes dos cursos de bacharelado e licenciatura, incluindo representantes do campus de Cruzeiro do Sul. “O encontro trata de temáticas comuns aos cursos, como estágio supervisionado e curricularização da extensão. Queremos sair daqui com propostas de reformulação dos projetos de curso, alinhando a formação às expectativas e realidades dos nossos alunos.”
A conferência de abertura foi ministrada pelo professor Diêgo Madureira de Oliveira, da Universidade de Brasília, que abordou os desafios e as transformações da formação universitária diante das novas demandas sociais. Ao final do fórum, será elaborada uma carta de encaminhamentos à Prograd, que servirá de base para o planejamento acadêmico de 2026.
Também participaram da solenidade de abertura a diretora de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Grace Gotelip; o diretor do CCSD, Carlos Frank Viga Ramos; e o vice-diretor do CMulti, do campus Floresta, Tiago Jorge.



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Ufac realiza cerimônia de abertura dos Jogos Interatléticas-2025 — Universidade Federal do Acre

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Ufac realiza cerimônia de abertura dos Jogos Interatléticas-2025 — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou a abertura dos Jogos Interatléticas-2025, na sexta-feira, 17, no hall do Centro de Convenções, campus-sede, e celebrou o espírito esportivo e a integração entre os cursos da instituição. A programação segue nos próximos dias com diversas modalidades esportivas e atividades culturais. A entrega das medalhas e troféus aos vencedores está prevista para o encerramento do evento.

A reitora Guida Aquino destacou a importância do incentivo ao esporte universitário e agradeceu o apoio da deputada Socorro Neri (PP-AC), responsável pela destinação de uma emenda parlamentar de mais de R$ 80 mil, que viabilizou a competição. “Iniciamos os Jogos Interatléticas e eu queria agradecer o apoio da nossa querida deputada Socorro Neri, que acredita na educação e faz o melhor que pode para que o esporte e a cultura sejam realizados em nosso Estado”, disse.

A cerimônia de abertura contou com a participação de estudantes, atletas, servidores, convidados e representantes da comunidade acadêmica. Também estiveram presentes o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, e o presidente da Fundação de Cultura Elias Mansour, Minoru Kinpara.

(Fhagner Soares, estagiário Ascom/Ufac)

 



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