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Elon Musk está se tornando um estado desonesto de um homem só – é hora de controlá-lo | Alexandre Hurst

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6 meses atrásem
Alexander Hurst
Elon Musk é, mais ou menos, um estado desonesto. As suas intenções são egoístas e nefastas, e os seus recursos a nível do Estado-nação permitem-lhe desrespeitar a lei impunemente. Para contextualizar, se os dólares valessem metros, o dinheiro de Musk seria suficiente para levá-lo a Marte e voltar, enquanto um mero milionário só poderia fazer uma viagem de ida e volta de Paris a Amsterdã.
A pura imoralidade de qualquer pessoa que possua tanta riqueza é óbvia para a maioria das pessoas com níveis básicos de empatia. Mas quando se trata de Musk e as outras 14 pessoas vale mais de 100 mil milhões de dólares, a moralidade do mesmo é quase uma preocupação secundária. A sua riqueza individual é uma ameaça à democracia que distorce a sociedade, da mesma forma que a economia sempre reconheceu que os monopólios são perigosos para um mercado funcional.
Para US$ 250 milhões em suporte direto – e US$ 44 bilhões adicionais para controle do X, nee Twitter, e com ele o algoritmo por trás do que 300 milhões de usuários veem em suas linhas do tempo – Musk foi recompensado com uma co-presidência. O que mais devemos fazer com a sua aparição na reabertura de Notre Dame, juntando-se a Donald Trump e a vários chefes de estado?
A avaliação de X pode estar caindo tão rapidamente quanto o número de usuários, mas isso é perder o objetivo da compra. X serviu ao seu propósito ajudando a eleger Trump, um estudo sugerindo o algoritmo da plataforma foi ajustado para impulsionar usuários de tendência conservadora. Essa ação da Tesla tem subiu mais de 40% uma vez que a eleição tem certamente pouco a ver com os fundamentos da empresa e muito a ver com os investidores que especulam sobre um impulso sem precedentes à sua fortuna futura. Tesla e SpaceX tornaram-se gigantes nas costas de contratos públicos e subsídios públicose de xAI a Neuralink, suas outras empresas podem se beneficiar da influência interna de Musk sobre a regulamentação.
A plutocracia não é suficiente, porque nada é suficiente para o punhado de homens que têm tudo. As novas obsessões de Musk (além da validação e do carinho humano que ele erroneamente acredita que encontrará nas redes sociais) são atacando servidores públicosreduzindo os gastos sociais e perseguindo os mais vulneráveis. “Na maioria dos casos, a palavra ‘sem-teto’ é mentira”, Musk twittou recentemente. “Geralmente é uma palavra de propaganda para viciados em drogas violentos com doenças mentais graves.”
A interpretação mais caridosa é que Musk existe em vários pontos ao longo do Escala Dunning Kruger. Ele é um fantástico capitalista de risco, cujos investimentos para entusiastas da ficção científica produziram, sejamos honestos, empresas muito mais interessantes do que algo como bens de luxo ou fast fashion. Mas isto proporcionou-lhe incalculavelmente mais recursos para ser um idiota quando se trata de coisas como geopolítica ou como construir e organizar uma sociedade justa. A interpretação menos caridosa – aquela apresentada pelo seu antigo amigo Sam Harris num recente aparência de podcast – é que ele está “palpável e visivelmente perturbado… cheirando cetamina e tweetando a qualquer hora do dia e da noite”, foi radicalizado por seu próprio algoritmo e se apresenta como Tony Stark enquanto na verdade é o Dr.
Mas como a plutocracia e a prossecução de uma agenda social radical nos EUA ainda não são suficientes, Musk voltou sua atenção para outras nações também. No último semestre, ele foi atrás de juízes italianos que bloqueou um plano de detenção de migrantes, promoveu a desinformação e tumultos alimentados no Reino Unido, levantou a possibilidade de interferindo diretamente na política eleitoral do Reino Unido, dando ao partido de Nigel Farage 100 milhões de dólares, e persistentemente ignorou a lei da UE em relação à moderação de conteúdo e desinformação em X.
Quando Estados párias se comportam desta forma – interferência eleitoral, campanhas activas de desinformação, manipulação das redes sociais – outros Estados denunciam-nos, ou mesmo impor sanções. Musk não é simplesmente um cidadão com uma opinião e muitos seguidores. A sua enorme riqueza, o seu controlo sobre X e a sua nova posição dentro do governo dos EUA colocam-no numa categoria diferente. Então, como fazer você resolve esse tipo de problema, ou pelo menos responde a ele?
Os colegas bilionários de Musk escolheram o caminho do apaziguamento, se não do entusiasmo total, fazendo peregrinações a Mar-a-Lago para se prostrarem diante do seu rei idiota e do homem por trás da cortina. Nenhuma surpresa real nisso. O que é mais surpreendente é que jornalistas proeminentes e grandes organizações de mídia fizeram o mesmo, alimentando a campanha de Trump para silenciar e intimidar através de ações judiciais, como a sua o mais recente contra o Des Moines Register por ter publicado uma pesquisa de que não gostou.
O primeiro-ministro populista de Ontário, Doug Ford, tem uma estratégia potencialmente mais eficaz de enfrentar os agressores – pelo menos retoricamente. “Iremos ao ponto de cortar a energia deles, indo até Michigan, indo até o estado de Nova York e até Wisconsin”, Ford disse em resposta às provocações de Trump sobre tornar o Canadá o 51º estado e impor tarifas. Da mesma forma, quando o juiz do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes recusou-se a recuar e tratou as empresas de Musk como um universo único – congelando os ativos da Starlink e ordenando aos provedores de telecomunicações que bloqueiem o acesso ao X – Musk piscou.
Em breve será a vez da UE. O que o sindicato deve aos seus cidadãos é não bancar o bonzinho ou dar uma palmada na mão por causa dos vários alegados jurídico violações por Musk e X que estão sob investigação, é para com firmeza e atenção mostram que mesmo quantidades interplanetárias de riqueza não significam impunidade e que algumas coisas – como a democracia – não estão à venda.
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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