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Como surgem os hábitos? Entenda os mecanismos para mudar – 07/01/2025 – Equilíbrio

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9 meses atrásem
Gabriela Bonin
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IE | Como criar hábitos
Um guia em newsletter com dicas de como abandonar hábitos ruins e criar novos no lugar
É meia-noite e eu estou pronta para dormir. Terminei de trabalhar, jantei e tomei um banho. Nada me impede de deitar e descansar.
Se eu dormir agora, serão oito horas de sono no total. Hum… Mas sete horas são mais que suficientes para mim. Eu me conheço. Que tal usar meia hora para navegar em uma rede social cujo algoritmo calcula perfeitamente os conteúdos que eu quero ver?
Pronto. Abro o TikTok (troque por Instagram, se você for um millennial) para que, depois de um dia cansativo de trabalho, eu possa dar boas risadas e ver indicações de produtos de skincare.
É assim que, com muita frequência, eu perdia boas horas de sono na semana. Mexer em redes sociais antes de dormir era um dos hábitos que mais me incomodavam. Mas, com muito esforço, consegui abandoná-lo. E vou te contar como.
Antes de começarmos, proponho uma reflexão: se você pudesse mudar um hábito para se tornar mais próximo da pessoa que você gostaria de ser, qual seria? O que você faria a mais? Ou o que deixaria de fazer?
- Se possível, anote o que pensou em um papel. Você usará esse hábito (e outros que podem vir à mente) como exemplo para reflexões durante a temporada.
Todos temos hábitos dos quais gostaríamos de nos livrar e outros que queremos alcançar. Pode ser ir mais para a academia, começar a correr, deixar de roer as unhas, acordar mais cedo…
Vamos, então, entender como eles nascem, pois só assim é possível mudá-los.
O que é o hábito: uma inclinação ou disposição de agir constantemente de um certo modo.
- São escolhas que fazemos em algum momento das nossas vidas e continuamos a repetir sistematicamente e quase inconscientemente.
Explico algumas características mais específicas dos hábitos:
1. Abismo entre intenção e ação: há uma diferença enorme entre o que queremos e o que fazemos. As pessoas querem mudar, mas a vontade não consegue superar a força do hábito.
2. São pouco sensíveis à informação: por si só, a informação não é capaz de mudar o comportamento de um indivíduo.
- Exemplo: a maior parte das pessoas sabe os malefícios da má alimentação. Somos ensinados na escola que é preciso moderação com frituras e açúcar, por exemplo. Mas isso não é suficiente para que deixemos de comer.
- Sim, mas… Vale lembrar que campanhas educativas alteram a percepção e consciência sobre um assunto, o que é bem importante. Elas só não são eficientes, sozinhas, para mudar um comportamento.
3. A maioria é inconsciente: grande parte dos hábitos, após adquirida, entra no modo automático. Nós nos engajamos em ações das quais não estamos cientes.
Para resumir em três palavras, os hábitos são: presentes, consistentes e inconscientes.
E como eles surgem?
Nosso comportamento, de acordo com a psicologia comportamental, é organizado em uma tríade: gatilho ➔ ação ➔ recompensa.
↳ Gatilhos são situações, acontecimentos ou estímulos que desencadeiam sentimentos, emoções e pensamentos.
↳ Ação, neste caso, é o hábito.
↳ Recompensa é a consequência da ação. É o que vai mantê-la acontecendo.
Vamos usar como exemplo uma pessoa cujo hábito é tomar café em excesso. Vou dar um nome fictício para que fique mais fácil: Fernanda.
Ela trabalha em um escritório de advocacia e dorme pouco à noite. Como consequência, sente sono durante o trabalho.
Todo dia, o sono bate e Fernanda dá aquela “pescada”. Isso é o gatilho para que realize a ação de tomar café.
Depois de levantar e tomar a quarta xícara do dia, ela fica desperta, pilhada e pronta para trabalhar mais. É o que chamamos de recompensa, o que faz Fernanda tomar mais e mais café durante o dia.
Entendeu? Agora, explico onde quero chegar com isso.
Muitos acham que, para perder um hábito, é preciso mudar a ação —ou seja, focar no hábito em si. E que, diante dos gatilhos e recompensas, é preciso ter força de vontade para agir de forma diferente. Mas é aí que está o erro.
Para mudar um hábito, é preciso mudar os gatilhos e recompensas.
De nada adianta a Fernanda sentir sono no trabalho, lutar contra a vontade de tomar café e seguir sem a energia que aquilo proporcionaria. Ela pode até tentar fazer isso, mas certamente a estratégia não vai durar muito. Em alguns dias, ela voltará a recorrer à cafeína.
A pergunta que fica é: como posso lutar contra um mau hábito se ele me gera prazer instantâneo e uma sensação de alívio? E por que é tão difícil focar nos gatilhos e recompensas para mudar as ações? É sobre o que falaremos na próxima edição
Gostou do tema? Quer se aprofundar? Trago recomendações:
- Um livro: “O Poder do Hábito”, de Charles Duhigg.
- Um app: “Unwinding Anxiety”: traz um programa clinicamente comprovado para a redução de ansiedade, com lições guiadas e exercícios de atenção plena.
Esta edição foi produzida em parceria com a The School of Life, organização global referência no desenvolvimento e na aplicação do autoconhecimento, e teve colaboração de:
Alain de Botton. Fundador e CEO Global da The School of Life. É filósofo e escritor best-seller, conhecido por trazer a filosofia para o cotidiano.
Desirée Cassado. Professora em cursos da The School of Life, psicóloga pela UFScar, mestre em psicologia experimental e em terapia comportamental pela USP.
Saulo Velasco. Diretor de Aprendizagem da The School of Life, onde ministra cursos. Psicólogo, com pós-doutorado em psicologia experimental pela USP.
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Ufac inicia 34º Seminário de Iniciação Científica no campus-sede — Universidade Federal do Acre

