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Com bloqueios ilegais na BR-364 em RO, mercado do AC já sofre com desabastecimento: ‘à beira de um colapso’, alerta Acisa

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O bloqueio ilegal feito por bolsonaristas em trechos da BR-364, em Rondônia, já causa desabastecimento do mercado acreano. É que essa estrada é a única que liga o Acre ao restante do país e por onde chegam mercadorias de todos os setores, via terrestre.
Entre os produtos já em falta estão os combustíveis. Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Gás Liquefeito de Petróleo e Lubrificantes do Acre (Sindepac), Delano Lima, há postos na capital já sem o produto e, na manhã desta terça-feira (22), vários estabelecimentos amanheceram com filas de motoristas tentando garantir o abastecimento dos veículos.
Por conta da falta de combustíveis, a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (RBTrans) anunciou que a frota de ônibus de Rio Branco foi reduzida a partir desta terça-feira (22) para racionamento de combustível. Dos 101 veículos que circulam diariamente na zona urbana e rural da capital, apenas 71 passam a atender a população a partir desta terça.
As interdições nas rodovias federais de Rondônia continuam em cinco pontos, segundo boletim divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), às 8h18 desta terça-feira (22). Os atos são feitos por grupos contrários ao resultado das eleições, divulgado há três semanas.
Atualmente, em Rondônia, estão interditados trechos da BR-364, da 425 e 435. Não há bloqueios em rodovias federais do Acre.
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Com bloqueios ilegais na BR-364, em RO, mercado do AC sofre com falta de combustíveis, perecíveis e outros itens — Foto: Cassius Afonso/Rede Amazônica
Veja os pontos de interdição nas rodovias de Rondônia:
- BR 364 Km 1070 – Distrito de Nova Califórnia (Porto Velho)
- BR 364 Km 1040 – Distrito de Extrema (Porto Velho)
- BR 364 Km 938 – Distrito de Vista Alegre do Abunã (Porto Velho)
- BR 435 Km 120 – Cerejeiras
- BR 425 Km 96 – Nova Mamoré
‘À beira de um colapso’
Conforme o presidente da Associação Comercial do Acre (Acisa), Marcelo Moura, o comércio já começou a sentir a falta de alguns produtos, como é o caso dos alimentos perecíveis, que têm baixo estoque e são os primeiros afetados quando há algum impedimento de transporte pela rodovia.
“Estamos à beira de um colapso de desabastecimento, alguns setores muito mais prejudicados, dos perecíveis, principalmente, temos pelo menos seis pontos de interrupção do trânsito entre Vilhena e Rio Branco, é a única BR e isso interrompe nosso abastecimento. Postos já alguns sem combustível, já fechados hoje, produtos perecíveis em falta nos supermercados e daqui para domingo [27] a tendência é que vá esvaziando as prateleiras mesmo. Existe também essa reação do público quando acha que vai faltar, já começa a estocar, então já estamos vivendo isso, infelizmente, e não tem nenhuma previsão de volta da normalidade”, disse Moura.
Ele afirmou ainda que empresas de São Paulo já pararam de carregar para o Acre. “Transportadora de São Paulo não carrega porque sabe que vai ficar parado na estrada. Então, a tendência é que a gente tenha um problema muito grande na próxima semana.”
Falta cimento
O presidente da Federação das Indústrias do Acre (Fieac), José Adriano informou que os empresários já relatam, por enquanto, a falta de cimento, o que, segundo ele, acaba prejudicando, sobretudo, o setor da construção civil, além de alguns outros segmentos ligados a ele.
O consultor institucional da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomércio-aC), Egídio Garó também confirmou que já percebe-se a falta de alguns itens.
“O que mais tem apresentado dificuldades de consumo são os combustíveis. Por conta dos bloqueios que ocorrem em Rondônia, pode-se produzir um cenário em curto prazo para que, efetivamente, se perceba desabastecimento no comércio local, especificamente, naqueles que tratam de gêneros alimentícios adquiridos por meio de importação interna”, afirmou Garó.
A Associação de Bares, Restaurantes, Conveniências, Distribuidoras e Eventos do Acre (Abrace), informou que já faltam também cervejas no estado. “Vários produtos já não tem mais, como embalagens de 600ml, cerveja long neck tem poucas opções, litrão tá em falta também. E, segundo a gerência da Ambev que representa 70% do mercado, enquanto não abrir a estrada não terá produtos”, afirmou o presidente da Abrace, Leôncio Castro.
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Minicurso para agricultores aborda qualidade e certificação de feijão — Universidade Federal do Acre

