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Alto Acre sofre com infraestrutura obsoleta de internet e telefonia

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4 anos atrásem

Neste sábado, 5, o estado do Acre foi novamente afetado por um apagão de internet da empresa Oi causado, segundo informações da área de serviços da manutenção da empresa, por mais um rompimento de fibra óptica, ocorrência que tem sido cada vez mais rotineira. A queda do sinal durou, desta vez, cerca de 12 horas.
Mas os problemas relacionados às quedas de sinal ou lentidão de internet no estado por conta da empresa responsável por disponibilizar o acesso à internet na grande maioria dos municípios interioranos não se restringem aos rompimentos do cabo de fibra óptica, que muitas vezes são alvo de vandalismo.
Ainda muito dependentes dos serviços da empresa Oi, principalmente no que diz respeito à internet banda larga fixa, os municípios de Xapuri, Brasiléia, Epitaciolândia e Assis Brasil são fortemente afetados pela inconstância e falta de qualidade do produto ofertado aos usuários.
Nesses locais ainda não há a oferta da tecnologia de fibra óptica pela empresa, muito mais rápida e estável do que a estrutura que é disponibilizada atualmente, que usa cabos de cobre para a transmissão de dados. O resultado disso é o acesso a uma internet precária cujo padrão é a lentidão e a instabilidade.
Em Xapuri, por exemplo, não há disponibilidade de novas portas de internet para pretensos usuários do serviço, ou seja, não há investimento da empresa na melhoria da atual infraestrutura e muito menos na implantação de uma nova rede, de fibra óptica, que possa ampliar a oferta e a qualidade do serviço.
As informações acima são baseadas em conversa com um profissional da área de manutenção de serviços de telecomunicações que atua na regional do Alto Acre. Alegando questões de cunho ético, ele prefere que seu nome não seja divulgado pela reportagem.
O técnico diz que o cabeamento de fibra óptica já chegou aos municípios, mas ainda falta a rede de distribuição dentro das cidades, o que corresponde à estrutura que leva a internet até as casas. Segundo ele, não há uma previsão de quando esse novo patamar de qualidade será efetivado pela empresa Oi.
“Essa rede atual, de cabos de cobre, é muito antiga, e pelo que sabemos não haverá mais investimento nessa estrutura e a empresa não pode mais vender assinaturas para esse tipo de serviço. A única saída é aguardar a fibra óptica, mas não existe uma previsão exata para quando isso vai acontecer”, disse.
Nos municípios de Brasiléia, Epitaciolândia e Xapuri, algumas empresas de menor porte estão disponibilizando acesso a uma internet de melhor qualidade, por meio de fibra óptica, mas o serviço ainda está muito distante do que oferece, por exemplo, a Oi Fibra em Rio Branco, por um preço bem mais alto.
Mas não é apenas com a internet fixa que os usuários dos serviços de telecomunicações têm dificuldades nos municípios do Alto Acre e demais regionais do estado. O sinal de internet e telefonia móvel, onde entram outras empresas como Vivo, Claro e Tim, também não possui a qualidade desejada pelos consumidores.
A reportagem já tentou por diversas vezes encontrar um canal de atendimento (telefone ou email) por meio do qual pudesse falar com as empresas citadas a respeito do que é exposto nesta matéria, mas não conseguiu sucesso até o momento. O jornal se coloca à disposição para qualquer esclarecimento ou retificação.
Floresta Digital
Há 10 anos do lançamento do fracassado projeto Floresta Digital, por meio do qual o governo Binho Marques prometeu tornar o Acre o primeiro estado do Brasil totalmente coberto por internet livre e gratuita, uma torre tomada pelo mato simboliza a situação de descaso em que se encontram, na atualidade, os serviços de telecomunicações no município de Xapuri.
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Minicurso para agricultores aborda qualidade e certificação de feijão — Universidade Federal do Acre

