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“Chegamos no nosso limite”, dizem servidores de ag…

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“Chegamos no nosso limite”, dizem servidores de ag...

Pedro Pupulim

Os servidores da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, órgão do setor hídrico ligado ao governo federal, encaminharam ao presidente Lula, na última semana, uma carta em que criticam as nomeações feitas pela gestão Bolsonaro para os cargos de diretoria da ANA.

Em conversa com a VEJA, fontes ligadas à agência informaram que os alvos da insatisfação são Filipe Sampaio, irmão de Marcelo Sampaio, ex-ministro da Infraestrutura do governo Bolsonaro e atualmente diretor de Assuntos Regulatórios da Vale S.A., e Ana Carolina Argolo, que teria sido indicada pelo suposto ex-marido, Jonathas Assunção Salvador Nery de Castro, secretário-executivo da Casa Civil do Bolsonaro.

Segundo o documento, as indicações foram feitas com base em critérios exclusivamente políticos, comprometendo a eficácia da gestão de recursos hídricos e o saneamento básico no Brasil, o que a carta classificou como “insustentável”.

“Os servidores da ANA, comprometidos com o interesse público, têm se esforçado incansavelmente no sentido de manter a qualidade do trabalho e preservar os princípios que regem a Agência, mesmo em face das nomeações inadequadas. No entanto, chegamos ao nosso limite. A resistência que apresentamos ao longo do tempo diante dessas indicações tem sido em vão, e a sensação predominante é de que, apesar de todo o nosso empenho, atingimos o insustentável”, diz o trecho.

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Em contraproposta, a ANA disse estar trabalhando internamente em uma proposta de seleção para a escolha de nomes, tanto externos quanto da própria agência.

“A escolha entre os servidores será feita por meio da composição de listas tríplices a serem elaboradas após votação. Essa iniciativa visa garantir que as nomeações sejam conduzidas de forma transparente, técnica e participativa, assegurando que os indicados tenham pleno compromisso da missão da ANA e com a gestão responsável dos recursos hídricos do país, para o alcance da segurança hídrica e para o cumprimento das Metas do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 6 das Nações Unidas: ‘Até 2030, alcançar o acesso universal e equitativo à água potável e segura para todos’, ressaltaram os servidores.

Criada em 2000, a lei que dispõe sobre a gestão das agências reguladoras determina que o processo de escolha dos seus diretores é feito por indicação do presidente da República com posterior aprovação do Senado. Contudo, segundo o dispositivo, as indicações devem atender a critérios específicos que comprovem a experiência do gestor ou gestora escolhidos no setor e cargo para os quais foram nomeados.



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O alerta da pesquisa Quaest ao PT e a Lula

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O alerta da pesquisa Quaest ao PT e a Lula

Matheus Leitão

A pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta, 12, trouxe um cenário que, a princípio, pode ser animador para a esquerda. Isso porque a maioria dos eleitores diz conhecer e votar em Lula, além de dar a ele a vitória em eventual segundo turno contra todas as opções da direita que foram testadas – Jair Bolsonaro, Tarcísio de Freitas, Pablo Marçal e Ronaldo Caiado.

Além disso, a popularidade de Bolsonaro vai de mal a pior, com sua rejeição batendo 57%. Esse percentual indica que a maioria dos eleitores conhecem e não votam no líder da extrema-direita.

O alerta que os dados trazem ao PT, no entanto, é sobre a vontade do eleitor de ter um presidente que não seja Lula. Apesar da boa popularidade e potencial de votos do presidente, 52% dos eleitores opinam que Lula não deve se candidatar novamente. Esse índice já foi de 58% em outubro e de 53% em julho.

Junto com esse recado, a pesquisa dá outra informação relevante: caso Lula não seja candidato, o petista mais bem posicionado para substituí-lo na disputa pelo Palácio do Planalto é Fernando Haddad, atual ministro da Fazenda.

No meio político, contudo, Haddad costuma ser comparado ao vice-presidente Geraldo Alckmin em relação a seu baixo carisma e potencial de votos em uma eleição nacional.

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Dentro do próprio PT, Haddad está longe de ser uma unanimidade –o que torna sua candidatura ainda mais frágil. Recentemente, inclusive, a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, deixou claro que discorda de uma guinada do partido em direção ao centro. Para bons entendedores, essa é uma posição que contraria uma eventual indicação do ministro como postulante da sigla ao Planalto. Analisei as declarações de Gleisi em outro texto desta coluna.

