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Crítica de Watership Down – animação de coelho encantador ainda tem poder de aterrorizar | Filme

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Peter Bradshaw

‘To campo… está coberto de sangue!” Este é o jovem coelho visionário Fiver, dublado por Richard Briersna animação britânica de 1978 de Michael Rosen, baseada no clássico livro infantil de Richard Adams. O covil dos coelhos, tão importante quanto o condado de Tolkien, está prestes a ser destruído por um empreendimento imobiliário, anunciado pela cruel placa de madeira dos humanos, que, claro, nenhum dos coelhos consegue ler, mas o inquieto e contorcido Fiver pode sentir o desastre ele representa.

Então, seu irmão Hazel (dublado por John Hurt) lidera Fiver e uma gangue dissidente em uma busca por segurança até a distante Watership Down, um suposto local de santuário previsto por Fiver; eles incluem o impetuoso Bigwig (Michael Graham Cox) e mais tarde o outrora hostil capitão Holly (John Bennett), um sobrevivente traumatizado da destruição do labirinto. Mas o bando de irmãos Lapine enfrentará o tirano e senhor da guerra General Woundwort (Harry Andrews), uma figura aterrorizante que condiz com a atmosfera pós-apocalíptica do filme dos anos 70. No entanto, eles encontram um aliado improvável em uma gaivota chamada Kehaar, dublada por Zero Mostel. O talento vocal em outros papéis é uma lista de atores de primeira linha: Denholm Elliott, Ralph Richardson, Michael Hordern e mais.

Esta animação foi notícia recentemente porque o O British Board of Film Classification decidiu aumentar sua classificação de U para PG devido à violência vermelha com dentes e garras que o filme mostra. E é realmente muito chocante: Bigwig é quase estrangulado pela armadilha de arame, e Holly tem um relato horrível de sufocamento na toca bloqueada por corpos de coelhos mortos. Há também o momento um tanto barulhento e adulto, quando Bigwig, tendo se infiltrado na comunidade de Woundwort fingindo ser um voluntário, recebe friamente a oferta de qualquer corça que ele quiser. Outra cena muito inquietante é o encontro com Cowslip (Elliott), cujo viveiro consiste em coelhos doentes, sonhando apaticamente com a morte e convidando Hazel e seus amigos para se juntarem a eles; eles estão sendo alimentados secretamente por humanos que querem comê-los. (Assistindo a este filme agora, lembrei-me da cena de The Road, de Cormac McCarthy, com as pessoas zumbificadas que são presas e mantidas vivas como comida canibal.)

Watership Down é na verdade um filme muito preocupado com a espiritualidade e a vida após a morte, com uma história Kiplingiana logo no início sobre como os coelhos surgiram, com um sistema de crenças que tem o deus Frith no seu centro e o seu anjo da morte, o Coelho Preto. A terrível possibilidade de Hazel ter morrido é o que inaugura A música de sucesso de Mike Batt, Bright Eyes. A animação teria decepcionado alguns na época, por sua falta de expressividade em comparação com os números da Disney; é justo dizer que os coelhos são impassíveis em comparação com o Tambor de Bambi, e talvez o filme não tenha a riqueza do livro de Adams. Mas agora eles parecem possuir charme e simplicidade, e talvez o estilo de animação de Rosen tenha sido o mais próximo que a Grã-Bretanha chegou de um Studio Ghibli local.

Watership Down estará nos cinemas do Reino Unido e da Irlanda em 25 de outubro.



Leia Mais: The Guardian

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PPG em Educação da Ufac promove 4º Simpósio de Pesquisa — Universidade Federal do Acre

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PPG em Educação da Ufac promove 4º Simpósio de Pesquisa — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou, nessa terça-feira, 18, no teatro E-Amazônia, campus-sede, a abertura do 4º Simpósio de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE). Com o tema “A Produção do Conhecimento, a Formação Docente e o Compromisso Social”, o evento marca os dez anos do programa e reúne estudantes, professores e pesquisadores da comunidade acadêmica. A programação terminou nesta quarta-feira, 19, com debates, mesas-redondas e apresentação de estudos que abordam os desafios e avanços da pesquisa em educação no Estado.

