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Faculdade de artes liberais da Flórida restabelece curso de ‘despertar’ em meio a furor | Flórida

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Jason Wilson

Nova Faculdade de Flórida restabeleceu em seu catálogo um curso sobre “wokeness” ministrado pela polêmica personalidade da mídia britânica e guerreiro cultural Andrew Doyle, depois de aparentemente removê-lo de uma versão anterior, em meio a um furor contínuo sobre a transformação da universidade em uma instituição mais conservadora.

O curso também foi restaurado para um sistema de matrícula interno, mas sem o nome de Doyle anexado, segundo alunos com acesso ao sistema. As medidas seguiram-se às críticas ao curso online e às reportagens da mídia local na noite de terça-feira.

Os desenvolvimentos no New College são acompanhados de perto à medida que as instituições educacionais de elite da América se tornam um alvo favorito de Donald Trump e dos seus aliados, especialmente do vice-presidente eleito JD Vance. A aquisição do New College pela direita e a sua subsequente transformação têm sido apontadas como um modelo para outros Universidades dos EUAespecialmente quando Trump regressa à Casa Branca.

O curso, “o movimento ‘acordado’”, será ministrado pelo comentarista de mídia britânico “anti-acordado” Doyle, que ganhou destaque ao manter uma conta paródia no Twitter que satirizava ativistas de justiça social. Na sua sinopse o curso apresentava o “wokeness” como “uma espécie de culto” cujos “discípulos… se insinuaram em todas as nossas principais instituições”.

O curso de Doyle, relatado pela primeira vez em pelo Tampa Bay Times, indica o impacto das contratações ideológicas na educação na outrora liberal faculdade, que foi sujeita à tomada de poder pela direita sob o governador da Florida, Ron DeSantis, e por membros conservadores escolhidos a dedo do conselho universitário, incluindo o activista de direita Christopher Rufo.

O Guardian recebeu três cópias do prospecto anunciando projetos de estudo independentes (ISPs) para alunos do New College of Florida.

Numa conversa telefónica, a estudante do quarto ano Sara Engels disse que o manual publicado pela faculdade em 9 de Novembro incluía o curso “movimento ‘acordado’”. Na terça-feira, um novo prospecto omitiu o curso, assim como outro emitido a partir das 9h de quarta-feira. Às 10h de quarta-feira, porém, o curso foi restabelecido.

Ela disse que o curso não estava visível nos sistemas internos de inscrição quando ela conferiu, por volta das 11h. Às 13h ele foi adicionado ao sistema, mas o nome de Doyle não estava associado a ele.

Nova Faculdade da Flórida o porta-voz Nathan March disse: “Houve alguma confusão nas versões do Guia do ISP que foram compartilhadas… O Gabinete do Reitor lamenta a confusão de ter versões diferentes lançadas.”

“O status do ISP nunca mudou oficialmente durante os últimos dias”, continuou March”, reconhecendo “capturas de tela inconsistentes de nossas listas de cursos online” que mostram “o instrutor como TBA”.

March concluiu que “o curso ainda está agendado e será ministrado pelo Dr. Doyle”.

A entrada do catálogo no prospecto revisado de quarta-feira introduz o que chama de “movimento ‘acordado’” como sendo “melhor entendido como uma espécie de culto”. A entrada afirma que os seus “membros são geralmente pessoas decentes e com boas intenções, mas os seus métodos são essencialmente iliberais”.

A entrada do catálogo não nomeia nenhuma organização associativa da qual os apoiadores possam ser membros. A pesquisa do The Guardian aos registos de organizações sem fins lucrativos do IRS indica que, embora existam cerca de 20 organizações sem fins lucrativos com a palavra “acordei” nos seus nomes, nenhuma relatou qualquer rendimento nos seus registos mais recentes e a maioria parece estar inactiva.

O prospecto não identifica nenhuma figura que se descreva como integrante do suposto movimento. Mas vem com uma lista de leitura que inclui Judith Butler, filósofa da UC Berkeley que escreveu trabalhos influentes sobre feminismo e género, e Ibram X Kendi, autor e professor que dirige o Centro de Investigação Anti-racista da Universidade de Boston.

