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Ex-dependente que perdeu tudo muda de vida vendendo revista na rua; recomeço!

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De volta para Brasília, passou a vigiar carros. Sob um sol escaldante começava às 7, no Setor Comercial Sul. Os negócios iam bem, mas ele queria mais.
Tentou retornar ao ofício de pedreiro, mas a coluna já não dava conta. Sem emprego, entrou em depressão. Depois vieram as drogas, álcool, maconha, cocaína e por fim, o crack.
“Perdi a credibilidade”
A vida nas ruas não era fácil. Em entrevista à Revista Traços, Samuel disse que chegava a fumar 12 baseados por dia. O álcool também era um companheiro muito presente. “Eu tomava 15, 20 pingas por dia.”
O filho, que antes dormia debaixo do seu braço, já não estava mais presente. Deprimido, viciado e sem família, Samuel chegou a ter três overdoses e um coma alcoólico.
Um dia, decidiu que acabaria com tudo. Despediu da criança e amarrou uma corda no próprio pescoço.
Ainda não era a hora
Mas o destino reservava coisa melhor, não era a hora de partir.
Samuel acordou com a ex-esposa batendo em seu peito. “Eu acho que já tinha morrido, acordei com minha ex me dando murro no peito e gritando: ‘volta amor, não morre não. Aì eu vi a faca que ela tinha usado para cortar a corda, e pedi para ela me matar.”
Foram oito meses de tratamento depois do susto. Ao todo, 23 comprimidos por dia. Tudo ia bem na recuperação, mas a primeira recaída chegou.
Na segunda, ele se viu sozinho novamente. A esposa desistiu de lutar ao lado do parceiro. O ciclo de vulnerabilidade recomeçou e o álcool e as drogas se tornaram companhia, mais uma vez.
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Reescrevendo a história
Sem nada, decidiu pela segunda tentativa de suicídio. Em frente a um córrego de águas rasas estava pronto para se atirar, mas sentiu a mão de Deus o empurrando para trás.
Dessa vez ele não iria desperdiçar a oportunidade. Catou latinha, vendeu geladinho, bala, pirulito e paçoca.
Até que um dia conheceu o trabalho social feito pela revista.
“A Traços é minha segunda mãe, é meu segundo pai. Ela me acolheu. Na primeira vez que fui ao escritório eu cheguei chorando, com os nervos à flor da tinha, tinha me separado há pouco tempo, não tinha emprego, era aquela aflição”, contou.
“Nessa época eu chorava tanto que vivia com os olhos vermelhos. Morava com minha mãe, e às seis horas da manhã eu saía de casa dizendo que ia catar latinha, mas eu ia pra rua chorar”, disse.
Com o resultado das vendas da revista na rua, Samuel conseguiu dinheiro para alugar uma quitinete em Águas Claras, pertinho do filho.
Já no segundo mês trabalhando para a revista, comprou uma bicicleta usada para João, de 9 anos.
“Divisor de águas”
E as coisas seguiram melhorando. Para ele, a Traços representa a mudança.
“A Traços foi um divisor de águas. Eu estava há nove meses sem trabalhar. Hoje eu consegui minha autonomia financeira, tenho um dinheiro no bolso, é pouco, mas levo o meu filho para lanchar, comer pizza, visitar o zoológico. O João tá conhecendo um cara totalmente diferente, um pai amoroso. Eu falo pra ele dez vezes por dia: “Filho, eu te amo”.
A vida de vulnerabilidade teve fim e hoje, Samuel aprendeu a valorizar as pequenas coisas, agradecendo por tudo.
“Eu antes reclamava da chuva,reclamava do sol, até da minha sombra eu reclamava. Eu nem percebia que os pássaros cantavam! Hoje vejo que a vida é bela. A gente pensa que ela é difícil, mas não, ela é até muito fácil, a gente é que complica. Tendo o alimento e o lugar para descansar, já tá bom demais. Eu não preciso de muito dinheiro,se eu tivesse muito dinheiro ia precisar andar com seguranças.”
Planos para o futuro
E os planos para o futuro estão a todo vapor. Há seis meses por causa das drogas, ele quer voltar a estudar e fazer uma faculdade.
Como profissão, quer se tornar Assistente Social ou Psicológico, profissão que, segundo ele mesmo, pode abraçar as pessoas como ele hoje se sente abraçado.
Revista Traços
Desde 2015, em Brasília, a Revista Traços trabalha para que histórias como a do Samuel se tornem regra.
Por meio da criação de um ciclo de geração de renda e ganho de autonomia para pessoas em situação de vulnerabilidade, o periódico, em 2021, também criou raízes no Rio de Janeiro.
Os exemplares da revista custam (R$ 10) e são vendidos pelos Porta-Vozes da Cultura, como Samuel.
Do valor, sete reais (R$ 7) vão diretamente para as mãos do trabalhador que efetuou a venda. Os outros três reais (R$ 3) ele utiliza para adquirir ainda mais exemplares.
Conheça um pouquinho da história de Samuel:
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Ufac promove ação de autocuidado para servidoras e terceirizadas — Universidade Federal do Acre

