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Estado Aberto e democrático: o Brasil que queremos – 30/01/2025 – Sou Ciência

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Soraya Smaili, Maria Angélica Pedra Minhoto, Pedro Arantes, Gabriela de Brelàz

O ano de 2024 encerrou com dois importantes encontros para discussão da administração pública em Brasília. O Congresso do Centro Latino-americano de Administração para o Desenvolvimento (CLAD) — A transformação necessária para um Estado inclusivo, democrático e eficaz — e o Encontro América Aberta — Conexão sem Fronteiras, focado na agenda de governo aberto e em iniciativas de transparência, participação e accountability governamental.

Nesses encontros foram discutidos temas relevantes e apresentados desafios de longa data. Alguns têm ganho relevância, como a falta de transparência no uso de recursos públicos, a exemplo ocorrido com as emendas parlamentares. Outros dizem respeito à crise climática, ao uso das redes sociais e o seu impacto na democracia, assim como as dificuldades de maior participação da população nos processos e mecanismos de decisão, principalmente os mais vulneráveis. A lista é extensa.

A finalização de um ano é simbólica, costumamos fazer uma retrospectiva. Imbuídos de um “espírito mágico” nos transformamos, reunimos esperanças, para o ano que começa. Rapidamente apagamos os problemas vividos e nos enchemos de positividade. Fazemos isso ano após ano, mas com a mesma rapidez, os problemas retornam ao cotidiano nos primeiros dias do ano.

A discussão sobre um Estado Aberto dos poderes executivo, legislativo e judiciário seria um bom pedido para o ano que se inicia. Acesso a dados públicos e a informação de como são usados os recursos bilionários de emendas parlamentares é um direito do cidadão e um dever do Estado. Conseguir ter essa óbvia transparência apenas por meio de enforcement do poder judiciário é grave, já que o Brasil foi um dos fundadores da Aliança do Governo Aberto (Open Government Partnership), em 2011, e está implementando o seu 6º Plano.

Investigações estão trazendo à tona o desvio de recursos públicos, ao que apelidaram de emendodutos. Os impactos dessa distribuição de recursos sem transparência já foram sentidos nas últimas eleições municipais e, certamente, mostrarão o seu efeito nas eleições de 2026. O uso de recursos públicos sem rastreamento em pleno ano eleitoral desequilibra os mecanismos democráticos. E essa questão aliada à não regulação das redes sociais pode trazer prejuízos severos à democracia. A decisão de Zuckerberg de encerrar o programa de checagem de fatos na Meta e o apoio das big techs ao novo governo Trump, é um prenúncio que preocupa.

Um Estado Aberto com dados abertos e participação da população é um caminho para o combate à desinformação e à corrupção, e em defesa da democracia. A transparência ativa realizada pelo governo informa à sociedade onde obter informações corretas e permite à população verificar políticas e recursos. É importante na construção da confiança da população, além de promover a integridade. Como já mencionado no blog do SoU_Ciência, é essencial educar a população para ferramentas de verificação de fatos e estratégias de letramento midiático e informacional para alcançar práticas seguras no consumo de informação.

Almejar um Estado Aberto e Democrático são aspirações para 2025. Os ataques nacionais e internacionais à democracia não estão tão distantes como pensávamos.


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Ufac promove ação de autocuidado para servidoras e terceirizadas — Universidade Federal do Acre

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Ufac promove ação de autocuidado para servidoras e terceirizadas — Universidade Federal do Acre

A Coordenadoria de Vigilância à Saúde do Servidor (CVSS) da Ufac realizou, nesta quinta-feira, 23, o evento “Cuidar de Si É um Ato de Amor”, em alusão à Campanha Outubro Rosa. A atividade ocorreu no Setor Médico Pericial e teve como público-alvo servidoras técnico-administrativas, docentes e trabalhadoras terceirizadas.

A ação buscou reforçar a importância do autocuidado e da atenção integral à saúde da mulher, indo além da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e do colo do útero. O objetivo foi promover um momento de acolhimento e bem-estar, integrando ações de valorização e promoção da saúde no ambiente de trabalho.

“O mês de outubro não deve ser apenas um momento de lembrar dos exames preventivos, mas também de refletir sobre o cuidado com a saúde como um todo”, disse a coordenadora da CVSS, Priscila Oliveira de Miranda. Ela ressaltou que muitas mulheres acabam se sobrecarregando com as demandas da casa, da família e do trabalho e acabam deixando o autocuidado em segundo plano.

