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Copa aumenta o desafio de infraestrutura da Arábia Saudita – 06/01/2025 – Esporte
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Ahmed Al Omran
A decisão da Fifa (Federação Internacional de Futebol) de conceder à Arábia Saudita a Copa do Mundo de 2034 iniciou a contagem regressiva para um enorme empreendimento logístico para construir a infraestrutura necessária para receber fãs de futebol de todo o mundo.
Com oito novos estádios, incluindo um local futurista no topo de um penhasco planejado, a Copa do Mundo tornou-se o mais recente grande projeto de infraestrutura do reino, que investe pesadamente para se tornar um centro esportivo global. O país sediará a Copa da Ásia de Futebol, em 2027, e os Jogos Asiáticos de Inverno, em 2029.
As demandas se somam a vários grandes projetos que fazem parte do Visão 2030, o plano do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman para reduzir a dependência da economia das receitas do petróleo.
Apesar da visão ousada, autoridades sauditas reconhecem que recalibraram alguns planos ao avaliar a capacidade do reino de concluir os projetos no prazo.
“Você quer mostrar o país e garantir que tudo esteja pronto na época desses eventos”, disse o ministro das Finanças Mohammed al-Jadaan sobre o orçamento do estado. “Levamos isso em consideração para garantir que o que planejamos em termos de novos estádios e conectividade esteja pronto para 2034.”
Com alguns projetos parte das ambições esportivas e turísticas existentes de Riad, ele acrescentou: “Não é um evento que realmente coloca uma pressão adicional no plano fiscal. É parte do plano total que existia.”
O prazo de dez anos adiciona um elemento de imprevisibilidade fiscal devido à contínua importância dos preços do petróleo bruto para as finanças do reino, disseram especialistas.
“Um cenário com receita de petróleo consistentemente baixa, no qual o financiamento de infraestrutura chave se torna difícil, é imaginável, mas não o resultado mais provável”, disse Steffen Hertog, professor associado da London School of Economics, que acrescentou que “os gastos relacionados à Copa do Mundo serão priorizados” em relação a outros projetos, dado o risco de reputação de não entregar o trabalho para o torneio a tempo.
A Arábia Saudita lançou projetos imobiliários e de infraestrutura no valor de US$ 1,3 trilhão (R$ 8 trilhões) desde que o Visão 2030 foi revelado em 2016, de acordo com estimativas da consultoria Knight Frank. Esses projetos, como a cidade inteligente linear Neom, incluem a adição de mais de 362 mil quartos de hotel e 7,4 milhões de metros quadrados em centros comerciais.
O futebol tornou-se um dos principais alvos de investimento esportivo do príncipe Mohammed. O fundo soberano do país adquiriu o Newcastle United, da Premier League, enquanto superestrelas como Cristiano Ronaldo e Neymar foram atraídas para jogar na Liga Saudita.
A candidatura da Arábia Saudita afirmou que a Copa do Mundo com 48 equipes seria disputada em 15 estádios em cinco cidades. Oito estádios estariam em ou perto de Riad, que já está passando por um boom de construção que inclui uma zona de entretenimento a oeste e uma grande expansão do aeroporto da capital.
Grupos de direitos humanos já levantaram uma série de preocupações sobre a Copa do Mundo à medida que o programa de construção começa, incluindo os direitos e o bem-estar dos trabalhadores da construção do reino.
“Hoje, não faltam evidências de trabalhadores migrantes sendo explorados e submetidos ao racismo, ativistas sentenciados a décadas de prisão por se expressarem pacificamente, mulheres e pessoas LGBTI enfrentando discriminação legalizada, ou moradores despejados à força para dar lugar a projetos estatais”, disse uma declaração conjunta de organizações de direitos, sindicatos, grupos de torcedores e organizações que representam trabalhadores migrantes.
A Fifa também enfrentou críticas por permitir que a proposta do reino fosse apresentada sem oposição, apesar das promessas de aumentar a transparência sobre como a realização da Copa do Mundo é concedida.
Mas as autoridades sauditas descartaram ambas as críticas, argumentando que apresentaram uma proposta forte que teria resistido à concorrência. A avaliação técnica da Fifa, por sua vez, disse que o torneio poderia servir como um “catalisador” para entregar “resultados positivos de direitos humanos” na Arábia Saudita.
Outras preocupações incluem se Riad levantará sua proibição de álcool a tempo para o evento e a perspectiva de outro torneio de inverno como a edição de 2022, no Qatar, dadas as temperaturas extremas do reino desértico. O cronograma também precisaria considerar o mês de jejum muçulmano do Ramadã e a peregrinação a Meca.
Os ativistas também se preocupam com os custos ambientais, apontando para a reutilização limitada de alguns estádios e outras infraestruturas no Qatar.
De volta a Riad, após a proposta saudita ser endossada por “aclamação” ou uma salva de palmas em um evento online da Fifa, milhares de fãs celebraram em dezenas de locais montados pelas autoridades para marcar a ocasião.
Os torcedores de futebol do reino acreditam que sua paixão pelo esporte foi recompensada. Em 2022, dezenas de milhares deles cruzaram regularmente para o Qatar para assistir aos jogos da Copa do Mundo. Um homem disse à televisão estatal que sentiu “uma alegria histérica” ao saber que a Arábia Saudita seria a anfitriã de 2034.
Reconhecendo o novo desafio que o reino se impôs, o ministro dos Esportes, príncipe Abdulaziz bin Turki al-Faisal, prometeu entregar uma “edição excepcional e sem precedentes do torneio”.
“É um dia em que convidamos o mundo inteiro para a Arábia Saudita.”
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Ufac recebe 3 micro-ônibus por emenda do deputado Roberto Duarte — Universidade Federal do Acre
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14 de novembro de 2025A Ufac recebeu três micro-ônibus provenientes de emenda parlamentar no valor de R$ 8 milhões, alocadas pelo deputado federal Roberto Duarte (Republicanos-AC) em 2024. A entrega ocorreu nessa quinta-feira, 13, no estacionamento A do campus-sede. Os veículos foram estacionados em frente ao bloco da Reitoria, dois ficarão no campus-sede e um irá para o campus Floresta, em Cruzeiro do Sul.
“É sem dúvida o melhor momento para a gestão, entregar melhorias para a universidade”, disse a reitora Guida Aquino. “Quero agradecer imensamente ao deputado Roberto Duarte.” Ela ressaltou outros investimentos provindos dessa emenda. “Serão três cursos de graduação na interiorização.”
Duarte disse que este ano alocou mais R$ 2 milhões para a universidade e enfatizou que os micro-ônibus contribuirão para mobilidade dos alunos e professores da instituição. “Também virá uma van, mais cursos que vamos fazer no interior do Estado do Acre, o que vai ajudar muito a população acreana. Estamos muitos felizes, satisfeitos e honrados em poder contribuir e ajudar cada vez mais no desenvolvimento da Universidade Federal do Acre, que só nos dá orgulho.”
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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre
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12 de novembro de 2025A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.
Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.
Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.”
A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”
Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.”
Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”
A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde.
Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.
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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre
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11 de novembro de 2025O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.
Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria.
“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”
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