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Colunistas de VEJA analisam escândalo de corrupção…

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Colunistas de VEJA analisam escândalo de corrupção...

Da Redação

O escândalo de corrupção no INSS e a nova federação formada por União Brasil e PP são temas em destaque no programa Os Três Poderes desta sexta, 2, transmitido ao vivo nos canais digitais de VEJA a partir das 12h. O deputado federal Arthur Maia, do União Brasil, participa da edição, que tem apresentação do editor Ricardo Ferraz e comentários dos colunistas Matheus Leitão, Marcela Rahal e José Benedito da Silva.

Reportagem da semana mostra os bastidores da nova crise do governo. O presidente Lula tinha um plano: depois de semear na primeira metade do mandato, ele finalmente iniciaria a colheita em 2025. Programas prioritários do governo deslanchariam e cairiam no gosto popular, principalmente na área da saúde. O pessimismo com os rumos da economia seria revertido com uma série de medidas, do prometido combate à inflação dos alimentos à injeção direta de recursos no bolso dos trabalhadores. Uma renovação de acordos políticos com partidos de centro fortaleceria a posição do mandatário no Congresso e, de quebra, a sua eventual candidatura à reeleição. A combinação desses fatores garantiria o sucesso da safra, que seria coroada com a recuperação de uma popularidade que derreteu na virada do ano. O roteiro era claro e otimista, mas até agora quase nada saiu como planejado. Para piorar, o petista passou a lidar com um velho fantasma: a corrupção, que voltou à agenda nacional com o escândalo dos descontos ilegais de benefícios pagos a aposentados e pensionistas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Por mais que se esforce, Lula ainda terá de remar muito contra a maré.



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A medida tardia, mas necessária, do governo Lula

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A medida tardia, mas necessária, do governo Lula

Matheus Leitão

A saída de Carlos Lupi do Ministério da Previdência será importante passo do governo Lula para conter a própria sangria política. Trata-se de uma medida tardia, mas necessária.

Carlos Lupi, que é antigo frequentador do noticiário sobre escândalos políticos, renovou nos últimos dias sua imagem como símbolo de ineficiência e inércia diante de crimes cometidos sob seu próprio nariz.

Como outros ministros do atual governo, Lupi está à frente de uma pasta que custa caro e que poderia ser estratégica caso a administração federal tivesse mais cuidado com projetos de país. Apesar disso, Lupi nada entregou de relevante.

A imagem que está a cada dia mais consolidada é que Lula distribuiu os ministérios pensando apenas em ter o mínimo possível de dor de cabeça com o apetite por cargos e verbas dos partidos aliados. Competência passa longe dos critérios usados por este e qualquer outro governo recente do Brasil na hora de preencher as vagas no primeiro escalão do governo.

A realidade do ministério entregue a Lupi e ao PDT é um punhado de propostas sem pé nem cabeça, omissão diante de fraudes e paralisia administrativa. Com uma operação da PF batendo à porta, a permanência de Lupi virou desgaste político puro para Lula.

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A saída de Lupi é raro gesto de correção em um governo que hesita até diante do óbvio. Lula errou ao mantê-lo após a revelação do escândalo — e está pagando caro por isso. Como registrei em outro texto desta coluna, Lupi virou o retrato de um governo incapaz de se corrigir.

A troca do ministro não resolve tudo, mas pode sinalizar uma inflexão. A sangria não vai parar com um gesto isolado. Mas algum gesto precisa iniciar o tratamento.



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Estrutura do show da Lady Gaga em Copacabana terá…

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Estrutura do show da Lady Gaga em Copacabana terá...

Lucas Mathias

Marcado para este sábado, 3, o show da cantora Lady Gaga na Praia de Copacabana promete receber mais de um milhão de pessoas, entre cariocas e turistas. A ideia é repetir a receita do ano passado, quando a também norte-americana Madonna se apresentou para uma multidão gratuitamente, no bairro da Zona Sul do Rio. Em uma visita ao local para vistoriar a montagem do evento, contudo, o vereador Fernando Armelau (PL) constatou que o público geral ficará cerca de 150 metros de distância do palco, diferentemente de uma área VIP, reservada para convidados, que terão acesso e visão privilegiados.

O espaço, localizado logo abaixo do palco, conta com uma área dedicada a um dos patrocinadores do evento, bares e pontos de alimentação, além de um piso que protege o espaço da areia da praia. A área é delimitada por barreiras, que a separam do restante da praia, onde ficarão a maioria dos espectadores. 

O parlamentar destaca que o evento é em parte custeado por verbas públicas: segundo Armelau, dos 92 milhões de reais estimados, 15 milhões de reais estão sendo pagos diretamente pela Prefeitura à Bonus Track Entretenimento Ltda, a mesma responsável pelo show de Madonna, em Copacabana, no ano passado. No total, a empresa acumula 25,3 milhões de reais em contratos pagos com dinheiro público.

“O impacto econômico é inegável, mas, conforme apontado pela própria Prefeitura, o retorno efetivo para os cofres do Município não cobre os valores investidos no evento. Não somos contra eventos culturais, muito pelo contrário. Eles geram empregos, movimentam o comércio e trazem visibilidade à cidade”, pondera o vereador, que completa. 

“O problema é usar dinheiro do contribuinte sem critério claro e sem transparência”, diz Armelau, autor de um projeto de lei que prevê a criação de uma plataforma digital pública que para divulgar as estimativas e os dados reais de arrecadação, permitindo à população e aos órgãos fiscalizadores acompanharem o impacto econômico desses eventos.