Priscila também explicou que a iniciativa buscou proporcionar um espaço de pausa e acolhimento no ambiente de trabalho. “Nem sempre é fácil parar para se cuidar ou ter acesso a ações de relaxamento e promoção da saúde. Por isso, organizamos esse momento para que as servidoras possam respirar e se dedicar a si mesmas.” 

O setor mantém atividades contínuas, como consultas com clínico-geral, nutricionista e fonoaudióloga, além de grupos de caminhada e ações voltadas à saúde mental. “Essas iniciativas estão sempre disponíveis. É importante que as mulheres participem e mantenham o compromisso com o próprio bem-estar”, completou.

A programação contou com acolhimento, roda de conversa mediada pela assistente social Kayla Monique, lanche compartilhado e o momento “Cuidando de Si”, com acupuntura, auriculoterapia, reflexologia podal, ventosaterapia e orientações de cuidados com a pele. A ação teve parceria da Liga Acadêmica de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde e da especialista em bem-estar Marciane Villeme.

 



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Ufac realiza abertura do Fórum Permanente da Graduação — Universidade Federal do Acre

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Ufac realiza abertura do Fórum Permanente da Graduação — Universidade Federal do Acre

A Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) da Ufac realizou, nesta terça-feira, 21, no anfiteatro Garibaldi Brasil, campus-sede, a abertura do Fórum Permanente da Graduação. O evento visa promover a reflexão e o diálogo sobre políticas e diretrizes que fortalecem o ensino de graduação na instituição.

Com o tema “O Compromisso Social da Universidade Pública: Desafios, Práticas e Perspectivas Transformadoras”, a programação reúne conferências, mesas temáticas e fóruns de discussão. A abertura contou com apresentação cultural do Trio Caribe, formado pelos músicos James, Nilton e Eullis, em parceria com a Fundação de Cultura Elias Mansour.
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, representou a reitora Guida Aquino. Ele destacou o papel da universidade pública diante dos desafios orçamentários e institucionais. “Em 2025, conseguimos destinar R$ 10 milhões de emendas parlamentares para custeio, algo inédito em 61 anos de história.”

Para ele, a curricularização da extensão representa uma oportunidade de aproximar a formação acadêmica das demandas sociais. “A universidade pública tem potencial para ser uma plataforma de políticas públicas”, disse. “Precisamos formar jovens críticos, conscientes do território e dos problemas que enfrentamos.”
A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou que o fórum reúne coordenadores e docentes dos cursos de bacharelado e licenciatura, incluindo representantes do campus de Cruzeiro do Sul. “O encontro trata de temáticas comuns aos cursos, como estágio supervisionado e curricularização da extensão. Queremos sair daqui com propostas de reformulação dos projetos de curso, alinhando a formação às expectativas e realidades dos nossos alunos.”
A conferência de abertura foi ministrada pelo professor Diêgo Madureira de Oliveira, da Universidade de Brasília, que abordou os desafios e as transformações da formação universitária diante das novas demandas sociais. Ao final do fórum, será elaborada uma carta de encaminhamentos à Prograd, que servirá de base para o planejamento acadêmico de 2026.
Também participaram da solenidade de abertura a diretora de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Grace Gotelip; o diretor do CCSD, Carlos Frank Viga Ramos; e o vice-diretor do CMulti, do campus Floresta, Tiago Jorge.



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Ufac realiza cerimônia de abertura dos Jogos Interatléticas-2025 — Universidade Federal do Acre

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Ufac realiza cerimônia de abertura dos Jogos Interatléticas-2025 — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou a abertura dos Jogos Interatléticas-2025, na sexta-feira, 17, no hall do Centro de Convenções, campus-sede, e celebrou o espírito esportivo e a integração entre os cursos da instituição. A programação segue nos próximos dias com diversas modalidades esportivas e atividades culturais. A entrega das medalhas e troféus aos vencedores está prevista para o encerramento do evento.

A reitora Guida Aquino destacou a importância do incentivo ao esporte universitário e agradeceu o apoio da deputada Socorro Neri (PP-AC), responsável pela destinação de uma emenda parlamentar de mais de R$ 80 mil, que viabilizou a competição. “Iniciamos os Jogos Interatléticas e eu queria agradecer o apoio da nossa querida deputada Socorro Neri, que acredita na educação e faz o melhor que pode para que o esporte e a cultura sejam realizados em nosso Estado”, disse.

A cerimônia de abertura contou com a participação de estudantes, atletas, servidores, convidados e representantes da comunidade acadêmica. Também estiveram presentes o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, e o presidente da Fundação de Cultura Elias Mansour, Minoru Kinpara.

(Fhagner Soares, estagiário Ascom/Ufac)

 



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