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Corinthians, Botafogo e Atlético-MG lideram dívidas bilionárias do futebol brasileiro; confira os 10 mais devedores

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O futebol brasileiro, reconhecido mundialmente pela sua paixão e talento, vive um cenário desafiador fora dos campos. Em 2024, as dívidas acumuladas pelos principais clubes do país ultrapassaram R$ 11,7 bilhões, evidenciando uma gestão financeira deficiente e um planejamento estratégico frágil. Essa realidade ameaça a sustentabilidade de instituições históricas, que enfrentam dificuldades para equilibrar suas finanças enquanto tentam manter competitividade esportiva.
A dívida crescente do Corinthians e os desafios da Neo Química Arena
Entre os clubes mais endividados do Brasil, o Corinthians lidera o ranking com um passivo de R$ 2,4 bilhões. Desse montante, R$ 710 milhões são atribuídos à construção e manutenção da Neo Química Arena, um projeto ambicioso que se tornou um peso financeiro significativo. A arena, inaugurada em 2014, foi concebida como uma solução para aumentar as receitas do clube, mas seus custos operacionais elevados e atrasos em negociações de naming rights dificultaram o retorno esperado.
A diretoria corintiana, por meio do “Dia da Transparência”, revelou que apenas em 2024 o clube desembolsará R$ 300 milhões em juros. Esses gastos limitam a capacidade de investimento no elenco e em outras áreas estratégicas, impactando diretamente o desempenho esportivo. Embora o clube tenha registrado receitas expressivas em bilheteria, patrocínios e direitos de transmissão, o aumento das despesas fixas comprometeu a saúde financeira da instituição.
Outros gigantes brasileiros enfrentam dificuldades financeiras
O Botafogo ocupa o segundo lugar no ranking de dívidas, com um passivo de R$ 1,3 bilhão. Em processo de transformação para uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF), o clube busca atrair investidores e reverter sua situação financeira crítica. O Atlético-MG, que segue na terceira posição com R$ 998 milhões em dívidas, também optou pelo modelo SAF, conseguindo reduzir parte de sua dívida líquida e trazer maior transparência para sua gestão.
Entre os clubes paulistas, o São Paulo e o Santos enfrentam desafios distintos. O São Paulo apresenta uma dívida de R$ 856 milhões, resultado de investimentos agressivos em contratações e aumento da folha salarial sem retorno esportivo à altura. Já o Santos, com R$ 548 milhões em passivos, lida com receitas limitadas e dificuldades em expandir sua base de sócios-torcedores.
Os 10 clubes mais endividados do Brasil em 2024
Abaixo, a lista detalhada das maiores dívidas no futebol brasileiro, considerando os números mais recentes:
- Corinthians: R$ 2,4 bilhões
- Botafogo: R$ 1,3 bilhão
- Atlético-MG: R$ 998 milhões
- São Paulo: R$ 856 milhões
- Cruzeiro: R$ 811 milhões
- Fluminense: R$ 736 milhões
- Red Bull Bragantino: R$ 696 milhões
- Vasco da Gama: R$ 696 milhões
- Internacional: R$ 650 milhões
- Santos: R$ 548 milhões
Esses valores refletem não apenas problemas estruturais, mas também a pressão por resultados esportivos que leva a decisões financeiras arriscadas.
A busca por sustentabilidade no futebol brasileiro
Diante do endividamento crescente, clubes e especialistas destacam a necessidade de uma mudança estrutural na gestão esportiva. A profissionalização das diretorias, por meio de modelos como a SAF, tem se mostrado uma alternativa viável. No caso do Atlético-MG, a transformação para SAF possibilitou a redução de 35% de sua dívida líquida em menos de dois anos.
Além disso, iniciativas para aumentar a receita, como modernização de estádios, expansão de programas de sócios-torcedores e maior exploração de direitos digitais, têm ganhado destaque. A renegociação de contratos e a priorização de categorias de base para reduzir gastos com contratações também são medidas adotadas por alguns clubes.
Impacto das dívidas no desempenho esportivo
A situação financeira dos clubes tem repercussões diretas no campo. O Corinthians, por exemplo, enfrentou dificuldades para montar um elenco competitivo, o que resultou em campanhas irregulares em competições nacionais e internacionais. O Botafogo, mesmo liderando o Campeonato Brasileiro em 2024, precisou lidar com protestos da torcida devido à falta de investimentos em reforços.
Clubes como o Cruzeiro e o Vasco, que recentemente retornaram à Série A, enfrentam o desafio de equilibrar a recuperação esportiva com a reorganização financeira. Ambos estão sob o modelo SAF e buscam estabilizar suas finanças enquanto competem com rivais mais estruturados.
Gestão financeira responsável como solução
A crise financeira no futebol brasileiro destaca a importância de uma gestão responsável e transparente. Modelos como a SAF oferecem um caminho para atrair investidores e profissionalizar a administração, mas requerem comprometimento das partes envolvidas. Além disso, a criação de regulamentos mais rígidos por parte da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e das federações estaduais pode auxiliar no controle das finanças dos clubes.
Outro ponto crucial é a educação financeira para dirigentes e gestores esportivos, visando decisões mais assertivas e sustentáveis. Programas de capacitação e parcerias com instituições acadêmicas e empresariais podem contribuir para a formação de lideranças mais preparadas.
Exemplos internacionais de sucesso
Clubes europeus enfrentaram desafios semelhantes no passado e oferecem exemplos de como reverter o cenário. O Borussia Dortmund, da Alemanha, esteve à beira da falência no início dos anos 2000, mas conseguiu se reerguer por meio de reestruturações financeiras, investimento em categorias de base e fortalecimento de sua marca global.
Na Inglaterra, o Arsenal se tornou um modelo de gestão financeira ao priorizar o pagamento de dívidas contraídas para a construção do Emirates Stadium. O clube equilibrou suas contas e manteve competitividade, servindo de inspiração para outros times.
O papel da torcida na sustentabilidade financeira
A torcida desempenha um papel fundamental na recuperação financeira dos clubes. O apoio por meio de programas de sócios-torcedores, presença nos estádios e consumo de produtos licenciados pode gerar receitas significativas. No entanto, é necessário que os clubes ofereçam benefícios atrativos e transparência na aplicação desses recursos.
Projeções para 2025
Com a crescente adoção do modelo SAF e o aumento da pressão por resultados financeiros positivos, espera-se que os clubes brasileiros iniciem uma trajetória de recuperação em 2025. A profissionalização da gestão e o fortalecimento de mecanismos de controle interno serão fundamentais para garantir a sustentabilidade no longo prazo.

