NOSSAS REDES

ACRE

Crise do governo desafia os órgãos democráticos – DW – 12/03/2025

PUBLICADO

em

Crise do governo desafia os órgãos democráticos - DW - 12/03/2025

A Romênia mais uma vez se encontra no meio de uma profunda crise nacional.

A última incerteza política foi acionada em dezembro de 2024, quando o Tribunal Constitucional do país controversamente anulou a eleição presidencial realizado no mês anterior. O tribunal suspeitou que Candidatos de extrema direita Calin Georgescuque venceu a eleição no primeiro turno, se beneficiou de uma campanha de desinformação direcionada.

Meses depois, a atmosfera ainda está tensa, com Protestos noturnos violentos rugindo a capital Bucareste em 9 de março.

Os manifestantes saíram às ruas depois que o Departamento de Eleições Centrais da Romênia, barrou Georgescu pró-russo de correr em uma reprise da eleição presidencial marcada para maio.

A candidatura de Georgescu violou a própria obrigação do presidente de defender a Constituição e a Democracia, decidiu o departamento.

A decisão, que O Tribunal Constitucional confirmou posteriormente em uma decisão finaldesencadeou apoiadores de forças de extrema direita, anti-ocidental e pró-russa, as festas para tocar pelo centro da cidade, destruindo lojas e cafés e lutando com a polícia.

Investigação contra um líder de golpe

A anulação inicial do Tribunal das eleições de novembro de 2024 ocorreu depois que documentos desclassificados sugeriram que os influenciadores romenos pagos promoveram Georgescu e que a Rússia coordenou uma campanha on -line a seu favor.

Calin Georgescu fala com a mídia em Bucareste, capital da Romênia
Um Tribunal Constitucional anulou um resultado eleitoral que viu Calin Georgescu vencer após a primeira rodadaImagem: Andreea Alexandru/AP Photo/Picture Alliance

O caso Georgescu ganhou dimensões internacionais quando o vice -presidente dos EUA JD Vance disse em fevereiro que a liberdade de expressão estava em “retirada” na Europa e listou as eleições canceladas da Romênia como evidência disso.

Georgescu também é apoiado pelo bilionário e pelo presidente dos EUA Donald Trump’s Enviado especial Elon Muskque descreveu Georgescu sendo barrado da eleição como “louco” em um post no X em 10 de março.

Georgescu não deixa dúvidas de que ele quer abolir “o sistema” e a elite política, a quem muitos romenos consideram corruptos e incompetentes.

Falta de vontade de reformar

Esta última crise do governo reflete uma relutância crônica da elite política em implementar reformas e garantir uma governança transparente e sustentável. Em vez disso, corrupção, nepotismo, auto-enriquecimento, influência política no judiciário e falta de transparência na administração do estado permanecem generalizadas.

Apesar de a Romênia ter um forte desenvolvimento geral nas últimas décadas, isso não caiu nas regiões rurais, que também estão esvaziando à medida que as pessoas se mudam para as áreas urbanas.

O desenvolvimento da infraestrutura é lento e muitas vezes sem um plano.

A Romênia também enfrenta problemas significativos devido a décadas de falta de reformas no sistema educacional e a um setor de mídia fraco.

Tudo isso beneficia extremistas de extrema direita que podem espalhar notícias falsas e mentiras flagrantes em plataformas de mídia social como Tiktok, em aparições e entrevistas públicas, sem que os jornalistas os contradizem ou publiquem verificações de fatos.

O presidente romeno Klaus Iohannis observa uma guarda de honra em uma cerimônia de despedida após sua demissão
O presidente romeno Klaus Iohannis não conseguiu trazer as reformas radicais que ele prometeuImagem: Cristian Cristel/Xinhua/Picture Alliance

Sucesso de extrema direita

Esta crise vem uma década após a Romênia Recentemente renunciou ao presidente Klaus Iohannis prometeu reformar radicalmente o país em 2014. Mas, em vez de reformas, seus dois mandatos no cargo houve uma parada com reformas judiciais, menos ação contra a corrupção e as constantes crises do governo.

Nesse cenário e na ausência de alternativas políticas, a popularidade dos três partidos de extrema direita da Romênia disparou. Em dezembro de 2024, eles venceram cerca de 35% nas eleições parlamentares.

Enquanto isso, a elite política da Romênia é acusada de reprimir Georgescu usando meios antidemocráticos. Por exemplo, Georgescu está sujeito a investigações criminais desde fevereiro de 2022 por apoiar grupos fascistas. No entanto, em novembro de 2024, esse não foi um motivo para excluí -lo de correr nas eleições presidenciais.

