A Azul chegou a um acordo com detentores de títulos de dívida para obter financiamento adicional, informou a companhia aérea nesta segunda-feira (28), como parte de uma reestruturação que espera ser capaz de aliviar preocupações de investidores sobre sua situação financeira.
A empresa, que domina o setor aéreo brasileiro junto com Latam e Gol, conseguiu evitar o destino de diversas outras companhias aéreas latino-americanas que entraram com pedido de falência após a pandemia de Covid-19, incluindo suas duas principais rivais.
O capital novo era uma condição do recente acordo da Azul com arrendadores para se desfazer de quase US$ 550 milhões (R$ 3,14 bilhões) em dívidas em troca de uma participação acionária de cerca de 20% na empresa.
Esse acordo foi considerado por analistas como fundamental para fortalecer a posição de caixa da companhia aérea.
Pelo acordo com os detentores de títulos, a companhia aérea receberá US$ 150 milhões (R$ 855,88 milhões) esta semana e outros US$ 250 milhões (R$ 1,43 bilhão) até o final do ano, totalizando os US$ 400 milhões (R$ 2,28 bilhões) que vinha tentando levantar.
O acordo, acrescentou a Azul, pode incluir outros US$ 100 milhões (R$ 570,69 milhões) em financiamento e uma possível troca de dívida por ações no valor de até US$ 800 milhões (R$ 4,56 bilhões), caso a empresa consiga melhorar seu fluxo de caixa e reduzir seus custos em cerca de US$ 100 milhões por ano.
“Isso é uma coisa muito bacana, porque vai fazer uma desalavancagem muito rápida da Azul”, disse o presidente-executivo da companhia aérea, John Rodgerson.
“Essa é uma opção que agora eu tenho, e estou super confiante que eu vou pegar”, acrescentou o executivo.
Ele destacou que entre as formas de a Azul atingir a redução de custos proposta estão negociações com arrendadores e fabricantes como Embraer, Airbus, GE e Pratt & Whitney, da RTX.
Rodgerson reconheceu que os acordos implicam uma diluição de capital, mas minimizou preocupações. “Claro que vai ter diluição, mas em uma empresa muito mais forte… É muito melhor que eu tenha um pedaço menor de um bolo bem maior”, afirmou.
O anúncio desta segunda-feira, segundo a Azul, inclui também um acordo para melhorar o fluxo de caixa em US$ 150 milhões por meio da redução de certas obrigações com arrendadores e fabricantes de equipamentos nos próximos 18 meses.
A Reuters informou na semana passada, citando fontes, que a Azul estava em negociações com várias partes para levantar cerca de US$ 400 milhões em capital novo por meio de financiamento de dívida e que um acordo estava próximo.
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