Representando a Reitoria, a pró-reitora de Pós-Graduação, Margarida Lima Carvalho, destacou o papel coletivo na consolidação do programa. “Não se faz um programa de pós-graduação somente com a coordenação, mas com uma equipe inteira comprometida e formada por professores dedicados.”

O coordenador do PPGE, Nádson Araújo dos Santos, reforçou a relevância histórica do momento. “Uma década pode parecer pouco diante dos longos caminhos da ciência, mas nós sabemos que dez anos em educação carregam o peso de muitas lutas, muitas conquistas e muitos sonhos coletivos.”

 

A aluna do programa, Nicoly de Lima Quintela, também ressaltou o significado acadêmico da programação e a importância do evento para a formação crítica e investigativa dos estudantes. “O simpósio não é simplesmente dois dias de palestra, mas dois dias de produção de conhecimento.” 

A palestra de abertura foi conduzida por Mariam Fabia Alves, presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), que discutiu os rumos da pesquisa educacional no Brasil e os desafios contemporâneos enfrentados pela área. O evento contou ainda com um espaço de homenagens, incluindo a exibição de vídeos e a entrega de placas a professores e colaboradores que contribuíram para o fortalecimento do PPGE ao longo desses dez anos.

Também participaram da solenidade o diretor do Cela, Selmo Azevedo Apontes; a presidente estadual da Associação de Política e Administração da Educação; e a coordenadora estadual da Anfope, Francisca do Nascimento Pereira Filha.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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Consu da Ufac adia votação para 24/11 devido ao ponto facultativo — Universidade Federal do Acre

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A votação do Conselho Universitário (Consu) da Ufac, prevista para sexta-feira, 21, foi adiada para a próxima segunda-feira, 24. O adiamento ocorre em razão do ponto facultativo decretado pela Reitoria para esta sexta-feira, 21, após o feriado do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.

A votação será realizada na segunda-feira, 24, a partir das 9h, por meio do sistema eletrônico do Órgão dos Colegiados Superiores. Os conselheiros deverão acessar o sistema com sua matrícula e senha institucional, selecionar a pauta em votação e registrar seu voto conforme as orientações enviadas previamente por e-mail institucional. Em caso de dúvidas, o suporte da Secrecs estará disponível antes e durante o período de votação.

 



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Professora Aline Nicolli, da Ufac, é eleita presidente da Abrapec — Universidade Federal do Acre

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Professora Aline Nicolli, da Ufac, é eleita presidente da Abrapec — Universidade Federal do Acre

A professora Aline Andréia Nicolli, do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela) da Ufac, foi eleita presidente da Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências (Abrapec), para o biênio 2025-2027, tornando-se a primeira representante da região Norte a assumir a presidência da entidade.

Segundo ela, sua eleição simboliza não apenas o reconhecimento de sua trajetória acadêmica (recentemente promovida ao cargo de professora titular), mas também a valorização da pesquisa produzida no Norte do país. Além disso, Aline considera que sua escolha resulta de sua ampla participação em redes de pesquisa, da produção científica qualificada e do engajamento em discussões sobre formação de professores, práticas pedagógicas e políticas públicas para o ensino de ciências.

“Essa eleição também reflete o prestígio crescente das pesquisas desenvolvidas na região Norte, reforçando a mensagem de que é possível produzir ciência rigorosa, inovadora e socialmente comprometida, mesmo diante das dificuldades operacionais e logísticas que marcam a realidade amazônica”, opinou a professora.

Aline explicou que, à frente da Abrapec, deverá conduzir iniciativas que ampliem a interlocução da associação com universidades, escolas e entidades científicas, fortalecendo a pesquisa em educação em ciências e contribuindo para a consolidação de espaços acadêmicos mais diversos, plurais e conectados aos desafios educacionais do país.

 



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