POLÍTICA
Dois graves problemas em uma das áreas mais sensív…

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Matheus Leitão
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu entorno passaram as últimas semanas destacando erros que eles acreditam terem sido cometidos pela área de comunicação do governo. Um dos equívocos mais realçados foi o anúncio da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil junto com a divulgação do pacote de corte de gastos.
O governo tenta, agora, emplacar a ideia de que já adotou a solução necessária para esse tipo de presepada: demitiu o ex-deputado petista Paulo Pimenta da chefia da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República e colocou em seu lugar o marqueteiro Sidônio Palmeira, responsável pela campanha vitoriosa de Lula em 2022.
O que Lula e o governo tentam vender para o público pode ser uma mera ilusão? É cedo. Não se sabe ainda.
Mas internamente no governo já se listam os erros de comunicação da nova gestão, o que obviamente pode ser apenas um último respiro da gestão Pimenta antes de a transição das equipes se consolidar.
Prova disso é que o próprio Lula avacalhou com a comunicação apenas um dia após demitir Pimenta. No evento que deveria lembrar os dois anos da tentativa de golpe por asseclas de Jair Bolsonaro, Lula fez um raciocínio em público que foi ido da seguinte forma: a maioria dos homens gostam mais de suas amantes do que das esposas.
Algumas horas depois da fala machista e desastrosa de Lula, o vice-presidente do PT e prefeito de Maricá, Washington Quaquá, fez um post em seu Instagram em defesa dos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, que estão presos por suspeita de serem os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco.
Ou seja: a troca de um político inexperiente na área de comunicação por um profissional experiente na organização de campanhas eleitorais ainda não evitou desencontros na comunicação do governo.
Outro sinal de que o amadorismo na comunicação do governo não ficou para trás foram os sinais trocados sobre a posse do ditador da Venezuela, Nicolas Maduro, nesta sexta-feira, 10. O Brasil foi um dos países que se fez presente na cerimônia, por meio de uma diplomata. Outros países, como Chile, não enviaram ninguém, dando uma mensagem clara de que não reconhecem o regime autocrático de Maduro.
Apesar de enviar representante, o governo Lula criticou o ditador por meio de declarações do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Renan Filho. Aliados do governo, como o governador Helder Barbalho, do Pará, também bateram forte em Maduro. Já o PT, partido de Lula, enviou uma comitiva para prestigiar a posse. Afinal, o Brasil apoia ou não apoia Maduro e sua ditadura sangrenta? Não dá para saber porque a comunicação de Lula não é clara.
O que Lula fez, de fato, foi colocar dentro do governo o responsável por sua última campanha eleitoral. A ver as mudanças e diferenças reais que essa troca poderá causar.
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STF aperta o cerco, e Bolsonaro planeja giro pelo…

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22 de março de 2025
Marcela Mattos
Com o cerco jurídico cada vez mais fechado, o ex-presidente Jair Bolsonaro definiu como estratégia ampliar a realização de atos e manifestações como uma demonstração de força política. A ideia passa por mobilizar milhares de pessoas na rua, reforçar o coro por uma anistia aos vândalos do 8 de janeiro – que, de tabela, pode beneficiar o ex-presidente – e repetir a tese de que Bolsonaro e seus aliados sofrem perseguição por parte do Supremo Tribunal Federal (STF).
Desde que deixou o Palácio do Planalto, Bolsonaro promoveu quatro grandes manifestações em seu favor – todas elas em São Paulo e no Rio de Janeiro. Agora, a ideia é expandir o roteiro e chegar a cidades do Nordeste, região em que o presidente Lula tradicionalmente sai à frente no eleitorado.
Durante ato em Copacabana no último domingo, 16, o ex-presidente anunciou que organizará uma próxima manifestação em 6 de abril na Avenida Paulista. Depois, disse, vai ao Nordeste – a primeira parada provavelmente será Aracaju, em Sergipe, berço político do relator do projeto da anistia na Câmara, deputado Rodrigo Valadares (União-SE).
A intensificação das viagens será uma resposta à esperada decisão do Supremo de tornar o ex-presidente e ex-ministros réus por uma tentativa de golpe depois das eleições de 2022. Nos dias 25 e 25, a Corte vai julgar a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República que enquadrou Bolsonaro em cinco crimes, o que pode render 40 anos de prisão.
Jogo de pressão
Aliados do ex-presidente espalham a tese de que uma eventual condenação pode gerar uma convulsão popular de proporções inesperadas – ter o povo na rua, portanto, ajuda a manter o jogo de pressão contra o Judiciário.
A VEJA, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que o pai deve manter o ritmo acelerado de viagens mesmo se virar réu. “A mensagem que leva é exatamente essa: Bolsonaro é perseguido por não ter feito nada, e vai repercutir isso para as pessoas do Nordeste. É um movimento acertado para levar esse recado”, disse.
Flávio reforça ainda que, independentemente do público presente, os atos geram engajamento e conteúdo nas redes sociais. Segundo ele, além dos apoiadores em Copacabana, um total de 3 milhões de pessoas acompanharam o ato em tempo real pela internet, isso sem contar o outro sem número de “cortes”, os vídeos curtos que são disparados para seguidores. “É isso que ele tem que fazer: mostrar para a opinião pública que a gente está do lado certo”, disse.
Apesar da estratégia, como mostra reportagem de VEJA desta edição, o STF também reforça suas armas e montou um arsenal jurídico para conter a pressão por manobras que absolvam ou aliviem as penas para os acusados no inquérito do golpe. No Supremo, há uma principal convicção: todo o esforço será absolutamente inútil.
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POLÍTICA
Bolsonaro não será anistiado, garantem ministros d…

