NOSSAS REDES

ACRE

Dois anos depois, estudante que ficou tetraplégico após mergulho em açude se casa no Acre: ‘momento único’

PUBLICADO

em

Natan Pinheiro e Gabriely Chaves trocaram as alianças em uma chácara de Rio Branco. Jovem sofreu um acidente em 2016, durante passeio em um balneário de Sena Madureira.

O estudante do curso de medicina veterinária Natan Pinheiro realizou mais um sonho no sábado (20): subir ao altar com a biomédica Gabriely Chaves. O jovem ficou tetraplégico em 2016 após um mergulho em açude de um balneário de Sena Madureira, interior do Acre.

Dois anos depois do acidente, Pinheiro recuperou os movimentos dos braços, tronco e a sensibilidade, com muita fisioterapia e outros tratamentos. O casal começou a namorar três meses após o acidente, e disse sim em uma cerimônia intimista, organizada em uma chácara de Rio Branco.

“Fizemos uma coisa mais casual, fui de bermuda mesmo e ela de branco. Foi um momento único, tudo perfeito. A melhor parte foi a organização que os amigos e familiares ajudaram”, contou o recém-casado.

Bolo do casamento

Entre os detalhes, uma coisa chamou mais atenção dos convidados na decoração. Em cima do bolo, um dos bonecos estava sentado em uma cadeira de rodas, para representar o noivo.

A personalização ficou por conta de amigos, que além de ajudar na decoração, prepararam cada detalhe para tornar tudo especial pro casal.

“Organizamos juntos, só que chamamos os amigos para ajudar e foi mais legal ainda a organização. Os bonecos estavam com a mesma roupa e tudo igual”, falou.

Acidente

Em constante luta para recuperar os movimentos, Pinheiro diz que ainda não lembra do dia do acidente e nem dos 15 dias depois. A família acredita que ele bateu em algo no fundo do açude ao mergulhar e desmaiou. O jovem teria ficado submerso por ao menos cinco minutos em uma profundidade de dois metros.

Ele revelou que nunca reclamou e nem questionou os motivos do que aconteceu, mas focou na recuperação e busca de melhorar a cada dia.

“Aconteceu, não vou ficar pensando nisso, tive que tomar uma decisão. Não parei de viver, de fazer fisioterapia, de buscar ajuda médica. Escolhi viver e tentar melhorar. Nunca reclamei, fiquei um pouco dependente, mas continuei fazendo as mesmas coisas”, relembrou.

Não só escolheu viver como encontrou o amor da vida. Natan e Gabriely só se conheciam de vista porque ele era aluno da mãe dela. Conversa vai, conversa vem, o casal marcou de se encontrar e nunca mais se desgrudou.

Casal começou a namorar três meses após Natan fica tetraplégico — Foto: Arquivo pessoalCasal começou a namorar três meses após Natan fica tetraplégico — Foto: Arquivo pessoal

Casal começou a namorar três meses após Natan fica tetraplégico — Foto: Arquivo pessoal

“Só a conhecia de vista, conhecia a mãe e família, mas ela não tanto. No final de 2016 começamos a namorar”, comentou.

Um ano depois o casal estava noivo e planejando a vida a dois. Graciely lembra com exatidão a data que os dois se encontraram pela primeira vez.

“19 de novembro de 2016. Desde o dia que nos vimos, não foi como encontrar qualque pessoa na rua, como era antes. Naquele dia nos vimos com outros olhares e nunca mais nos largamos”, frisou Gabriely.

Adaptação

Formada em biomedicina, Gabriely explica que se adaptou à rotina do amado, passou a torcer pela recuperação dele e viu as pessoas ao redor se unirem também pela felicidade do casal.

“Pensava que ia ter represália no início, mas não foi assim. Muita gente admirou nossa forma de viver, e nos ajudou. Não só eu, mas outras pessoas se adaptaram e passaram a ver o mundo com os olhos dele. Muita gente se adaptou a ele”, afirmou.

Em lua de mel, o casal passou a morar junto apenas após o casamento. Ao falar do marido, Gabriely é só elogios e admiração.

“Pra mim ele é um exemplo de superação, nunca se queixou do acidente. A forma com ele vê o mundo, me fez mudar minha visão também. Às vezes, reclamamos de tudo, e ele não se queixa, sempre vê o melhor das coisas”, concluiu.

Advertisement

ACRE

Programa Radioativo: TJAC promove aula inaugural do curso de Programador Full Stack

PUBLICADO

em

Programa é fruto de parceria entre o TJAC, por meio da Coordenadoria da Infância e Juventude e a Federação das Indústrias do Estado do Acre

A presidente do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), desembargadora Regina Ferrari, e a coordenadora da Coordenadoria da Infância e Juventude (CIJ), desembargadora Waldirene Cordeiro, participaram da aula inaugural da turma do curso “Programador Full Stack”, do Programa Radioativo. O lançamento ocorreu nesta segunda-feira, 22, na Escola Senai, em Rio Branco.