PUBLICADO
2 dias atrásem
24 de setembro de 2025
A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propeg) da Ufac iniciou, nessa segunda-feira, 22, no Teatro Universitário, campus-sede, o 34º Seminário de Iniciação Científica, com o tema “Pesquisa Científica e Inovação na Promoção da Sustentabilidade Socioambiental da Amazônia”. O evento continua até quarta-feira, 24, reunindo acadêmicos, pesquisadores e a comunidade externa.
“Estamos muito felizes em anunciar o aumento de 130 bolsas de pesquisa. É importante destacar que esse avanço não vem da renda do orçamento da universidade, mas sim de emendas parlamentares”, disse a reitora Guida Aquino. “Os trabalhos apresentados pelos nossos acadêmicos estão magníficos e refletem o potencial científico da Ufac.”
A pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Margarida Lima de Carvalho, ressaltou a importância da iniciação científica na formação acadêmica. “Quando o aluno participa da pesquisa desde a graduação, ele terá mais facilidade em chegar ao mestrado, ao doutorado e em compreender os processos que levam ao desenvolvimento de uma região.”
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, comentou a integração entre ensino, pesquisa, extensão e o compromisso da universidade com a sociedade. “A universidade faz ensino e pesquisa de qualidade e não é de graça; ela custa muito, custa os impostos daqueles que talvez nunca entrem dentro de uma universidade. Por isso, o nosso compromisso é devolver a essa sociedade nossa contribuição.”
Os participantes assistiram à palestra do professor Leandro Dênis Battirola, que abordou o tema “Ciência e Tecnologia na Amazônia: O Papel Estratégico da Iniciação Científica”, e logo após participaram de uma oficina técnica com o professor Danilo Scramin Alves, proporcionando aos acadêmicos um momento de aprendizado prático e aprofundamento nas discussões propostas pelo evento.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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Representantes da UNE apresentam agenda à reitora da Ufac — Universidade Federal do Acre

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2 dias atrásem
24 de setembro de 2025
A reitora da Ufac, Guida Aquino, recebeu, nessa segunda-feira, 22, no gabinete da Reitoria, integrantes da União Nacional dos Estudantes (UNE). Representando a liderança da entidade, esteve presente Letícia Holanda, responsável pelas relações institucionais. O encontro teve como foco a apresentação da agenda da UNE, que reúne propostas para o Congresso Nacional com a meta de ampliar os recursos destinados à educação na Lei Orçamentária Anual de 2026.
Entre as prioridades estão a recomposição orçamentária, o fortalecimento de políticas de permanência estudantil e o incentivo a novos investimentos. A iniciativa também busca articular essas demandas a pautas nacionais, como a efetivação do Plano Nacional de Educação, a destinação de 10% do PIB para a área e o uso de royalties do petróleo em medidas de justiça social.
“Estamos vivenciando um momento árduo, que pede coragem e compatibilidade. Viemos mostrar o que a UNE propõe para este novo ciclo, com foco em avançar cada vez mais nas políticas de permanência e assistência estudantil”, disse Letícia Holanda. Ela também destacou a importância da regulamentação da Política Nacional de Assistência Estudantil, entre outras medidas, que, segundo a dirigente, precisam sair do papel e se traduzir em melhorias concretas no cotidiano das universidades.
Para o vice-presidente da UNE-AC, Rubisclei Júnior, a prioridade local é garantir a recomposição orçamentária das universidades. “Aqui no Acre, a universidade hoje só sobrevive graças às emendas. Isso é uma realidade”, afirmou, defendendo que o Ministério da Educação e o governo federal retomem o financiamento direto para assegurar mais bolsas e melhor infraestrutura.
Também participaram da reunião a pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno; o pró-reitor de Assuntos Estudantis, Isaac Dayan Bastos da Silva; a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Margarina Lima de Carvalho; o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes; representantes dos centros acadêmicos: Adsson Fernando da Silva Sousa (CA de Geografia); Raissa Brasil Tojal (CA de História); e Thais Gabriela Lebre de Souza (CA de Letras/Português).
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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Multa para ciclistas? Entenda o que diz a lei e o que vale na prática

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2 dias atrásem
24 de setembro de 2025
CT
Tomaz Silva / Agência Brasil
Pode não parecer, mas as infrações previstas no Código de Trânsito Brasileiro não se limitam só aos motoristas de carros e motos — na verdade, as normas incluem também a conduta dos ciclistas. Mesmo assim, a aplicação das penalidades ainda gera dúvidas.
Nem todos sabem, mas o Código de Trânsito Brasileiro (CBT) descreve situações específicas em que ciclistas podem ser autuados, como pedalar em locais proibidos — o artigo 255 do CTB, por exemplo, diz que conduzir bicicleta em passeios sem permissão ou de forma agressiva configura infração média, com multa de R$ 130,16 e possibilidade de remoção da bicicleta.
Já o artigo 244 amplia as situações de infração para “ciclos”, nome dado à categoria que inclui bicicletas. Entre os exemplos estão transportar crianças sem segurança adequada, circular em vias de trânsito rápido e carregar passageiros fora do assento correto. Em casos mais graves, como manobras arriscadas ou malabarismos, a penalidade prevista é multa de R$ 293,47.
De fato, o CTB prevê punições para estas condutas, mas o mais curioso é que a aplicação dessas regras não está em vigor. Isso porque a Resolução 706/17, que estabelecia os procedimentos de autuação de ciclistas e pedestres, foi revogada pela norma 772/19.
Em outras palavras, estas infrações existem e, mesmo que um ciclista cometa alguma delas, não há hoje um mecanismo legal que permita a cobrança da multa.
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