NOSSAS REDES

ACRE

Camelôs que não foram contemplados para trabalhar no shopping popular no AC pedem investigação nos contratos

PUBLICADO

em

Um grupo de ao menos 200 camelôs que não foram contemplados com um ponto comercial no Aquiri Shopping, em Rio Branco, procurou o Ministério Público do Estado para pedir apuração de supostas irregularidades na seleção dos beneficiados.

Eles denunciam a compra de boxes por parte de empresários, além de irregularidades na escolha dos contemplados e problemas estruturais no prédio. Um documento com as reclamações foi entregue nessa quinta-feira (7) na Ouvidoria Geral e o Centro de Atendimento ao Cidadão (CAC) do MP-AC.

O MP informou que a denúncia foi recebida pela Procuradoria Geral de Justiça e está sendo analisada pela assessoria jurídica, que irá encaminha-la à promotoria competente.

O shopping foi inaugurado no último dia 30 de dezembro após seis anos em obras e atraso na entrega. Durante a inauguração, a estrutura no Calçadão da Benjamin Constant começou a ser demolida.

Seis dias após inauguração, a Prefeitura de Rio Branco divulgou os nomes dos 487 lojistas que foram contemplados para serem realocados no Aquiri Shopping. A lista foi publicada no último dia 5 de janeiro no Diário Oficial do Estado.

Conforme a prefeitura, o processo para a seleção dos lojistas foi iniciado em 2013, com a publicação de 333 nomes inicialmente, por meio de um decreto municipal.

De 2014 a 2020 foram feitos novos levantamentos para identificar a quantidade real de camelôs que poderiam ser inseridos no projeto do shopping popular. Em 2019 foi feita atualização do cadastro e naquele ano, a prefeitura iniciou a assinatura dos termos de adesão dos camelôs mapeados.

Os lojistas que foram realocados para o shopping fazem parte dos empreendimentos localizados nas áreas: Aureolino Cyrillo I, Aureolino Cyrillo II, Mulheres e Griffs, Praça do Passeio, Quintino Bocaiuva, Calçadão – Zona Central e Benjamin Constant.

Grupo diz que não foi ouvido em seleção

No entanto, o grupo de cerca de 200 camelôs que não conseguiu um ponto no local diz que não chegou a ser ouvido pela equipe da prefeitura.

É o caso do camelô Carlos Soares Freitas. Ele trabalha no Calçadão no Centro de Rio Branco há mais de 20 anos e disse que se inscreveu para conseguir trabalhar no shopping desde quando o projeto foi apresentado.

“Me inscrevi há muitos anos e tinha a expectativa de ganhar, mas não consegui. Agora, continuo aqui, trabalhando com as coisas na mão mesmo, andando pelo Calçadão. Quando vi que não fui contemplado, ainda questionei o sindicato, mas disseram que não podiam fazer nada, que ia para um cadastro de reserva. E essa minha situação é a mesma de muitos outros camelôs”, disse Freitas.

Camelô há cerca de 15 anos também no Calçadão, Celiana da silva oliveira, de 31 anos, também não conseguiu ser contemplada para trabalhar no shopping popular. “Eu trabalho ambulante, vendendo na mão, me inscrevi também, mas não consegui. Agora está ruim de venda, porque o movimento aqui no Calçadão diminuiu.”

O ativista Janes Peteca, que está à frente do movimento dos camelôs, disse que além do MP-AC, as reclamações já foram levadas para equipe da prefeitura e que o grupo deve ser reunir em uma assembleia na próxima segunda (11) para definir os próximos passos.

“Não teve um levantamento socioeconômico, só alguns camelôs foram ouvidos. Outra situação é que muitos empresários compraram de três a quatro boxes lá dentro. E a gente é contra isso, porque ali é um shopping para os trabalhadores camelôs e não para empresários. Sem contar que o shopping está com vários problemas estruturais, porque foi um serviço de péssima qualidade. Entramos com esse documento no MP relatando essa situação, já comunicamos a prefeitura e vamos comunicar a Polícia Civil para fazer uma investigação”, afirmou o representante.

Shopping popular foi inaugurado no último dia 30 de dezembro  — Foto: Arquivo/Prefeitura

Atraso na entrega

Em obras desde 2014, o Shopping Popular estava previsto para ser entregue no mês de agosto de 2020. O empreendimento foi uma das principais promessas de campanha da gestão. A obra custou cerca de R$ 23 milhões.

Em julho do ano passado, foi aprovada a lei que terceiriza a administração do Shopping que deve ser administrado pela iniciativa privada por um prazo de seis anos. Antes da aprovação, o PL chegou a ser retirado de pauta na Câmara de vereadores, a pedido dos camelôs que queriam ser ouvidos e pediam alterações no PL.

Para trabalhar no shopping, os comerciantes, foram cadastrados na Secretaria Municipal de Finanças (Sefin). A concessionária deverá se responsabilizar, de maneira direta ou indireta, pelos serviços de manutenção, limpeza, higienização dos banheiros, segurança e outros que garantam a preservação do prédio e o cumprimento das normas relativas à saúde pública é o que determina a lei.

