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FAB envia seus F-39 Gripens para 1º grande exercício militar do avião no Brasil e busca um novo caça

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Uma centena de aeronaves militares de 16 países, incluindo os novos F-39 Gripen da FAB, começam nesta segunda-feira o maior exercício de guerra aéreo da América Latina. Esquadrões de sete países vão pousar em Natal para as manobras: Argentina, Chile, Colômbia, Estados Unidos, Paraguai, Peru e Portugal. Militares de seis países vão ainda executar ações de guerra cibernética e espacial, enquanto outras oito nações mandaram observadores.

O F-39 Gripen E ao lado dos F-5M da Força Aérea Brasileira; aeronaves estarão no Cruzex. Foto: Sargento P. Silva / FAB

A nova edição do exercício Cruzeiro do Sul, o Cruzex, acontece no Rio Grande do Norte, em um momento delicado para a Força, que registrou recentemente a perda de duas aeronaves, uma das quais, um caça F-5. Ele coincide também com a escalada da crise diplomática entre Brasil e Venezuela, após o vizinho se movimentar para reivindicar a área de Essequibo, na Guiana. O governo brasileiro se recusou ainda a reconhecer a vitória eleitoral de Nicolás Maduro e vetou o ingresso da Venezuela nos Brics, o que levou Caracas a chamar de volta seu embaixador em Brasília.

No exercício em Natal, além de sete dos oito F-39 em operação na FAB, o Brasil vai usar seus F-5M e seus AMX A-1, além do avião de transporte KC-390. Os EUA estarão com caças F-15 e com o avião KC-46, de reabastecimento e transporte aéreo. Os chilenos estarão com seus F-16. Essa será a nona edição do exercício – a última ocorreu em 2018. Será a primeira vez que os F-39 e o KC-390 vão participar desse exercício no País.

A FAB pretende ainda aproveitar a oportunidade para treinar a defesa antiaérea de médio alcance, com a simulação da utilização de parâmetros de sistemas antiaéreos, e para o chamado controle satelital, com o objetivo, segundo a Força, de “conscientizar os participantes sobre as possibilidades e os riscos atrelados aos sistemas espaciais”.

Para o diretor do exercício e comandante da base Aérea de Natal, brigadeiro Ricardo Guerra Rezende, “a realização de mais uma edição do maior treinamento multinacional de guerra da América Latina visa a fortalecer a interoperabilidade entre as Forças Aéreas de diferentes países, promovendo o treinamento conjunto em cenários complexos e desafiadores”. Um dos cenários que desafiam a Aeronáutica é a modernização de sua aviação de caça.

Depois de confirmar em junho que estudava a aquisição de 24 caças F-16 Fighting Falcon usados, a Força Aérea Brasileira (FAB) passou a ser alvo de propostas de pelo menos mais três fabricantes de olho na substituição dos antigos F-5M, caça americano produzido pela Northrop americana nos anos 1970. Já em março, pouco antes de desembarcar no Brasil para o batismo do submarino Tonelero, o segundo da classe Scorpène produzido em Itaguaí, no Rio.

Além de buscar, na época, fechar o contrato para a construção do submarino nuclear, o Álvaro Alberto, Macron afirmou que pretendia retomar as negociações com o Brasil para a venda do Rafale. O líder francês demonstrou isso ao afirmar que tinha ainda uma outra esperança em sua visita: “Quem sabe relançar a discussão sobre os Rafales, pois considero que nada está perdido.”

Fabricado em um consórcio do Brasil com a Itália, o AMX A-1, da FAB, deve participar do exercício em Natal Foto: Sargento Müller Marin / Força Aérea Brasileira

O caça francês foi derrotado na concorrência pelo Gripen, cujo contrato para a aquisição de 36 aeronaves foi assinado pelo Brasil em 2014. A FAB justificou então a escolha do Gripen em razão da parceria da sueca Saab com a brasileira Embraer, com a transferência de tecnologia e acesso a segredos que os outros dois concorrentes – a Boeing americana, com o F-18 e a Dassault francesa, com Rafale, não estavam dispostos a abrir.

À coluna, o fabricante sueco informou ainda que o Gripen E foi adquirido pela Tailândia para a renovação de sua frota. Também informou que, além das oito aeronaves operacionais, uma nona, para testes, foi entregue ao Brasil. “Em Natal, o F-39 vai executar missões ar-ar, dentro do cronograma de desenvolvimento acordado com a FAB”. Três dias depois do término do exercício no Rio Grande do Norte, Macron chega novamente ao Brasil.

Em setembro, Macron garantiu a venda de 12 Rafales para a Sérvia, durante visita a Belgrado. Dezoito aeronaves também foram oferecidas pela França ao Marrocos, país que Macron visitou na semana passada, quando apoiou as pretensões de Rabat no Saara Ocidental.

O Rafale F-5 ao lado de drone de combate que deve complementar a aeronave francesa a partir de 2033 Foto: A. Pecchini / Dassault Aviation

Já a Saab tem esperança de que o País opte pela Gripen D, a versão anterior do F-39 Gripen E. Em operação em diversas forças aéreas, o Gripen teria a vantagem de baratear custos da cadeia logística e com a manutenção. À coluna, a empresa manteve o silêncio: “Com relação a outras possibilidades de aquisição pelo Brasil, não cabe à Saab comentar neste momento”.

Ao mesmo tempo que franceses, americanos e suecos se movimentam, a Aermacchi italiana enxerga uma oportunidade para oferecer os M-346 para substituir outras duas aeronaves operadas no Brasil: o AMX, da FAB, e os A-4 Skyhawk, da Marinha, ambas aeronaves que voam há décadas. A AMX foi fruto de uma parceria entre a Embraer e duas empresas italianas nos anos 1980.

Em abril, após 35 anos de serviços, a Aeronáutica Militar – a força aérea italiana – aposentou o AMX. Ela chegou a ter 110 unidades da aeronave. Já o Brasil ainda mantém cerca de 30 delas, que deverão ser desativadas em breve. O mesmo acontece com os F-5, que deviam ser aposentados até 2029. Mas a FAB sofre com a falta de continuidade do orçamento de seu programa de renovação da aviação de caça, depois que aposentou os Mirages franceses no começo dos anos 2000.

A festa no lançamento do submarino Tonelero com Lula, Janja e Macron no complexo naval de Itaguaí, no Rio Foto: Marinha do Brasil

Como a FAB sempre teve dois caças em sua frota, é natural – afirmam militares da Força para a coluna – que, diante do quadro atual, as especulações sobre novas aquisições comecem a surgir. Por enquanto, a Força decidiu lançar um processo de consulta ao mercado, a Request for Information (RFI, Consulta Preliminar de Informações) para receber propostas a fim de substituir a frota atual frota de turboélices C-95 Bandeirante, produzidos pela Embraer.

Uma RFI sobre o segundo caça da Força pode ser lançada ainda neste ou no próximo ano. O estudo está sendo feito, até porque o gasto com a aquisição é apenas uma parte do que a Força terá de dispor para a nova frota – a manutenção, treinamento de pilotos e outros aspectos logísticos complementam esse quadro. E isso tudo com a Venezuela, cujo regime resolveu eleger o Brasil e o PT como novos agentes da CIA, dispõe de Sukhoi SU-30 e F-16 em operação.

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MUNDO

Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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