O Programa Radioativo é desenvolvido pelo Poder Judiciário do Acre em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). A iniciativa visa promover a qualificação de jovens e adolescentes em vulnerabilidade social, sob medidas socioeducativas ou vítimas de trabalho infantil. O intuito é inseri-los no mercado de trabalho formal. 

Durante 1 ano e meio, 17 adolescentes devem se profissionalizar na área da tecnologia. O curso “Programador Full Stack”, de 1.400h, os capacitará a trabalhar nas mais diversas atividades do mercado tecnológico, como desenvolvimento e programação na web. De acordo com o professor Hildemar Lima, quando os participantes finalizarem, todos estarão aptos a criar sistemas e aplicativos. 

Quem já está animado com o futuro é o jovem Kelven Santos, de 16 anos, morador do bairro Ivete Vargas. Ele afirma: “Meu objetivo aqui é sair profissionalizado, porque tenho familiares que têm esse curso e já foram morar fora do Brasil. Quero seguir este caminho”. E para deixar esse trajeto ainda mais acessível, o Programa Radioativo oferece uma bolsa de 990 reais, a fim de promover a permanência dos estudantes até a conclusão do curso.  No total, mais de 260 mil reais estão sendo investidos.

Solenidade 

A presidente do TJAC, desembargadora Regina Ferrari, motivou os jovens e adolescentes a prosseguirem no curso e agradeceu o apoio dos parceiros do Programa Radioativo. “A gente busca, de fato, além de vocês receberem profissionalização, que irradiem conhecimento, a paz e a bondade. Quero agradecer também à Aleac, que pela segunda vez estamos nessa parceria para custear as bolsas de estudos.”, celebrou. 

Em seu discurso, o diretor regional do Senai no Acre, César Dotto, deu as boas-vindas às alunas e alunos e endossou o compromisso desta ação com a inserção no mercado de trabalho. “É um dos objetivos do Programa Radioativo: as empresas abrirem portas para vocês [estudantes]. Então, aproveitem esse momento, acho que é uma oportunidade única”, ressaltou. 

A coordenadora da CIJ, desembargadora Waldirene Cordeiro, destacou a importância dos profissionais de tecnologia e incentivou as alunas e alunos a se dedicarem nesta nova empreitada. “Não é um curso local, não é nacional, é mundial. A área de tecnologia é o futuro, e não é o futuro distante, é o de agora. Tudo é robotizado, por inteligência artificial. Ele vai abrir portas para vocês. Espero que se dediquem. Escutem e aprendam tudo que os professores estiverem ensinando”, disse. 

De igual modo, o presidente da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deputado Luiz Gonzaga, responsável por uma emenda de 100 mil reais à iniciativa, enfatizou a cooperação dos três Poderes em assistir à população acreana. “Todos trabalhamos unidos para ajudar este trabalho que o nosso Tribunal de Justiça faz de assistência à sociedade”, salientou.  

Na ocasião, o deputado estadual Eduardo Ribeiro afirmou: “Talvez alguns não saibam, mas esse programa inclusive ganhou um prêmio nacional pelo Conselho Nacional de Justiça”. O parlamentar fez referência à conquista do primeiro lugar, na categoria Tribunal, eixo Medida Socioeducativa, no Prêmio Prioridade Absoluta. E prosseguiu: “Nos traz muita alegria de poder ajudar, de poder alocar os nossos recursos. Aproveitem essa oportunidade. Muitos jovens gostariam de estar no lugar de vocês. Se dediquem”, frisou.

Por fim, o deputado estadual Adailton Cruz destacou o trabalho social do Judiciário acreano. “ O Tribunal de Justiça não faz só o papel de julgar e resguardar os direitos da sociedade, mas também contribui diretamente com o nosso futuro, que são vocês [estudantes]. Tenho certeza de que, se esse exemplo se disseminar mais, teremos um Acre, um Brasil melhor”, concluiu.

Participou também na aula inaugural a vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac), Raimunda Holanda; a diretora da Regional do Vale do Juruá, Solange Chalub; servidores e servidores do TJAC; bem como as funcionárias e funcionários do Senai e novos estudantes.  

Continue lendo

ACRE

Com queda de 23,5%, Acre ainda tem 6 roubos a pedestres todos os dias

PUBLICADO

em

Os roubos a pedestres caíram 23,5% no Acre em 12 meses, mas, levando em conta que ocorreram 2.230 casos em 2023, o Estado registrou ao menos seis crimes por dia, segundo os dados do Anuário da Segurança Pública 2024. A queda ocorrida no Acre só perde para a do Tocantins (-42,8%); Goiás (32,3%) e Amapá (25,1%).