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22 de março de 2025
Laryssa Borges
A preço de hoje, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) consideram não haver espaço para que Jair Bolsonaro seja beneficiado por uma anistia. Experientes, os magistrados têm atuado diretamente junto a líderes partidários para medir a temperatura da classe política em perdoar crimes da gravidade de golpe de Estado e tentativa de abolição do Estado democrático e montaram eles próprios um arsenal de teses jurídicas para, diante de uma possível ofensiva parlamentar, barrar a concessão de uma clemência ao ex-presidente. No limite, consideram até interpretações que vetariam a anistia em um eventual governo de direita a partir de 2026.
Com o avanço das investigações que apontaram que, entre os capítulos para a ruptura institucional, estavam o assassinato do presidente Lula, do vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, o tribunal avalia não fazer sentido permitir que a anulação das hoje prováveis condenações de Bolsonaro seja levada a cabo porque daria munição para o ex-mandatário, militares e aqueles que foram usados como massa de manobra considerarem novos ultrajes ao sistema democrático.
“Haverá uma série de discussões sobre o cabimento da anistia, tendo em vista a própria gravidade do crime”, disse a VEJA um ministro. “É até constrangedor falar em anistia quando Bolsonaro e militares são acusados de tramar as mortes de um ministro do Supremo e do presidente da República. Aqui não tem bobo da corte”, completa.
Há meses, magistrados verbalizam interpretações que minariam a possibilidade de sobrevida política e eleitoral a Bolsonaro em caso de condenação criminal. Um marco importante foi delineado no julgamento do indulto dado pelo ex-presidente ao então deputado Daniel Silveira, condenado por ataques à Suprema Corte e ameaça aos ministros. Na ocasião, Moraes, tratado como algoz dos bolsonaristas, afirmou que, embora benefícios como o indulto estejam previstos na Constituição, eles não podem ser sacados da cartola para “atacar outro poder do Estado”. Como o capitão pregava abertamente contra o STF, juízes da Suprema Corte consideram a avalição de Moraes no caso de Daniel Silveira um alerta.
No mesmo julgamento, o ministro Dias Toffoli afirmou que a possibilidade de perdão prevista na Constituição segue uma espécie de lógica própria. Para ele, como é o sistema democrático quem concede a anulação de crimes a um determinado grupo, se este grupo ataca aquele que um dia tentou abolir, não há espaço para indulto, anistia ou graça. Luiz Fux tem avaliação semelhante e considera que crimes contra o Estado Democrático de Direito não podem ser contemplados com anistia.
Segundo magistrados consultados por VEJA, no campo jurídico a ampla maioria do tribunal rejeita, por exemplo, a possibilidade de anistia a condenados por crimes como golpe de Estado e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, base da denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o ex-presidente e que começará a ser julgada pela Primeira Turma do STF no próximo dia 25.
Para barrar outras investidas, ministros avaliam que a violência do plano golpista, cujo ponto alto incluía a execução de autoridades, pode equiparar a trama a um enredo terrorista, crime que, pela Constituição, não pode ser alvo de clemência. Já ainda os que argumentam que uma anistia que mire acima de tudo Jair Bolsonaro teria por objetivo incentivar a desobediência a decisões do Judiciário, o que violaria a separação de poderes, cláusula pétrea da Constituição.
Por todos esses fatores, ministros da Suprema Corte são categóricos: uma eventual anistia ao ex-presidente não ficaria de pé no Judiciário.
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Matheus Leitão
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“O Brasil veio se tornando referência no que diz respeito, em termos de velocidade, de apuração, de tecnologia. Ou seja, muitos países têm que olhar para o Brasil e ver o que está sendo feito aqui. Em pouco tempo, os dados [dos votos] são contabilizados, a gente tem a proclamação de um resultado, a diplomação, e é isso de fato o que garante a representatividade. A gente tem que fazer o agradecimento à justiça eleitoral por todo esse trabalho, por todo esse empenho como garantidora da democracia brasileira” (Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, elogiando a qualidade das urnas eletrônicas no 87º Encontro do Colégio de Presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais. Será que o ex-ministro da Infraestrutura contou para Jair Bolsonaro o que pensa sobre a justiça eleitoral?)
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