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ELEIÇÕES 2018

Documentos sigilosos revelam que Jair Bolsonaro mobilizou Itamaraty para resolver assunto pessoal em 2011

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Jair Bolsonaro mobilizou Itamaraty para resolver assunto pessoal em 2011.

Órgão contatou ex-companheira que viajara com filho do deputado para a Noruega.

Na foto, Ana Cristina Valle com o filho Jair Renan Bolsonaro em ato para Bolsonaro, nas ruas de Resende, interior do estado do Rio de Janeiro – Eduardo Anizelli – 17.set.2018/Folhapress.

Telegramas do Itamaraty revelam que, em 2011, durante o governo de Dilma Rousseff (PT), o hoje presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) pressionou o Itamaraty como deputado federal e teve o apoio do órgão para resolver um assunto pessoal.



Em seu site, no tópico sobre “o que nós não podemos fazer por você”, o Itamaraty informa que não pode “interferir em questões de direito privado, como direitos do consumidor ou questões familiares”. Em 2011, contudo, o órgão mobilizou seu setor consular na Noruega a pedido do parlamentar e foi atrás de uma mulher com quem Bolsonaro havia tido um filho.

O episódio se passou em julho de 2011, quando Ana Cristina Valle, mãe que tinha a guarda de Jair Renan, à época com cerca de 12 anos de idade, embarcou com o menino para Oslo, Noruega. Inconformado com a viagem, que teria ocorrido à sua revelia, Bolsonaro abriu uma ação judicial no Rio de Janeiro e procurou o Itamaraty para que o órgão intercedesse em seu favor.

Segundo os telegramas, obtidos por meio da Lei de Acesso com vários trechos ainda cobertos por tarjas pretas, Bolsonaro procurou a assessoria parlamentar do Itamaraty, destinada a atender demandas dos congressistas, e esteve na Sere, unidade do ministério responsável pelo serviço consular.

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Foto: Ana Cristina Valle com o filho Jair Renan Bolsonaro em ato para Bolsonaro, nas ruas de Resende, interior do estado do Rio de Janeiro – Eduardo Anizelli – 17.set.2018/Folhapress.

Bolsonaro “solicitou gestão do Itamaraty para averiguar as condições em que estaria” seu filho, segundo trecho do telegrama.

O documento diz que ele pediu número do telefone do embaixador em Oslo, Carlos Henrique Cardim, e sugeriu “um simples contato da embaixada” com alguém, provável referência a Ana Cristina.

A mulher foi de fato procurada pelo vice-cônsul em Oslo —segundo Ana Cristina, seu marido norueguês é que recebeu a ligação telefônica. O gesto demandou explicações do vice-cônsul, que depois escreveu em telegrama que o norueguês “pareceu compreender que o contato foi feito à luz do princípio da impessoalidade”.

Localizado pela Folha, Cardim confirmou ter sido procurado por Bolsonaro por telefone a respeito do paradeiro do filho.

Ele disse que repassou ao deputado os contatos do chefe do setor consular da embaixada para que o acionasse a fim de obter informações sobre legislação dos dois países, e não mais que isso.

Segundo Cardim, a praxe é apenas “ouvir o que ele [brasileiro] vai dizer, explicar a situação, que leis existem na Noruega sobre o assunto e as leis brasileiras. […] O consulado não sai atrás das pessoas, as pessoas vão até o consulado”.

O ex-embaixador, que naqueles mesmos dias entrou em férias e viajou ao Brasil, disse não se recordar de alguém do Itamaraty ter ido ao encontro de Ana.

“O Itamaraty não vai entrar em assunto pessoal, seria uma violência até, compreende, o Itamaraty dizer o que tem que ser. O trabalho consular é um trabalho de apoio aos brasileiros no exterior.”

A Folha ouviu dois especialistas em direito consular. Falando em tese, sem conhecer o caso concreto, um disse que o Itamaraty não pode procurar pessoas sobre assuntos pessoais no exterior; outro considerou a ação legal e inserida nas atribuições do órgão.

Localizada por telefone na sexta-feira (21), Ana Cristina, hoje candidata a deputada federal com o nome Cristina Bolsonaro (PODE-RJ), disse que seu marido foi procurado pelo serviço diplomático brasileiro com o objetivo de que ela regressasse ao Brasil.

