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Credibilidade: Crise do Pix mostrou Lula sem rumo…

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José Casado

A crise do Pix mostrou Lula sem bússola e sem rumo. O governo tomou uma decisão, burocrática e rotineira. Surgiu a boataria, ele mandou revogar o que havia sido decidido. E, assim, legitimou a desconfiança no próprio governo: havia verdade no boato? — ironizou a oposição.

Boato é a telegrafia da mentira, definiu o escritor Machado de Assis numa época em que não existia internet, mas sobravam bocas malditas, também ditas do inferno.

Na crise do Pix, Lula tropeçou nos próprios pés porque, aparentemente, o governo está mais preocupado com índices de popularidade nas redes sociais do que com aquilo que realmente importa. É questão de prioridades nesta etapa de abertura da longa temporada eleitoral que se estenderá até outubro do ano que vem.

Na quarta-feira (15/1), por exemplo, presidente e ministros gastaram tempo em reunião no Palácio do Planalto discutindo os efeitos de uma mensagem em rede social divulgada por um deputado oposicionista.

Perderam-se no detalhe, aquilo que chamam de comunicação, quando o problema é outro, essencialmente político: credibilidade.

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São vários os indícios da corrosão de confiança. Dois deles:

Um ano atrás o dólar custava menos de cinco reais, neste janeiro ultrapassou seis reais;

No primeiro trimestre do ano passado a taxa de juros básica (Selic) estava em 10,75%. Até março estará em 15%, segundo a previsão do Banco Central.

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Confiança é a mercadoria mais valiosa, e por isso mesmo mais difícil para qualquer governo obter. Alguns conseguem, por esforço político. Em 1994, três meses antes do lançamento do real, o governo Itamar Franco lançou na praça uma moeda nova, que não era moeda, aparentemente incompreensível para a população até pelo nome complicado — Unidade Real de Valor. Em poucos dias a URV se tornou popular, e assegurou suave transição para o real que está aí, com valor corroído.

Lula, na época, era o líder de uma oposição dura e extremamente crítica ao Plano Real. Perdeu a eleição para o então ministro da Fazenda, Fernando Henrique porque o eleitorado entendeu, acreditou e aceitou a mensagem econômica sobre o futuro na direção proposto pelo governo.

A crise do Pix mostrou que o eleitorado tem rumo. Falta a Lula encontrar e ajustar a bússola perdida dentro do Palácio do Planalto.



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POLÍTICA

CPMI do INSS deve causar estrago ainda maior ao go…

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CPMI do INSS deve causar estrago ainda maior ao go...

Marcela Rahal

Como se não bastasse a ideia de uma CPI na Câmara, ainda a depender do aval do presidente Hugo Motta (o que parece que não deve acontecer), o governo pode enfrentar uma investigação para apurar os desvios bilionários do INSS nas duas Casas.

Já são 211 assinaturas de parlamentares a favor da CPMI, 182 deputados e 29 senadores, o suficiente para o início dos trabalhos. A deputada Coronel Fernanda, autora do pedido na Câmara, vai protocolar o requerimento nesta terça-feira, 6. Caberá ao presidente do Congresso, Davi Alcolumbre, convocar o plenário para a leitura da proposta e, consequentemente, a criação da Comissão.

Segundo a parlamentar, que convocou uma entrevista coletiva para amanhã às 14h30, agora o processo deve andar. O governo ficará muito mais exposto com um escândalo que tem tudo para ficar cada vez maior, segundo as investigações ainda em andamento.

O desgaste será inevitável. O apelo do caso é forte e de fácil entendimento para a população. O assalto bilionário aos aposentados e pensionistas do INSS.



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POLÍTICA

Com fortes dores, Antonio Rueda passará por cirurg…

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Com fortes dores, Antonio Rueda passará por cirurg...

Ludmilla de Lima

Presidente da Federação União Progressista, Antonio Rueda passará por uma cirurgia nesta segunda-feira, 05, devido a um cálculo renal. Por causa de fortes dores, o procedimento, que estava marcado para amanhã, terá que ser antecipado. Antes do anúncio da federação, na terça da semana passada, ele já havia sido operado por causa do problema, colocando um cateter.

Do União Brasil, Rueda divide a presidência da federação com Ciro Nogueira, do PP. Os dois partidos juntos agora têm a maior bancada do Congresso, com 109 deputados e 14 senadores. O PP defendia que o ex-presidente da Câmara Arthur Lira ficasse no comando do bloco, mas o União insistia no nome de Rueda. A solução foi estabelecer um sistema de copresidentes, que funcionará ao menos até o fim deste ano. 

A “superfederação” ultrapassa o PL na Câmara – o partido de Jair Bolsonaro tem 92 deputados – e se iguala ao PSD e ao PL no Senado. O poder do grupo, que seguirá unido nos próximos quatro anos, também é medido pelo fundo partidário, de R$ 954 milhões.

A intensificação das agendas políticas nos últimos dias agravou o quadro de saúde de Rueda, que precisou também cancelar uma viagem ao Rio.



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POLÍTICA

Os dois bolsonaristas unidos contra Moraes para pu…

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Os dois bolsonaristas unidos contra Moraes para pu...

Matheus Leitão

A mais nova dobradinha contra Alexandre de Moraes tem gerado frisson nas redes bolsonaristas, mas parece mesmo uma novela de mau gosto. Protagonizada por Eduardo Bolsonaro, o filho Zero Três licenciado da Câmara, e Paulo Figueiredo, neto do último general ditador do Brasil, os dois se uniram para tentar punir o ministro do Supremo Tribunal Federal nos EUA.

Em uma insistente tentativa de se portarem com alguma relevância perante o governo Donald Trump, os dois agora somam posts misteriosos de Eduardo com promessas vazias de Figueiredo após uma viagem por alguns dias a Washington.

Um aparece mostrando, por exemplo, a lateral da Casa Branca em um ângulo no qual parece, pelo menos nas redes sociais, a parte interna da residência oficial do presidente dos Estados Unidos. O outro promete que as sanções ao ministro do STF estão 70% construídas e pede mais “72 horas” aos seus seguidores.

“Aliás, hoje aqui de manhã, eu tive um [inaudível] com eles, no caso o Departamento de Estado especificamente, e o termo que usaram para mim foi: olha, nós não queremos criar excesso de expectativa, mas nós estamos muito otimistas que algo vai acontecer e a gente vai poder fazer num curto prazo”, disse Paulo Figueiredo.

A ideia dos dois é que, primeiro, Alexandre de Moraes, tenha seu visto cancelado e não possa mais entrar nos Estados Unidos. Depois, que ele tenha algumas sanções econômicas, caso tenha bens nos Estados Unidos, como o bloqueio financeiro a instituições do país, como empresas de cartão de crédito.

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“O que eu posso dizer para você é que a gente nunca esteve tão perto. Eu não posso dizer quando e nem garantir que vão acontecer”, prometeu ainda Paulo Figueiredo. A novela ainda vai ganhar novos ares nesta semana com a chegada de David Gamble, coordenador para Sanções do governo de Trump, ao Brasil nesta semana. 

A seguir as cenas dos próximos capítulos…



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