De acordo com a Revista Universo, que se baseia no artigo 157 do Código Penal Brasileiro, o roubo a transeunte é um crime comum e corriqueiro caracterizado por assalto a indivíduos que são abordados enquanto transitam em vias públicas “com subtração de pertences de forma violenta”.



O sistema de segurança pública do Acre pouco aborda o tema e os detalhes sobre esse crime são escassos. Por outro lado, o Anuário Brasileiro de Segurança Pública se baseia em informações fornecidas pelas secretarias de segurança pública estaduais, pelas polícias civis, militares e federal, entre outras fontes oficiais da Segurança Pública. A publicação é uma ferramenta importante para a promoção da transparência e da prestação de contas na área, contribuindo para a melhoria da qualidade dos dados. Além disso, produz conhecimento, incentiva a avaliação de políticas públicas e promove o debate de novos temas na agenda do setor. Trata-se do mais amplo retrato da Segurança Pública brasileira.

ac24horas.

Continue lendo

ACRE

Com 100 m², Memorial Chico Mendes é inaugurado em parque ambiental de Rio Branco: ‘Retomar conexão’

PUBLICADO

em

Espaço fica no Parque Ambiental Chico Mendes, estava fechado desde 2021 e começou a ser revitalizado em dezembro do ano passado. Inauguração ocorreu nesta sexta-feira (7) faz parte da programação da Semana do Meio Ambiente.

Capa: Memorial Chico Mendes é inaugurado no Parque Ambiental Chico Mendes, em Rio Branco — Foto: Aline Nascimento/g1.

Como parte da programação da Semana do Meio Ambiente, foi inaugurado nesta sexta-feira (7) o Memorial Chico Mendes, no Parque Ambiental Chico Mendes, na capital acreana. O local, fechado desde 2021 para revitalização, já está aberto ao público para visitação.



A cerimônia contou com a participação de autoridades e parentes do líder seringueiro, morto em 1988. O espaço visa homenagear e preservar a memória de Chico.

Dentro do espaço de 100 metros quadrados há utensílios, aparelhos, livros e demais itens que contam a história do seringueiro. Além disto, há uma TV multimídia onde passa vídeos educativos, e o cantinho ‘Chico Ensina, que conta com livros infantis na temática ambiental. No centro do espaço, há uma seringueira, que é símbolo do estado, e um totem do próprio Chico em tamanho real na varanda do espaço.

Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, Carlos Nasserala, o espaço estava deteriorado, oferecia riscos aos visitantes e, então, passou por reconstrução desde dezembro do ano passado. O valor da obra foi orçado em R$ 104,9 mil.

“Aqui no nosso parque é um lugar muito movimentado. Em 2021, até hoje, já passaram por aqui 558 mil pessoas nesse Parque Chico Mendes. Só esse ano foram 45 mil pessoas, então é um lugar que realmente tem que preservar. Sem falar que nós temos visitantes do mundo inteiro aqui. E chegando aqui, visitava o parque, céu aberto, mas faltava exatamente a característica, o local que deu origem ao nome do nosso grande Chico Mendes”, complementou.

A gerente do parque, Joseline Guimarães, falou que o local é um atrativo para a população e que esse momento de devolução é importante para que as pessoas rememorem o legado e a luta de Chico Mendes.

“É um espaço que conta toda a luta, o legado do Chico Mendes, e também vai ser um espaço multiuso, um espaço cultural, onde os artistas acreanos podem fazer o seu vernissage, atividades educativas, reuniões”, diz.

Legado

Sandino Mendes, filho do líder ambiental, participou da cerimônia de abertura do espaço e destacou que o local traz o objetivo de eternizar a luta de Chico e mostrar a importância dele para as futuras gerações.

“A inauguração do Memorial de Chico Mendes serve não só como um espaço para preservar a memória do meu pai, esse grande líder, mas que também nos inspira a dar continuidade aos seus ideais, a sua luta, ao seu legado”, falou.

Angélica Mendes, neta de Chico, pontuou também sobre legado e do reconhecimento internacional dele. Além disto destacou também sobre a necessidade de perpetuar a causa ambiental, que é de responsabilidade de toda a sociedade.

“Esse parque ele representa muito não só pra gente, como família, mas pra toda a população de Rio Branco, porque a gente precisa de áreas verdes, a gente precisa voltar essa conexão que a gente tem com as flores. A gente precisa retomar a conexão com as nossas raízes. É muito importante porque nós somos amazônidas, nós somos Amazônia, nós somos o presente e nós somos o futuro”, frisou.

 

Continue lendo

MAIS LIDAS