“Isso não significa que está tudo bem e que as coisas podem continuar como antes”, escreveu o jornalista ioana ene dogoiu sobre a decisão do Departamento Eleitoral de proibir Georgescu em e On-ED em Spottediasum site de notícias romeno.

“Estamos em uma crise profunda, com uma democracia rudida e agitada, uma sociedade polarizada, instituições desgastadas e uma desconfiança abismática entre o eleitorado e a classe política.

“Esses são os grandes problemas, Georgescu só se beneficiou deles. Se eles permanecerem, é apenas uma questão de tempo até que um novo lucro apareça”, concluiu Dogoiu.

Este artigo foi publicado originalmente em alemão.

Jovem e europeu: Crescendo em Bucareste

Para visualizar este vídeo, ative JavaScript e considere atualizar para um navegador da web que Suporta o vídeo HTML5



Leia Mais: Dw

Advertisement
Comentários

Warning: Undefined variable $user_ID in /home/u824415267/domains/acre.com.br/public_html/wp-content/themes/zox-news/comments.php on line 48

You must be logged in to post a comment Login

Comente aqui

ACRE

Curso de Medicina Veterinária da Ufac promove 4ª edição do Universo VET — Universidade Federal do Acre

PUBLICADO

em

Curso de Medicina Veterinária da Ufac promove 4ª edição do Universo VET — Universidade Federal do Acre

As escolas da rede municipal realizam visitas guiadas aos espaços temáticos montados especialmente para o evento. A programação inclui dois planetários, salas ambientadas, mostras de esqueletos de animais, estudos de células, exposição de animais de fazenda, jogos educativos e outras atividades voltadas à popularização da ciência.

A pró-reitora de Inovação e Tecnologia, Almecina Balbino, acompanhou o evento. “O Universo VET evidencia três pilares fundamentais: pesquisa, que é a base do que fazemos; extensão, que leva o conhecimento para além dos muros da Ufac; e inovação, essencial para o avanço das áreas científicas”, afirmou. “Tecnologias como robótica e inteligência artificial mostram como a inovação transforma nossa capacidade de pesquisa e ensino.”

A coordenadora do Universo VET, professora Tamyres Izarelly, destacou o caráter formativo e extensionista da iniciativa. “Estamos na quarta edição e conseguimos atender à comunidade interna e externa, que está bastante engajada no projeto”, afirmou. “Todo o curso de Medicina Veterinária participa, além de colaboradores da Química, Engenharia Elétrica e outras áreas que abraçaram o projeto para complementá-lo.”

Ela também reforçou o compromisso da universidade com a democratização do conhecimento. “Nosso objetivo é proporcionar um dia diferente, com aprendizado, diversão, jogos e experiências que muitos estudantes não têm a oportunidade de vivenciar em sala de aula”, disse. “A extensão é um dos pilares da universidade, e é ela que move nossas ações aqui.”

A programação do Universo VET segue ao longo do dia, com atividades interativas para estudantes e visitantes.

(Fhagner Soares, estagiário Ascom/Ufac)



Leia Mais: UFAC

Continue lendo

ACRE

Doutorandos da Ufac elaboram plano de prevenção a incêndios no PZ — Universidade Federal do Acre

PUBLICADO

em

Doutorandos da Ufac elaboram plano de prevenção a incêndios no PZ — Universidade Federal do Acre

Doutorandos do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal (Rede Bionorte) apresentaram, na última quarta-feira, 19, propostas para o primeiro Plano de Prevenção e Ações de Combate a Incêndios voltado ao campus sede e ao Parque Zoobotânico da Universidade Federal do Acre (Ufac). A atividade foi realizada na sala ambiente do PZ, como resultado da disciplina “Fundamentos de Geoinformação e Representação Gráfica para a Análise Ambiental”, ministrada pelo professor Rodrigo Serrano.

A ação marca a primeira iniciativa formalizada voltada à proteção do maior fragmento urbano de floresta em Rio Branco. As propostas foram desenvolvidas com o apoio de servidores do PZ e utilizaram ferramentas como o QGIS, mapas mentais e dados de campo.

Entre os produtos apresentados estão o Mapa de Risco de Fogo, com análise de vegetação, áreas urbanas e tráfego humano, e o Mapa de Rotas e Pontos de Água, com trilhas de evacuação e açudes úteis no combate ao fogo.

Os estudos sugerem a criação de um Plano Permanente com ações como: Parcerias com o Corpo de Bombeiros; Definição de rotas de fuga e acessos de emergência; Manutenção de aceiros e sinalização; Instalação de hidrantes ou reservatórios móveis; Monitoramento por drones; Formação de brigada voluntária e contratação de brigadistas em período de estiagem.