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1 semana atrásem
15 de abril de 2025
O projeto Bioeconomia e Modelagem da Cadeia Produtiva dos Feijões do Vale do Juruá realizou o minicurso “Controle de Qualidade de Feijões Armazenados e Certificação de Feijão”, ministrado pelos professores Bruno Freitas, da Ufac, e Guiomar Sousa, do Instituto Federal do Acre (Ifac). As aulas ocorreram em 30 de março e 1 de abril, em Marechal Thaumaturgo (AC).
O minicurso teve como público-alvo agricultores e membros da Cooperativa Sonho de Todos (Coopersonhos), os quais conheceram informações teóricas e práticas sobre técnicas de armazenamento, parâmetros de qualidade dos grãos e processos para certificação de feijão, usados para agregar valor à produção local e ampliar o acesso a mercados diferenciados.
“Embora existam desafios significativos no processo de certificação do feijão, as oportunidades são vastas”, disse Bruno Freitas. “Ao superar essas barreiras, com apoio adequado e estratégias bem estruturadas, os produtores podem conquistar mercados internacionais, aumentar sua rentabilidade e melhorar a sustentabilidade de suas operações.”
Guiomar Sousa também destacou a importância do minicurso para os produtores da região. “O controle de qualidade durante o armazenamento do feijão é essencial para garantir a segurança alimentar, preservar o valor nutricional e evitar perdas que comprometem a renda dos agricultores.”
O minicurso tem previsão de ser oferecido, em breve, para alunos dos cursos de Agronomia da Ufac e cursos técnicos em agropecuária e alimentos, do Ifac.
O projeto Bioeconomia e Modelagem da Cadeia Produtiva dos Feijões do Vale do Juruá é financiado pela Fapac, pelo CNPq e pelo Basa. A atividade contou com parceria da Embrapa-AC, da Coopersonhos e da Prefeitura de Marechal Thaumaturgo.
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Projeto oferece assistência jurídica a alunos indígenas da Ufac — Universidade Federal do Acre

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1 semana atrásem
15 de abril de 2025
O curso de Direito e o Observatório de Direitos Humanos, da Ufac, realizam projeto de extensão para prestação de assistência jurídica ao Coletivo de Estudantes Indígenas da Ufac (CeiUfac) e a demais estudantes indígenas, por meio de discentes de Direito. O projeto, coordenado pelo professor Francisco Pereira, começou em janeiro e prossegue até novembro deste ano; o horário de atendimento é pela manhã ou à tarde.
Para mais informações, entre em contato pelo e-mail cei.ccjsa@ufac.br.
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Ufac discute convênios na área ambiental em visita ao TCE-AC — Universidade Federal do Acre

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2 semanas atrásem
11 de abril de 2025
A reitora da Ufac, Guida Aquino, participou de uma visita institucional ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-AC), com o objetivo de tratar dos convênios em andamento entre as duas instituições. A reunião, que ocorreu nesta sexta-feira, 11, teve como foco o fortalecimento da cooperação técnica voltada à revitalização da bacia do igarapé São Francisco e à ampliação das ações conjuntas na área ambiental.
Guida destacou que a parceria com o TCE em torno do igarapé São Francisco é uma das mais importantes já estabelecidas. “Estamos enfrentando os efeitos das mudanças climáticas e precisamos de mais intervenções no meio ambiente. Essa ação conjunta é estratégica, especialmente neste ano em que o Brasil sedia a COP-30 [30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima].”
A reitora também valorizou a atuação da presidente Dulcinéia Benício à frente do TCE. “É uma mulher que valoriza a educação e sabe que é por meio da ciência que alcançamos os objetivos importantes para o desenvolvimento do nosso Estado”, completou.
Durante o encontro, foram discutidos os termos de cooperação técnica entre o TCE e a Ufac. O objetivo é fortalecer a capacidade de resposta das instituições públicas frente às emergências ambientais na capital acreana, com o suporte técnico e científico da universidade.
Para Dulcinéia Benício, o momento marca o fortalecimento da parceria entre o tribunal e a universidade. Ela disse que a iniciativa tem gerado resultados importantes, mas que ainda há muito a ser feito. “É uma referência a ser seguida; ainda estamos no início, mas temos muito a contribuir. A universidade tem sido parceira em todos os projetos ambientais desenvolvidos pelo tribunal.”
Ela também ressaltou que a proposta vai além da contenção de enxurradas. “O projeto avança sobre aspectos sociais, ambientais e de desenvolvimento, que hoje são indispensáveis na execução das políticas públicas.”
Participaram da reunião o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes; o pró-reitor de Planejamento, Alexandre Hid, além de professores e pesquisadores envolvidos no projeto. Pelo TCE, acompanharam a agenda os conselheiros Ronald Polanco e Naluh Gouveia.
Também estiveram presentes representantes da Secretaria de Estado de Habitação e Urbanismo, da Fundape e do governo do Estado. O professor aposentado e economista Orlando Sabino esteve presente, representando a Assembleia Legislativa do Acre.
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