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após um mês de greve, motoristas de ônibus ainda irritados e diálogo paralisado
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1 ano atrásem

Só podemos ver seus olhos, único pedaço de anatomia que não está coberto por um chapéu, um cachecol ou um par de luvas. São vinte e um deles, amontoados em cadeiras dispostas em círculo ao redor do fogo onde ainda arde um estrado de madeira. Esta terça-feira, 10 de dezembro, pela manhã, marca o 33º dia de greve dos motoristas de ônibus em Cergy-Pontoise (Val-d’Oise). Desde 7 de novembro, eles se reúnem em frente à estação de ônibus de Saint-Ouen-l’Aumône (Val-d’Oise), para protestar contra seu empregador, a empresa Francilité Seine et Oise (FSO).
Este conflito social tem as suas raízes na abertura à concorrência das linhas de autocarros nos subúrbios da grande Paris pela autoridade de transportes Ile-de-France Mobilités (IDFM), no âmbito dos regulamentos da União Europeia. Em 1 de janeiro de 2024, a empresa FSO do grupo Lacroix & Savac, escolhida pelo IDFM na sequência de um concurso, assumiu as linhas até então geridas pela Stivo no lado Cergy-Pontoise e pela Transdev no lado Conflans. (Yvelines). A operadora deve, portanto, desenvolver um novo acordo com os funcionários, passando de dois para um único setor.
É este acordo que desencadeia os protestos. O “ex-Stivo” preservar o seu salário de 2.400 euros líquidos mensais em média com bónus. Mas os novos motoristas, que chegaram desde que o sector foi assumido pela FSO, assinam o seu contrato por 1.490 euros. “Recebem 13,70 euros por hora, enquanto em 1998, quando entrei na empresa, recebiam 15 euros por hora”, respira Cyrille Mauger, delegado sindical da Force Ouvrière (FO), que acaba de completar 33 anose noite no local do piquete.

Mehdi, 31 anos, é um dos “novatos”. Apenas cinco meses após sua chegada, ele considerou renunciar. “Passo aqui de um salário de 2.500 euros como motorista temporário para 1.450 euros com contrato permanente. Meu banqueiro está com raiva e eu também”, ele exasperou. O jovem motorista também denuncia o “dias cortados” recorrente. Se não tivesse entrado em greve na terça-feira, Mehdi teria trabalhado das 6h às 9h30 e depois das 15h às 19h45. “Não recebo entre as 9h30 e as 15h enquanto os antigos Stivos, sim, ele continua. Levanto às 4h45 e vou para casa às 21h por causa do trânsito, não é uma vida. »
Patrick Valet, motorista há quatorze anos, que é um dos veteranos, afirma ter perdido “Salário de 200 euros” desde que o FSO assumiu o setor. Em sua folha de plantão, que lista minuto a minuto sua jornada diária, está escrito que ele deverá trabalhar das 5h42 às 12h39 desta quarta-feira, 11 de dezembro. “O prémio refeição é acionado a partir das 12h40, pelo que perco 9 euros de bónus por menos um minuto de trabalho”, ele explica em um tom desiludido. “Se houver aberrações como esta, podemos conversar sobre elas e encontrar soluções. Podemos ter perdido coisasreconhece Stéphane Bonnaud, diretor de desenvolvimento da Lacroix & Savac.
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Nota da Andifes sobre os cortes no orçamento aprovado pelo Congresso Nacional para as Universidades Federais — Universidade Federal do Acre
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1 semana atrásem
23 de dezembro de 2025Notícias
publicado:
23/12/2025 07h31,
última modificação:
23/12/2025 07h32
Confira a nota na integra no link: Nota Andifes
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Ufac entrega equipamentos ao Centro de Referência Paralímpico — Universidade Federal do Acre
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2 semanas atrásem
18 de dezembro de 2025A Ufac, a Associação Paradesportiva Acreana (APA) e a Secretaria Extraordinária de Esporte e Lazer realizaram, nessa quarta-feira, 17, a entrega dos equipamentos de halterofilismo e musculação no Centro de Referência Paralímpico, localizado no bloco de Educação Física, campus-sede. A iniciativa fortalece as ações voltadas ao esporte paraolímpico e amplia as condições de treinamento e preparação dos atletas atendidos pelo centro, contribuindo para o desenvolvimento esportivo e a inclusão de pessoas com deficiência.
Os equipamentos foram adquiridos por meio de emenda parlamentar do deputado estadual Eduardo Ribeiro (PSD), em parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro, com o objetivo de fortalecer a preparação esportiva e garantir melhores condições de treino aos atletas do Centro de Referência Paralímpico da Ufac.
Durante a solenidade, a reitora da Ufac, Guida Aquino, destacou a importância da atuação conjunta entre as instituições. “Sozinho não fazemos nada, mas juntos somos mais fortes. É por isso que esse centro está dando certo.”
A presidente da APA, Rakel Thompson Abud, relembrou a trajetória de construção do projeto. “Estamos dentro da Ufac realizando esse trabalho há muitos anos e hoje vemos esse resultado, que é o Centro de Referência Paralímpico.”
O coordenador do centro e do curso de Educação Física, Jader Bezerra, ressaltou o compromisso das instituições envolvidas. “Este momento é de agradecimento. Tudo o que fizemos é em prol dessa comunidade. Agradeço a todas as instituições envolvidas e reforço que estaremos sempre aqui para receber os atletas com a melhor estrutura possível.”

O atleta paralímpico Mazinho Silva, representando os demais atletas, agradeceu o apoio recebido. “Hoje é um momento de gratidão a todos os envolvidos. Precisamos avançar cada vez mais e somos muito gratos por tudo o que está sendo feito.”
A vice-governadora do Estado do Acre, Mailza Assis da Silva, também destacou o trabalho desenvolvido no centro e o talento dos atletas. “Estou reconhecendo o excelente trabalho de toda a equipe, mas, acima de tudo, o talento de cada um de nossos atletas.”
Já o assessor do deputado estadual Eduardo Ribeiro, Jeferson Barroso, enfatizou a finalidade social da emenda. “O deputado Eduardo fica muito feliz em ver que o recurso está sendo bem gerenciado, garantindo direitos, igualdade e representatividade.”
Também compuseram o dispositivo de honra a pró-reitora de Inovação, Almecina Balbino, e um dos coordenadores do Centro de Referência Paralímpico, Antônio Clodoaldo Melo de Castro.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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Orquestra de Câmara da Ufac apresenta-se no campus-sede — Universidade Federal do Acre
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2 semanas atrásem
18 de dezembro de 2025A Orquestra de Câmara da Ufac realizou, nesta quarta-feira, 17, uma apresentação musical no auditório do E-Amazônia, no campus-sede. Sob a coordenação e regência do professor Romualdo Medeiros, o concerto integrou a programação cultural da instituição e evidenciou a importância da música instrumental na formação artística, cultural e acadêmica da comunidade universitária.
A reitora Guida Aquino ressaltou a relevância da iniciativa. “Fico encantada. A cultura e a arte são fundamentais para a nossa universidade.” Durante o evento, o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, destacou o papel social da arte. “Sem arte, sem cultura e sem música, a sociedade sofre mais. A arte, a cultura e a música são direitos humanos.”
Também compôs o dispositivo de honra a professora Lya Januária Vasconcelos.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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