O Parque Zoobotânico abriga 345 espécies florestais e 402 de fauna silvestre. As medidas visam garantir a segurança da área, que integra o patrimônio ambiental da universidade.

“É importante registrar essa iniciativa acadêmica voltada à proteção do Campus Sede e do PZ”, disse Harley Araújo da Silva, coordenador do Parque Zoobotânico. Ele destacou “a sensibilidade do professor Rodrigo Serrano ao propor o desenvolvimento do trabalho em uma área da própria universidade, permitindo que os doutorandos apliquem conhecimentos técnicos de forma concreta e contribuam diretamente para a gestão e segurança” do espaço.

Participaram da atividade os doutorandos Alessandro, Francisco Bezerra, Moisés, Norma, Daniela Silva Tamwing Aguilar, David Pedroza Guimarães, Luana Alencar de Lima, Richarlly da Costa Silva e Rodrigo da Gama de Santana. A equipe contou com apoio dos servidores Nilson Alves Brilhante, Plínio Carlos Mitoso e Francisco Félix Amaral.

 



Leia Mais: UFAC

Continue lendo

ACRE

Ufac sedia 10ª edição do Seminário de Integração do PGEDA — Universidade Federal do Acre

PUBLICADO

em

Ufac sedia 10ª edição do Seminário de Integração do PGEDA — Universidade Federal do Acre

A Rede Educanorte é composta por universidades da região amazônica que ofertam doutorado em Educação de forma consorciada. A proposta é formar pesquisadores capazes de compreender e enfrentar os desafios educacionais da Amazônia, fortalecendo a pós-graduação na região.

Coordenadora geral da Rede Educanorte, a professora Fátima Matos, da Universidade Federal do Pará (UFPA), destacou que o seminário tem como objetivo avaliar as atividades realizadas no semestre e planejar os próximos passos. “A cada semestre, realizamos o seminário em um dos polos do programa. Aqui em Rio Branco, estamos conhecendo de perto a dinâmica do polo da Ufac, aproximando a gestão da Rede da reitoria local e permitindo que professores, coordenadores e alunos compartilhem experiências”, explicou. Para ela, cada edição contribui para consolidar o programa. “É uma forma de dizer à sociedade que temos um doutorado potente em Educação. Cada visita fortalece os polos e amplia o impacto do programa em nossas cidades e na região Norte.”

Durante a cerimônia, o professor Mark Clark Assen de Carvalho, coordenador do polo Rio Branco, reforçou o papel da Ufac na Rede. “Em 2022, nos credenciamos com sete docentes e passamos a ser um polo. Hoje somos dez professores, sendo dois do Campus Floresta, e temos 27 doutorandos em andamento e mais 13 aprovados no edital de 2025. Isso representa um avanço importante na qualificação de pesquisadores da região”, afirmou.

Mark Clark explicou ainda que o seminário é um espaço estratégico. “Esse encontro é uma prática da Rede, realizado semestralmente, para avaliação das atividades e planejamento do que será desenvolvido no próximo quadriênio. A nossa expectativa é ampliar o conceito na Avaliação Quadrienal da Capes, pois esse modelo de doutorado em rede é único no país e tem impacto relevante na formação docente da região norte”, pontuou.

Representando a reitora Guida Aquino, o diretor de pós-graduação da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propeg), Lisandro Juno Soares, destacou o compromisso institucional com os programas em rede. “A Ufac tem se esforçado para estruturar tanto seus programas próprios quanto os consorciados. O Educanorte mostra que é possível, mesmo com limitações orçamentárias, fortalecer a pós-graduação, utilizando estratégias como captação de recursos por emendas parlamentares e parcerias com agências de fomento”, disse.

Lisandro também ressaltou os impactos sociais do programa. “Esses doutores e doutoras retornam às suas comunidades, fortalecem redes de ensino e inspiram novas gerações a seguir na pesquisa. É uma formação que também gera impacto social e econômico.”

A coordenadora regional da Rede Educanorte, professora Ney Cristina Monteiro, da Universidade Federal do Pará (UFPA), lembrou o esforço coletivo na criação do programa e reforçou o protagonismo da região norte. “O PGEDA é hoje o maior programa de pós-graduação da UFPA em número de docentes e discentes. Desde 2020, já formamos mais de 100 doutores. É um orgulho fazer parte dessa rede, que nasceu de uma mobilização conjunta das universidades amazônicas e que precisa ser fortalecida com melhores condições de funcionamento”, afirmou.

Participou também da mesa de abertura o vice-reitor da Ufac, Josimar Batista Ferreira.



Leia Mais: UFAC

Continue lendo

MAIS LIDAS