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Cop29 ao vivo: dia 4 da cúpula começa com líderes alertando que o aquecimento do planeta está a caminho de 2,7°C | Cop29

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Matthew Taylor

Enquanto os negociadores começam a trabalhar esta manhã, o meu colega Ajit Niranjan tem um relatório preocupante que revela que as políticas actuais levariam a um desastroso aquecimento de 2,7ºC. Isto causaria um nível de perturbação que, segundo muitos cientistas, colocaria a civilização humana em risco. Acrescenta que o nível esperado de aquecimento global até ao final do século não mudou desde 2021, com “progressos mínimos” alcançados este ano, segundo o Rastreador de Ação Climática projeto.

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Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), em Baku
Um ativista fala em um megafone em um protesto durante a COP29 em Baku, Azerbaijão, 14 de novembro de 2024. REUTERS/Maxim Shemetov
Fotografia: Maxim Shemetov/Reuters

“Façam os poluidores pagarem” é o novo cântico no estádio de futebol de Baku

“Façam os poluidores pagarem” é a faixa pendurada nos terraços do enorme estádio de futebol que está no centro da conferência Cop29, na quinta-feira. O seu alvo são as nações ricas, cuja enorme emissões agora e no passado criaram a crise climática.

Em vez de cânticos de futebol, os ativistas apelam aos biliões de dólares de financiamento climático necessários aos países em desenvolvimento para conter os impactos devastadores que pouco fizeram para causar.

“Apelamos a todos os países desenvolvidos para que assumam a responsabilidade”, afirma Sandra Guzman, do México e do Grupo de Financiamento Climático para a América Latina e o Caribeque está em seu 16º policial. “Eles têm que pagar por suas responsabilidades históricas.”

Concordando um nova figura pois o financiamento climático anual, denominado “novo objectivo colectivo quantificado”, é a principal tarefa da Cop29 e as negociações serão acirradas entre as nações ricas com responsabilidade de pagar e as nações pobres que necessitam do dinheiro. “Este NCQG é uma questão de sobrevivência, porque este é o único objetivo em termos de financiamento climático que conseguiremos”, disse Guzman.

Ela diz que o dinheiro precisa ser de doações e não de empréstimos. O financiamento do sector privado poderá ser capaz de concretizar projectos de energias renováveis, mas ela diz que não pode fornecer a infra-estrutura necessária para proteger as comunidades contra ondas de calor, inundações e tempestades: “Não se pode lucrar com a adaptação”.

Outro problema é que não existe uma definição acordada de financiamento climático, o que significa que o que constitui exactamente o actual fluxo anual de 100 mil milhões de dólares é opaco. Cop29 pode ou não chegar a acordo sobre uma definição, mas pelo menos tem de excluir alguns projectos, diz ela: “Alguns países dizem que os investimentos no gás são financiamento climático, porque têm menos emissões do que o carvão. Mas o gás ainda é um combustível fóssil.”

Longe das negociações policiais, a gigante dos combustíveis fósseis Shell estava comemorando no início desta semana, quando quando ganhou um recurso contra um julgamento climático histórico que determinou que deveria limitar as suas emissões. Mas meu como meu colega Isabella Kaminski relata que a decisão não significa o fim dos litígios climáticos contra as grandes empresas que impulsionam a crise climática.

Enquanto os negociadores começam a trabalhar esta manhã, o meu colega Ajit Niranjan tem um relatório preocupante que revela que as políticas actuais levariam a um desastroso aquecimento de 2,7ºC. Isto causaria um nível de perturbação que, segundo muitos cientistas, colocaria a civilização humana em risco. Acrescenta que o nível esperado de aquecimento global até ao final do século não mudou desde 2021, com “progressos mínimos” alcançados este ano, segundo o Rastreador de Ação Climática projeto.

Aqui está mais sobre a história sobre quanto as nações mais pobres precisarão para lidar com o impacto crescente da crise climática, do meu colega Fiona Harvey. Ela relata que o Grupo Independente de Peritos de Alto Nível sobre Financiamento Climático, um grupo de economistas de renome, afirma que serão necessários 1 bilião de dólares até 2030 – cinco anos antes do sugerido anteriormente. O enorme desafio agora será fazer com que as nações mais ricas paguem.

Dharna Noor

O quarto dia do Cop promete ser mais tranquilo, com os líderes mundiais voltando para casa após os discursos de terça e quarta-feira. Os eventos de hoje centrar-se-ão no financiamento climático – a questão chave para as negociações.

As partes estão a trabalhar para mediar um acordo que garanta que os países em desenvolvimento recebam financiamento para ajudar a lidar com os desastres climáticos e a eliminar gradualmente os combustíveis fósseis. É urgente, já que Acordo de 2009 para contribuir com US$ 100 bilhões anualmente — que só foi cumprida em 2022 — expira este ano.

Quanto dinheiro os negociadores devem comprometer depende de a quem você pergunta. A necessidade poderia ultrapassa facilmente US$ 2 trilhões a cada ano; os países em desenvolvimento pedem um mínimo de 1,3 biliões de dólares.

As negociações atingiram uma meta de pelo menos US$ 1 trilhão por ano – cerca de 1% da economia global – até 2035. Esse número vem de um documento de 2022 do Grupo Independente de Especialistas de Alto Nível sobre Financiamento Climático (IHLEG), um grupo de economistas renomados que assessora as negociações climáticas da ONU desde 2021.

O IHLEG divulgará uma atualização desse relatório ainda esta manhã. Fique ligado, pois minha colega Fiona Harvey terá todas as informações.

As negociações financeiras na Cop29 são tensas e as tensões são geralmente elevadas. A ministra da Ecologia de França cancelou ontem o seu voo para Baku depois de o presidente do Azerbaijão ter criticado a França pelos seus “crimes” coloniais nos seus territórios ultramarinos. O presidente da Argentina, Javier Milei mandou seu time para casa das negociações. E as preocupações sobre a promessa de Donald Trump de sair do acordo climático de Paris são galopantes.

Ontem, a primeira-ministra de Barbados, Mia Mottley – uma defensora da justiça climática e uma espécie de celebridade nas negociações climáticas da ONU – convidou Donald Trump para uma reunião presencial para procurar “termos comuns” sobre a crise climática.

“Vamos encontrar um propósito comum para salvar o planeta e salvar os meios de subsistência”, disse ela minha colega Fiona Harvey. “Somos seres humanos e temos a capacidade de nos encontrarmos cara a cara, apesar das nossas diferenças. Queremos que a humanidade sobreviva.”

Bom dia, aqui é Matthew Taylor, seu guia online para Cop29 para hoje, o quarto dia da cimeira do clima.

Se você tiver algum comentário ou sugestão sobre coisas que poderíamos cobrir, ou notícias para compartilhar, não hesite em me enviar uma mensagem por e-mail. Meu endereço é matthew.taylor@theguardian.com



Leia Mais: The Guardian

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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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