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Ativistas da natureza pedem aos contribuintes do Reino Unido que participem em projetos florestais | Captura e armazenamento de carbono (CCS)

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8 meses atrásem
Severin Carrell Scotland editor
Os defensores da natureza apelaram aos contribuintes para que assumam participações em projectos florestais e de turfeiras concebidos para armazenar carbono, para evitar que todos os lucros dos créditos de carbono sejam transferidos para investidores privados.
Um relatório da Revive Coalition, um grupo guarda-chuva para instituições de caridade escocesas de reforma agrária e conservação, diz que os créditos de carbono também precisam de ser usados de forma muito mais eficaz para reforçar a procura e ajudar o Reino Unido a cumprir as suas metas líquidas zero.
Argumenta que as actuais políticas não estão a conseguir restaurar a natureza com a rapidez suficiente: observa que as zonas de montanha estão tão fortemente degradadas pelo sobrepastoreio e pela desflorestação que Escócia é um dos países mais esgotados da natureza no mundo.
Afirmou que o mercado de carbono do Reino Unido, que está fortemente centrado em projectos voluntários e privados, precisa de ser melhor regulamentado e também deve envolver os bancos estatais do Reino Unido, para que os lucros possam ser partilhados de forma justa com o público.
Grandes empresas, casas de investimento e fundos de pensões utilizam créditos de carbono, que pagam por cada tonelada de CO2, que é armazenado numa floresta ou numa turfa, para compensar as suas próprias emissões e também para vender a investidores.
Este mercado ajudou a impulsionar um aumento nos preços dos terrenos nas terras altas e nas Terras Altas da Escócia, com grandes empresas como BrewDog, Standard Life, Gresham House e Aviva comprando propriedades plantar florestas como investimentos em carbono ou para compensar as suas próprias emissões de carbono.
Esta situação estagnou recentemente, com os investidores inseguros se este mercado é financeiramente suficientemente atrativo em comparação com outros investimentos. Alguns acreditam que os projectos de compensação de carbono no Reino Unido são demasiado pequenos para grandes investidores.
Apenas 124.000 hectares (306.000 acres) de terra no Reino Unido são ocupados por florestas e turfeiras registradas nos códigos de florestas e turfeiras (sendo 103.300 ha na Escócia) – uma fração da massa de terra do Reino Unido.
Helen Armstrong, a autora do relatório, argumenta que estas falhas podem ser resolvidas através de um investimento público muito maior e de regulamentações mais rigorosas que levem as empresas privadas a utilizar o sequestro de carbono amigo da natureza para reduzir as suas emissões.
Ela recomenda que:
Os bancos estatais, como o Scottish National Investment Bank, deveriam investir em projectos de carbono, incluindo em terras públicas.
Torna-se obrigatório que todas as grandes e médias empresas tenham metas auditadas de redução de carbono para evitar o greenwashing.
Todos os projetos de compensação de carbono devem ser registrados nos esquemas oficiais, no código de carbono Woodland e no código de carbono Peatland.
É criado um novo imposto territorial que é reduzido se a terra for gerida de forma a proteger o clima e promover a recuperação da natureza.
As suas propostas coincidem com as recomendações da Comissão Escocesa de Terras, que publicou esta semana uma investigação sobre esquemas de “governação partilhada” que envolvem a utilização de terras noutros países.
Estas incluem leis dinamarquesas que determinam que as comunidades locais devem receber 20% das ações dos parques eólicos; a copropriedade da rede e dos projetos de energias renováveis pelos conselhos locais alemães; e co-desenho da política florestal na Finlândia envolvendo as comunidades locais.
após a promoção do boletim informativo
“As pessoas que degradaram a terra em primeiro lugar são as mesmas que vão beneficiar da venda de créditos de carbono. O dinheiro apenas circula entre os proprietários de terras e não volta para o povo da Escócia”, disse ela.
Os ministros do governo escocês alegaram em 2023 que poderiam angariar 2 mil milhões de libras para projetos de restauração da natureza e das florestas através de empréstimos e ações de empresas privadas e dos ricos através de parcerias com empresas de investimento, mas isso também estagnou.
O governo cortou recentemente o orçamento para subvenções florestais em 41% e também cortou o dinheiro que dá ao Scottish Land Fund, que subsidia aquisições comunitárias de propriedades rurais, de 10 milhões de libras para 7,1 milhões de libras. Espera-se que ambas as medidas prejudiquem a procura de programas de restauração da natureza.
Os ministros esperam revigorar os gastos do sector privado através da publicação de um novo quadro para investimentos privados em capital natural que visa garantir que as comunidades locais beneficiem de projectos de sequestro de carbono.
Que estrutura propõe um projecto-piloto para testar a forma como os fundos públicos e privados podem ser utilizados simultaneamente num projecto de recuperação de turfeiras; um novo teste de biodiversidade para decisões de planeamento e verificar se o regime de comércio de carbono do Reino Unido para grandes utilizadores de energia pode ser adaptado para incluir projectos de florestas e turfeiras.
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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