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Ativista baleeiro Paul Watson detido na Groenlândia até meados de novembro

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Enquanto se aguarda a decisão do governo dinamarquês sobre o pedido de extradição do Japão, o sistema de justiça groenlandês decidiu, quarta-feira, 23 de outubro, manter o fundador da Sea Shepherd, Paul Watson, na detenção, prorrogando mais uma vez a detenção até 13 de novembro, anunciou a polícia groenlandesa num comunicado. Comunicado de imprensa. A ativista canadense-americana, de 73 anos, apelou.

A audiência, que teve lugar ao meio-dia em Nuuk, capital do território autónomo dinamarquês, foi a quarta desde a sua detenção em Julho. Antes disso, a defesa do Sr. Watson tinha mais uma vez apelado à sua detenção. “liberação imediata”sem ter ilusões sobre a decisão. “Obviamente vamos pedir a sua libertação imediata, mas infelizmente é realista pensar que isso não vai acontecer”afirmou nomeadamente a sua advogada Julie Stage, à Agence France-Presse (AFP), ao criticar que “ os critérios para privá-lo de liberdade não são atendidos”. Ao mesmo tempo, a advogada anunciou que iria recorrer para o Supremo Tribunal da Dinamarca contra a decisão anterior dos tribunais groenlandeses de manter a ativista ambiental detida.

Fundador da Sea Shepherd e da fundação oceânica que leva seu nome, Paul Watson foi preso em 21 de julho enquanto viajava com seu navio, o John Paul DeJoria, para interceptar um navio-fábrica baleeiro japonês. O Japão exige a sua extradição desde 2012, acusando-o, segundo os seus apoiantes, de“obstrução à atividade comercial” mas também por ser corresponsável pelos danos e feridos durante os confrontos com um baleeiro japonês no Oceano Antártico em 2010.

Leia também | Artigo reservado para nossos assinantes Entre o defensor das baleias Paul Watson e o Japão, um confronto de longo prazo

Risco de “tratamento desumano” na prisão no Japão

Este pedido de extradição enquadra-se “aplicação da lei” em vez da caça às baleias, declarou o Ministro dos Negócios Estrangeiros japonês, Takeshi Iwaya, no início de Outubro. Em detalhes, Paul Watson está sendo processado pelo Japão por ferimentos que, segundo a promotoria, foram infligidos em 11 de fevereiro de 2010 a um marinheiro do Shonan Maru 2 por uma poderosa bola fedorenta contendo ácido butírico, e pela abordagem do mesmo navio quatro dias depois. O Japão é, juntamente com a Noruega e a Islândia, um dos três últimos países do mundo a praticar a caça comercial à baleia.

A decisão cabe agora ao Ministério da Justiça dinamarquês, que ainda está a analisar o caso. “A Polícia da Gronelândia enviou recentemente, na sequência da sua investigação, uma avaliação do caso ao Procurador-Geral, que também emitirá um parecer”declarou o ministério, em mensagem à AFP. Assim que estas duas avaliações forem transmitidas ao Ministério da Justiça dinamarquês, será tomada uma decisão, acrescentou, sem fornecer um calendário.

Em meados de setembro, os advogados do septuagenário contactaram o Relator Especial das Nações Unidas para os defensores ambientais, denunciando em particular o risco que corre de « subir (d)“tratamento desumano (…) nas prisões japonesas”.

Pedido de asilo político em França

Paul Watson solicitou asilo político à França na quarta-feira, 16 de outubro, numa carta manuscrita enviada ao presidente Emmanuel Macron. A posição da França sobre este assunto não é “não decidido”declarou a porta-voz do governo Maud Bregeon no dia seguinte. Este pedido levanta questões jurídicas e é, portanto, em grande parte simbólico. “Em princípio, um pedido de asilo só pode ser feito no território do país onde o pedido é feito”acrescentou o ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Jean-Noël Barrot.

Já em 23 de julho, a presidência francesa anunciou que Emmanuel Macron estava a seguir “a situação de perto” e interveio “às autoridades dinamarquesas” para evitar sua extradição para o Japão.

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Os reveses jurídicos de Paul Watson despertaram o apoio de parte da opinião pública e de outros ativistas. Comprometida com a proteção de todos os animais, Jane Goodall, por exemplo, apelou ao presidente francês para agir a favor do americano-canadense. “Espero sinceramente que o Presidente Macron conceda asilo a Paul Watson”disse ela à AFP.

Na França, cerca de trinta artistas, incluindo Florent Pagny e Zazie e Véronique Sanson, foram convidados por Francis Lalanne e pelo grupo Carré Blanc para apoiar o ativista ambiental na música. O título, denominado A última palavra, deve ser revelado online na quarta-feira.