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23 de outubro de 2025
A Coordenadoria de Vigilância à Saúde do Servidor (CVSS) da Ufac realizou, nesta quinta-feira, 23, o evento “Cuidar de Si É um Ato de Amor”, em alusão à Campanha Outubro Rosa. A atividade ocorreu no Setor Médico Pericial e teve como público-alvo servidoras técnico-administrativas, docentes e trabalhadoras terceirizadas.
A ação buscou reforçar a importância do autocuidado e da atenção integral à saúde da mulher, indo além da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e do colo do útero. O objetivo foi promover um momento de acolhimento e bem-estar, integrando ações de valorização e promoção da saúde no ambiente de trabalho.
“O mês de outubro não deve ser apenas um momento de lembrar dos exames preventivos, mas também de refletir sobre o cuidado com a saúde como um todo”, disse a coordenadora da CVSS, Priscila Oliveira de Miranda. Ela ressaltou que muitas mulheres acabam se sobrecarregando com as demandas da casa, da família e do trabalho e acabam deixando o autocuidado em segundo plano.
Priscila também explicou que a iniciativa buscou proporcionar um espaço de pausa e acolhimento no ambiente de trabalho. “Nem sempre é fácil parar para se cuidar ou ter acesso a ações de relaxamento e promoção da saúde. Por isso, organizamos esse momento para que as servidoras possam respirar e se dedicar a si mesmas.”
O setor mantém atividades contínuas, como consultas com clínico-geral, nutricionista e fonoaudióloga, além de grupos de caminhada e ações voltadas à saúde mental. “Essas iniciativas estão sempre disponíveis. É importante que as mulheres participem e mantenham o compromisso com o próprio bem-estar”, completou.
A programação contou com acolhimento, roda de conversa mediada pela assistente social Kayla Monique, lanche compartilhado e o momento “Cuidando de Si”, com acupuntura, auriculoterapia, reflexologia podal, ventosaterapia e orientações de cuidados com a pele. A ação teve parceria da Liga Acadêmica de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde e da especialista em bem-estar Marciane Villeme.
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Ufac realiza abertura do Fórum Permanente da Graduação — Universidade Federal do Acre

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22 de outubro de 2025
A Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) da Ufac realizou, nesta terça-feira, 21, no anfiteatro Garibaldi Brasil, campus-sede, a abertura do Fórum Permanente da Graduação. O evento visa promover a reflexão e o diálogo sobre políticas e diretrizes que fortalecem o ensino de graduação na instituição.
Com o tema “O Compromisso Social da Universidade Pública: Desafios, Práticas e Perspectivas Transformadoras”, a programação reúne conferências, mesas temáticas e fóruns de discussão. A abertura contou com apresentação cultural do Trio Caribe, formado pelos músicos James, Nilton e Eullis, em parceria com a Fundação de Cultura Elias Mansour.
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, representou a reitora Guida Aquino. Ele destacou o papel da universidade pública diante dos desafios orçamentários e institucionais. “Em 2025, conseguimos destinar R$ 10 milhões de emendas parlamentares para custeio, algo inédito em 61 anos de história.”
Para ele, a curricularização da extensão representa uma oportunidade de aproximar a formação acadêmica das demandas sociais. “A universidade pública tem potencial para ser uma plataforma de políticas públicas”, disse. “Precisamos formar jovens críticos, conscientes do território e dos problemas que enfrentamos.”
A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou que o fórum reúne coordenadores e docentes dos cursos de bacharelado e licenciatura, incluindo representantes do campus de Cruzeiro do Sul. “O encontro trata de temáticas comuns aos cursos, como estágio supervisionado e curricularização da extensão. Queremos sair daqui com propostas de reformulação dos projetos de curso, alinhando a formação às expectativas e realidades dos nossos alunos.”
A conferência de abertura foi ministrada pelo professor Diêgo Madureira de Oliveira, da Universidade de Brasília, que abordou os desafios e as transformações da formação universitária diante das novas demandas sociais. Ao final do fórum, será elaborada uma carta de encaminhamentos à Prograd, que servirá de base para o planejamento acadêmico de 2026.
Também participaram da solenidade de abertura a diretora de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Grace Gotelip; o diretor do CCSD, Carlos Frank Viga Ramos; e o vice-diretor do CMulti, do campus Floresta, Tiago Jorge.
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Ufac realiza cerimônia de abertura dos Jogos Interatléticas-2025 — Universidade Federal do Acre

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22 de outubro de 2025
A Ufac realizou a abertura dos Jogos Interatléticas-2025, na sexta-feira, 17, no hall do Centro de Convenções, campus-sede, e celebrou o espírito esportivo e a integração entre os cursos da instituição. A programação segue nos próximos dias com diversas modalidades esportivas e atividades culturais. A entrega das medalhas e troféus aos vencedores está prevista para o encerramento do evento.
A reitora Guida Aquino destacou a importância do incentivo ao esporte universitário e agradeceu o apoio da deputada Socorro Neri (PP-AC), responsável pela destinação de uma emenda parlamentar de mais de R$ 80 mil, que viabilizou a competição. “Iniciamos os Jogos Interatléticas e eu queria agradecer o apoio da nossa querida deputada Socorro Neri, que acredita na educação e faz o melhor que pode para que o esporte e a cultura sejam realizados em nosso Estado”, disse.
A cerimônia de abertura contou com a participação de estudantes, atletas, servidores, convidados e representantes da comunidade acadêmica. Também estiveram presentes o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, e o presidente da Fundação de Cultura Elias Mansour, Minoru Kinpara.
(Fhagner Soares, estagiário Ascom/Ufac)
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