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Biden pede desculpas pelo ‘pecado’ dos abusos em internatos indígenas | Notícias sobre direitos indígenas

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8 meses atrásem
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, apresentou um pedido formal de desculpas aos nativos americanos pelo papel do governo em separar as crianças indígenas de seus pais e forçá-las a internatos abusivos.
Biden deu o pedido de desculpashá muito procurado pelas nações tribais, na sexta-feira, durante sua primeira visita ao país natal, chamando os abusos do internato de uma “mancha na história americana”.
Falando nas terras da comunidade indígena do Rio Gila, nos arredores de Phoenix, Arizona, Biden chamou os abusos; “um pecado em nossa alma”.
Ele acrescentou: “Francamente, não há desculpa de que este pedido de desculpas levou 50 anos para ser feito… Hoje, estamos finalmente avançando em direção à luz”.
Momento ‘profundo’
Entre 1869 e a década de 1960, mais de 18 mil crianças indígenas — algumas com apenas quatro anos — foram retiradas à força das suas famílias e colocadas no sistema de internato.
As escolas, muitas vezes geridas por igrejas cristãs, faziam parte da política de assimilação forçada lançada pelo Congresso em 1819 como um esforço para “civilizar” os nativos americanos, os nativos do Alasca e os povos nativos do Havai.
As crianças foram espancadas, abusadas sexualmente, proibidas de falar a sua língua e de agir de qualquer forma que reflectisse a sua cultura. Muitos não viam suas famílias há anos. Pelo menos 987 crianças morreram no sistemade acordo com uma investigação do Departamento do Interior dos EUA.
Biden disse que é hora de a história vergonhosa, ainda em grande parte desconhecida, ser exposta abertamente.
Rob Reynolds da Al Jazeera, reportando de Gila River, disse o presidente recebeu uma “boa recepção calorosa” dos membros da comunidade reunidos para ouvir seu pedido de desculpas, com vários líderes nativos americanos chamando-o de um momento “profundo” e “poderoso”.
“Os idosos que realmente viveram e sobreviveram à experiência do internato esperaram a vida inteira por este momento, muitos deles nunca acreditando que isso realmente aconteceria, mas agora aconteceu”, disse Reynolds.
Ramona Charette Klein, sobrevivente de um internato de 77 anos e membro inscrito da Turtle Mountain Band de Chippewa, disse à agência de notícias Associated Press que Biden “merece crédito” por finalmente chamar a atenção para o assunto.
“Acho que isso refletirá bem no vice-presidente Harris e espero que este impulso continue”, disse ela, acrescentando que o próximo presidente deve dar seguimento ao pedido de desculpas com ações concretas.
A Secretária do Interior de Biden, Deb Haalan, a primeira nativa americana no Gabinete, destacou a resiliência das “línguas, das nossas tradições, dos nossos modos de vida” da sua comunidade.
Apesar de “tudo o que aconteceu, ainda estamos aqui”, disse Haalan, que se juntou a Biden no evento.
Acabando com a votação
Os democratas esperam que o pedido de desculpas de Biden e a visita às terras indígenas no Arizona dêem um impulso ao esforço de participação da vice-presidente Kamala Harris em um estado-chave que ele conquistou por apenas 10.000 votos em 2020.
“Há também um elemento político nisso, na medida em que o Arizona é um estado indeciso importante: tem 11 votos eleitorais, há dezenas de milhares de eleitores indígenas aqui”, disse Reynolds.
Durante a visita, Biden destacou as políticas de seu governo destinadas a proporcionar empregos e melhor infraestrutura às comunidades indígenas. A sua administração direcionou quase 46 mil milhões de dólares em despesas federais para nações tribais, ajudando a fornecer acesso à eletricidade e à Internet de alta velocidade, a melhorar o saneamento da água e a construir estradas.
“Ele (Biden) assumiu compromissos com o país indiano e cumpriu cada um desses compromissos”, disse Haalan.

À medida que as eleições de 2024 se aproximam, os democratas intensificaram o alcance dos nativos americanos, que tradicionalmente favorecem o partido, mas que compareceram com taxas mais baixas do que outros grupos.
Tanto Harris quanto seu companheiro de chapa, o governador de Minnesota, Tim Walz, se encontraram com líderes tribais no Arizona e em Nevada este mês. E o ex-presidente Bill Clinton, que tem servido como substituto de Harris, reuniu-se na semana passada na Carolina do Norte com o presidente da Tribo Lumbee.
O Comité Nacional Democrata lançou recentemente uma campanha publicitária de seis dígitos dirigida aos eleitores nativos americanos no Arizona, Carolina do Norte, Montana e Alasca através de anúncios digitais, impressos e de rádio.
Num recente comício de campanha em Chandler, Arizona, perto da reserva do rio Gila, Harris acenou com a cabeça ao líder da tribo e destacou a importância da “soberania tribal”.
“Acredito firmemente que a relação entre as nações tribais e os Estados Unidos é sagrada… e que devemos honrar a soberania tribal, abraçar a nossa confiança nas obrigações do tratado e garantir a autodeterminação tribal”, disse Harris.
Thom Reilly, codiretor do Centro para uma Democracia Independente e Sustentável da Universidade Estadual do Arizona, disse que as campanhas de Harris e Trump – e seus aliados – colocaram um esforço notável na micro-direcionamento no Arizona.
“Eles estão fazendo todos os esforços apenas para ver se conseguem conseguir mais alguns votos aqui e ali”, disse Reilly. “A comunidade indiana é um daqueles grupos que Harris espera que tenha um desempenho superior e ajude a fazer a diferença.”
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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