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Ataque de Israel deve poupar setores nuclear e petrolífero do Irã e atingir alvos militares

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8 meses atrásem
TEL-AVIV – O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, informou ao presidente americano Joe Biden que vai atacar bases militares do Irã, em vez das bases petrolíferas e nucleares, como se cogitou. A informação é de duas autoridades próximas ao assunto e sugere um contra-ataque mais limitado para evitar uma guerra total.
Israel se prepara para atacar o Irã desde que foi alvo de uma série de mísseis iranianos há duas semanas, em um momento de escalada por causa da ofensiva israelense contra a milícia xiita Hezbollah. A ofensiva culminou na morte do líder do Hezbollah, Hasan Nasrallah, uma figura política aliada ao Irã e proeminente entre os muçulmanos xiitas, e aumentou o risco de uma guerra frontal entre os dois países.
Isso acontece a menos de um mês das eleições americanas e deixa os EUA, maior aliado de Israel, em uma posição delicada. Publicamente, Biden disse que não apoiaria um ataque de Israel a bases nucleares.

Imagem do dia 1º de outubro mostra mísseis iranianos vistos de Deir al-Balah, na Faixa de Gaza. Mísseis foram lançados contra Israel Foto: Abdel Kareem Hana/AP
No dia 9, Biden e Netanyahu conversaram por telefone pela primeira vez em quase dois meses. O premiê afirmou ao presidente americano que planeja atacar a infraestrutura militar do Irã, segundo autoridades dos EUA e de Israel que acompanharam a ligação. Eles falaram em condição de anonimato ao The Washington Post para discutir assuntos sensíveis.
A Casa Branca não fez comentários sobre o assunto. O gabinete do primeiro-ministro israelense disse em uma declaração que “ouvimos as opiniões dos Estados Unidos, mas tomaremos nossas decisões finais com base em nosso interesse nacional”.
Segundo as autoridades, a ação retaliatória de Israel seria calibrada para evitar que haja repercussões nas eleições dos EUA. Isso sinaliza que Netanyahu está consciente do potencial que o ataque pode ter para a corrida presidencial.
Um ataque às instalações petrolíferas do Irã poderia fazer os preços da energia dispararem, dizem analistas. Um ataque ao programa nuclear acabaria com os limites restantes que evitam uma guerra aberta entre Irã e Israel e envolveria os EUA no conflito de forma mais direta.
As autoridades afirmam que o plano de Netanyahu, focado nas bases militares, foi recebido com alívio pelo governo americano. Israel já fez ataques semelhantes em abril, em retaliação ao primeiro ataque do Irã por ocasião da morte de autoridades iranianas em um ataque israelense à Embaixada do Irã na Síria.
A percepção das autoridades americanas é que Netanyahu estava mais “moderado” agora do que nas últimas conversas com Biden. Isso seria resultado da intenção de Biden de enviar um sistema de defesa antimísseis para Israel. As autoridades afirmaram que depois da ligação o presidente americano ficou mais inclinado a enviá-lo.
Sistema de antimísseis
No domingo, 13, o Pentágono anunciou o envio do sistema, conhecido como THAAD. O sistema chegou a Israel nesta terça-feira, 15, com mais de 100 militares americanos para implantá-lo. “[O envio do sistema] ressalta o comprometimento dos Estados Unidos com a defesa de Israel”, declarou o Pentágono. Mais componentes e militares chegarão nos próximos dias.
Segundo uma autoridade, o ataque israelense ao Irã seria realizado antes das eleições dos EUA, para que a falta de ação não seja interpretada pelo Irã como sinal de fraqueza. “Será uma em uma série de respostas”, disse a fonte.
Zohar Palti, ex-diretor de inteligência da agência de inteligência israelense Mossad, disse que Netanyahu precisaria equilibrar os apelos de Washington por moderação com a demanda pública em Israel por uma resposta esmagadora. “Os iranianos perderam toda medida de contenção que costumavam ter”, disse.
Na semana passada, Netanyahu convocou o gabinete de segurança para discutir as opções disponíveis de respostas ao Irã, mas não buscou autorização oficial para o ataque, o que mantém a programação do ataque em aberto. Dentro da defesa israelense, há preocupações de que o ataque não seja forte o suficiente — ou público o suficiente — para impedir o Irã de outro ataque direto a Israel ou de desenvolver armas nucleares.
“O exército israelense quer atingir a liderança militar do Irã, porque isso não fere o povo e não leva a região a uma guerra maior”, disse Gayil Talshir, cientista político da Universidade Hebraica que está em contato com membros seniores do establishment de defesa de Israel. “Mas não é assim que Netanyahu está pensando.” /THE WASHINGTON POST
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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