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Chá cancelado salvou idosas de veneno, diz polícia – 10/01/2025 – Cotidiano
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10 meses atrásem
Carlos Villela
A investigação sobre o caso do bolo contaminado por arsênio que causou a morte de três pessoas da mesma família em Torres (RS) apontou que um grupo de idosas teria corrido risco de envenenamento dias antes da confraternização familiar na noite de 23 de dezembro.
A delegada regional de Capão da Canoa Sabrina Deffente disse nesta sexta-feira (10) que a autora do bolo, Zeli Teresinha dos Anjos, participaria de um chá com mulheres de uma associação de terceira idade na cidade de Arroio do Sal. “Ela tinha ficado responsável por fazer o bolo que seria consumido”, disse a delegada.
O encontro foi cancelado porque parte do grupo não tinha disponibilidade no dia marcado. “Acabou não saindo esse chá, e ela acabou utilizando a farinha nesse evento com a família”, disse a delegada.
A polícia suspeita que a nora de Zeli, Deise Moura dos Anjos, 42, usou arsênio para contaminar a farinha que foi usada no bolo servido no encontro da família.
“Há fortes indícios de que ela tenha provocado outros envenenamentos de pessoas próximas à família”, disse a delegada sobre a suspeita. “Para vocês terem a noção da inconsequência dos atos dessa senhora, que poderia ter causado uma tragédia ainda maior com pessoas que sequer tinham relação com ela”.
Deise está presa desde domingo (5), suspeita de triplo homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e uso de veneno.
Nesta sexta-feira, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul confirmou que Deise também é suspeita de ter envenenado com arsênio o leite em pó consumido pelo sogro, Paulo Luiz dos Anjos, que morreu em setembro. A exumação dos restos mortais dele revelou a presença da substância.
Segundo a delegada, informações familiares obtidas pela polícia apontaram que Zeli teria sentido um gosto estranho no café que tomou com o marido naquele dia.
Três meses após a morte de Paulo, Zeli foi internada após comer duas fatias do bolo que ela preparou para o encontro familiar. A polícia identificou arsênio no organismo dela e nos corpos das três pessoas mortas: Maida Berenice Flores da Silva, 59, e Neuza Denize Silva dos Anjos, 65, irmãs de Zeli, e a sobrinha Tatiana Denize Silva dos Anjos, 47.
Uma criança de 10 anos, filho de Tatiana, também consumiu o bolo e foi hospitalizado, mas teve alta dias depois.
A investigação aponta que Deise tinha uma relação conturbada com a família e tinha a sogra como alvo principal. Zeli, que teve alta hospitalar nesta sexta-feira, estava presente nas duas ocasiões de envenenamento.
A investigação inicialmente apontava como motivo da desavença um suposto empréstimo de R$ 600 feito por Zeli pela conta de Deise há mais de 20 anos. O fato foi mencionado em uma denúncia de Deise contra o marido em outubro, na qual alegou ter sido vítima de agressão.
“Quando ela se viu diante da possibilidade de revelarem essa desavença dela com a família, ela recupera esse fato que teria ocorrido há 20 anos atras como justificativa para esse desentendimento, mas a gente acredita que isso foi tudo premeditado para criar uma narrativa”, disse a delegada regional de Capão da Canoa.
O delegado da Polícia Civil de Torres Marcos Vinicius Muniz Veloso, responsável pelo caso, disse que Deise também tinha um atrito de longa data com a cunhada Tatiana, uma das três mortas após comer o bolo. “A Tatiana quis casar em uma igreja antes dela e do marido, e isso perdurou por todo esse tempo, ela nunca esqueceu isso”, disse Veloso. “Motivos muito pequenos ensejaram a morte de quatro pessoas”.
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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre
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12 de novembro de 2025A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.
Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.
Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.”
A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”
Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.”
Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”
A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde.
Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.
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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre
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11 de novembro de 2025O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.
Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria.
“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”
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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre
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11 de novembro de 2025O curso e o Centro Acadêmico de Letras/Português da Ufac iniciaram, nessa segunda-feira, 10, no anfiteatro Garibaldi Brasil, sua 24ª Semana Acadêmica, com o tema “Minha Pátria é a Língua Pretuguesa”. O evento é dedicado à reflexão sobre memória, decolonialidade e as relações históricas entre o Brasil e as demais nações de língua portuguesa. A programação segue até sexta-feira, 14, com mesas-redondas, intervenções artísticas, conferências, minicursos, oficinas e comunicações orais.
Na abertura, o coordenador da semana acadêmica, Henrique Silvestre Soares, destacou a necessidade de ligar a celebração da língua às lutas históricas por soberania e justiça social. Segundo ele, é importante que, ao celebrar a Semana de Letras e a independência dos países africanos, se lembre também que esses países continuam, assim como o Brasil, subjugados à força de imperialismos que conduzem à pobreza, à violência e aos preconceitos que ainda persistem.
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, salientou o compromisso ético da educação e reforçou que a universidade deve assumir uma postura crítica diante da realidade. “A educação não é imparcial. É preciso, sim, refletir sobre essas questões, é preciso, sim, assumir o lado da história.”
A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou a força do tema proposto. Para ela, o assunto é precioso por levar uma mensagem forte sobre o papel da universidade na sociedade. “Na própria abertura dos eventos na faculdade, percebemos o que ocorre ao nosso redor e que não podemos mais tratar como aula generalizada ou naturalizada”, observou.
O diretor do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela), Selmo Azevedo Pontes, reafirmou a urgência do debate proposto pela semana. Ele lembrou que, no Brasil, as universidades estiveram, durante muitos anos, atreladas a um projeto hegemônico. “Diziam que não era mais urgente nem necessário, mas é urgente e necessário.”
Também estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-reitor, Josimar Batista Ferreira; o coordenador de Letras/Português, Sérgio da Silva Santos; a presidente do Cela, Thaís de Souza; e a professora do Laboratório de Letras, Jeissyane Furtado da Silva.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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