Ela explicou a divergência com Bolsonaro na época: “A briga foi que ele [Bolsonaro] não queria nem que o menino passasse férias comigo lá. O menino sentia a minha falta, ‘mãe, eu quero ir com você’. Eu fiz o que meu filho pediu, levei. Depois eu comuniquei [a viagem]”. Ela disse que ficou com o filho na Noruega não mais que 20 dias.

Por lei, ela precisaria de autorização do pai para viajar com o filho —questionada, ela não comenta detalhes de como conseguiu viajar.

Ana afirma considerar o episódio totalmente superado. “Foi uma pressão que fez. Mas é uma questão de pai, de foro íntimo, entendeu, de família mesmo. Eu achava que ele nem deveria ter feito isso, mas se ele fez… E depois acabou tudo bem, ele tirou a ação e ficou tudo bem.”

“É coisa de pai, que eu respeito ele, porque ele tem um amor fora do comum pelos filhos”, afirmou Ana.

“Nós dois nos damos bem. Nosso filho é a nossa prioridade e não tem problema nenhum [no relacionamento], faço campanha para ele aqui. Quero que ele chegue, torço para que ele melhore e chegue à Presidência da República no primeiro turno.”

Outro lado

Em nota, o Itamaraty reafirmou que o serviço consular “não interfere em questões familiares”. “Limita-se a informar e a orientar as partes sobre questões jurídicas aplicáveis.” Afirmou também que não comenta questões específicas envolvendo brasileiros no exterior em razão do direito à privacidade.

Disse ainda que uma de suas principais atribuições é “prestar assistência aos nacionais brasileiros no exterior, dentro dos limites permitidos pelo direito internacional, como prevê a Convenção de Viena”.

Procurada, a assessoria de Bolsonaro não respondeu aos questionamentos até a conclusão desta reportagem. O candidato está internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo, após ter sido esfaqueado no último dia 6. Rubens Valente e Marina Dias. Folha SP.

ACRE

‘Nossa campanha é feita com coração, emoção e movida pelo sentimento de mudança’, diz Bocalom

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Artur Neto, coordenador de campanha do Bocalom destaca que o prefeito representa compromisso e mudança para os rio-branquenses.

A menos de um mês para as Eleições 2020, o candidato à Prefeitura de Rio Branco Tião Bocalom (Progressistas), que desde o início da caminhada respeita todos os protocolos de saúde estabelecidos para evitar o contágio pelo novo coronavírus, segue firme com visitas as diversas regiões da cidade. Com diálogo direto com a população para construir uma gestão próxima da sociedade, ele diz que a “campanha é feita com o coração e movida pelo sentimento de mudança”.



Nas andanças pelas comunidades carentes, bairros distantes e zona rural, ele é recebido com muito carinho pelo povo e tem crescido no cenário da disputa eleitoral dia a dia. Nas últimas semanas, o número de lideranças que têm se aliado ao candidato, que possui mais de 40 anos de vida pública e nunca teve o nome envolvido a nenhum tipo de processo criminal, ou seja, é ficha limpa, cresce de forma rápida. A alta adesão se dá pela fé das pessoas no projeto elaborado.

Bocalom e Marfisa conduzem carreata no 2º Distrito de Rio Branco [18/10/20]

Bocalom e Marfisa conduzem carreata no 2º Distrito de Rio Branco [18/10/20]

“Agradeço a Deus, toda nossa equipe, a minha coordenação geral que tem trabalhado incansavelmente e, claro, a população, que tem nos recebido de forma extremamente calorosa e carinhosa por onde temos passado. É muito gratificante poder olhar nos olhos das pessoas, pedir um voto de confiança e sentir-se abraçado pelo povo, que ainda tem esperança por dias melhores”, fala Bocalom.

Artur Neto, coordenador geral da campanha do prefeiturável, pontua que toda a equipe tem atuado de forma unida e organizada em parceria com lideranças, candidatos a vereadores e juventude, garantindo que o trabalho feito até agora possa ser consolidado nas urnas. “Isso é resultado de um trabalho coletivo feito para as pessoas, gente com todos nós. Como o próprio Bocalom diz que quer cuidar de gente, esse é nosso maior compromisso neste grande desafio”.

O candidato reforça o pedido de voto no 11 e agradece aos participantes da carreata no sábado, 17. “Seguimos bastante confiantes. A resposta que recebemos nas ruas é extremamente positiva e serve de incentivo para continuarmos firmes. Nossa carreata deixou isso claro. Milhares de pessoas nos acompanharam, desde a juventude aos idosos, acreditam numa nova Rio Branco. Isso me faz acreditar que é possível. Muito obrigado e que Deus abençoe a todos”, finaliza. .