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Os dez dias que abalaram o mundo de Lula

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Os dez dias que abalaram o mundo de Lula

Thomas Traumann

A demissão de Carlos Lupi do Ministério da Previdência depois de dez longos dias da divulgação da Polícia Federal e da Controladoria Geral da União de uma fraude que desviou dinheiro de mais de 4 milhões de aposentados revela uma perigosa falta de sintonia do governo Lula com a realidade.

Dono do PDT, Lupi é parceiro eleitoral de Lula há décadas. Ao ser demitido, ele indicou como novo ministro o ex-deputado Wolney Queiroz, que era o secretário-executivo do ministério. A indicação do número 2 do ministério não irá estancar a crise.

Por dias, o presidente Lula da Silva considerou que um partido pequeno como o PDT era mais importante do que responder aos milhões de lesados, achou que poderia resolver o escândalo sem mexer no ministro Lupi e mostrou mais uma vez a sua dificuldade em tomar decisões rápidas. A demissão de Lupi no final da sexta-feira (2) veio tarde e incompleta: o governo ainda não apresentou um plano de como ressarcir os aposentados e pensionistas lesados.

Ao titubear sobre a saída de Lupi, o presidente protegeu um ministro suspeito de um dos mais graves escândalos dos últimos anos. Este é um caso de corrupção mais tóxico do que os usuais, pois as vítimas são pessoas pobres, com nome e endereço, algumas delas deficientes e analfabetas, não o etéreo caixa do governo atacado por políticos e empresários. O potencial de estrago desse escândalo é suficiente para acabar com a recuperação do governo nas pesquisas.

A conexão entre vítimas e corruptos é direta. É chocante o contraste entre as histórias de pessoas que recebiam R$ 1.412 mensais e eram tungadas em R$ 79, com imagens de Ferraris, Porsches e até de um Rolls Royce comprados por espertalhões com dinheiro roubado. É um roteiro pronto para vídeos destruidores em campanha eleitoral.

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Outra característica do caso é que empresários tiveram a ajuda de gente do governo para roubar pobres. Um dos envolvidos na fraude é o procurador do INSS Virgilio Antônio Ribeiro de Oliveira, colocado no cargo por Lupi. Segundo a polícia, ele recebeu cerca de R$ 11 milhões do esquema. Virgílio e o empresário Danilo Bernt Trento tinham até a ajuda de um policial federal, Philipe Roters, para circular pelo aeroporto de Congonhas em viaturas oficiais. Roters foi pego com US$ 200 mil em dinheiro vivo.

O maior dos operadores do esquema, Antônio Carlos Camilo Antunes, o ‘Careca do INSS’, movimentou R$ 53 milhões. Em Brasília ninguém movimenta tanto dinheiro assim sem deixar parte do lucro com outros envolvidos.

O extenso material da investigação tem conteúdo para dias de cobertura jornalística. A CGU descobriu que, além da facilidade em obter licença do INSS, as entidades conseguiam cadastrar até 1.500 pessoas por hora em suas bases e ter acesso aos seus salários.

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A colunista de O Globo Malu Gaspar mostrou que entidades que buscavam o caminho para entrar no esquema foram instruídas a procurar um advogado indicado por Marcelo Panella, chefe de gabinete do ministro Lupi, e contratar uma consultoria indicada por ele. Todo mundo em Brasília sabe que Lupi e Panella são gêmeos siameses. Assessor do ministro há anos, Panella causou a queda do chefe do Ministério do Trabalho em 2011, ao ser acusado de cobrar propina de ONGs que mantinham convênios com o governo.

A oposição conseguiu assinaturas necessárias para abrir uma CPI e Lula está nas mãos do presidente Hugo Motta para adiar a investigação. Motta pode segurar, mas não necessariamente tem força para impedir a instalação se a CPI se tornar mista, incluindo deputados e senadores.

Quando a PF e a CGU apresentaram as suas investigações no dia 23, o discurso oficial era que a fraude havia começado no governo Bolsonaro e desmantelada no atual governo. Só que essa verdade se perdeu, primeiro, com os esforços de Lupi em defender a diretoria suspeita de corrupção que ele nomeou para o INSS e, depois, pela operação do Palácio do Planalto de proteção ao ministro.

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Por que Lula demorou tanto? Porque a fragilidade do governo no Congresso é tamanha que até perder o apoio dos 17 deputados do PDT seria um desastre. Mas os 17 deputados valem chafurdar a imagem do governo num roubo de velhinhas e velhinhas? É óbvio que não, e o presidente Lula nos dois primeiros mandatos nunca teria dúvidas sobre a urgência na substituição. O Lula 3, no entanto, decide lentamente. Assim como demorou meses para tirar o deputado Juscelino Filho do Ministério das Comunicações, Lula tenta abafar cada crise adiando a sua opinião, até o momento em que a falta de decisão seja a posição oficial do governo.

Em novembro, por exemplo, depois da derrota da esquerda nas eleições municipais, vários assessores levaram ao presidente a necessidade de uma reforma ministerial para recompor a base no Congresso. Passados seis meses, Lula só mexeu com ministros do PT e a reforma perdeu sentido.

O caso de Lupi sugere que essa lentidão é o novo normal de Lula. É óbvio que a cautela é uma qualidade preciosa em tempos de líderes peripatéticos como Donald Trump, mas é um risco quando indica desconexão com as obrigações do cargo.



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