A lista de leitura inclui dois livros do próprio Doyle: Free Speech and Why it Matters, de 2021, e The New Puritans, de 2022.

Em The New Puritans, Doyle caracteriza Butler como um dos autores dos “textos sagrados fundamentais” da “religião desperta”, um movimento que ele afirma ter efetuado a “legitimação do bullying em grande escala”.

Também na lista de leitura está Revolução Cultural da América, de Rufo.

Nesse livro – que é “construído sobre uma base de exageros e deturpações”, segundo Vox – Rufo afirmou que as propostas de Kendi para políticas governamentais anti-racistas trariam “o fim da ordem constitucional”.

Num boletim informativo de abril de 2023, Rufo escreveu que “a fabricação em série é parte integrante da ideologia de Butler”. Por sua vez, em Quem tem Medo de Gênero, Butler acusou Rufo de “alimentar as paixões antiacadêmicas dos movimentos de direita” com “fantasmas incendiários”.

A lista de leitura também inclui livros do ex-candidato presidencial Vivek Ramaswamy e do lingüista John McWhorter, cujo livro de 2021 Woke Racism afirmou que “não quero dizer que a ideologia dessas pessoas seja ‘como’ uma religião… quero dizer que na verdade é uma religião”. .

Engels, a aluna do quarto ano, disse que “os alunos não estão satisfeitos” com o que ela chamou de curso “muito tendencioso”.

“Disseram-nos que a nova administração queria equilibrar as perspectivas”, acrescentou, “mas não houve equilíbrio”.

Ela apontou as saídas de funcionários e alunos da faculdade como sinais de que “muitas pessoas se sentem desconfortáveis” com as ações da nova administração, “e acho que isso é intencional.

“Não é um ambiente de aprendizagem saudável”, disse Engels.

Doyle é um escritor britânico, satirista e personalidade da mídia que se tornou um dos mais proeminentes críticos “anti-woke” do Reino Unido.

Ele afirmou estar na esquerda política e apoiou o líder trabalhista Jeremy Corbyn nas eleições de 2017. Mas ele ganhou destaque como comentarista político ao cortejar a opinião da direita, inclusive com uma personagem da mídia social, Titania McGrath, que ele usou para satirizar a política “acordada”; colunas no “extrema-direita”revista populista Spiked; e um programa do GB News chamado Free Speech Nation.

GB News é um meio de comunicação conservador britânico de propriedade do chefe de um fundo de hedge cristão Sir Paulo Marshallfoi repetidamente sancionado pelo regulador de transmissão britânico Ofcom, que no mês passado multado a estação £ 100.000 por quebrar as regras de imparcialidade antes das eleições de 2024 no Reino Unido.

À medida que seu perfil como um cruzado anti-despertar cresceu, Doyle ganhou convites de influenciadores de direita de alto nível. No podcast Daily Wire de Jordan Peterson, Doyle em 2023 caracterizou a “justiça social” como um “movimento religioso” e em 2021 descreveu as leis britânicas contra crimes de ódio como um ataque à liberdade de expressão. Em 2022 ele apareceu no programa Fox News de Tucker Carlson para falar sobre “cultura acordada”.

Doyle é contratado pela universidade como bolsista presidencial, uma nova iniciativa da administração de Richard Corcoran. Outros académicos presidenciais incluem o professor Bruce Gilley da Portland State University, que em 2017 publicou um artigo intitulado The Case for Colonialism in Third World Quarterly, que desencadeou uma tempestade de controvérsia ao argumentar que o colonialismo ocidental foi em grande parte benéfico para as nações colonizadas.

O Guardian contatou Doyle para comentar a controvérsia em desenvolvimento sobre seu curso, mas não obteve resposta.

O Guardian já havia relatado anteriormente sobre um onda de contratações de direita na NCF, e seus convite ao escritor extremista Steve Sailer para participar de um debate sobre raça e crime.



Leia Mais: The Guardian

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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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