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ACRE

DEPUTADO JOSA DA FARMÁCIA TEM MANDATO CASSADO POR COMPRA DE VOTOS

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O deputado estadual pelo Podemos do Acre, Josa da Farmácia, teve o seu mandato cassado por decisão da Justiça Eleitoral. Josa foi reeleito na última eleição com 6.412 votos.

O Tribunal Regional Eleitoral decidiu cassar o mandato do deputado por 4 votos a 2 dos desenbargadores.



Josa da Farmácia é acusado de comprar de votos na eleição de 2018.

Apesar de votarem pela cassação, o TRE do Acre decidiu que não irá fastar o deputado imediatamente, dando assim, prazo para que Josa se defenda das acusações ainda no cargo de deputado.

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ELEIÇÕES 2018

Trabalho de Moro me ajudou a crescer politicamente, diz Bolsonaro

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Indicação de juiz é criticada por petistas, que veem politização da Justiça.

Em entrevista a alguns veículos de imprensa, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) elogiou o trabalho de Sergio Moro como juiz ao falar de sua nomeação como Ministro da Justiça.

“O trabalho dele muito bem feito. Em função do combate à corrupção, da Operação Lava Jato, as questões do mensalão, entre outros, me ajudou a crescer politicamente falando”, disse Bolsonaro.



Moro foi quem assinou a ordem de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e decisões causaram polêmica como a divulgação da conversa do petista com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e da delação de Antonio Palocci pouco antes da eleição.

“Se eles estão reclamando, é porque fiz a coisa certa”, disse o presidente eleito.

Segundo ele, o economista Paulo Guedes, que assumirá a Fazenda, foi quem fez a ponte com Moro. Bolsonaro afirmou desconhecer em qual momento a sondagem teria sido feita.

“Mas isso daí não tem nada a ver. Se foi umas semanas, um dia antes da eleição, não tem nada  a ver”, disse.

Segundo seu vice, Hamilton Mourão, o convite ocorreu ainda durante a campanha, o que suscitou críticas, por sugerir que a atuação do magistrado tenha sido pautada pela disputa eleitoral.

“Ah, não sei, não sei. Tenho pouco contato com o Mourão, estou aprofundando o contato agora com ele”, respondeu o presidente eleito.

Bolsonaro afirmou ter concordado em dar autonomia a Moro para nomear e conduzir as atividades da pasta. Ele não detalhou como ocorrerá a ampliação do Ministério da Justiça em seu governo. Confirmou a incorporação da pasta de Segurança Pública.

“Uma parte do Coaf [estará] lá também, porque ele [Moro] tem que ter informações. A CGU não iria para lá dessa forma aqui, carece de estudo. Temos que ver se não estamos incorrendo em nenhuma inconstitucionalidade”, disse. 

“Mas parcelas desses órgãos a gente vai ter dentro da Justica para que possa trabalhar com velocidade que essa questão merece.”

Para o presidente eleito, a violência cresce “via crime organizado” e “o caminho para combater isso é seguir o dinheiro e você tem que ter meios para tal. O Ministério da Justiça daria todos os meios para Sergio Moro perseguir esse objetivo”.

Bolsonaro afirmou que não acertou um prazo de trabalho para o juiz no governo ou para vir a indicá-lo ao Supremo Tribunal Federal. 

“Não ficou combinado, mas o coração meu lá na frente… ele tendo um bom sucessor, isso está aberto para ele”, disse.

“A decisão dele é difícil, vai abrir mão da carreira, tem 22 anos de serviço, para enfrentar um desafio. Chamo ele de soldado, que está indo para a guerra sem medo de morrer. Vai ter muito mais poderes do que estando à frente da Vara da Justiça Federal em Curitiba

Bolsonaro disse que se um membro de seu governo for investigado ou denunciado, “vai pro pau, pô. Não tem essa história, não. Quem for por ventura denunciado, vai responder”.

​O presidente eleito foi questionado sobre a sua relação com a imprensa e o motivo de ter dado a entrevista apenas para emissoras de televisão, sem incluir jornais.

“A imprensa está muito diversificada, eu cheguei aqui graças às mídias sociais. Quem vai fazer a seleção de qual imprensa vai sobreviver ou não é a própria população”, respondeu. “A imprensa que não entrega a verdade vai ficar para trás.”

Segundo ele, a exclusão de veículos se deu por conta de “espaço físico, não mandei restringir ninguém, não”.

Folha SP

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