POLÍTICA
Doria monta equipe para combater notícias falsas

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7 anos atrásem

Pré-candidato ao governo de SP tem bunker para rebater postagens consideradas ofensivas.
A mais de um mês do início da campanha eleitoral, o pré-candidato do PSDB ao governo de São Paulo, João Doria, já tem um bunker montado para se defender de fake news e de postagens consideradas ofensivas.
Somando equipes de advocacia e de redes sociais, 30 pessoas hoje estão mobilizadas para atuar em caso de mensagens com conteúdo falso. O número deve dobrar em agosto, quando a campanha começar efetivamente.
Um escritório especializado em direito digital foi contratado em abril para lidar com imbróglios da campanha na internet e destacou 20 pessoas. O tucano tem ainda outros dois advogados trabalhando diariamente na campanha e mais uma equipe de redes sociais com oito integrantes.
Com essa estrutura, Doria realizou sua primeira ofensiva jurídica contra notícias falsas nesta semana.
A campanha identificou quatro filiados ao PSB, partido do governador Márcio França, por trás de uma postagem no Facebook que o acusava de ser “réu no maior escândalo de corrupção da história de São Paulo”, uma informação infundada.
Dois deles trabalham para o governo estadual. Os advogados de Doria entraram com ação por danos morais, pedindo retratação pública e indenização de pelo menos R$ 100 mil, que seriam destinados a entidades filantrópicas.
Para a defesa, a sentença tem que ter “caráter educativo”, servindo como “sanção exemplar”. Há mais duas ações judiciais em curso para identificar responsáveis por outras notícias falsas, uma que circulou por email e outra por redes sociais.
O procedimento adotado no bunker tucano começa por monitorar tudo que é publicado sobre Doria.
Segundo Daniel Braga, que coordena a comunicação digital, o rastreamento é feito por um software que filtra as menções ao pré-candidato tucano —seja em posts e comentários do Facebook e do Twitter, até comentários em sites noticiosos e blogs.
Apesar da facilidade gerada pelo software, no caso da ação movida contra filiados do PSB, o post não continha texto com o nome de Doria —a menção estava na imagem. Segundo Braga, a identificação foi feita tanto pelos comentários como pelo fato de a imagem ter sido publicada na página do Facebook “Márcio França 2018”, que já estava no radar.
“A gente pega tudo o que considera que seja abuso, ofensivo, calunioso e faz um pré-filtro para passar para o jurídico. Ele é que fala: ‘isso aqui cabe, isso aqui não cabe'”, explica Braga.
Segundo a advogada Juliana Abrusio, da equipe jurídica, uma vez localizada uma notícia falsa, passa-se à fase de análise. São mais graves, em sua visão, conteúdos que procuram parecer verossímeis, misturando informação verdadeira com mentira.
Depois, a campanha procura identificar se quem publicou foi uma pessoa, um grupo de pessoas ou um bot (robô de internet). Segundo Abrusio, empresas como Facebook estão dispostas a ajudar, depois de experiências problemáticas como a eleição presidencial de 2016 nos EUA.
Mas é preciso ter ordem judicial para quebrar sigilo de usuários. A etapa seguinte é avaliar se entrarão com ação contra as pessoas identificadas. Segundo Abrusio, Doria “acompanha tudo”. A campanha responde a posts e comentários que considerem falsos.
O maior desafio, diz Daniel Braga, está no Whatsapp, onde o rastreamento é mais complicado pela proteção do conteúdo das mensagens por criptografia.
Por Isabel Fleck e Thais Bilenky
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Matheus Leitão
O presidente Lula admitiu novamente que será candidato à reeleição em 2026 se estiver com a saúde em dia. Desta vez, a declaração aconteceu em uma reunião com líderes do Congresso Nacional.
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Pedro Lucas tem negado publicamente, mas não aceitou o cargo porque o governo tem sido muito mal avaliado pela população. Achou por bem ficar no parlamento e seu partido, mesmo da base, já tem até pré-candidato a presidente.
Isso é um termômetro de que o governo não vai bem. Lula quer buscar essa reeleição, mas não vai ter vida fácil. O presidente é muito competitivo, vai sempre muito bem nas eleições, mas a realidade será bem diferente da última vez em que buscou a reeleição. O ano era 2006 e o mandatário tava com a aprovação nas alturas.
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Alexandre de Moraes determina prisão de Fernando C…

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Meire Kusumoto
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Collor foi condenado em 2023 pelo Supremo por corrupção na BR Distribuidora. Os ministros entenderam que o ex-presidente recebeu 20 milhões de reais para viabilizar irregularmente contratos da estatal com a UTC Engenharia.
Na decisão desta quinta, Moraes pede que o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, convoque uma sessão virtual extraordinária do plenário para que os demais ministros referendem sua decisão. O pedido de prisão, no entanto, deve ser cumprido imediatamente.
Barroso marcou a sessão para esta sexta-feira, 25, de 11h às 23h59.
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Câmara cassa mandato de Chiquinho Brazão, acusado…

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24 de abril de 2025
Meire Kusumoto
Acusado de mandar matar a vereadora Marielle Franco, o deputado Chiquinho Brazão teve seu mandato cassado nesta quinta-feira, 24, pela Mesa Diretora da Câmara, por excesso de faltas a sessões da Casa. A decisão foi publicada no Diário da Câmara dos Deputados.
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Brazão está preso desde março do ano passado por suspeita de ser um dos mandantes do assassinato de Marielle. Após a operação que prendeu Brazão, seu irmão Domingos Brazão e o ex-delegado Rivaldo Barbosa no âmbito das investigações do caso, um processo de cassação foi aberto para retirar o mandato de Chiquinho. A cassação chegou a ser aprovada no Conselho de Ética, mas não foi pautada em plenário.
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