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Ufac homenageia professores com confraternização e show de talentos — Universidade Federal do Acre

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2 dias atrásem
17 de outubro de 2025
A reitora da Ufac, Guida Aquino, e a pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, realizaram nessa quarta-feira, 15, no anfiteatro Garibaldi Brasil, uma atividade em alusão ao Dia dos Professores. O evento teve como objetivo homenagear os docentes da instituição, promovendo um momento de confraternização. A programação contou com o show de talentos “Quem Ensina Também Encanta”, que reuniu professores de diferentes centros acadêmicos em apresentações musicais e artísticas.
“Preparamos algo especial para este Dia dos Professores, parabenizo a todos, sou muito grata por todo o apoio e pela parceria de cada um”, disse Guida.
Ednaceli Damasceno parabenizou os professores dos campi da Ufac e suas unidades. “Este é um momento de reconhecimento e gratidão pelo trabalho e dedicação de cada um.”
O presidente da Fundação de Cultura Elias Mansour, Minoru Kinpara, reforçou o orgulho de pertencer à carreira docente. “Sinto muito orgulho de dizer que sou professor e que já passei por esta casa. Feliz Dia dos Professores.”
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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PZ e Semeia realizam evento sobre Dia do Educador Ambiental — Universidade Federal do Acre

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3 dias atrásem
16 de outubro de 2025
O Parque Zoobotânico (PZ) da Ufac e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semeia) realizaram o evento Diálogos de Saberes Ambientais: Compartilhando Experiências, nessa quarta-feira, 15, no PZ, em alusão ao Dia do Educador Ambiental e para valorizar o papel desses profissionais na construção de uma sociedade mais consciente e comprometida com a sustentabilidade. A programação contou com participação de instituições convidadas.
Pela manhã houve abertura oficial e apresentação cultural do grupo musical Sementes Sonoras. Ocorreram exposições das ações desenvolvidas pelos organizadores, Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Sínteses da Biodiversidade Amazônica (INCT SinBiAm) e SOS Amazônia, encerrando com uma discussão sobre ações conjuntas a serem realizadas em 2026.
À tarde, a programação contou com momentos de integração e bem-estar, incluindo sessão de alongamento, apresentação musical e atividade na trilha com contemplação da natureza. Como resultado das discussões, foi formada uma comissão organizadora para a realização do 2º Encontro de Educadores Ambientais do Estado do Acre, previsto para 2026.
Compuseram o dispositivo de honra na abertura o coordenador do PZ, Harley Araújo da Silva; a secretária municipal de Meio Ambiente de Rio Branco, Flaviane Agustini; a educadora ambiental Dilcélia Silva Araújo, representando a Sema; a pesquisadora Luane Fontenele, representando o INCT SinBiAm; o coordenador de Biodiversidade e Monitoramento Ambiental, Luiz Borges, representando a SOS Amazônia; e o analista ambiental Sebastião Santos da Silva, representando o Ibama.
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Curso de extensão da Ufac sobre software Jamovi inscreve até 26/10 — Universidade Federal do Acre

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3 dias atrásem
16 de outubro de 2025
O curso de extensão Jamovi na Prática: Análise de Dados, da Ufac, está com inscrições abertas até 26 de outubro. São oferecidas 30 vagas para as comunidades acadêmica e externa. O curso tem carga horária de 24 horas e será realizado de 20 de outubro a 14 de dezembro, na modalidade remota assíncrona, pela plataforma virtual da Ufac. É necessário ter 75% das atividades realizadas para obter o certificado.
O objetivo do curso é capacitar estudantes e profissionais no uso do software Jamovi para realização de análises estatísticas de forma intuitiva e eficiente. Com uma abordagem prática, o curso apresenta desde conceitos básicos de estatística descritiva até testes inferenciais, correlação, regressão e análise de variância.
Serão explorados recursos de importação e tratamento de dados, interpretação de resultados e elaboração de relatórios. Ao final, o participante estará apto a aplicar o Jamovi em pesquisas acadêmicas e profissionais, otimizando processos de análise e apresentação de dados com rigor científico e clareza.
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