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Centro político sai na frente para 2026

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Murillo Aragão

Após o segundo turno das eleições municipais de 2024, os partidos de centro e de centro-direita consolidaram-se como os grandes vencedores, demonstrando um avanço expressivo na ocupação dos principais centros urbanos. Siglas como PSD, MDB, União Brasil, Republicanos, PL e PP emergiram como os principais beneficiados, agora responsáveis pela administração de 76 das 103 maiores cidades do Brasil, representando um total de 73,7% dos municípios com mais de 200 mil eleitores. Esse domínio evidencia não apenas a força dessas legendas, mas também uma tendência clara de continuidade administrativa e uma rejeição à polarização política que tem marcado os últimos anos.

Entre os partidos vencedores, o PSD se destacou ao obter vitórias em 887 cidades, o que lhe garantiu o maior número de prefeituras no país. Essa expansão colocou o partido como o segundo em alcance eleitoral, confirmando a liderança do partido de Gilberto Kassab no cenário municipal. O MDB, por sua vez, também obteve um triunfo significativo ao assegurar a reeleição de Ricardo Nunes em São Paulo, consolidando seu controle sobre a principal capital do país, uma vitória estratégica que reafirma o papel do partido como um dos pilares da centro-direita.

O PL, partido que tem se beneficiado do crescimento da direita, alcançou um desempenho robusto ao vencer em 16 das 103 maiores cidades, consolidando sua presença entre os maiores municípios. Esse avanço destaca a capacidade do PL de ampliar sua base, possivelmente como reflexo do aumento de sua popularidade nos últimos anos. Enquanto isso, o PT, partido do presidente Lula, conseguiu expandir modestamente seu número de prefeituras, passando de 185 em 2020 para 253 neste pleito, que demonstra uma tentativa de reposicionamento estratégico do partido para recuperar espaços perdidos. e consolidar sua influência, ainda que muito distante das conquistas da centro-direita.

Apesar de ocupar a máquina federal, o espectro político do PT e de seus aliados ainda não conseguiu se desvencilhar da dependência do discurso anti-bolsonarista, revelando uma dificuldade em construir narrativas que atraiam e engajem o eleitorado de centro. Falta ao campo petista uma mensagem capaz de ir além da oposição ao ex-presidente, abrangendo temas e propostas que se conectem com as demandas e preocupações dos setores moderados da sociedade. Guilherme Boulos, Uma imposição de Lula ao PT de São Paulo, teve um desempenho fraco mesmo contando a seu favor com equívocos das demais candidaturas. Sendo um político jovem, seu discurso é envelhecido. Enquanto Lula fala para os pobres, Boulos fala de pobreza. Enquanto Lula fala de esperança, Boulos fala de resgate. O resultado geral das esquerdas revela ainda uma brutal dependência do carisma de Lula, uma ausência de lideranças jovens , a exceção de João Campos que encarna a esquerda moderna no país.



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Frase do dia: Ciro Gomes

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Frase do dia: Ciro Gomes

Matheus Leitão

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“Estou muito envergonhado! Isto é uma indignidade inexplicável!” (Ciro Gomes, ex-ministro da Fazenda, usando as redes sociais para reclamar da troca de Carlos Lupi por Wolney Queiroz, seu desafeto no PDT, no comando do Ministério da Previdência Social) 


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Charge do JCaesar: 05 de maio

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Felipe Barbosa

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A articulação para mudar quem define o teto de jur…

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A articulação para mudar quem define o teto de jur...

Nicholas Shores

O Ministério da Fazenda e os principais bancos do país trabalham em uma articulação para transferir a definição do teto de juros das linhas de consignado para o Conselho Monetário Nacional (CMN). 

A ideia é que o poder de decisão sobre o custo desse tipo de crédito fique com um órgão vocacionado para a análise da conjuntura econômica. 

Compõem o CMN os titulares dos ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento e da presidência do Banco Central – que, atualmente, são Fernando Haddad, Simone Tebet e Gabriel Galípolo.

A oportunidade enxergada pelos defensores da mudança é a MP 1.292 de 2025, do chamado consignado CLT. O Congresso deve instalar a comissão mista que vai analisar a proposta na próxima quarta-feira. 

Uma possibilidade seria aprovar uma emenda ao texto para transferir a função ao CMN.

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Hoje, o poder de definir o teto de juros das diferentes linhas de empréstimo consignado está espalhado por alguns ministérios. 

Cabe ao Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), presidido pelo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, fixar o juro máximo cobrado no consignado para pensionistas e aposentados do INSS.

A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, é quem decide o teto para os empréstimos consignados contraídos por servidores públicos federais.

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Na modalidade do consignado para beneficiários do BPC-Loas, a decisão cabe ao ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias.

Já no consignado de adiantamento do saque-aniversário do FGTS, é o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que tem a palavra final sobre o juro máximo.

Atualmente, o teto de juros no consignado para aposentados do INSS é de 1,85% ao mês. No consignado de servidores públicos federais, o limite está fixado em 1,80% ao mês.

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Segundo os defensores da transferência da decisão para o CMN, o teto “achatado” de juros faz com que, a partir de uma modelagem de risco de crédito, os bancos priorizem conceder empréstimos nessas linhas para quem ganha mais e tem menos idade – restringindo o acesso a crédito para uma parcela considerável do público-alvo desses consignados.

Ainda de acordo com essa lógica, com os contratos de juros futuros de dois anos beirando os 15% e a regra do Banco Central que proíbe que qualquer empréstimo consignado tenha rentabilidade negativa, a tendência é que o universo de tomadores elegíveis para os quais os bancos estejam dispostos a emprestar fique cada vez menor.



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