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Estará a Rússia a planear um ataque de “bandeira falsa” à Moldávia? | Notícias da guerra Rússia-Ucrânia
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1 ano atrásem
A Rússia acusou a Moldávia de planear uma operação militar em Transnístriauma região secessionista apoiada pela Rússia, despertando preocupações entre alguns analistas de que Moscovo possa ser um ataque de “bandeira falsa” em Moldávia.
A inteligência russa disse no início desta semana que o Presidente da Moldávia Maia Sandu estava planejando uma operação militar em Transnístriaque faz fronteira com a Ucrânia. Sandu tomou posse para seu segundo mandato como presidente na terça-feira.
Na quarta-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia afirmou que a NATO estava a transformar a Moldávia num centro de armas para a Ucrânia, uma acusação que só deverá alimentar ainda mais os receios de que Moscovo possa estar à procura de uma justificação para uma potencial acção contra o seu vizinho mais pequeno.
Aqui está mais sobre o que está acontecendo com a Rússia e a Moldávia – e o que esperar.
O que a Rússia alegou?
Na segunda-feira, o Serviço de Inteligência Estrangeiro da Rússia disse que Sandu da Moldávia estava a planear uma operação militar em Transnístria. A inteligência russa especulou que a operação militar poderia evoluir para uma guerra.
O chefe de gabinete de Sandu, Adrian Balutel, refutou as alegações, insistindo que o país não tinha planos de entrar militarmente na Transnístria, embora reivindique o território como parte da Moldávia.
Depois, na quarta-feira, a Rússia acrescentou uma nova alegação – que a NATO liderada pelos EUA tinha transferido um grande número de armas para a Moldávia nos últimos meses. Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, disse que Moscou acredita que essas armas se destinavam, em última análise, à Ucrânia. Ela citou as tendências pró-Ocidente de Sandu para reforçar suas reivindicações.
Nos últimos meses, o Presidente russo, Vladimir Putin, tem sugerido cada vez mais que não apenas a Ucrânia, mas outros países que a ajudam na sua guerra contra Moscovo poderiam potencialmente ser tratados pelo Kremlin como inimigos que este poderia atacar.
Quais são as preocupações de “bandeira falsa”?
Desde que a Rússia lançou a sua invasão em grande escala da Ucrânia em Fevereiro de 2022, Sandu deu o alarme de que a Moldávia poderia ser o próximo alvo de Moscovo, instando os líderes ocidentais a abordarem as preocupações da Moldávia.
Quando Sandu tomou posse para o seu segundo mandato esta semana na capital Chisinau, ela disse: “Conseguimos abrir bem a porta à União Europeia”. A Moldávia é um país candidato à UE desde junho de 2022, aguardando que Bruxelas aceite formalmente o seu pedido de adesão ao grupo.
As últimas acusações do Kremlin, dizem analistas do Instituto para o Estudo da Guerra, com sede em Washington, DC, poderiam fazer parte de um plano mais amplo para perturbar a adesão da Moldávia à União Europeia (UE), desestabilizando-a. O Kremlin, advertiu a ISW num relatório, também poderia estar a estabelecer condições “para uma operação de bandeira falsa na Transnístria”.
O que é a Transnístria?
A Transnístria é uma região separatista da Moldávia, aliada da Rússia, imprensada entre parte do rio Dniester, na Moldávia, e a Ucrânia. A Roménia está a oeste.
A região separou-se da Moldávia em 1990. Em Setembro de 2006, aprovou um referendo reafirmando a sua independência e apelando a uma união com a Rússia. Este referendo não foi reconhecido pela Moldávia.
Em Fevereiro de 2022, os líderes da Transnístria lançaram um apelo à Rússia por protecção. O apelo veio dias depois do início da guerra na Ucrânia e foi semelhante aos apelos feitos à Rússia por líderes pró-Moscou em partes da Ucrânia, que a Rússia usou como justificativa para assumir o controle. Crimeia em 2014e grandes partes das províncias de Luhansk e Donetsk em 2022.
Internacionalmente, a Transnístria é reconhecida como pertencente à Moldávia, mas a Europa vê a região como ocupada pela Rússia desde 2022.
A Transnístria acolhe tropas russas, bem como uma importante instalação de armazenamento de armas russas, o depósito de munições Cobasna.
Actualmente, 1.500 soldados russos estão estacionados na região separatista da Moldávia, de acordo com um relatório publicado pela Harvard International Review em Outubro.
Quais são as outras formas pelas quais a Rússia está a pressionar a Moldávia?
Político: A Moldávia votou numa eleição presidencial no mês passado, em meio a alegações de interferência da Rússia. No entanto, o pró-Ocidente Sandu obteve 55,33 por cento dos votos, derrotando o antigo procurador-geral Alexandr Stoianoglo, que tinha o apoio do Partido Socialista, de tendência russa.
Num relatório publicado no início deste ano, o think tank Chatham House, com sede em Londres, afirmou que a investigação do think tank “sugere que Moscovo também está a visar o espaço de informação pública da Moldávia com desinformação tóxica”.
O serviço de segurança nacional da Moldávia também alegou que oligarcas pró-russos na Moldávia pagaram milhões de euros para organizar protestos antigovernamentais e cometer fraudes eleitorais. Estes incluem o antigo parlamentar moldavo Ilan Shor, que foi condenado à revelia por acusações de fraude em Janeiro.