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15 de abril de 2025
O projeto Bioeconomia e Modelagem da Cadeia Produtiva dos Feijões do Vale do Juruá realizou o minicurso “Controle de Qualidade de Feijões Armazenados e Certificação de Feijão”, ministrado pelos professores Bruno Freitas, da Ufac, e Guiomar Sousa, do Instituto Federal do Acre (Ifac). As aulas ocorreram em 30 de março e 1 de abril, em Marechal Thaumaturgo (AC).
O minicurso teve como público-alvo agricultores e membros da Cooperativa Sonho de Todos (Coopersonhos), os quais conheceram informações teóricas e práticas sobre técnicas de armazenamento, parâmetros de qualidade dos grãos e processos para certificação de feijão, usados para agregar valor à produção local e ampliar o acesso a mercados diferenciados.
“Embora existam desafios significativos no processo de certificação do feijão, as oportunidades são vastas”, disse Bruno Freitas. “Ao superar essas barreiras, com apoio adequado e estratégias bem estruturadas, os produtores podem conquistar mercados internacionais, aumentar sua rentabilidade e melhorar a sustentabilidade de suas operações.”
Guiomar Sousa também destacou a importância do minicurso para os produtores da região. “O controle de qualidade durante o armazenamento do feijão é essencial para garantir a segurança alimentar, preservar o valor nutricional e evitar perdas que comprometem a renda dos agricultores.”
O minicurso tem previsão de ser oferecido, em breve, para alunos dos cursos de Agronomia da Ufac e cursos técnicos em agropecuária e alimentos, do Ifac.
O projeto Bioeconomia e Modelagem da Cadeia Produtiva dos Feijões do Vale do Juruá é financiado pela Fapac, pelo CNPq e pelo Basa. A atividade contou com parceria da Embrapa-AC, da Coopersonhos e da Prefeitura de Marechal Thaumaturgo.
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Projeto oferece assistência jurídica a alunos indígenas da Ufac — Universidade Federal do Acre

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15 de abril de 2025
O curso de Direito e o Observatório de Direitos Humanos, da Ufac, realizam projeto de extensão para prestação de assistência jurídica ao Coletivo de Estudantes Indígenas da Ufac (CeiUfac) e a demais estudantes indígenas, por meio de discentes de Direito. O projeto, coordenado pelo professor Francisco Pereira, começou em janeiro e prossegue até novembro deste ano; o horário de atendimento é pela manhã ou à tarde.
Para mais informações, entre em contato pelo e-mail cei.ccjsa@ufac.br.
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Ufac discute convênios na área ambiental em visita ao TCE-AC — Universidade Federal do Acre

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11 de abril de 2025
A reitora da Ufac, Guida Aquino, participou de uma visita institucional ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-AC), com o objetivo de tratar dos convênios em andamento entre as duas instituições. A reunião, que ocorreu nesta sexta-feira, 11, teve como foco o fortalecimento da cooperação técnica voltada à revitalização da bacia do igarapé São Francisco e à ampliação das ações conjuntas na área ambiental.
Guida destacou que a parceria com o TCE em torno do igarapé São Francisco é uma das mais importantes já estabelecidas. “Estamos enfrentando os efeitos das mudanças climáticas e precisamos de mais intervenções no meio ambiente. Essa ação conjunta é estratégica, especialmente neste ano em que o Brasil sedia a COP-30 [30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima].”
A reitora também valorizou a atuação da presidente Dulcinéia Benício à frente do TCE. “É uma mulher que valoriza a educação e sabe que é por meio da ciência que alcançamos os objetivos importantes para o desenvolvimento do nosso Estado”, completou.
Durante o encontro, foram discutidos os termos de cooperação técnica entre o TCE e a Ufac. O objetivo é fortalecer a capacidade de resposta das instituições públicas frente às emergências ambientais na capital acreana, com o suporte técnico e científico da universidade.
Para Dulcinéia Benício, o momento marca o fortalecimento da parceria entre o tribunal e a universidade. Ela disse que a iniciativa tem gerado resultados importantes, mas que ainda há muito a ser feito. “É uma referência a ser seguida; ainda estamos no início, mas temos muito a contribuir. A universidade tem sido parceira em todos os projetos ambientais desenvolvidos pelo tribunal.”
Ela também ressaltou que a proposta vai além da contenção de enxurradas. “O projeto avança sobre aspectos sociais, ambientais e de desenvolvimento, que hoje são indispensáveis na execução das políticas públicas.”
Participaram da reunião o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes; o pró-reitor de Planejamento, Alexandre Hid, além de professores e pesquisadores envolvidos no projeto. Pelo TCE, acompanharam a agenda os conselheiros Ronald Polanco e Naluh Gouveia.
Também estiveram presentes representantes da Secretaria de Estado de Habitação e Urbanismo, da Fundape e do governo do Estado. O professor aposentado e economista Orlando Sabino esteve presente, representando a Assembleia Legislativa do Acre.
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