No Aquiri Shopping só será permitida a atuação dos comerciantes que têm locação na área. Além disso, a lei proíbe a venda de mercadorias ilegais.

ACRE

“As vozes Tarauacá ” Inscrições vão até 29 de Março

PUBLICADO

em

Estão abertas e se estendem até o final do mês de março (29), inscrições para o projeto “As Vozes de Tarauacá”. Os interessados em participar deverão procurar os seguintes locais:
Crianças de 10 a 14 anos: Escola onde estuda

Jovens de 14 a 18 anos: Escola onde estuda



Adulto, acima de 18 anos, escola, se ainda estudar e Rádio Comunitária Nova Era FM.

A inscrição deve ser realizada num formulário simples disponibilizado para a direção das escolas e da rádio.

Informações:

WHATSAAP – 99977 5176 (Raimundo Accioly) 99938 6041 (Leandro Simões)

Continue lendo

ACRE

Concurso do Tribunal de Justiça do Acre tem confusão e é anulado para o cargo de Analista Judiciário

PUBLICADO

em

Uma confusão na tarde deste domingo, 24, no concurso do Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJAC) provocou a anulação do certame para o cargo de Analista Judiciário.

Conforme relatos de candidatos ao ac24horas, não foi apresentada a prova discursiva do concurso. Outros problemas relatados são pacotes de provas sem lacres, provas com capa especificando questões de história e geografia que não constatam no edital para o cargo.



Um dos locais de provas onde apresentou confusão por conta do concurso foi na Fameta/Estácio.

A reportagem conversou com o candidato Thales Martins 27 anos, que relatou o que ocorreu. “Bom, a gente foi fazer a prova, tudo conforme. Porém, nós não recebemos a discursiva. Os alunos que estavam dentro da sala, nenhum recebeu. Aliás, se eu não me engano, o bloco todo não recebeu essa prova discursiva. Então, quando deu o horário de duas horas e meia que passou a prova, a gente foi informado que teve o cancelamento da prova e que a gente não podia continuar fazendo a prova. Outro detalhe importante, a gente não levou a nossa prova, visto que teve outras turmas que levaram a prova. Fomos lesados devido à gente vai ter que remarcar outro dia” contou.

Quem também conversou com o ac24horas foi o candidato Samuel França, 26 anos. “Algumas provas receberam redação e outras provas não, a informação no momento não foi passada para todos, inclusive tem sala ainda que está tendo prova discursiva até para a própria área, analista, jornalista e judiciário da área do direito, então até 7 e meia, que é a data limite, 7 e meia da noite, ainda tem gente fazendo prova. Analista e judiciário sem saber que foi cancelado” relata.

A anulação prejudica milhares de candidatos, já que mais de 16 mil pessoas se inscreveram no certame, e muitos vieram de fora do Acre exclusivamente para fazer as provas.

O Tribunal de Justiça do Acre se posicionou por meio de uma nota de esclarecimento, onde confirma a anulação do concurso para o cargo de Analista Judiciário.

Leia abaixo:

Nota de Esclarecimento

A Administração do Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJAC), tendo em vista os problemas ocorridos na aplicação da prova do concurso de servidores deste tribunal, realizada pelo Instituto Verbena, esclarece:

O problema decorreu especificamente na questão discursiva para o cargo de Analista Judiciário – área judicial/judiciária.

A Comissão Gestora do Concurso deliberou o cancelamento da aplicação da prova especifica para este cargo.

A decisão pela anulação foi tomada com base nos princípios da transparência, igualdade e lisura, que norteiam a atuação do TJAC.

Lamentamos o ocorrido e informamos que as medidas cabíveis já estão sendo adotadas no sentido de reaplicar a prova com a maior brevidade possível.

Isabelle Sacramento
Presidente da Comissão Gestora do Concurso

Continue lendo

ACRE

Deslizamentos de terra, filas para conseguir alimento e moradores sem casa: como está a situação no AC após cheia histórica

PUBLICADO

em

Capital estima prejuízo de R$ 200 milhões e recuperação pode levar até um ano. Em Brasiléia e Rio Branco, mais de 200 pessoas não têm mais casa para voltar.

Deslizamentos de terra, casas arrastadas pelo Rio Acre, famílias desabrigadas e filas quilométricas para conseguir uma cesta básica. Estas são algumas das dificuldades vivenciadas pelos atingidos pela cheia do Rio Acre que buscam recomeçar após a baixa das águas.

Há mais de 10 dias, o manancial atingia uma marca histórica que impactou a vida de mais de 70 mil rio-branquenses. Os efeitos dessa enchente, no entanto, continuam a afetar a população.

👉 Contexto: o Rio Acre ficou mais de uma semana acima dos 17 metros e alcançou o maior nível do ano, de 17,89 metros, no dia 6 de março, há mais uma semana. Essa foi a segunda maior cheia da história, desde que a medição começou a ser feita, em 1971. A maior cota histórica já registrada é de 18,40 metros, em 2015.

Continue lendo

MAIS LIDAS