Algumas dezenas de manifestantes também se reuniram ao meio-dia de quarta-feira em frente à Câmara Municipal de Paris, gritando “Liberte Paul Watson”equipado com sinalização “um herói não tem lugar na prisão”ou «salvar baleias não é crime» (“Salvar baleias não é crime”).

O mundo com AFP



Leia Mais: Le Monde

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Nota da Andifes sobre os cortes no orçamento aprovado pelo Congresso Nacional para as Universidades Federais — Universidade Federal do Acre

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publicado:
23/12/2025 07h31,


última modificação:
23/12/2025 07h32

Confira a nota na integra no link: Nota Andifes



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Ufac entrega equipamentos ao Centro de Referência Paralímpico — Universidade Federal do Acre

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Ufac entrega equipamentos ao Centro de Referência Paralímpico — Universidade Federal do Acre

A Ufac, a Associação Paradesportiva Acreana (APA) e a Secretaria Extraordinária de Esporte e Lazer realizaram, nessa quarta-feira, 17, a entrega dos equipamentos de halterofilismo e musculação no Centro de Referência Paralímpico, localizado no bloco de Educação Física, campus-sede. A iniciativa fortalece as ações voltadas ao esporte paraolímpico e amplia as condições de treinamento e preparação dos atletas atendidos pelo centro, contribuindo para o desenvolvimento esportivo e a inclusão de pessoas com deficiência.

Os equipamentos foram adquiridos por meio de emenda parlamentar do deputado estadual Eduardo Ribeiro (PSD), em parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro, com o objetivo de fortalecer a preparação esportiva e garantir melhores condições de treino aos atletas do Centro de Referência Paralímpico da Ufac.

Durante a solenidade, a reitora da Ufac, Guida Aquino, destacou a importância da atuação conjunta entre as instituições. “Sozinho não fazemos nada, mas juntos somos mais fortes. É por isso que esse centro está dando certo.”

A presidente da APA, Rakel Thompson Abud, relembrou a trajetória de construção do projeto. “Estamos dentro da Ufac realizando esse trabalho há muitos anos e hoje vemos esse resultado, que é o Centro de Referência Paralímpico.”

O coordenador do centro e do curso de Educação Física, Jader Bezerra, ressaltou o compromisso das instituições envolvidas. “Este momento é de agradecimento. Tudo o que fizemos é em prol dessa comunidade. Agradeço a todas as instituições envolvidas e reforço que estaremos sempre aqui para receber os atletas com a melhor estrutura possível.”

O atleta paralímpico Mazinho Silva, representando os demais atletas, agradeceu o apoio recebido. “Hoje é um momento de gratidão a todos os envolvidos. Precisamos avançar cada vez mais e somos muito gratos por tudo o que está sendo feito.”

A vice-governadora do Estado do Acre, Mailza Assis da Silva, também destacou o trabalho desenvolvido no centro e o talento dos atletas. “Estou reconhecendo o excelente trabalho de toda a equipe, mas, acima de tudo, o talento de cada um de nossos atletas.”

Já o assessor do deputado estadual Eduardo Ribeiro, Jeferson Barroso, enfatizou a finalidade social da emenda. “O deputado Eduardo fica muito feliz em ver que o recurso está sendo bem gerenciado, garantindo direitos, igualdade e representatividade.”

Também compuseram o dispositivo de honra a pró-reitora de Inovação, Almecina Balbino, e um dos coordenadores do Centro de Referência Paralímpico, Antônio Clodoaldo Melo de Castro.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)



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Orquestra de Câmara da Ufac apresenta-se no campus-sede — Universidade Federal do Acre

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Orquestra de Câmara da Ufac apresenta-se no campus-sede — Universidade Federal do Acre

A Orquestra de Câmara da Ufac realizou, nesta quarta-feira, 17, uma apresentação musical no auditório do E-Amazônia, no campus-sede. Sob a coordenação e regência do professor Romualdo Medeiros, o concerto integrou a programação cultural da instituição e evidenciou a importância da música instrumental na formação artística, cultural e acadêmica da comunidade universitária.

 

A reitora Guida Aquino ressaltou a relevância da iniciativa. “Fico encantada. A cultura e a arte são fundamentais para a nossa universidade.” Durante o evento, o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, destacou o papel social da arte. “Sem arte, sem cultura e sem música, a sociedade sofre mais. A arte, a cultura e a música são direitos humanos.” 

Também compôs o dispositivo de honra a professora Lya Januária Vasconcelos.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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