Está ficando cada vez mais difícil para o PT evitar o surgimento de líderes que possam substituir Lula como principal nome da esquerda. Enquanto foi possível, o partido e o próprio Lula conseguiram sufocar todas as lideranças capazes de ocupar esse lugar. Agora, no entanto, parece cada vez mais inevitável que a legenda mude de postura –seja por causa da necessidade do eleitorado ou pela idade e saúde de Lula, que já começam a despertar atenção do eleitor.



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Parlamentares governistas defendem pacote fiscal a…

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Parlamentares governistas defendem pacote fiscal a...

Nicholas Shores

Os parlamentares do chamado “gabinete compartilhado”, todos da base do governo Lula, apresentaram um pacote de ajuste das contas públicas alternativo ao proposto pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O objetivo, dizem, é garantir direitos sociais, combater privilégios e “supersalários” e limitar incentivos tributários.

São quatro projetos de lei, um projeto de lei complementar e dez emendas que tratam de temas como critérios na concessão de benefícios tributários, teto remuneratório, regras de aposentadoria e pensões de militares, isenção de Imposto de Renda, BPC e Fundeb.

Compõem o “gabinete compartilhado” o senador Alessandro Vieira (MDB-SE) e os deputados federais Camila Jara (PT-MS), Duarte Jr. (PSB-MA), Duda Salabert (PDT-MG), Pedro Campos (PSB-PE) e Tabata Amaral (PSB-SP).

Veja, abaixo, as propostas do grupo:

Supersalários

  • O PL 4.839 de 2024 define que, nos casos de acumulação lícita de cargos públicos, o teto remuneratório constitucional deverá incidir na soma das remunerações, e não em cada remuneração individualmente, como é entendido pelo STF;
  • o PL 4.835 de 2024 define a obrigatoriedade do compartilhamento de bases de dados, por parte da administração pública, para permitir a fiscalização da acumulação ilegal de cargos e do recebimento de verbas remuneratórias acima do teto;
  • uma emenda que o grupo vai apresentar à PEC dos supersalários visa limitar as verbas indenizatórias a até 10% do teto.
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Militares

  • O PL 4.841 de 2024 visa equiparar as regras de pensão e proventos dos militares às regras do Regime Geral da Previdência;
  • também determina que a majoração da contribuição padrão passe para 14%, que haja diferenciação no tempo de contribuição de oficiais e praças e que a idade mínima para entrada na reserva seja de 55 anos para oficiais e 53 anos para praças.

Imposto de Renda 

  • O PL 4.840 de 24 eleva a faixa de isenção do Imposto de Renda para 5.000 reais e, como contrapartida, institui o modelo de tributação mínima da alta renda (quem recebe acima de 50.000 reais por mês), com escalonamento menos conservador que o do governo federal;
  • a alíquota seria de 10% sobre renda anual a partir de 600.000 reais, 16% sobre renda anual a partir de 900.000 reais e 20% sobre renda anual a partir de 1,2 milhão de reais.
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Incentivos tributários

  • o projeto de lei complementar 227 de 2024 estabelece a necessidade de Lei Complementar específica para a concessão do benefício, com prazo limite de 5 anos, e a obrigatoriedade de retorno social mensurável, bem como transparência quanto ao impacto orçamentário dos incentivos.

Benefício de Prestação Continuada (BPC)



  • Os parlamentares prepararam seis emendas ao projeto do governo em tramitação na Câmara que revertem a alteração do conceito de pessoa com deficiência feita pelo governo, criam critérios para avaliação biopsicossocial e livram pequenos agricultores e povos e comunidades tradicionais dos novos requisitos para concessão do benefício;
  • o grupo também quer garantir que não haja a limitação de obtenção de BPC ou aposentadoria por pessoas da mesma família.

Fundeb

  • Os parlamentares vão apresentar uma emenda supressiva para tentar barrar a mudança no uso do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), que veem como um corte no orçamento do Ministério da Educação.



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Senador Rogério Carvalho fala sobre pacote de cort…

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Senador Rogério Carvalho fala sobre pacote de cort...

Da Redação

O pacote de corte de gastos proposto pelo governo federal pode ser votado pelo Congresso Nacional antes do recesso parlamentar, previsto para 22 de dezembro.

O projeto enfrenta dificuldades para avançar nas Casas por conta de pontos específicos. Sobre esse tema, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) é entrevistado do Ponto de Vista, de Veja, nesta quinta-feira, 12.

O pacote de corte de gastos foi anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no mês de novembro. Segundo o ministro, as medidas devem gerar uma economia de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos

Sobre o programa

O Ponto de Vista é apresentado por Marcela Rahal, transmitido ao vivo às 12h, e também trata das principais notícias do dia.

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A entrevista é transmitida simultaneamente no YouTube e na homepage da VEJA, e para os inscritos no canal da VEJA no WhatsApp.

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