Energia: Entretanto, a Moldávia enfrenta uma crise energética. A Moldávia recebe anualmente cerca de 2 mil milhões de metros cúbicos (71 mil milhões de pés cúbicos) de gás da Rússia. Desde 2022, todo este gás é enviado para a Transnístria.
A Transnístria vende então eletricidade, gerada com gás russo, à Moldávia.
No entanto, este gás chega através de um gasoduto que passa pela Ucrânia. Kyiv decidiu agora que não permitirá mais o trânsito deste gás. Sandu acusou a Gazprom, a gigante russa do gás, de se recusar a considerar a utilização de um gasoduto alternativo e tentou preparar a Moldávia para o que disse ser um inverno “duro” sem o gás russo.
Espera-se que o fornecimento de gás da Rússia à Moldávia termine em 1 de janeiro de 2025. No início de dezembro, a Moldávia declarou estado de emergência devido à escassez iminente.
A Transnístria vende então eletricidade, alimentada por gás russo, à Moldávia.
Violência: Em Abril de 2022, explosões tiveram como alvo o Ministério da Segurança do Estado em Tiraspol, a maior cidade da Transnístria. Um dia depois, mais explosões destruíram duas poderosas antenas de rádio entre outras instalações na Transnístria.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, juntamente com outros aliados da Ucrânia, disse que estas explosões também foram ataques de bandeira falsa orquestrados pela Rússia para retratar a Transnístria como estando sob ataque da Moldávia – devido ao apoio da Moldávia à Ucrânia.
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Nota da Andifes sobre os cortes no orçamento aprovado pelo Congresso Nacional para as Universidades Federais — Universidade Federal do Acre
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1 semana atrásem
23 de dezembro de 2025Notícias
publicado:
23/12/2025 07h31,
última modificação:
23/12/2025 07h32
Confira a nota na integra no link: Nota Andifes
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Ufac entrega equipamentos ao Centro de Referência Paralímpico — Universidade Federal do Acre
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18 de dezembro de 2025A Ufac, a Associação Paradesportiva Acreana (APA) e a Secretaria Extraordinária de Esporte e Lazer realizaram, nessa quarta-feira, 17, a entrega dos equipamentos de halterofilismo e musculação no Centro de Referência Paralímpico, localizado no bloco de Educação Física, campus-sede. A iniciativa fortalece as ações voltadas ao esporte paraolímpico e amplia as condições de treinamento e preparação dos atletas atendidos pelo centro, contribuindo para o desenvolvimento esportivo e a inclusão de pessoas com deficiência.
Os equipamentos foram adquiridos por meio de emenda parlamentar do deputado estadual Eduardo Ribeiro (PSD), em parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro, com o objetivo de fortalecer a preparação esportiva e garantir melhores condições de treino aos atletas do Centro de Referência Paralímpico da Ufac.
Durante a solenidade, a reitora da Ufac, Guida Aquino, destacou a importância da atuação conjunta entre as instituições. “Sozinho não fazemos nada, mas juntos somos mais fortes. É por isso que esse centro está dando certo.”
A presidente da APA, Rakel Thompson Abud, relembrou a trajetória de construção do projeto. “Estamos dentro da Ufac realizando esse trabalho há muitos anos e hoje vemos esse resultado, que é o Centro de Referência Paralímpico.”
O coordenador do centro e do curso de Educação Física, Jader Bezerra, ressaltou o compromisso das instituições envolvidas. “Este momento é de agradecimento. Tudo o que fizemos é em prol dessa comunidade. Agradeço a todas as instituições envolvidas e reforço que estaremos sempre aqui para receber os atletas com a melhor estrutura possível.”

O atleta paralímpico Mazinho Silva, representando os demais atletas, agradeceu o apoio recebido. “Hoje é um momento de gratidão a todos os envolvidos. Precisamos avançar cada vez mais e somos muito gratos por tudo o que está sendo feito.”
A vice-governadora do Estado do Acre, Mailza Assis da Silva, também destacou o trabalho desenvolvido no centro e o talento dos atletas. “Estou reconhecendo o excelente trabalho de toda a equipe, mas, acima de tudo, o talento de cada um de nossos atletas.”
Já o assessor do deputado estadual Eduardo Ribeiro, Jeferson Barroso, enfatizou a finalidade social da emenda. “O deputado Eduardo fica muito feliz em ver que o recurso está sendo bem gerenciado, garantindo direitos, igualdade e representatividade.”
Também compuseram o dispositivo de honra a pró-reitora de Inovação, Almecina Balbino, e um dos coordenadores do Centro de Referência Paralímpico, Antônio Clodoaldo Melo de Castro.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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Orquestra de Câmara da Ufac apresenta-se no campus-sede — Universidade Federal do Acre
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18 de dezembro de 2025A Orquestra de Câmara da Ufac realizou, nesta quarta-feira, 17, uma apresentação musical no auditório do E-Amazônia, no campus-sede. Sob a coordenação e regência do professor Romualdo Medeiros, o concerto integrou a programação cultural da instituição e evidenciou a importância da música instrumental na formação artística, cultural e acadêmica da comunidade universitária.
A reitora Guida Aquino ressaltou a relevância da iniciativa. “Fico encantada. A cultura e a arte são fundamentais para a nossa universidade.” Durante o evento, o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, destacou o papel social da arte. “Sem arte, sem cultura e sem música, a sociedade sofre mais. A arte, a cultura e a música são direitos humanos.”
Também compôs o dispositivo de honra a professora Lya Januária Vasconcelos.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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